História Winterwidow: Wildest Dreams - KGB: Still watching you + Sexual memories

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CENAS BÔNUS INICIAS:

- Senhor, os agentes estão requisitando a entrega da ficha dos procurados.

- Nós não tínhamos transferido semana passada?

- Não, Senhor. De acordo com esses dados, as fichas foram anuladas.

- Mas como...?

- A única que não apresenta nenhuma alteração é a da Srta. Romanoff.

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Seus cabelos insistiam em bater contra seus olhos, atrapalhando seu campo de visão enquanto corria.

Alguns minutos atrás, Natasha e o resto da equipe haviam ouvido barulhos de tiros e carros, provavelmente os do governo. Clint tratou de tirar todos dali para um lugar seguro, já Natasha, Steve e James fugiram em busca de um veículo, ou algo parecido para escaparem.

Os dois estavam um pouco atrás dela, e os exatos três carros, quase os alcançando, foram impedidos quando eles entraram num carro que Natasha havia acabado de roubar. Steve entrou no banco do passageiro ao lado dela, e James sentou atrás num movimento brusco devido à velocidade.

Natasha dirigiu rapidamente, tentando tirá-los de vista, e depois de algum tempo, realmente conseguiu.

O percurso até um local realmente longe dos EUA foi silencioso, e se resumiu apenas a troca de olhares entre James e Natasha pelo vidro retrovisor do carro, e perguntas de Steve sobre táticas e planos.

...

- Yakutsk, Rússia -

O barulho do freio alto do carro foi o suficiente para acordar Steve que estava dormindo à quase toda a viagem. James ficava atento a cada lugar que atravessavam por 9 horas seguidas.

Natasha parou em pelo menos 11 postos de gasolina para abastecer o carro, torcendo para não ser reconhecida. Era uma completa loucura sair de Washington com um carro até a Rússia.

Em média, a viagem devia ter demorado umas 17 horas.

Entre o percurso, James pôde perceber a notável mudança de clima. No local, estava nevando brutalmente, e as ruas eram desertas. Natasha conhecia bem aquele lugar, e sabia o quanto infernal era o inverno de lá.

Estacionou em frente à uma casa completamente coberta por branco. Desceu do carro, sem esperar James, e Steve que acabara de acordar.

Olhou para o lado, encontrando uma pá, e com o auxílio dela, retirou a extensa camada de neve que cobria a porta, a abrindo.

Retornou a atenção para James, com um olhar sugestivo. Ela sabia muito bem que ele lembrava daquele local. Ou melhor, da cama dela nos tempos de KGB.

James se contentou em dar um sorriso de reprovação com a audácia de Natasha acompanhada de uma expressão maliciosa.

Felizmente, o frio não o afetava pelo soro que ele tinha. O mesmo com Steve. Já Natasha procurava se cobrir com as mãos, na falha tentativa de criar alguma fonte de calor.

Os três entraram na casa, e se surpreenderam com a temperatura morna e agradável que pairava lá. Bom, menos a ruiva, já que a mesma havia ouvido Stark falar milhões de vezes sobre o gelo manter o ar frio fora, e o quente dentro.

A casa era simples e aparentava ser muito antiga, como de fato era. Haviam fotografias de alguns momentos importantes dos treinamentos de Natasha, e olhar para cada uma delas estava trazendo memórias horríveis à tona.

Memórias das quais ela havia feito um grande esforço para manter na parte escura da sua mente.

- Ok, vamos deixar algo claro aqui... -  Ela fez uma pausa, e parou de observar um retrato no qual ela estava junto à Ivan Petrovitch. - Não estamos lidando com a SHIELD, com a Hydra, muito menos a KGB. Estamos lutando contra um país inteiro. - Suspirou. - Sim, talvez não tenhamos nenhuma vantagem, mas o que importa agora é tirar vocês disso, e arranjar alguma forma de amenizar a situação. - Ela disse se referindo à Wanda, Clint, Rhodes, Sharon e o resto do "time".

Inacreditavelmente, Natasha não tinha ideia do que fazer. Sua cabeça estava cheia.

- Eu acho que deveríamos chamar ajuda. Conheço algumas pessoas que poderiam se juntar. - Steve se pronunciou.

Ela pensou por um tempo.

- Talvez seja uma boa ideia, mas ainda precisamos pensar mais sobre isso. - Se encostou na bancada que havia atrás dela. - Estejam acordados às 8:00 AM, já está tarde.

Não que esse fato a importasse, mas queria tirar um tempo para poder raciocinar e elaborar tudo corretamente.

Steve entrou em um corredor à procura de um quarto para passar a noite, deixando Natasha e James na sala. Ela ligou a TV, já esperando que a mesma não funcionasse, mas quando viu que ainda havia energia na casa, sorriu. Clint.

Sentou-se no sofá, cruzando suas pernas em cima dele. Olhar para todas aquelas fotografias de momentos não tão agradáveis estava acabando com ela.

- Onde você tirou isso? - James se arriscou a perguntar, erguendo uma foto na qual ela estava ao lado de uma loira, a qual ele estava observando fazia um tempo.

