História Winter of December - Paul

06:30 AM, acordo para mais um dia em minha vida "humanamente normal". Nada podia atrapalhar a rotina que havia completado 6 meses. Acordar, ir para a escola, ler, comer, se proteger, e dormir. Mas no sétimo mês, as coisas mudaram. A surpresa? Professora substituta. A dona do nariz empinado aka sra. Katherine Pierce sempre me perturbava por eu tentar ler "Quem é você, Alasca?" no meio das aulas. Após isso, a rotina voltou ao seu devido lugar com uma acrescentação: Aguentar a sra. Pierce.

Depois de meu primeiro ano, as adoráveis férias começaram, eu comecei a ver uma coisa chamada "Reality Show" mas aquilo tirava minha paciência, então voltei aos livros.

"Massacre na Rua Salvatore deixa 27 mortos em uma noite." Era o nome da primeira notícia que me chamou atenção depois de 16 dias sem aulas, a rua era próxima da minha, e a quantidade de mortos em um dia é meio espantosa, creio eu. Termino de ler meu livro, o tédio me consome incrivelmente por um dia. A internet estava sem memes novos ou inovadores, as notícias sobre política ou como a Terra está acabando não paravam, me restou ir no mercado comprar um livro.

Ao chegar lá, me deparo com os lançamentos e bestsellers da época. "Divergente"? Um pouco socialista, mas bom. - penso. "Jogos Vorazes"? Estranho como o Tordo se apaixona por um padeiro, mas o enredo é legal. "A Culpa é das Estrelas"? Deuses, mal superei a Alasca. "Como Eu Era Antes de Você".. Me chamou a atenção e não havia lido ainda. Decidi levar ele então, ao chegar no caixa, um blackout acontece, meu livro fica preso em meio sacolas e compras de outros clientes, desisto daquela cópia e vou até as prateleiras pegar mais uma.

Sinto um vulto passar por trás de mim, minha espinha se contrai, os pelos em minha nuca se arrepiam. Algo está errado. Me viro e olho para os lados apenas para ouvir gritos sendo abafados, o massacre de novo? Mais um ataque? Tento sair pel fundos, mas antes alguém me segura pelo meu braço direito e me joga para dentro dos corredores. Eu via o vulto se aproximar, o flash de luz mostra... Eu não acredito. A sra. Provavelmente-Hater-Do-John-Green iria me matar? Bom, não matar, mas machucar a um ponto onde um humano não aguentaria. Vi seu rosto, estava transformado, demoníaco. Ela avançou ferozmente para cima de mim, mas revidei com a faca de um corpo morto próximo ao meu, acertando a sra. Pierce na garganta, deixando-a no chão. Percebo que depois dela, não havia mais nenhum barulho. Sem gritos, choros, nada. A energia volta apenas para me deparar com corpos, corpos e mais corpos. Saio dali levando meu "Como Eu Era Antes de Você" nas mãos, meus olhos não piscavam. Eu era um zumbi assustado em meio as ruas desertas a um pós-blackout.

Chego em casa e me preparo para dormir, me protejo com meus sinais repelentes de anjos e armas embaixo do travesseiro. Prevenção nunca é demais.

"Massacre em mercado deixa 17 mortos e um sobrevivente." Droga, as câmeras... Eu fui interrogado durante 78% das minhas férias até o caso ser solucionado, mas a sra. Pierce não foi presa, talvez sim, pois apesar do acontecimento, seu provável nome real seja Elena Gilbert, já que foi com esse nome que ela foi acusada, julgada e presa. Eu não queria ficar mais naquela cidade, não podia.

Me mudei para uma cidade com o nome de Mystic Falls. Tranquila, calma e com um nome legal. Consegui um apartamento e um emprego no bar da cidade. Me inscrevi no segundo ano da escola, era minha boa vida humana de volta.

Primeira aula? Física, nossa, que animador lidar com os algoritmos e cossenos infinitos no primeiro dia. Enquanto me tentava encaixar na escola, eu me lidei com a assassina demoníaca me dando aula. Impossível! Ela foi sentenciada por 60 anos de cadeia e eu saberia se ela tivesse fugido ou se alguém tivesse pagado a fiança. Como ela poderia estar ali e ainda se apresentar como "Caterina Petrova"? Como?

Depois da aula, tentei sair dali rápido quanto pude mas infelizmente fui o último e fui pego na armadilha da "Caterina".

- Então meu lanchinho tentou me ferrar e achou que ficaria sem eu revidar? - Ela conseguiu bloquear qualquer tentativa de fuga minha.
- Como conseguiu fugir? - perguntei apreensivo.
- Eu não fugi, bom, eu mal fui presa... Mas, esse não é o assunto aqui. - Ela me pressionou contra a parede e seu rosto demoníaco apareceu. - Você me deve!
-O quê?
- Sangue... Naquele dia, eu prometi 18 vítimas. Mas você estragou tudo... Mas eu não vou te matar, não.
- Então o que vai fazer? Aplicar alguma lei de Newton em mim?
- Sim, a minha favorita. Ação e reação. - Ela segurou meu rosto e me olhou no fundo dos olhos. - Vá até a rua Salvatore, número 64, lá estará sua ação, a reação será a cereja do bolo. - Eu não entendi o que ela estava tentando fazer, apenas suspirei e afirmei com a cabeça em resposta. - Ótimo. - Ela piscou e saiu dali, pela janela, em uma velocidade sobrehumana.

Eu pedi permissão para sair em meios as aulas, consegui falsificar uma virose. Precisava sair dali, eu tinha que saber da ação e a reação.

07:30 PM. Eu estava em frente a porta da casa 64 e em meio a rua deserta. Via movimentos e luzes acesas na casa, parecia uma festa. Criei coragem e entrei sem permissão. O que vi me deixou aterrorizado. Vampiros. Sangue. Não como aqueles do Crepúsculo onde geram grupos no Orkut ou postagens góticas no Tumblr. Eram vampiros! Ferozes e atacando, eu pensei em sair mas fui evitado por um homem que estava na porta.

- A última bolacha do pacote. - um homem com sotaque britânico com um sorriso assassino avançou para cima de mim, me fazendo voltar a casa. Fui pressionado e preso contra a parede, pensei em atacá-lo com algo mas o mesmo me ataca no pescoço e apago em meio ataque.

Acordo e percebo que estou amarrado no meio da sala, sangrando, em meio a outros corpos aparentemente dissecados. Meus pulsos estavam fortemente amarrados a uma corda presa no teto. O mesmo homem que me atacou antes apareceu, de novo.

- Veio terminar o trabalho? Termine, idiota! - grito em um tom alto mas minha voz estava arrastada.
- Não irá ser assim rápido, eu irei garantir isso, certo, Katherine? - ele olhou para o lado e a minha ex-professora assassina entrou na sala e me olhou. Praticamente me comendo com os olhos.
- Não, não, meu amigo Kol... Agora é que a diversão realmente começa.