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História Will you be there? - Pra sempre?


Escrita por: thilover

Notas do Autor


Olá peopleeeeeeeeeeee, pra quem lia minhas fics (tipo USC)... I'm back!!! - pra quem n leu nenhuma, ignore (e leia kkkk)


PRA QUEM JÁ ME LIA:

Bom, eu tive que dar uma pausa nessa conta, estava atolada e, além de tudo, tinha perdido completamente o sentido das fanfics que eu escrevia aqui. Nem deveria ter escrito USC III, a história era boa até a segunda temporada e eu caguei nela hahaha
Enfim, eu tinha desistido dessa conta e das fics com o Thiago.
Comecei outras fics e acabei escrevendo uma que adorei (que se chama 'Daddy, como home'). Pensei e repensei, fiquei com saudades de vocês e do beiçudo eeeee... Decidi adaptar a fanfic q tanto gosto pra matar a saudade

Então, espero q gostem dessa :3


PRA QUEM NÃO ME LIA:

Como eu disse na sinopse, essa fic é uma adaptação de outra fanfic minha. Espero que gostem :)

Capítulo 1 - Pra sempre?


 

~~Mariana~~

Sinto muita falta dos anos na capital, eu com certeza era mais feliz e nem sabia. Sinto falta das pessoas que estavam comigo naquela época, dos meus colegas, das minhas professoras e ‘cuidadoras’, das outras crianças. Tenho saudade das festas, dos almoços de domingo, dos passeios pelo Rio em grupo. Mas o que mais sinto falta são as pessoas próximas, que eram como minha família – Angela era tão boa pra mim, me tratava como uma filha de verdade. Claro, eu vivia colada no filho dela. E, eu não queria, mas sinto uma falta imensa de Thiago.

 Sinto falta do verdadeiro Thiago.

 Apesar de tudo, eu fui uma criança feliz. Era uma daquelas bem espoletas, gostava de subir em árvore, plantar bananeira, me sujar toda e brincar com os garotos; com um garoto em especial. Eu nunca conheci meus pais, construí minha família no orfanato onde cresci no Rio de Janeiro, o “Lar dos Anjos” (um nome engraçado e bonitinho que escondia que na verdade éramos pestes, não anjos), que hoje não funciona mais. Mesmo sendo a ‘abandonada’, eu costumava achar o lado bom das coisas, dava risada de tudo e tinha um amigo especial que estava sempre comigo e gostava das mesmas coisas que eu. Eu era uma peste, ele também.

 Tudo começou nas festas do orfanato, sempre via o mesmo garotinho por ali, às vezes acompanhado de uma senhora brava e que me parecia bem ranzinza. Eu descobri que aquele garotinho era um tal de Thiago Silva, ele morava por perto e adorava aparecer nas celebrações que aconteciam no Lar. Não demorou pra que começássemos a conversar, crianças arrumam amizades com uma facilidade incrível. O apelidei de Ago/Thi e ele me apelidou de Mia, explicando que eu me parecia com uma garota de seu bairro que também usava óculos. Sempre usei óculos, desde bem pequena.

Tínhamos tantos problemas, especialmente com nossas famílias. Eu não conhecia meus pais, vivia num orfanato e Thiago, embora conhecesse a mãe, não se relacionava com ela e não conhecia o pai; vivia com a tia (a tal senhora brava) – ele até hoje não fala disso, mal as ‘fãs’ dele sabem do período em que a tia Angela ficou sumida.  Mas, como boas crianças, não dávamos bola pra isso e nos importávamos mais em nos divertir. Jogávamos bola juntos, nos metíamos em confusão, escalávamos os muros e as árvores, brigávamos com as outras ‘turmas’ – na verdade, o que mais fazíamos era arrumar confusão; eu era uma daquelas ditas ‘molecas’.

 Quando estávamos com sete anos, mais ou menos, decidimos que seríamos namorados. Todo mundo sabia que Thiago era terrível, que ele era briguento e até meio ‘chato’ com qualquer outra pessoa, mas comigo não. Primeiro porque éramos parecidos e, depois, ele era meu namorado, oras. Pensando agora, como num flashback, ele se transformava comigo, era carinhoso, divertido e protetor, ainda que só uma criança – eu agia da mesma forma, ele era muito especial pra mim. Pra começar nosso ‘namoro’, Ago me deu um anel, era um daqueles de plástico, azul; e eu o guardo até hoje (mesmo sem ter motivos pra isso).

  A tia dele não gostava de mim, Thiago me contou que ela não gostava que ele andasse com pessoas ‘inferiores’. Sim, ela costumava segregar as pessoas pelos locais em que moravam ou pelas famílias (isso porque eles também não eram nada ricos, mas ela gostava de ter pose), mas seu sobrinho era teimoso o bastante pra contrariar todas suas regras. E Thi era bom em quebrar regras, ele a contrariava e aparecia quase todo dia no orfanato pra passarmos as tardes juntos – ele se tornou meu melhor amigo, eu ficava mais com ele que com as crianças do Lar. Thiago chegou a dormir no orfanato escondido mais de uma vez, eu o encobria e ele me encobria quando eu precisava.

 Ele era um garotinho incrível, com ideias malucas e um senso de humor fora do comum. Foi ele quem me ajudou a aprender a escrever e eu apresentei a ele a guerra de travesseiros, uma das nossas brincadeiras favoritas na época. Acho que só não nos matamos por muita sorte, várias vezes nos machucamos com nossas estripulias e nos metemos em situações até que perigosas – isso porque nem estou contando os ‘desafios’ que lançávamos um ao outro, como se pendurar de cabeça pra baixo nas árvores ou passar a rua correndo quando vinha algum carro.

