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História Will you like hunt with me? - Season 1 - Piloto


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


HEHEHE
Cheguei!
À quem chegou agora e à quem já sabia, desejo boa leitura <3
Será uma estrada longa que eu estou ansiosa para trilhar com vocês <3
Beijão!!

Capítulo 1 - Season 1 - Piloto


Fanfic / Fanfiction Will you like hunt with me? - Season 1 - Piloto

Harriet POV

Meu nome é Harriet Cooper. Só isso. Rápido e prático.

Não sei como começar a te contar minha história, até porque não sei a partir de que ponto ela começa. Atualmente eu viajo sozinha viajando pelos EUA no meu Mustang Fastback azul escuro, esuro como um céu pós tempestade. Não tenho trabalho, ou melhor, não faço algo que as pessoas consideram como um trabalho.

Eu caço monstros, criaturas sobrenaturais, fantasmas, vampiros, lobisomens e toda essa baboseira. Algum dia você saberá o porquê, talvez.

Eu posso afirmar que essa vida não é uma coisa maravilhosa. Ela tomou tudo o que eu tinha, materialmente e emocionalmente falando. Roubou quem eu era e quem eu pretendia ser, deixando uma vida sozinha, com um imenso vazio em meu peito.

Presumo que queira saber como eu sou, dizem que ajuda quem está aí do outro lado a se situar. Vamos lá: eu tenho olhos verdes, mas não um verde normal, havia uma manchinha castanha neles que saía da pupila em direção às bordas, o que a ciência chama de heterocromia. Meu cabelo cai até minha cintura e é castanho escuro, porém, houve um dia em que eu decidi mudar, o que me resultou em um cabelo castanho com um degradê vermelho escuro na direção das pontas. Não, eu não sei porque eu fiz isso. Eu só sentia que precisava mudar.  Meu corpo era firme, eu me cobrava de fazer exercícios e alongamentos todos os dias. Com a alimentação desregulada, eu havia perdido peso e minha cintura era marcada agora, contrastando com meus peitos que enchiam belos decotes e eu usava desse benefício quando precisava de informações importantes, se é que me entende.

Acredito que seja basicamente isso.

Então, acho que é daqui que partimos para essa longa história. Preparado?

Bom, eu estava em um café na cidade de Jericho, cidade vizinha da qual eu havia eliminado um Poltergeist um dia atrás. Eram cerca de 6h40 da manhã e eu esperava pelo meu café enquanto lia o jornal. Foi aí que uma notícia me chamou a atenção.

Ela falava sobre o desaparecimento de um homem há cerca de um mês. Seu carro havia sido recuperado, mas ele não havia sido encontrado até o momento.

A garçonete trouxe meu café e eu ignorei-a, pegando meu notebook de dentro da mochila, colocando-o sobre a mesa. Comecei a pesquisar sobre a notícia do desaparecimento e foi aí que mais dados foram aparecendo. Outro desaparecimento havia sido constatado em abril deste ano, outro em dezembro de 2004, 2003, 1998 e 1992. Um total de dez nos últimos vinte anos. Todos homens, na mesma faixa de oito quilômetros de estrada.

Salvei as notícias em meu computador e tomei meu café, pagando pelo meu pedido antes de sair. Voltei até o quarto no hotel que eu havia alugado próximo dali e joguei minha mochila em cima da cadeira, indo até a cama com meu notebook e meu caderno de anotações. Anotei tudo: nomes, datas dos sumiços, tentei juntar tudo da maneira mais organizada possível, o que me tomou o dia todo.

Quando amanheceu eu olhei meu celular e vi o alerta policial nas notificações, o que indicava que algo havia acontecido. Verifiquei se meu distintivo estava na minha jaqueta e segui até o local, agradecendo por ter hackeado o sistema policial local para investigar tudo.

Cheguei até o suposto local do crime e desci do carro, aproximando-me dos policiais.

- Agente Stenfield - falei, mostrando o distintivo - FBI. Pode me dizer o que aconteceu?

Olhei rapidamente para baixo da ponte onde eu estava e vi dois policiais procurando pistas pelos arredores do rio.

- Olá, agente - o policial respondeu, olhando-me de cima para baixo - o que o FBI faz aqui? É uma cidade pequena, podemos dar conta.

- Como deram dos outros desaparecimentos? - devolvi a pergunta e ele me encarou, fechando a cara - o que aconteceu?

