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História Wildfire - Infinito


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Ainda não é hora de despedidas! Segurem o choro comigo para o prefácio, que vem logo ai.....

Capítulo 27 - Infinito


Fanfic / Fanfiction Wildfire - Infinito

Arizona Robbins

 

Eu estou sentada encarando meu reflexo no espelho, a mquiagem simples e linda abraçava cada pequena parte do meu rosto o deixando muito mais bonito do que eu era capaz de admitir. Os olhos azuis em perfeito contraste com a tiara prata, e os cabelos loiros soltos em ondas até um pouco abaixo do meu ombro. Eu decidi deixa-los daquela forma, quase naturais demais e soltos, porque era o jeito que ela mais gostava. Minha boca era coberta apenas por um gloss que, por sorte, não era pegajoso. Sim, eu estava linda. Exatamente como imaginei há tantos anos atrás.

 

-Mama! - a vozinha aveludada e gostosa soa atrás de mim. Imediatamente me viro para encarar a dona dela, que me faz sorrir só de ouvi-la.

 

Sofia, com seus braços gordinhos e bochechas rechonchudas. Sofia, cujo nome significava sabedoria, trouxerá exatamente isso para mim. Sabedoria de amar alguém além de você, de se dividir em três, em quatro, em dez, e ter a sua vida refletida e depositada em todo sentido em outra pessoa. No meu caso, em três. Ela me trouxe a sabedoria que Erick havia me trago há alguns anos, e me ensinado que tudo acontece por um motivo. Sim, com certeza essa era outra sabedoria. A sabedoria de entender que minha história devia ser escrita daquela forma. Não foram linhas tortas, e eu duvido que linhas tortas existissem, foram linhas certeiras. O tempo inteiro tudo foi perfeitamente escrito para eu chegar ali, naquele exato momento, e ter minha garotinha de olhos grandes e castanhos vindo até mim, me abraçando e me fazendo entender o sentido de tudo.

Se Calliope tivesse percebido seu erro um pouco antes de proferir suas palavras, tantos anos atrás, nem Sofia e tampouco Erick estariam ali. Eu não haveria ido a África, e portanto, cumprido minha missão. Eu não teria encontrado Erick, Calliope não teria feito Sofia. Nós provavelmente teriamos filhos, mas não seria eles dois. Não seriam ás duas pessoas que eram para ser nossas, nossa família. Tudo estava ali, todas as peças bagunçadas em que se resumiram nossas vidas durante esses anos, haviam finalmente encontrado a sua combinatória, e agora formavam um lindo quebra-cabeça. O quebra-cabeça que eu tinha orgulho de dizer ser minha vida.

April entra e pega Sofia dos meus braços. Era hora de entrar, e logo depois minha bebê com seu irmão. Isso significava que a próxima era eu, e mamãe já me esperava, pronta e com os olhos marejados na porta. Eu vou até ela, sorrindo também. O vestido branco sem calda emoldurando meu corpo enquanto eu me aproximava. Ela me olha por segundos, para logo falar>

 

-Seu irmão e seu pai estariam emocionador e muito felizes em te ver assim. - Ela diz, sorrindo.

 

-Eles estão, mãe. Eu posso sentir a presença deles. - Eu digo, e era verdade. Desde que eu havia acordado, o cheiro adocidado de rosas havia me acompanhado por todos os lugares. O sentimneto aveludado em meu corpo também, e talvez isso estivesse totalmente ligado ao fato de ser o dia do meu casamento, mas eu preferia acreditar que era os dois.

 

-Você se lembra aquele dia na varanda? - mamãe pergunta.

 

-Mãe, foram muitos dias na varanda...

 

-O dia em que eu falei de suas rugas!

 

-Ah... - eu falo, me recordando.

 

FLASHBACK --->

 

Sento na cadeira de balanço, enquanto minha mãe distribui vinho em duas taças. As cadeiras são verdes e um pouco velhas, embora não estivessem ali quando visitei aquela casa pela primeira vez. Quando minha mãe senta ao meu lado, sua cadeira range, e ela sorri.
De repente, é como se eu tivesse passado 30 anos fora, e não 20. Como se minha mãe fosse muito mais velha que é. Talvez porque sua aparência mostrasse isso, assim como a minha.

