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História Wildfire - Ovos e bacon


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Genteeeee, muito obrigada a todos que comentaram e usaram a tag ou mandaram uma mensagem, até agora nada mudou mas ela ficou muito feliz (e brava) e mandou um beijo para todas vocês.
Esse é o último capítulo que já estava escrito, vou fazer o possível para continuar postando todos os dias pelo menos agora durante as férias, viu? Obrigada por td <3

Capítulo 19 - Ovos e bacon


Eu acordo com os raios de luz que invadem a janela sem cortina. Quando eu me viro, meu corpo está dolorido e isso me mostra que tudo que aconteceu não era só um sonho, era verdade. Eu havia dormido com Calliope, e os cheiros de flores invadiam meu nariz, me fazendo recordar todos os momentos da outra noite. Mas quando eu abro os olhos, Calliope não está do meu lado. No seu lugar apenas um bilhete.

 

´´ Quando acordar desça as escadas, estou preparando nosso café.´´

 

Suspiro com aquilo. Me permito encarar o teto de vidro, e deixar o sol ofuscar minh visão. Então tudo havia sido real. Eu havia dormido – e transado – com Calliope. E havia sido um sexo muito, muito, muito bom. Convenhamos que eu não tive muita experiencia. Calliope havia sido a primeira, depois dela alguns garotas na faculdade medicin (nenhuma realmente importante) e Mary, durante o tempo que ela esteve comigo na África. Mas ela voltou antes para casa, e depois dela não me relacionei com ninguém na África. Talvez o sexo com Callie na noite passada tenha sido tão intenso justamente porque eu já estava muito tempo sem qualquer tipo de contato intimo. Mas, se eu fosse bem sincera, assumiria que com Calliope sempre foi melhor e diferente. Nós tinhamos uma conexão única na cama – ou no chão mesmo, que era o caso – e isso era algo que em anos eu nunca encontrei nada, e que me fazia suspirar agora. Cristina sempre dizia que ninguém deve se arrepender de um sexo maravilhoso, mas agora, se tratando de Calliope, tudo parecia um mixer de sentimentos. Mas de forma estranha, arrependimento não parecia estar nessa mistura.

 

Me levanto vencida, e sinto cada parte do meu corpo doer. Parecia que eu tinha levado uma surra, não só pela dor mas pelos hematomas fracos espalhados por todo meu corpo. Eu pego a camiseta de Calliope e a visto junto a minha calcinha, ignorando aquelas dores. Me levanto e procuro as escadas no bilhete, demoro alguns segundos mas assim que a acho desço, em busca de Calliope.

 

A escada faz barulhos enquanto eu desço, e quando chego ao inicio dela me sinto aliviada por não ter caido ou a quebrado. Ela dava para um apartamento, as paredes velhas estavam um pouco mofadas, e o cheiro de ovos e bacon invadiam o local. Eu o sinto e chego até a minuscula cozinha, onde Calliope estava de costas para mim mexendo no fogão e dançando com fones no ouvido. Não seguro um sorriso, e sendo mais impulsiva que ele, me aproximo dela, a abraçando por trás.

 

—Hm... - ela solta um gemido baixo. - Bom dia.

 

—Bom dia. - eu digo sorrindo e dando um beijo estalado em sua bochecha, me afastando. Ela se vira.

 

—Estou preparando nosso café. - Ela diz sorrindo sem graça.

 

—Eu percebi. - Falo sentando na única cadeira dentro da cozinha.

 

—Dormiu bem? - ela pergunta, desligando o fogo e tirando os últimos ovos da frigideira.

 

—Meu corpo dolorido diz o contrário, mas eu sinto que dormi super bem sim. Nem sonhei. - Dou de ombros. Calliope coloca os pratos com ovos e bacon na pequena mesa, e puxa um banquinho debaixo dela, sentando a minha frente.

 

—Espero que goste, é só o que tinha aqui. Na verdade, é bem capaz que nós duas acabemos com uma infecção alimentar por causa desse bacon, mas como vivemos 24h em um hospital, achei que valia mais a pena comer do que morrer de fome. - Calliope da de ombros, já se servindo de um grande pedaço de bacon.

 

—Calliope sendo Calliope fazendo Calliopisse. - eu digo rindo, e ela ri junto.

 

—Quando eu era pequena achava Bacon a palavra mais difícil de escrever no mundo, sabia? Quando eu vi ´´Bacon´´ - ela faz aspas com as mãos. - escrito no açougue e aprendi como se escrevia, me senti a garota mais esperta do mundo, e sai perguntando a todos como se soletrava a palavra. Imagine quão desapontada eu fiquei quando todos souberam soletrar?.

 

—Eu lembro, você me contou essa história. - sorriu feliz ao recordar todas ás 10 vezes que ela havia me contado aquela história no passado.

 

—Ah, eu não lembrava. - Ela fica corada.

