1. Spirit Fanfics >
  2. Wildfire >
  3. Uma pequena conversa

História Wildfire - Uma pequena conversa


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem? To meio chateada porque embora a fic tenha boas visualizações, é uma ou outra pessoa que comenta (1 comentário por capítulo para 14 exibições dói, viu?) então acho que vou excluí-la daqui. Eu estudo de manhã ateeee anoitinha, e é difícil manter postando em dois sites se não tem nenhum incentivo. Me digam, por favor, o que vocês acham :(

Capítulo 5 - Uma pequena conversa


ARIZONA

Eu podia sentir os olhos de Callie queimando em mim enquanto eu fazia o possível para salvar a vida do garoto, mas naquele momento estava muito preocupada em meu trabalho. E após entrar no centro cirúrgico e fazer minha primeira cirurgia em Seattle, com a ajuda de Alex que cuidou do garoto enquanto eu colocava minha perna no devido lugar. Ainda depois da cirurgia, fiz mais duas em outros garotos baleados, e isso tomou todo meu tempo. Não pude ao menos sentar e me questionar sobre o que havia acontecido. É só na hora do almoço - que já é quase janta- que posso me sentar no refeitório e realmente pensar em tudo que aconteceu.
Eu havia visto Calliope Torres! Sim, após tantos anos, ela estava ali. E aquilo era tão novo e... Diferente. Eu nem ao menos podia acreditar no que estava acontecendo. Não podia ao menos pensar que era real. Eu a havia encontrado! Ela era real!. Ela estava ali, naquele prédio, e a qualquer minuto entraria no refeitório e falaria algo comigo, com seu típico lindo sorriso no rosto. E eu sentiria minhas mãos soadas e coração apertados de novo, porque era isso que ela fazia comigo. Embora eu não conseguisse recordar como fora antes, eu sabia que sentirá isso outras vezes.
Sentada no refeitório, relembro toda nossa história. Havia conhecido Callie muito nova, eu tinha apenas 15 anos e acabava de entrar no ensino médio, enquanto ela com seus 20 e poucos ja estava na faculdade. Na época ela fazia direito, e eu lembro-me de como ficava impressionada quando ela me contava sobre suas matérias na faculdade, e como os olhos dela brilhavam quando eu falava do meu sonho de ser médica. Assim que começamos a namorar, eu comecei a estudar para conseguir aumentar minhas notas e entrar em uma boa faculdade, o que nos afastou demais (e às vezes eu me sinto culpada por isso). Mesmo assim, ficamos juntas. E eu a amava cada dia mais, e amava a forma como nosso amor se adequava as tempestades, a distância, aos dias Separadas. Eu sabia que era um bom soldado na tempestade, mas nunca imaginei que nosso amor poderia ser também. E logo após isso descobri que na verdade, ele não era.
Calliope me abandonou no ano em que eu completaria 18 anos, para ficar com Erika. Ela disse "eu não te amo mais", e essas palavras proferiram na minha mente por todos os anos que a amei - até que finalmente parasse. Ou parecesse parar - e eu nunca a perdoei por ter me machucado tão forte. Eu me preparei nos primeiros dias para ela pedir meu perdão, e dizer que me amava. Aparecer na minha porta e implorar perdão, falar que estava errada e que eu era tudo para ela, que era seu ar e cada átomo do seu corpo. Mas logo os dias se tornaram semanas, e depois anos. E ela nunca veio até mim.
Fazia 10 anos que eu não havia, mas desde aquele dia, contabilizávamos 17 anos. 17 anos sem vê-la, 17 anos sem ver os olhos dela e saber que era real. E era inusitado para mim não poder acreditar que ela realmente existia, e estava ali, e mesmo assim poder sentir uma confusão de sentimentos dentro de mim.
É loucura!.
Tento distrair-me de meus sentimentos e sento-me numa mesa do refeitório, sozinha. Abro a bolsa que minha mãe havia preparado cuidadosamente para mim, dentro dela há uma pequena bolsa térmica é uma garrafa térmica. As coloca em cima da mesa, abrindo a bolsinha térmica e tirando de dentro uma vasilha, dentro estava perfeitamente duvido: um pouco de arroz, ervilhas, feijão e um filé de frango frito. Sorrio. Aquela era a comida que eu mais gostava que mamãe fizesse para mim. Logo descubro que na garrafa também há meu suco preferido, de maracujá. 
Dou a primeira garfada quando de repente, Alex se senta do meu lado, e em segundos outros médicos ocupam todos os lugares da mesa.
—Você parece estar no ensino médio. -Diz uma das médicas, uma japonesa, qual o nome dela...
—Cristina, deixe a garota em paz. -responde outra - sou Meredith Grey.
—Sou Arizona Robbins. - aperto sua mão.
—Arizona, por que você não compra comida na cantina? Os médicos têm desconto. - Diz uma garota na ponta da mesa. -Inclusive, sou Lexie grey. 
—Ela é fitness. - Alex responde.
—Prazer, Arizona. - eu respondo sorrindo. - Não é isso, mas eu cheguei faz pouco tempo, ainda estou meio perdida aqui.
—Chegou faz pouco tempo no hospital? - O moreno que Alex havia me apresentado mais cedo, e eu achava se chamar Jackson pergunta.
—Na verdade em Seattle mesmo, eu... - sou cortada pelo som alto da cadeira raspando no chão.
—Vá para lá, Alex. - Ouço a voz de Callie, e logo ela coloca a cadeira ao lado da de Alex. Todos a olham.
—O que foi? Estou com fome. -Ela responde.
—Vocês sabiam que Callie e Arizona já foram namoradas? -A ruiva, cujo nome eu ainda recordava fala. Eu coro imediatamente.
—Quem te disse isso? - pergunto encabulada.
—É verdade? - todos os outros indagam junto.
—April, eu te conto as coisas esperando segredo! - Callie fala algo. - é verdade, mas foi há muitos anos atrás.
—muitos anos tipo? 
—17 anos. -eu respondo. Depois, coro de novo - digo, 17 ou 18, não me recordo direito.
Callie me encara com os olhos como se eu tivesse dito algo errado.
—Tá bom, agora deixem Arizona continuar. - Meredith fala. - Você não morava em Seattle?
—Ah, não... - eu respondo após algum tempo de silêncio. - Estive fora por muito tempo.
—Esteve? - Callie pergunta de repente.
—Sim.
—Quanto tempo? -ela indaga.
—10 anos.