Natasha deu um longo suspiro.

- Eu acho que foi ainda em Stalingrado depois da minha terceira missão para a KGB. - Ela riu ironicamente. - Foi no dia em eu conheci Yelena. Não nos demos muito bem.

James sorriu.

- É, eu me lembro disso. Ela tentava desesperadamente ser melhor que você em algo, não?

Natasha pegou a fotografia das mãos de James e a analisou minusciosamente.

- Lembra de Bahuen? A missão dos projéteis? - A ruiva perguntou automaticamente.

James fez menção de estar se esforçando para lembrar de tal ocorrido, mas logo assentiu em confirmação.

- Foi um pouco antes de ela tentar me matar. Pela primeira vez. - James riu. - Aliás, não foi naquela missão que ficamos 48 horas presos dentro de um carro?

- Ah sim, isso é inesquecível. O carro nem estava funcionando, mas você insistia em tentar ligá-lo sem a ingnição. Quebramos um vidro, e quase morremos congelados. - Ele falou.

- Tivemos que produzir calor corporal. - Natasha falou, sugestiva. James novamente sorriu em repreensão. - Bom, tivemos que produzir calor corporal quatro vezes.

- E depois?

"Depois você me chupou por 2 horas seguidas e eu tive a melhor transa da minha vida no banco de trás" Bem, ele sabia o que tinha acontecido depois.

Natasha se levantou até a cozinha quando sentiu fome. Sentiu algo quente se enrolar sobre seus calcanhares, e automaticamente olhou para baixo surpresa.

- Você ainda não foi embora. Por que eu não estou surpresa? - Ela sorriu, pegando Liho no colo.

Flashback:

O ranger estridente da porta era notório, e o barulho do vento passando por entre as frestas da janela provocava um incômodo no ouvido de quem passasse por ali.

Natalia acabara de chegar de uma missão, exausta. Passou pela porta da frente, sem cumprimentar sua vizinha, uma mulher adorável já na flor da idade. A senhora se aproximou dela com um gato preto nos braços.

- Olhe querida. Seu gato passou exatos três dias miando em sua porta. Então o alimentei, espero que não tenha problema.

Natalia olhou o felino descer dos braços da mulher, e se entreter em brincar com a barra de sua calça.

- Ele não é meu.

Por quase três meses, ela observava o insistente gato espreitar em frente à sua porta, na esperança de que ele fosse embora.

- Desculpe, não posso te deixar entrar. - Ela disse melancólica para o felino que miava. - Esse é um erro que eu não vou cometer duas vezes.

Flashback off.

Natasha riu, com a lembrança desnecessária.

- James, está com sono? - Ela questionou, soltando Liho.

Ele assentiu, saindo da varanda e a seguindo por um corredor. Ela abriu uma das duas portas que haviam lá, e encontrou Steve dormindo numa cama pequena. Fechou a porta logo em seguida.

- É, só tem o quarto com uma cama de casal. Algum problema pra você? - Ela perguntou, entrando no quarto citado, que era em frente.

- Não...Tudo bem.

O quarto era vazio. Praticamente, só existia a cama, que ficava exatamente no meio do cômodo da casa, e uma cadeira. Bem diferente de como James o havia encontrado anos atrás.

- Sem roupas, sem dinheiro, sem água... - Ela riu com seu próprio comentário. - Amanhã será um longo dia.

Natasha se deitou no lado esquerdo da cama, e apertou suas pálpebras fortemente ao perceber que James iria tirar sua camisa.

Ele jogou a camisa num canto do quarto, e se deitou ao lado dela. O silêncio e a tensão sexual mal resolvida eram facilmente detectados ali.

- Boa noite.

Ele sorriu.

- Boa noite, Nat.

Claro que ela esperava ter tido uma coragem espontânea, e ter falado outra coisa em si, mas aquilo foi a única coisa coerente que pôde ser pronunciado.

Os dois se encaravam deitados na cama, tentando dormir, mas o sono parecia ter ido embora de repente. A luz da lua que entrava pela janela refletia nos olhos dele, e Natasha admitiu para si que James possuía os mais belos olhos que ela já havia visto. Obviamente, nunca falaria isso em voz alta.

Fechou os olhos e em pouco tempo adormeceu. No meio da madrugada, Natasha acordou com dificuldade de se mexer. Quando viu que Bucky estava abraçado a ela entendeu o porquê.

Era a primeira vez que Bucky ia dormir sem ao menos precisar de calmantes ou soníferos. Nos últimos meses, todas as noites, pesadelos relacionados à Steve, Hydra, KGB, e uma garotinha ruiva, que agora ele sabia quem era, invadiam sua mente.

Uma noite de paz parecia ser uma boa ideia.

Cenas extras:

- Ela está aqui, Senhorita. Natalia voltou.

- Onde?

- No mesmo lugar de sempre. Ouvi falar que New York inteiro está atrás dela. Não é exatamente um esconderijo.

- Eu falei, agente. As aranhas sempre voltam pra suas teias de origem.