- Ele desapareceu. Não há sinais de luta, não há pegadas, nem mesmo digitais. Impecável, quase limpo demais - ele disse e eu olhei para o carro, o qual outro policial vistoriava - esse garoto, Troy, era namorado da sua filha, não era? - ele perguntou ao outro policial.

- Sim - ele respondeu.

- E como está Amy?

- Pregando cartazes pela cidade.

- Vocês tiveram outro caso como esse mês passado, não foi? - perguntei e a atenção dele se voltou para mim.

- Isso mesmo. A cerca de 1,5 quilômetros daqui. E houve outro antes.

- O senhor conhecia a vítima?

- Em uma cidade como essa, todos se conhecem.

- Alguma ligação entre as vítimas além de serem todos homens? - perguntei e comecei a olhar o carro, andando em volta do automóvel.

- Não até agora.

- Qual é a teoria?

- Francamente, não sabemos. Um assassino em série? Círculo de sequestros?

- Ok - falei e vi um Impala estacionando no outro lado da ponte. Vi dois rapazes descerem e começarem a se aproximar do local - obrigada pela atenção.

Eu me virei e voltei para meu carro, dirigindo para longe dali.

- Você deve ser a Amy - falei ao me aproximar de uma moça que espalhava cartazes pela cidade.

- Isso - ela respondeu, fixando outro cartaz na parede.

- Sou prima de Troy - menti e ela me olhou.

- Ele nunca me falou de você - ela respondeu e voltou a andar, o que fez com que eu a seguisse.

- Troy e eu somos meio desligados e eu não costumo vir pra cá. Estou procurando por ele, perguntando por aí. Você se importaria se eu fizesse algumas perguntas? - indaguei e outra moça se aproximou dela, olhando-me.

- Eu estava falando no telefone com Troy - ela explicou e eu olhei ligeiramente pela janela da cafeteria - ele estava vindo para casa. Ele disse que me ligaria e… Não ligou.

- Ele não disse nada fora do comum? - perguntei.

- Não. Nada que eu me lembre - ela respondeu e eu sorri sem graça, olhando para o colar com um pentagrama em seu pescoço.

- Gostei do seu colar - comentei.

- Troy me deu. Para assustar meus pais com esse lance de demônios.

- Na verdade, significa justamente o contrário. Um pentagrama é proteção contra o mal. Muito poderoso, quero dizer, se acreditar nessas coisas - elas se entreolharam e eu suspirei - vou ser sincera, tem algo errado no desaparecimento de Troy. Então, se vocês souberem de algo ficarei feliz se compartilharem.

As duas pareceram hesitar e depois de se olharem novamente, viraram para mim.

- O que é? - perguntei.

- É que com tantos caras sumindo, o pessoal fala.

- O que falam?

- É uma lenda local - ela começou, sem jeito - uma garota foi assassinada em Centennial há muito tempo - eu franzi minha testa e prestei atenção nela - e dizem que ela ainda está por aí. Ela pega carona. E quem lhe dá carona… Desaparece para sempre.

- Entendi - falei e, depois de um tempo sem conseguir nada de relevante, me levantei - bom, obrigada pelo seu tempo.

Abri a porta da cafeteria para sair e acabei batendo em alguém, o que fez com que eu recuasse.

- Foi mal - ouvi o cara dizer e eu olhei-o, percebendo ser o mesmo que havia chegado na ponte mais cedo, juntamente com outro rapaz no Impala. Senti um frio no meu estômago ao ver ele me ignorar e continuar andando. Era o loiro bonito, com um perfume que eu não sabia definir, mas era algo marcante.

Ele entrou, seguido do outro e eles andaram até uma mesa enquanto eu os olhava. Vi o mais alto dizer algo ao loiro e ele me olhou, o que fez com que eu obrigasse meu cérebro a dar o fora dali.

Voltei ao meu quarto e abri o notebook em cima da mesa, começando outra pesquisa. Com a lenda contada mais cedo, eu já estava direcionada a o quê procurar. Como provavelmente tratava-se de um espírito zangado, o mais ideal para se procurar era casos relacionados à mortes violentas. Não encontrando nada novamente, decidi pesquisar sobre suicídios em Centennial, o que para minha felicidade, havia um caso que se encaixava.

Abri a matéria e comecei a ler:

Constance Welch, 24 anos salta da Ponte Sylvania. Afoga-se no rio.”

Na matéria, dizia que antes de ser achada, ela havia ligado para a emergência. Ela alegou ter deixado os dois filhos na banheira e, quando voltou, não estavam mais respirando. Olhei melhor a foto do local do suicídio e, como esperado, era a mesma ponte onde o carro de Troy havia sido achado.