-Eu sei o que você está pensando - ela indaga, provando seu vinho.

-Você sempre soube ler meus pensamentos. - Eu digo, e uma parte de mim insiste em lembrar dela.

Ela fica quieta por uns minutos, apenas olhando para as árvores, e eu a encarando. Sei que ela ainda vai continuar a falar, e não me atrevo a mudar de assunto. Eu estava ali a um bom tempo, era hora de conversarmos.

-Lembra aquela música, que ela cantou uma vez para você, e você ouviu por dias inteiros em casa? -Ela começa. -Eu lembro que você a traduziu uma vez para mim, é uma parte dela dizia "Cada ruga em meu rosto, é uma história, é uma parte de mim."

-Era algo assim. - Eu sorrio.

-Sim, era. - Ela sorri também. - Quando eu me olhava no espelho, durante todos esses anos, podia ver minhas rugas e contar suas histórias a mim mesma. Na verdade, elas estavam o tempo todo em minha mente. Quando seu pai ficou doente, eu tive que aprender a reconta-las em voz alta, mas eu nunca pude contar tudo. Quando ele esquecia as dores que nos causou, eu simplesmente ignorava e contava a história de uma forma diferente. Quando ele acordava de noite chorando e me implorando perdão, eu apenas ficava em silêncio e me limitava a dizer qualquer coisa sobre isso, esperando que um lapso o fizesse esquecer tudo de novo. E quando ele acordava um monstro, repetindo tudo que fizera antes, eu apenas rezava e esperava que aquilo passasse. É assim até hoje, quando você ouve os soluços dele no meio da noite, ou os socos na parede.

-É injusto que ele tenha esquecido tudo.

-É, mas não é sobre isso que eu quero falar. - Ela se vira e me encara seriamente. - Quando você tinha 16 anos e nenhuma ruga, eu já sabia que tinha histórias demais para contar. Quando tinha 24 e eu te olhava, sabia que você tinha histórias demais para contar. Quando você foi embora, querida, eu sabia que você tinha histórias demais para contar. Dores demais para carregar. - os olhos dela enchem de lágrimas quando ela continua. - mas quando você chegou aqui, com tantas rugas quanto eu, então eu tive que me limitar a saber quantas histórias elas contam, porque eu sabia que era mais do que qualquer um deveria suportar.

-Por Deus, mãe! Não estou tão velha! - eu digo, tentando não mostrar minha voz afetada.

-Não estou falando do seu físico, meu amor. -Minha mãe se apoia no braço da cadeira, se aproximando mais de mim. - Estou falando de sua alma."

 

FLASHBACK OFF <---

 

-Como esquecer o dia que você me chamou de velha? - eu pergunto, brincando.

 

-Eu estava errada. - ela diz. - ou talvez estivesse certa, na época. O que eu gostaria de te dizer, agora, é que finalmente posso olhar para o seu rosto e ver a felicidade. De suas rugas não restaram sequer cicatrizes. Apenas duas covinhas, lindas, e um rosto repleto de felicidade. - ela toca meu nariz brincando, e sorrindo continua. - eu sei agora que cada uma delas formou uma grande liga, daqui – ela toca minha cabeça. - até aqui... - ela desce o dedo que tocava minha cabeça, o arrastando até meu queixo – e em toda ás suas partes. Tudo te ligando à felicidade que você merecia, tudo te trazendo até aqui, hoje, onde tudo vale a pena. Se rugas contam histórias, ás rugas de sua face contavam caminhos. Os caminhos que te trouxeram até aqui. E hoje eu posso dizer que sou muito orgulhosa das rugas que você teve, mas muito mais de seu rosto limpo, e de suas covinhas de sorrisos.

 

Eu a encaro sem palavras e com os olhos marejados.

 

-Eu deveria criar um produto de beleza que esconde a idade, então? - eu brinco.

 

-Deus já criou. O nome dele é felicidade. - ela sorri, e me abraça.

 

 

 

 

Calliope Torres.

 

Mark atravessa o quarto, sorridente. Erick está ao seu lado, o habitual sorriso preenche seu rosto. Meu garotinha tinha o sorriso mais lindo do mundo, e não cansava de aprensenta-lo.

