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História Wings - Stigma


Escrita por: Anaaxx04

Notas do Autor


Olá a todos novamente. Espero que gostem do cap e desculpem a demora. Aproveitem<3

Capítulo 3 - Stigma


-ABRA ESSA PORTA TAEHYUNG!!! – batia com todas as forças na porta da sua casa.

Ele tinha me mandado uma mensagem esquisita demais, então vim aqui ver o que aconteceu. Mas eu estava batendo aqui á dez minutos e nada dele atender.

Apreensiva demais para pensar, comecei a empurrar a porta com o meu ombro, fazendo o mesmo doer, mas meu medo era maior. Na quinta vez, eu passei pela porta, quebrando ela e gemendo de dor por ter encontrado o chão com tudo. Levantei-me com certa dificuldade e fui correndo para o seu quarto.

Abri a porta, talvez fazendo um buraco na parede quando a bati com tudo e joguei minhas coisas na sua cama, pegando logo a maçaneta do banheiro. Abri, quase caindo de novo e entrei em desespero.

Tae estava com o corpo afundado na banheira, eu via as ultimas bolinhas saírem e meus olhos marejaram. Me ajoelhei ao lado da banheira e o puxei para fora, mas ele era pesado de mais. Segurei ele com minha mão e com a outra tapei seu nariz. Grudei nossos lábios fazendo respiração boca a boca. Fiz isso diversas vezes e meus olhos já estavam molhados, mas soltei todo o ar dos meus pulmões assim que vi ele tossir, jogando toda a água para fora.

Abracei ele forte, me molhando inteira e chorando na curva do seu pescoço. Ele estava gelado e tremia, mas não retribuiu o abraço.

-Tae.. – quando olhei seu rosto, minha vontade de chorar cresceu.

Seus olhos vermelhinhos derrubavam lágrimas e ele maltratava os lábios roxos, enquanto tentava segurar o choro. Sua franja escorria por sua testa e seu cabelo loiro encharcado tampava suas orelhas. Seu peito subia e descia freneticamente e ele apertava a beirada da banheira com força, machucando seus dedos.

Nenhuma palavra foi trocada, apenas o ergui com forças que eu nem sabia ter e tirei ele da banheira. Sentei ele na privada e coloquei uma toalha em sua cabeça, enquanto eu desabotoava a camisa molhada. Ele parou minha mão com a sua e eu o olhei, ele negava com a cabeça e seus olhos estavam arregalados. Sorri fraco e soltei minha mão, voltando a desabotoar. Entrei em choque.

Seu peito estava vermelho e a parte do abdômen estava inteira roxa. Vários machucados e cortes que ainda sangravam, se espalhavam pelo seu corpo e só tinha reparado que havia um corte, quase cicatrizado no canto da sua boca. Suas lágrimas voltaram a escorrer e ele abaixou a cabeça.

Me ergui e fui até seu quarto, pegando uma muda de roupa. Voltei ao banheiro e me ajoelhei a sua frente, mas antes vi vários comprimidos para dormir espalhados pela pia. Suspirei.

Tirei sua blusa de vez e comecei a secar seu cabelo com a toalha. Troquei ele inteiro, sem nenhum nervosismo pois aquele não era o momento. Depois de seco e trocado, apenas sem camisa, para eu poder cuidar dos machucados,  levantei ele de novo e o levando para o quarto, fazendo-o sentar na beirada da cama. Fui até seu armário e fiquei na ponta dos pés para pegar a caixinha de primeiros socorros. Coloquei ela do meu lado no chão e de novo, me ajoelhei à sua frente.

Comecei a passar álcool nos cortes que sangravam, e ele içou apreensivo. Limpei tudo com um algodão e comecei a colocar os ban-daids. Depois de cobrir todos o cortes, peguei pomada e passei nos hematomas, que tinham colorações em vermelho e em roxo. Ele se mexia as vezes, por conta da dor e soltava uns gemidos baixos também, mas em nenhum momento desviei minha atenção daquilo que estava me fazendo pensar no que havia acontecido.

