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História Wishlist - K


Escrita por: kihywnn

Capítulo 13 - K


Apesar de estar fora de casa apenas há três dias, Hyungwon sentia uma imensa saudade de seu lar. Durante o dia era suportável, a correria de palestras e seminários não deixavam sequer que ele respirasse, mas, durante a noite em seu quarto de hotel, sentia falta de seus dois companheiros. Sentia falta do abraço dos dois garotos, e apesar de saber que poderia ser algo normal, já que se acostumara com a presença e os carinhos de Kihyun, ainda era algo estranho, pois tinha seu namorado novamente consigo. Mas talvez... talvez não fosse de todo ruim ter os dois. Ora essa, já tivera Minhyuk e Hoseok paralelamente. Sacudiu a cabeça, afastando aqueles pensamentos enquanto ajeitava sua gravata lilás sob o paletó azul claro, dando os retoques finais para sua enfim última viagem da semana. Respirou fundo, passando a mãos pelos cabelos então negros. Há muito tempo não visitava seus pais, e desde a ligação que recebera há dois dias, se encontrava ainda mais ansioso que o normal.

Sua relação familiar era bastante conturbada, e desde que seus pais haviam interferido em sua relação com Hoseok, Hyungwon não havia se comunicado com eles, de forma alguma. Até aquele telefonema. Hyungwon sabia bem o porquê de quererem sua presença em sua casa, então preferiu não falar sobre com Hoseok, menos ainda com Kihyun. Sabia que o amigo seria capaz de cruzar o país para buscá-lo nem que fosse à pé. Pegou sua mala no chão, e o restante de suas coisas que se encontravam sobre a escrivaninha, e logo se pôs a sair do grande hotel, deixando sua chave na recepção.

Não demorou muito mais que três horas até que Hyungwon se encontrasse em frente à sua antiga casa, respirando fundo enquanto buscava pelo mínimo de coragem que fosse para seguir em frente. Tudo ali era nostálgico demais. Lembrava-se de como crescera mimado por todos, inclusive por ele. Caminhou lentamente até a sala da mansão, encontrando seus pais conversando no sofá.

Trocaram abraços fracos e sorrisos forçados. Definitivamente, não desejavam estar ali. Mas a atual situação requeria essa presença mútua. Após se acomodar em seu antigo quarto, Hyungwon viu-se sentado na cama de lençóis macios e róseos, que lembravam-no dos fios sedosos e cheirosos do cabelo de seu melhor amigo. Sorriu pensando sobre quão bonito Kihyun pareceria dentro daquele lugar, combinando com todos os móveis e objetos colocados estrategicamente por sua mente de cinco anos atrás. Lembrou-se da agoniante paixão platônica pela qual passara horas e horas fantasiando naquele quarto. E também de seu querido irmão-emprestado Minhyuk, e todas as noites que passaram juntos.

E observando uma pequena bailarina de cristal disposta sobre a penteadeira delicada no canto do quarto, lembrou-se novamente dele. Lembrou-se de como ele adorava vê-lo com suas saias e vestidos, e como enchia-lhe de presentes, doces e carinhos. Ele sempre fora perfeito para consigo, e sempre seria, apesar do tempo que passasse. Hyungwon sempre se lembraria dele como o maior dono de seu coração. Levantou-se com calma, seguindo pelo grande corredor, com seu piso laminado brilhoso e suas paredes cobertas por tinturas caras e bem distribuídas. Hyungwon nunca notara, em sua infância, o quão fútil tudo aquilo era. Toda aquela riqueza. Nunca imaginara o quão feliz poderia ser com tão pouco, desde que pudesse ter consigo quem amava.

Suas mãos tocaram a maçaneta do quarto ao lado do seu, encontrando-o ainda trancado. Respirou fundo, tocando a madeira fria da porta com as pontas dos dedos, mas logo se desvencilhou de todos aqueles pensamentos e lembranças. Não parecia saudável ficar tão deprimido.

 

 

Kihyun suspirou enquanto tomava o último gole da água presente no copo detalhado de vidro que segurava. Estava sozinho em casa, e se sentia um pouco incomodado com isso. Era acostumado com o modo falante de Hyungwon, e logo após, também havia Hoseok. Mas agora sem os dois, Kihyun se sentia perdido. Deixou o copo sobre a pia, se direcionando para seu quarto, mas ao se virar sentiu-se bater em algo maior que si. E esse algo tinha músculos perfeitamente definidos. O menor levantou os olhos até conseguir fitar Hoseok à sua frente, sorrindo quase... vitorioso?