 

-Como você sente? - Mark pergunta. - Ainda dá tempo de desistir!.

 

-Hey, tio Mark! - Erick chama sua atenção. - não diga isso para a mamãe!.

 

-Eu estou apenas brincando, garotão. - Mark diz, e logo eles estão sorrindo e rindo um para o outro. - você está linda!.

 

-Primeiramente, eu me sinto nervosa. Segundamente, Mark está certo e você não deveria me propor isso na frente dele. Talvez nem longe. Mas eu vou relevar. - eu sorrio. - e sim, estou linda.

 

Eu estava, mesmo. E me permitia admitir aquilo. O cabelo preso em um coque alto, a maquiagem clara e o grande véu, tudo era feito para parecer como minha mãe há alguns anos atrás. Até o vestido lembrava o dela, e abraçava meu corpo da mesma forma que o dela fez. O sorriso emoldurava minhas fotos como emolduraram ás dela e logo pareciamos duas irmâs identicas.

 

-Seu pai já está te esperando. - Mark diz, e eu me levanto.

 

Agora era hora de eu finalmente me tornar Calliope Torres Robbins, e eu não poderia estar mais contente.

 

-x-

 

Eu caminho pelo caminho em curva, enquanto os convidados em volta já me encaravam. O céu era aberto e ensolarado, ás rosas brancas definiam o estreiro caminho, além de pefuma-lo. Tudo era lindo e fazia parecer como o paraíso, o céu. Meu céu. E quando a curva termina, eu a encaro: Linda de uma forma não comparativa, fazendo meu coração bater acelerado e minhas mãos suarem exatamente da forma como a encontrei pela primeira vez.

 

 

FLASHBACK →

 

 

 

-Eu acho muita dor de cabeça irmos em role de ensino médio! - eu digo em protesto, bufando.

 

-Callie, você acabou de sair do ensino médio. - Lola protesta. - além disso, ás amigas da minha irmã são lindas e super pra frente, sério.

 

=Ah, por favor, você acha mesmo que eu vou ficar com alguma garota dessa idade?. - eu dou risada.

 

-Ok, talvez não desenrole nada, mas essa galera bebe que é uma beleza, a festa vai ser regada de bêbida e nós vamos ficar loucos demais!!! - ela fala super animada, como se ficar bêbada com adolescentes fosse a melhor coisa do universo.

 

-É Callie, relaxa. - Jonny fala, já pegando uma garrafa de vodka. - vamos beber.

 

Eu reviro os olhos e pego a garrafa das mãos deles, tomando um grande gole direto dela.

 

-Hey. - alguém toca em meu ombro enqunanto fala, e eu me viro imediatamente.

 

Uma garotinha – ok, talvez não garotinha – de olhos azuis me encarava. E, uau, que olhos. E agora ela sorri e uau, que sorriso. Ah, e o cabelo dela é tão... ondulado. Meu Deus, tudo nela faz meu coração palpitar e minhas mãos suarem e eu só a olhava há um segundo.

 

Que diabos, será que ensino médio é um vírus e pega? Porque eu me sinto nele de novo.

 

-S... sim? - eu gaguejo. Definitivamente estava de volta ao ensino médio.

 

-É... então... - ela dá de ombros, sorrindo boba. Eu percebo que ela está bêbada pela coloração vermelha e os olhos perdidos, que iam do meu rosto até meu corpo sem parar. - minhas amigas me desafiaram a … pedir um beijo para você. Mas você não precisa dar, quer dizer, se você se negar tudo bem porque o desafio é meu ma...

 

Eu não penso duas vezes e a corto, a puxando pela cintura e colando nossos lábios. É um beijo rápido e mesmo assim, intenso e anormal. A garota era nova, e mesmo assim beijava bem. Digo, muito, muito bem. Quando digo muito bem, quero dizer o melhor beijo da minha vida.

 

-Uau... - ela fala quando se afasta, eu sorrio e meus amigos riem atrás. Mas a verdade era que eu também estava dizendo ´´uau´´ internamente.

 

-Qual seu nome? - eu pergunto.

 

-Arizona.