Depois de todo prono e arrumado, guardei a pomada e joguei fora as coisas que eu havia usado. Peguei uma blusa bem solta vermelha e coloquei nele.

O deitei em sua cama e fiquei ao seu lado, fazendo carinho em seus cabelos. Até nosso olhares se encontrarem e nos encararmos por um tempo. Ele parecia querer falar algo, mas sempre parava no meio do caminho. Suspirei e me dei por vencida.

Me deitei ao seu lado, ficando cara a cara com ele. Seus olhos ainda estavam um pouco vermelhos e seus lábios já estavam voltando a cor normal. Seus cabelo caia sobre seus olhos, mas ainda podia ver que faltava o brilho de sempre ali.

-Obrigado – ele sussurrou com a voz rouca, me fazendo olhar em seus olhos.

-Esta tudo bem – passei minha mão por sua bochecha e vi ele fechar os olhos.

-Sei que você quer saber o porquê – ele sorriu triste.

-Só me fale se você estiver a vontade.

-Acho que já esta na hora de dizer o que anda acontecendo – colocou sua mão por cima da minha e fechou os olhos de novo – eu cheguei em casa e eles logo vieram brigando comigo, dizendo que eu era irresponsável, pois pelo que eu entendi, eles haviam visto minhas notas e não estavam nada boas, e eles prezam demais as notas que os filhos tiram na escola. Ai eles começaram a gritar e me xingar, e depois começaram a me bater e a me chutar – sua voz ficou tremula e seus olhos se encheram de novo - quando eles finalmente pararam, meu pai disse que era para eu ir embora daqui e que nunca mais deveria procurar eles. E eu fiquei arrasado, tipo, ele é meu pai porra. E essa não é nem a primeira vez. Minha infância foi um inferno com aqueles dois, e nada mudou – começou a chorar de novo – e-eu tenho depressão – arregalei os olhos – e tudo isso foi como um botão acionando uma bomba. Eu perdi o controle e a vontade de viver. Então me despedi da única pessoa que eu amo e a única em que eu confio. E-eu sinto – cobriu o rosto com as mãos e começou a soluçar – e-eu sinto muito por tudo isso! – partia meu coração ver ele daquele jeito, eu tinha vontade de chorar com ele.

-Tae, olhe para mim – tirei suas mãos de seu rosto – esta tudo bem ok? Eu não estou brava com você. Eu fiquei extremamente preocupada com aquela mensagem, tanto que arrobei sua porta para entrar aqui – ri de leve quando vi ele arregalar os olhos – sabe Taetae, agora nós dois ganhamos estigmas. Você ganhou esse aqui – abaixei um pouco sua blusa e mostrei um ban-daid, que cobria o pior corte que eu já vi na vida e que com certeza deixaria marca – e eu ganhei esse aqui – mostrei a lateral do meu braço, onde havia um corte feito pela porta – mas eles são importantes para lembrar que conseguimos viver sem os outros, apenas se estivermos juntos, vivendo com nosso estigmas. Eu amo tanto você Tae, fiquei em desespero enquanto não via você acordar. Eu iria ficar arrasada por não ter chegado a tempo. Mas agora estamos aqui, juntos. E é isso que importa – mexi em seus cabelos enquanto sorria – não ligue para o seu pai e para o seu irmão, não sabem a grande pessoa que eles estão perdendo. E tenho certeza que minha mãe irá deixar você ficar lá em casa, afinal, ela ama mais você do que eu – ele deu uma gargalhada e eu sorri, como se tivesse ganhado uma vida.

-Você é a coisa mais importante da minha vida. Obrigada por ser minha namorada – sorriu quadrado e moveu sua cabeça para frente, selando nossos lábios.

Sempre soube que Tae era diferente, ele tinha algo a mais. Seu jeito divertido e atrapalhado sempre me atraíram demais. Seu sorriso estranho combinava com ele e com o mundo que eu queria ter ao lado dele. Tae era uma pessoa especial e eu iria cuidar dele para sempre


Notas Finais


Obrigada por lerem e até o proximo(que talvez não saia amanha)

PS:desculpem qualquer erro


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