—Tudo bem, eu sempre adorei ela. - Digo com sinceridade, e ela me escara. Nós ficamos assim um tempo, apenas nos encarando. E eu sei que ela quer falar algo, portanto não falo nada, dou o tempo que ela precisa e prossigo em silêncio, comendo. Até que finalmente ela acaba com aquilo e pergunta:

 

—Arizona... Você se arrependeu da noite passada? - Calliope pergunta hesitante. Ela morde o lábio e eu sinto quanto fazer aquela pergunta a afeta.

 

Eu sou impulsiva de novo.

 

Me próxima mais dela, deixando nossos rostos próximos. Passo o dedo pelo canto da boca dela, limpando o restinho de gordura ali.

 

—Eu pareço arrependida? - pergunto sorrindo, a encarando. Ás palavras, embora ditas sem que eu sequer pensasse antes, são sinceras.

 

—Não. - ela diz me olhando nos olhos, e deixando encarar um sorriso fraco.

 

—Então isso responde sua pergunta. - Eu sorrio.

 

Talvez dali cinco minutos eu me sentisse imensamente arrependida. Mas naquele momento, eu não estava.

 

X-x

 

Eu chego no hospital junto a Calliope. Nós entramos juntas no elevador, em silêncio. Depois do café, Calliope havia me deixado em casa para tomar um banho rápido, e ido me buscar logo depois para irmos ao hospital. Minha mãe viu a cena toda, mas não disse nada. Aquilo foi um alivio imenso, porque eu mesma não sabia como explicar o que havia acontecido e o que estava acontecendo.

 

Eu permaneço longe de Calliope dentro do elevador, mas assim que falta um andar para o nosso, ela se próxima de mim. Rápido, ela me encurra-la na parede e junta seus lábios aos meus, de forma grossa e rápida. Nós nos beijamos rápido, mas mesmo assim é intenso e delicioso. Assim que o elevador toca, ela desgruda nossos lábios.

 

As portas do elevador se abrem e um Charlotte sorrindente nos encara. Eu sinto meu corpo estremecer e arrepiar, e forço minhas pernas a se movimentar.

 

—Bom dia, linda. - Charlotte diz, me dando um beijo estalado na bochecha.

—Bom dia. - é só o que eu digo, sem conseguir dar-lhe um adjetivo.

—Bom dia, Charlotte. - Calliope fala com um sorriso vencedor no rosto.

 

—Bom dia, Callie. - Charlotte responde, e nos olha confusa. - Vocês... - ela aponta para nós duas. - chegaram juntas?

 

—Não – eu digo.

 

—Sim. - Calliope responde junto. Eu a olho imediatamento, a repreendendo.

 

—Certo, fiquei confusa. - Charlotte continua. - Enfim. Arizona, assim que tiver um tempinho passe na minha sala, por favor? Preciso conversar algo com você.

 

Sinto meu corpo arrepiar.

 

 

—x-

 

O dia passa rápido e sem nenhuma emergencia, apenas as cirurgias já marcadas. Eu não tenho tempo de encontrar Calliope nem mesmo na hora do almoço, pois, aparentemente, o dia dela estava sendo o contrário do meu. Quando já chega ao fim meu expediente, eu penso em espera-la, mas Alex comenta que ela estava de plantão. Então eu faço minha fisioterapia com o novo doutor, e vou ao encontro de Charlotte em sua sala. Estava decidida em contar o que ocorreu entre eu e Calliope na noite passada, mesmo que isso significasse perder a recente amizade com Charlotte.

 

Bato algumas vezes na porta, até que Charlotte a abra com um sorriso no rosto, e peça para que eu entrar.

 

—Então, o que você tem para falar? - eu pergunto, ansiosa. - Eu também tenho algo a te dizer, na verdade, mas prefiro que você diga primeiro. Eu sofro de ansiedade e isso está me matando.

 

—Não sabia que você era tão acelerada, Arizona Robbins. - Charlotte diz dando uma piscadela para mim.

 

—Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim, e te deixariam boquiaberta. - Eu digo em tom de brincadeira.

 

—Eu tenho certeza que sim. - Ela sorri amarelo.

 

—Enfim, me fala logo o que você quer conversar.

 

Charlotte abre a gaveta de sua mesa e tira uns papéis dali.

 

—Eu queria te mostrar isso. - ela me entrega os papéis. Eu os encaro com curiosidade mas não consigo entender nada, apenas número em cima de número.

 

—Eu... Não entendi nada. O que é isso?

 

—São as contas do hospital. Eu fiz algumas pesquisas e essa sua prótese custa em torno de 100 mil reais no mercado. Nos papéis que eu te mostro o sinal de positivo significa entrada de dinheiro, e de negativo saída. Do lado, logo abaixo de ´´objetivo´´, está escrito o motivo da retirada e entrada desse dinheiro. - Charlotte explica com calma, e eu só fico mais confusa. - Não houve nenhuma retirada de qualquer valor desse tipo com o objetivo de prótese, na verdade houveram poucas retiradas nesse valor já que o hospital vive uma crise e a minha empresa vem retirando dinheiro de seus investimentos, e não dele. Mas, ás poucas retiradas nesse valor, não tem como objetivo prótese nem nada a qualquer médico desse hospital.

 

—Isso quer dizer...

 

—Isso quer dizer que Callie Torres mentiu para você.



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