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História Wildfire - Um dia


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Estou deixando vocês mal acostumadas com esses capítulos todo dia né? kkkk

Muito obrigada pelos comentários, guardo e respondo cada um com muito amor <3

Capítulo 16 - Um dia


Abro a porta do apartamento em silêncio, e entro devagar. Cristina está deitada junto à Owen no sofá, eles dormem com a tv ligada. Em passos devagar eu a desligo, olho para eles e suspiro. Cristina amava Owen, e Owen a amava, completamente. Erika estava certa, eu nunca a amei. Eu soube disso logo depois de largar Arizona, e estar com Erika. E ela também soube. A única vez que eu havia tido aquela... Conexão, havia sido com Arizona. E agora eu percebia que não bastava fazê-la me perdoar, eu deveria fazê-la me amar também. E isso seria impossível. Afinal, você não pode convencer ninguém a te amar. Erika era a prova disso.

Quando eu entro em meu quarto e desabo no colchão - ainda não havia tido tempo para comprar uma cama - tenho certeza que o melhor que eu podia fazer a Arizona era me afastar. Charlotte era muito, muito melhor que eu. Não só falando economicamente, embora eu tivesse certeza que isso não contasse para Arizona. Mas, em todos os sentidos, e no maior deles: ela estava limpa. Charlotte era limpa. É limpa. Nunca havia quebrado o coração de Arizona, a magoado, a feito chorar. Era uma história desde o início. Uma história melhor. Uma história sem um passado. E eu sabia, era disso que Arizona precisava. Era isso que ela merecia.
Mesmo assim, eu choro, é sinto um profundo aperto em meu peito.

Pego meu celular e disco o número que já sei de cor.

—Callie? Está tudo bem? - a voz de Mark soa rouca de sono.

—Não...

—Oh, Érika?

—Nós terminamos Mark.

—Oh, Callie, eu sinto muito. Mas vocês já terminaram várias vezes, com certeza...

—Dessa vez é diferente.

—Não entendo.

—Você é Lexie ainda... Estão com problemas?

—É, ela não quer ficar comigo. Não mais. Eu entendo, é co...

—Vem aqui. Eu preciso de você.

—Me mande o endereço, baby.


Eu desligo o telefone. Mark era meu prêmio de consolação sempre, e tudo bem, eu também era o dele. Tínhamos a sorte de nossas catástrofes acontecerem juntas, sempre, e nos tornamos bons amigos. De vida, e de cama.

Agora, ele seria minha distração durante minha nova decisão:

Eu me afastaria de Arizona Robbins. Se era isso o que ela queria, era isso que ela ia ter.

ARIZONA

Eu esperei que Calliope me desse carona no outro dia de manhã. Mas ela não o fez. E eu entendia, mas estava certa em conversar com ela hoje. Eu diria que estávamos em momentos diferentes, e que eu ainda não estava pronta para perdoa-la. E agradeceria suas palavras.

Certo, isso estava errado em todos os sentidos.

Mas eu certamente não havia entendido nada que ela havia dito. Ela me amava? Aquilo não fazia sentido algum. Eu não conseguia acreditar, porque não tinha sentido. Parecia uma fantasia na minha cabeça.

Eu havia me convencido, então, a me aproximar dela. E de Charlotte. Das duas e, que a melhor vencesse. Claro que Charlotte tinha pontos a mais, já que nunca havia me abandonado, me quebrado, me mantido longe. Mas eu estava disposta a tentar. Ao menos tentar perdoar Calliope. Afinal, o que mais eu poderia fazer?.

—Bom dia! - eu digo sorrindo para April.

—Hey! - April também responde com seu sorriso habitual. - Você parece melhor!

—É essa prótese nova e super estilosa. - eu levanto a calça a mostrando.

—Uau, vai arrasar corações!

—É, você nem imagina o quanto. - Cristina diz.

—O que? - eu falo, me lembrando dela e Callie morando no mesmo lugar. - Quanto você sabe?

—Não muito, mas ela estava apaixonada por você...

—Calliope apaixonada por Arizona? - Meredith aparece imediatamente por trás.

—E Mark tocou minha campainha de madrugada. - Cristina diz.

—Oh, você deu um toco em Callie! - Meredith diz.

—O que? o que uma coisa tem a ver com a outra?

—Isso é triste. - April diz.

—Eu também acho. - Cristina continua. - Mais um pra dividir a sala de descanso.

—O que? Não estou entendendo nada. - Eu digo, realmente confusa.

—Ah, você irá entender logo, honey. - Meredith diz, sorrindo.

O som do elevador apita e todos se viram para ele, inclusive eu. As portas se abrem e uma Calliope sorridente de braços dados a um Mark também sorridente saem dele.

—É, as coisas voltam ao normal.


Eu fico parada, ainda sem entender. Eles se desvinculam, trocando um abraço rápido. Calliope vem em minha direção.

—Call... - eu começo quando ela se aproxima, mas para minha surpresa, Callie passa direto por mim.

E eu fico no corredor, parada e boquiaberta.