CALLIE

—10 anos.
A encaro, não disfarçando minha perplexidade. Ela esteve 10 anos fora? Dez ano longe de Seattle?.

—Onde? - Alex corta o silêncio que surgi de repente.
—Na África, eu trabalhava cuidando de algumas crianças. - ela responde, e eu não paro de encara-la. - Médico sem fronteiras o nome.
—Ah, eu conheço. É um projeto lindo. -Meredith diz - mas você ainda voltava para casa, certo?
—Não, eu fiquei lá 10 anos direto. Na verdade, quando você vai e se apega às crianças, é difícil voltar para casa. - ela responde e é a primeira vez em 17 anos que vejo seus olhos brilhando. 
Imagina-la ali era tão inacreditável quanto imagina-lá rodeava de crianças Áfricas. Mas eu sabia que quando parasse para imaginar, iria sorrir. E não conseguia entender bem o porque.
—É um lindo trabalho, parabéns. -eu falo dando meu melhor sorriso, pois não sei o que falar.
—Obrigada. -ela sorri e suas covinhas aparecem, deixando seu rosto angelical. Ela definitivamente mudou, e suas feições mudaram, mas aquele sorriso... Ele me fazia lembrar dela há 17 anos. Ele me fazia querer sorrir.
—Eu posso te perguntar sobre sua perna? - Alex diz de repente.
—Alex! -todos dizem juntos, a Meredith joga uma batata frita nele, que apenas da de ombros.
Isso me deixa ansiosa. Desde a cena no PS, eu não conseguia deixar de imaginar o que havia acontecido com ela. Quando eu imaginei encontrá-la mudada, nunca imaginei que seria com tanta intensidade. Saber que algo havia acontecido, que ela havia vivido uma vida tão diferente da que eu imaginei. Me dava uma pontada de tristeza.
Eu havia perdido demais.
—Foi um acidente de carro. - Ela responde objetiva.
Todos fazem silêncio

ARIZONA


—Que bom que tudo ficou bem. - Meredith fala.

Sinto arrepios a lembrar de tudo. De todas as dores, dos meses no escuro, da perda de Tim. A queimação no peito, muito pior que a da perna.

—É. - é a única coisa que eu respondo. O BIP que Alex havia me dado e explicado como funcionava toca.

—Acho que tenho que ir. - Levanto, saindo da mesa.

—Arizona! - Calliope diz, e quando me viro ela já está em pé. - Você pode me esperar na hora de ir embora? Preciso falar com você.

Minha cabeça se enruga em duvida.

—...Sobre a perna. - ela continua.
—Ah. -eu respondo. E paro por um segundo pensando. Primeiro, eu assento com a cabeça. Mas depois, eu sigo todos meus instintos.

—Ainda é muito cedo, Calliope. Podemos falar sobre isso depois.

A Arizona fria voltava à tona de repente, e eu me sentia feliz por ter minha armadura em seu lugar de novo. Me viro sem olhá-la e vou até onde me bipar.
O resto do dia corre bem, e as 20h estou esperando minha mãe em frente ao hospital. Eu me sentia super cansada, e no outro dia tinha um plantão, o que prometia deixar-me ainda pior. Eu pensava sobre o que faria com aquela perna, que não parava de doer e apertar minha coxa, quando vi Callie saindo pela porta do hospital. Ela passa por mim sem me ver, e vai até um carro, onde uma mulher fumando à espera. A mulher vai com o corpo um pouco para frente, e eu a reconheço.

É Erika.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...