A noite havia chegado e eu decidi ir até a ponte, olhar melhor o local. Estacionei o carro e andei até a grade, olhando a água negra brilhante devido ao luar lá embaixo. A brisa fria da noite batia em meu rosto e eu fechei meus olhos, deixando o vento gelar minha face. Olhei uma última vez para a água e me afastei da grade, percebendo luzes em minha direção. Estreitei meus olhos e levei a mão até minha testa, percebendo que era meu carro.

- Ok, quem é o engraçadinho? - eu gritei e comecei a andar na direção do carro. Ouvi ele ligar e eu levei a mão até meu bolso, percebendo que eu estava com as chaves - merda.

Recuei e percebi o carro vindo em minha direção, o que me fez começar a correr. Obriguei minhas pernas a correrem mais rápido e um vulto veio em minha direção, empurrando-me brutalmente para fora da rua. Vi o relance da água e uma queda íngreme e ameaçadora surgiu em minha frente, tornando em vão minha tentativa de manter o equilíbrio. Minhas mãos atingiram a terra molhada e eu deslizei sem parar até chegar na água gélida. 

Meu corpo foi submerso pela água e eu senti meus pulmões arderem conforme o ar suplicava para entrar, deixando-me sufocada. Arrastei-me até a margem e empurrei meu corpo para fora da água, deitando-me na terra molhada enquanto tentava controlar minha respiração, sentindo ainda a fadiga da corrida.

- Você tá bem? - a pergunta veio aos meus ouvidos e eu abri meus olhos, vendo a sombra de alguém sobre mim.

- Sim - respondi e olhei-o melhor, percebendo ser o mesmo cara da cafeteria e da ponte. Tentei me virar e percebi que ele estava literalmente sobre mim, com uma mão em cada lado de meu corpo, deixando-me presa - saia daqui - empurrei-o e ele se sentou ao meu lado enquanto eu também me sentava, olhando a água a menos de um metro de meus pés.

- É assim que você me agradece por ter salvo seu rostinho lindo de uma assombração?

- Eu não precisava de ajuda.

- Claramente não - ele respondeu e eu encarei-o, semicerrados os olhos.

- Quem é você? - perguntei e ele se levantou, estendendo sua mão para mim. A iluminação ruim não impediu que eu conseguisse ver seus olhos verdes brilhantes me observando.

- Eu é quem pergunto. Que diabos você tava fazendo aqui? Podia estar morta.

- Eu sei - respondi ainda com minha respiração ofegante e me levantei, ignorando sua ajuda.

- É perigoso ficar aqui sozinha.

- Eu sei - respondi novamente e olhei o barranco para subir - fantasmas.

- É, de verdade.

- Eu sei.

- O que faz aqui?

- Eu… - comecei a dizer e olhei-o, franzindo a testa - não interessa.

Subi até a rua novamente e encontrei o seu parceiro, que pareceu ficar sem reação, olhando para o outro que subia logo atrás de mim.

- Você tá bem? - ele perguntou.

- Super - a resposta do misterioso homem dos olhos esmeralda foi recebida com um riso.

Eles começaram a conversar sobre algo e eu andei até a grade da ponte, vendo meu carro afundando lentamente na água, o que me fez perguntar como ele havia ido parar lá sem que eu tivesse percebido. Comecei a pensar em como eu iria tirá-lo dali: eu poderia avisar os policiais e eles dariam um jeito, ou eu poderia simplesmente deixá-lo ali, afundando até os finais de seus dias. É, parece uma boa opção.

Senti minha garganta apertar e eu me virei, vendo os dois engajados discutindo e voltei a andar para o quarto em que eu estava hospedada. Eu nunca tive problemas em caçar, mas confesso que vacilei. Não foi muito esperto vir de noite justo num local potencialmente alvo de atividade paranormal. Eu devia ter me precavido.

- Ei, ô estranha - ouvi alguém dizer e eu me virei, derrotada pela decepção - pra onde vai?

- Eu tenho um quarto aqui perto - respondi e encarei-o - e obrigado por me salvar ali.

- Como é seu nome? - ele perguntou e eu parei de andar.

- Harriet - respondi e dei as costas à ele - e agora eu preciso ir.

- Eu me chamo Dean - ele respondeu começando a andar ao meu lado - e aquele lá é o Sam, meu irmão. Nós podemos te levar para casa.

- Não tenho casa.