 

Sim, eu havia roubado um beijo de uma garota com um nome super estranho e muito mais nova que eu. E sim, havia sido o melhor beijo da minha vida. E sim, algo me dizia que muita coisa sairia dali.

 

 

FLASHBACK OFF ←

 

Arizona Robbins

 

Calliope se aproxima, deslumbrante. Ela parecia uma rainha, a rainha mais linda do mundo. O vestido, o cabelo, o véu, o sorriso, os olhos. Tudo se vestia nela como a perfeição, se encaixando em cada pequena parte sua e a fazendo ser tão minha. Minha Calliope. Minha.

 

O sorriso, que também pertencia a todos meus sentimentos mais bonitos, ilustrava seu rosto como ás rosas ilustram um jardim. Quando ela está ao meu lado, o perfume faz a vez.

 

Seu pai beija minha testa e a dela, cumprimentando minha mãe com um sorriso cordia. Mamãe havia entrado comigo, me levado até ali, e agora sai de seu lugar para depositar um beijo na bochecha de Calliope. Logo estamos todos em nossos lugares, e eu e Callie trocamos nossos últimos olhares antes de nos virarmos para o juiz de paz.

 

´´Eu te amo´´ ela diz em silêncio.

 

 

FLASHBACK →

 

´´Eu e Calliope fazemos sanduiches juntas. Eu havia faltado na aula para acompanha-lá té uma palestr da faculdade, o que não havia sido nada certo, mas como eu tinha adquirido bastante conhecimento sobre direito trabalhista não considerei tão errado assim.

 

-Tim, você quer o seu com queixo ou sem? - Calliope pergunta.

 

-Ah, eu odeio queijo! - ele diz fazendo uma careta. - mas coloca muito ai.

 

-Ué, mas você acabou de falar que odeia queijo. - Calliope pergunta realmente confusa.

 

-É, mas eu gosto de me desafiar. - ele diz, sorrindo convencido.

 

-Arizona, você tem certeza que esse menino não caiu quando era pequeno?

 

-Você tem alguma dúvida? - eu respondo e todos rimos.

 

-Você quer com queijo? - Ela pergunta, fritando meu hamburguer.

 

-Claro, eu amo queijo! - eu respondo dando de ombros.

 

-E você me ama? - ela solta e eu a encaro imediatamente. Sinto minhas mãos suarem. Nós ainda não haviamos chegado até aquele ponto, não haviamos proferido aquelas três palavras e, embora eu já sentisse tudo, também havia medo. Medo de dizer porque, admitir em voz alto, significava que era verdade. E que eu não podia fugir, gritar ou correr. Eu tinha que aceitar ou ignorar suas palavras. Naquele momento, eu escolho o que faz meu coração palpitar, e acredito que talvez fosse isso que chamam de ouvir o coração.

 

-Muito. - ela sorri.

 

-PAGE CARDIO, ESTOU TENDO UM SURTO DE DIABETES AQUI!!! - Tim grita atrás de nós.

 

-Cala a bocaaaa, Tim!. - nós falamos juntas, e logo todos estamos rindo.´´

 

 

FLASHBACK OFF ←

 

 

-Casadas.

 

São ás últimas palavras que o juiz de paz diz, logo após assinarmos os papéis, e ás únicas que eu ouço.

 

-Vocês podem dar um beijo para selar a únião.

 

Eu e Calliope nos encaramos novamente. Agora, pela primeira vez, a vejo como sempre sonhei. Como minha mulher. Minha esposa. Mãe dos meus filhos e sempre, sempre dona do meu amor. Nem os machucados, nem o tempo, nem a distância, nada foi capaz de nos separar. Nada. Tudo havia servido para chegarmos até ali. Cada obstáculo havia emoldurdo noss história como um porta-retrato de ouro e sobmedida. Agora, quando nossos lábios se encontravam, eramos finalmente casadas. Eramos uma só, como sempre foi, mas de forma oficial.

 

Eu e Calliope estavamos juntas, para sempre.

 

Erick corre até nós puxando Sofia e nos abraça. Eu e Callie nos abaixamos e todos juntos, damos um super abraço em grupo. Arroz e flores chovem em nós, e todos batem palmas e gritam.

 

 

Nossa família. Nosso amor. Nosso infinito particular. Nosso infinito.

 



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