—X-

O dia passa rápido, a emergência está cheia já que um prédio havia desmoronado no centro da cidade, e todos estávamos muito ocupados com nosso respectivos pacientes, portanto eu não estranho que Calliope não tenha se aproximado. Mesmo assim, quando almoço com Charlotte, não consigo de estar aérea me lembrando da cena no corredor.

—Arizona? - Charlotte me tira dos meus devaneios.

—Ah... O que você estava dizendo?

—Eu estava falando sobre os pacientes de hoje.

—Ah, sim. - Tento recuperar minha postura. - Nós perdemos poucos, ainda bem.

—É mesmo.

—E você vai ficar aqui trabalhando conosco? - pergunto, curiosa. - Pensei que trabalhasse mais na administração do que como médico.

—Ah, não, medicina é a minha profissão favorita, eu sempre trabalho nos hospitais que acabam de se associar a minha empresa, até que eles se acostumem e os lucros subam. É como ensinar um bebê a andar, quando sentir que ele já tem equilíbrio suficiente para continuar sozinho, você o solta. É o que eu faço. - Ela dá de ombros. - Além disso, parece que eu tenho muitos motivos para continuar aqui.

Ela sorri, e eu sinto que isso era um flerte.

—Você... - estou hesitante. - Quer ir ao Joe's comigo? 

—O bar em frente ao hospital? - ela faz uma careta.

—Sim. Sei que não é do seu porte, mas é o meu...

—Não, não foi isso que eu quis dizer. - ela se desculpa. - claro que quero. Sua companhia é sempre um prazer para mim. Que horas seu expediente acaba?

—Ás 20h, mas eu tenho fisioterapia e um trabalho com Calliope, então acabo saindo por volta da 00h. É um problema?

—Não, mas se você quiser remarcar para um dia que não tenha...

—Ah, eu tenho todos os dias. Menos quando estou de plantão, como amanhã.

—Nossa. - ela parece afetada. - Você precisa mesmo de tanta fisioterapia, ou apenas quer ficar perto de Calliope, que nem ao menos é fisioterapeuta? - ela fala de forma grosseira, que me deixa incomodada.

—Calliope sabe o que está fazendo, ela ajudou atletas do mundo inteiro a se recuperarem. E nós precisávamos ir rápido para que eu pudesse trocar de prótese, aquela era muito velha. Eu ganhei essa do hospital, por um teste.

—Do hospital? - Charlotte me olha confusa.

—Sim, por que? - eu pergunto.

—Eu acompanho as finanças do hospital de perto, e sei que uma prótese tão moderna custa caro, mas não há nenhuma retirada de dinheiro para esse propósito. Na verdade, Arizona, eu duvido muito que na situação que o hospital está agora, eles lhe dariam uma prótese simples, quem dirá uma moderna como a sua?. - Charlotte da de ombros. - talvez eu esteja enganada, mas não acho que algo assim teria passado despercebida.

—Ah, entendo. - eu digo, mas estou mentindo. O que diabos estava acontecendo? - bom, vou resolver isso com calliope.

—Talvez ela tenha te dado a prótese.

Charlotte fala por fim, e eu a olho séria.

—x-

Mensagem de Ari Robbins: Precisamos conversar!!!

Mensagem de Calliope Torres: 
Sua fisioterapia vai ser na sala 529 :*


—x-


Caminho até a sala designada por Calliope para a fisioterapia. Estou pronta para tirar a história da prótese a limpo, mas quando eu abro a porta, não é Callie que está ali.

—Olá, Arizona. - Um médico alto e moreno se levanta sorrindo, se aproximando de mim. - Seja bem vinda, meu nome é Martin Luther, e eu vou assumir sua fisioterapia a partir de agora.

—Mas eu faço fisioterapia com a doutora Calliope Torres. - eu falo, intrigada.

—Ah, a agenda dela ficou um pouco apertada. Mas nós estudamos juntos e ela confia plenamente em mim, duvido que designaria um paciente a qualquer um. - Ele fala com um sorriso amistoso no rosto. Mas eu continuo me sentindo extremamente incomodada com a situação. - Podemos começar?

—Eu... Preciso resolver uma coisa.

Me viro e saio da sala sem dar mais satisfações. Sei que mais tarde vou, muito provavelmente, me arrepender da minha falta de educação, mas eu o faço mesmo assim. Ando direto para a saída do hospital, atravesso a rua s caminho até a esquina, eonde eu sabia, ficava o prédio do apartamento de Cristina. Estava chovendo, mas eu não me importo muito. O prédio não tem porteiro, o que facilita minha entrada, e o elevador é devagar e barulhento. Eu subo em silêncio, sem saber direito o que estava fazendo.

Arizona Robbins, você é tão estúpida e impulsiva!.

Toco a campainha do apartamento várias vezes seguidas.

—Cristina. - ouço a voz de Calliope - Você esqueceu sua chave de novo?

A porta do apartamento se abre. Mas não é Calliope quem a abre, e sim Mark sloan, com uma toalha amarrada na cintura, o cabelo molhado e o abdômen bem definido tem arranhões.

—Oh, droga. - ele fala.

Calliope aparece logo atrás dele, de roupa. Ela para e me olha boquiaberta.

—Arizona...


Notas Finais


Eita Callie...


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