- Seus pais devem estar te esperando em algum lugar então.

- No céu, eu espero.

- Ah - ele disse - foi mal.

- Tudo bem - falei, suspirando.

- Tem alguma coisa que eu possa fazer por você? - ele perguntou, parando em minha frente, impedindo que eu andasse. 

Ergui meus olhos para ele e vi seu cabelo molhado completamente bagunçado, o que o deixava com um ar um tanto quanto sexy.

- Você pode me beijar - eu disse antes mesmo que pudesse me dar conta. Caraca, eu não sei o que ele tinha, mas eu perdia completamente a linha de raciocínio na sua presença. Se recomponha, Harriet.

- O quê...? - ele perguntou com um sorriso discreto. Percebi ele se aproximar e eu ergui minha mão, fazendo-o parar.

- Escolha ruim - adverti.

- Nós podemos te dar uma carona.

- Eu consigo ir andando.

- Mas eu não vou estar lá pra te salvar desta vez.

- Não vou precisar da sua ajuda.

- Eu sei o que você está fazendo - ele disse, insistente, e eu bufei, olhando-o. Ele parou na minha frente de um jeito confiante.

- Estou tentando ir embora, amorzinho - respondi - mas você precisa sair da minha frente para que eu possa fazer isso.

- Está caçando - ele disse - como a gente. Eu vi você na ponte aquele dia. Vi você com Amy. É difícil não te notar.

- Jura? - zombei, escondendo um sorriso - estou orgulhosa da sua alta capacidade de dedução.

- Nós podemos nos aliar e caçar juntos - ele respondeu e eu revirei meus olhos, encarando-o.

- Eu só quero ir embora - pedi - é sério.

- Eu não posso deixar você ir embora assim - ele continuou e eu estreitei meus olhos - digo...

- Dean. Pare, tudo bem?

- Tudo bem - ele concordou e eu olhei-o por mais alguns segundos antes de voltar a andar, completamente...

 Ah, eu não sei explicar.

Ouvi batidas na porta e eu me virei na cama, olhando meu celular e percebendo que eram 8h20 da manhã. As batidas se repetiram e eu me levantei, indo até a porta.

- Ahm - eu disse e apertei meus olhos, tentando ver se era real - é Sam, certo? - perguntei e ele sorriu, olhando-me sem jeito.

- Isso - ele concordou e eu sorri de volta.

- O que você quer?

- Pensei que talvez você poderia me ajudar no caso - ele disse e eu olhei para trás dele, não avistando Dean - eu te trouxe café - ele sorriu de um jeito sem graça e eu sorri de volta.

- Cadê seu irmão?

- Ele foi preso.

- Ah - respondi e abri mais a porta - entre.

Sam entrou e eu indiquei que ele se sentasse na cadeira ao canto do quarto. Sentei na outra cadeira próxima à ele segurando o copo de café em minhas mãos em cima da mesa.

- Desculpe se te acordei - ele disse, deslizando as mãos nas próprias pernas, como se quisesse secá-las. Eu assenti, bebendo um gole do forte café.

- Então - falei e ele sorriu forçadamente - como achou meu quarto?

- Dean achou - ele respondeu - mas foi preso antes de chegar aqui.

- É, eu sinto que essa é a vibe dele mesmo - resmunguei - vamos ver o que podemos fazer aqui.

Eu e Sam conversamos sobre o caso e compartilhamos informações, o que nos levou a  concluir que ambos tínhamos o mesmo banco de dados sobre os desaparecimentos em Jericho. Sam havia dito que foi conversar com o marido de Constance e, de acordo com dados que ele tinha vindos do pai dele, podia-se concluir que Constance se encaixava no que chamávamos de Mulher de Branco.

A Mulher de Branco é um espírito amaldiçoado de alguém que teve um casamento onde seu parceiro foi infiel e, sofrendo de insanidade temporária, mata os próprios filhos como vingança ao marido traidor. Vendo o que havia feito aos próprios filhos, a Mulher de Branco se matou, deixando seu espírito amaldiçoado solto por aí, matando todos os homens infiéis que cruzarem seu caminho. O que é muito estranho, pois eu sou solteira e ela me atacou, mas enfim. Estranho.

Ao anoitecer, Sam havia planejado alertar os policiais de que havia um chamado de emergência, o que os distrairia e facilitaria a fuga de Dean. Eram 9h da noite e eu avistei Dean saindo pelos fundos da delegacia. Buzinei e Dean deu um pulo, olhando na minha direção.