 Pra qualquer pessoa que nos perguntasse, éramos oficialmente namorados! Claro, em pouco tempo acabamos esquecendo esse papo de namoro e seguíamos com nossa amizade. Começamos a frequentar a mesma escola primária e éramos uma duplinha conhecida e intitulada ‘Aguinho e Mia’ – meu apelido acabou pegando. A tia ranzinza continuava sem gostar de mim, mas teve que me aturar, afinal, seu sobrinho me levava pra sua casa de vez em quando sem nem avisá-la.

 Fomos crescendo juntos, Thi era uma criança brilhante, inteligente e amorosa. O tempo fez com que nós dois nos tornássemos ainda mais próximos, entretanto, mais fechados para o resto do mundo – a cada dificuldade fomos aprendendo a nos defender, mas isso implicava em sermos mais agressivos, grosseiros e rudes com as outras pessoas, isso ‘afetou’ principalmente a ele. Entre nós dois, nada mudava.

 Quando eu tinha uns 11 anos, Ângela, a mãe do Thiago, reapareceu com mais força em sua vida; e foi muito importante em minha vida também. Ela era fantástica, divertida, linda, simpática e amante de todo tipo de esporte. Desde que me conheceu foi como uma mãe pra mim, me tratando com carinho e cuidado, eu era encantada por ela. Pra meu azar, quando completei 15 anos, o Lar dos Anjos começou a ser ‘desocupado’ e me mandaram pra um orfanato de uma cidade do interior. Eu não ligava em trocar de escola, de rua, de bairro, o que fosse... Mas eu não queria me separar do meu único e melhor amigo.

 Aliás, quando fui pra cidade vizinha, Thiago estava se tornando mais que um amigo pra mim. Eu o achava atraente, inteligente, divertido e carinhoso. Ele sabia tudo sobre mim, assim como eu sabia tudo sobre ele; tínhamos interesses parecidos e sempre estivemos juntos, podíamos contar um com o outro. Em pouco tempo cheguei a conclusão óbvia: eu estava apaixonada pelo meu melhor amigo. Naquela época, nos víamos frequentemente, com alguns ‘dias’ de distância entre os encontros – ele pegava o ônibus e vinha me ver, já que era difícil eu conseguir autorização pra ir pra capital. Ele normalmente nem ia pra escola e ficava quase o dia todo comigo.

 Como é de se esperar, no começo achei que estivesse ficando maluca, achei que estivesse confundindo as coisas. Mas a partir do momento em que eu não conseguia mais tirá-lo da cabeça, acabei cedendo a minha paixão.  O problema agora era que, eu tinha certeza de que ele só me via como amiga, ele jamais iria querer ficar comigo. Eu nem era a menina mais bonita, legal e popular que ele conhecia. Pelo contrário, os garotos costumavam me atormentar porque eu era (e ainda sou) baixinha, magra, sem graça e com cara de nerd. Thiago era popular, jogava futebol, era demais pra pensar em ficar comigo, ele estava começando a jogar num clube maior e, a meu ponto de vista, estava ficando incrivelmente mais bonito.

 Gostávamos de passar algumas horas na praia e ele gostava de me mostrar tudo que estava aprendendo, todo tipo de jogada; além de gastar longos minutos xingando a odiada escola ou as proibições que a tia lhe impunha. A única vez que consegui permissão pra ir pro Rio de novo foi numa circunstância terrível, a tia Camilla, minha cuidadora mais carinhosa e mais amiga, tinha sofrido um acidente e morrido. Eu estava arrasada, Thiago não sabia como me consolar, eu não acreditava que tinha perdido mais uma pessoa que amava.

 Conversamos por um longo tempo naquele dia e chorei em seu ombro por horas, foi uma perda imensurável pra todos que conheciam aquela mulher fantástica. Embora eu fosse sempre aberta com todos, Thi percebeu que eu tinha mudado depois de mais uma perda, tinha raiva e rancor guardados, tinha medo, culpa e angústia. Poucos dias depois ele me surpreendeu com o inesperado e me pediu em namoro, a encantada e bobinha Mariana aqui aceitou, óbvio. Depois daquele dia eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, com o melhor namorado do mundo. Foi um alívio no meio do terror da falta da tia Camilla.

 Íamos juntos caminhar na praia, ele me levava presentes, me mandava cartas quando estava longe, compartilhávamos nossas novas experiências com meus estudos e com o futebol dele, ríamos sozinhos de nossas próprias piadas e eu era a pessoa que tinha que avaliar cada nova obra de jogador que ele inventava. Eu o esperava toda vez na estação, todo dia tínhamos um abraço apertado de ‘oi de novo’ e um beijo triste e demorado de ‘até amanhã’. Prometíamos lealdade e fidelidade, eu cumpria e o achava sincero.

Excetuando os momentos difíceis, tudo parecia maravilhoso. Nosso namoro ia a mil maravilhas, eu o amava e sentia que ele também me amava. Seu time estava indo cada vez melhor, eu me preparava pra quando tivesse que sair do orfanato e viver minha própria vida, estudava a cada dia e pretendia entrar num curso pra ser professora. Eu o apoiava e ele me apoiava, éramos praticamente complementares e nos conhecíamos desde crianças; era como estar no paraíso aos 17 anos. O que podia dar errado? Quando se é adolescente, o amor parece a resposta pra tudo, eu achava que só por amar alguém e me sentir amada já estava imune a qualquer problema, tudo continuaria correndo bem –não podia estar mais enganada.

 Uma hora tudo mudou, o amor se perdeu, não éramos mais os melhores amantes, namorados e amigos. Não éramos mais dois adolescentes sonhadores que pensavam no futuro cheio de sucesso, realizações e metas. Éramos desconhecidos.

 Como? Simples, eu fiquei grávida.



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