- Estou aqui para resgatar um fora da lei em fuga - eu falei e ele me olhou, abrindo um sorriso - vamos.

Ele veio até mim e entrou no carro que eu havia roubado; eu dei partida, dirigindo para longe dali.

- Então você e Sam estão trabalhando juntos agora? - ele perguntou e eu olhei-o.

- O irmão genial dele foi preso e eu precisei fazer uma boa ação.

- Certamente - ele disse e pegou o telefone, ligando para Sam - um falso chamado de emergência, Sammy? - ele disse ao telefone - isso é ilegal. Ouça, precisamos conversar - pausa - Sammy, quer calar a boca? - pausa - bem, é o que eu estou tentando lhe contar. Ele se foi. Papai saiu de Jericho. Estou com o diário dele - pausa - mas foi dessa vez - mais pausa - a mesma baboseira de ex-fuzileiro, para que saibamos aonde ele vai. Não sei bem - houve uma pausa longa e eu olhei-o - Sam? Sam! - ele me olhou - Harriet, precisamos ir até Sam.

Estacionei o carro bruscamente em frente à antiga casa de Constance e Dean desceu voando do carro a tempo de atirar no espírito que atacava Sam no Impala. Dean atirou várias vezes e eu desci do carro ao mesmo tempo em que Sam acelerava, levando o Impala para dentro da antiga construção.

- Sam! - Dean gritou e eu olhei para a casa a qual o Impala invadia, não acreditando que aquilo estava acontecendo.

- Merda - eu disse e corri na direção de Sam, atravessando os estilhaços pelo meio do caminho.

- Sam! - Dean gritou novamente.

- Aqui - ele respondeu e eu e Dean paramos no lado do carro, olhando-o.

- Você tá bem? - perguntei.

- Sim.

- Consegue se mexer? - Dean perguntou.

- Acho que sim. Ajudem-me a sair - ele pediu e nós o ajudamos, retirando-o do carro.

- Pronto - Dean disse, sustentando o irmão fora do carro.

Eu me virei e vi o espírito da Mulher de Branco olhando um porta-retrato, o que me fez congelar no lugar. Senti a mão de Dean em meu braço e ele me puxou para trás, afastando-me dela. Constance ergueu os olhos para nós e, em segundos, uma cômoda prendia-nos contra o carro, deixando-nos imóveis.

- Que ótimo - resmunguei.

As luzes da casa começaram a piscar e eu me perguntei como era possível ter energia ainda naquele lugar. Olhei para as escadas e vi água descendo pelos degraus ao mesmo tempo que duas crianças surgiram no topo das escadas.

- Você voltou pra casa, mamãe - a voz ecoou e eu senti meu coração acelerar.

As crianças surgiram ao lado de Constance e a abraçaram, fazendo o espírito desmontar-se bem ali em nossa frente. Em segundos, tudo estava certo de novo. Eu respirei fundo, começando a tentar empurra a cômoda.

Dean ajudou a empurrar e a cômoda virou, libertando-nos. Eu andei até onde o espírito sumiu e vi uma poça de água no chão.

- Então, foi aqui que ela afogou os filhos - Dean concluiu e eu suspirei, passando a mão pelo meu rosto.

- É por isso que ela não podia voltar para casa - Sam comentou - estava com medo de enfrentá-los.

- Você achou seu ponto fraco. Bom trabalho, Sammy - Dean disse e bateu no ombro de Sam, que riu.

- Infelizmente ele não pode dizer o mesmo de você - falei - o que estava pensando atirando no espírito?

- Eu salvei Sam - Dean disse, orgulhoso - e você também. Minhas ideias nunca falham. E Sam - ele se inclinou, analisando o carro - se você estragou meu carro, eu te mato.

- Então, a gente se vê por aí? - Dean perguntou enquanto eu olhava para ele. 

Eu estava fora do carro, com as mãos em meus bolsos, sentindo meu cabelo balançando com a leve brisa gelada da noite.

- Eu não contaria com isso - respondi e ele deu um sorriso de canto - meu azar não deve ser tão grande assim.

- Vejo você em breve, estranha - ele disse e acelerou o carro, saindo dali.

Soltei o ar de meus pulmões de uma vez e girei meus pés no lugar, andando na direção do hotel. Peguei a chave de meu bolso e abri a porta, trancando-a assim que eu entrei. Tirei meus sapatos e me joguei no sofá. 

E, por mais estranho que isso fosse, Dean permaneceu povoando meus pensamentos.

 


Notas Finais


<3


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