Deu um passo para trás, sentindo suas bochechas esquentarem. Ele não estava fora de casa? Quando havia chegado sem que ele sequer ouvisse a porta se abrindo? Fitava o chão à sua frente, em contraste com as pantufas de coelhinhos que usava, e logo percebeu a risada baixa de Hoseok, que observava o mesmo que o garoto.

- Você é realmente adorável, Hyunnie.

- Hy-Hyunnie? – O mais velho deu alguns passos à frente, e consequentemente, Kihyun para trás. Quando o mais novo sentiu seu corpo colidir contra a bancada fitou os olhos de Hoseok, ostentando uma expressão confusa e quase desesperada. O mais velho sorriu, aproximando os lábios avermelhados do ouvido de Kihyun, deixando sentir sua respiração suave, enquanto suas mãos se direcionavam à cintura do mais novo.

- Não precisa ficar com medo de mim.

- N-Não tenho medo de você! O-Olha, Hoseok... O Wonnie-

- O Wonnie sente tanta vontade de você quanto eu, Kihyun. Acha que não sei sobre vocês? Eu conheço meu garoto, eu sei quando ele sente falta do corpo de alguém. Seja o meu ou não. Eu sei que quando os olhos dele fitam o seu rosto, não é pura amizade.

- O q-que você... Não! Nós somos só amigos!

- Tem certeza? Vocês nunca transaram, Hyunnie? Sequer se beijaram? – O mais novo engoliu seco, sentindo uma gota de suor escorrer por sua testa. A voz rouca de Hoseok acabava com sua sanidade, mas ele sabia que Hyungwon não ficaria satisfeito com aquilo. Ele sentia uma atração imensa por Hoseok, mas não se deixaria levar. Sentir as mãos firmes do mais velho passeando por sua cintura, até se enfiarem sob sua grande blusa de moletom branco foi o cúmulo para fazer o garoto suspirar. O contato das mãos geladas do mais velho com sua pele quente foi o estopim.

- B-Bem... n-nós já...

- Eu sei, pequeno. Ele não vai te odiar por isso, confie em mim. Eu conheço bem meu pequeno Wonnie.

Hoseok se curvou, beijando levemente a tez clarinha do pescoço de Kihyun, deixando leves marcas vermelhas. Suas mãos seguravam a cintura de Kihyun, possessivas, puxando o mais novo para si. Hyungwon não iria odiar o mais novo, muito menos Hoseok por isso. Talvez até conseguisse algo a mais com toda essa história. Sentia seu pau pulsar sob o jeans grosso de sua calça, e a ansiedade de se livrar de suas roupas e das do mais novo crescendo cada vez mais.

Hoseok desejava Kihyun, e o sentimento era recíproco.

Seu lábios macios tocaram de leve a bochecha alheia, logo dando algumas leves mordidas na pele bem cuidada do mais novo. Kihyun cheirava à rosas e sabonete infantil, o que era deliciosamente curioso e divertido para Hoseok. Sua destra se infiltrou na calça de moletom fina do mais novo, seguindo até sua bunda empinadinha, apertando-a e sentindo o mais outro se arrepiar e arfar baixinho em seu braços. Kihyun estava confuso. Muito confuso. Adorava cada toque de Hoseok, mas não estava se sentindo tão confortável como imaginava se sentir quando fantasiava sobre o mais velho no silêncio de seu quarto. Sim, Kiyhun se tocara algumas vezes pensando no loiro, e, apesar da culpa que sentia por desejar o namorado de seu melhor amigo, não se arrependia de ter tido deliciosos orgasmos fantasiando sobre o gemido rouco que o mais velho deveria ter.

Sentiu o aperto em seu corpo se afrouxar e logo o corpo do maior se afastar, deixando-lhe respirar e pensar novamente. Hoseok havia se afastado, visivelmente irritado, enquanto atendia o celular, passando a destra pelos fios loiros. O mais novo mal conseguia se mover, então apenas se deixou observar cada movimento do outro à sua frente. A voz rouca ressoara irritada ao início, mas logo se tornou calma outra vez.

- Chang? O que houve? –Alguns segundos de silêncio se passaram, e Kihyun pode perceber que o mais velho agora olhava para si. Com as bochechas coradas, abaixou novamente o rosto.

- Claro, eu posso te passar o endereço, mas porque quer vir aqui? – Kihyun aproveitou a aparente distração do mais velho para tentar sair dali o mais furtivo possível, plano que fora frustrado quando Hoseok segurou em seu punho, mantendo-o ali por mais alguns segundos. O mais velho olhou em seus olhos antes de soltá-lo. E Kihyun havia entendido muito bem o recado.

- Eu vou te passar por mensagem, te espero aqui. – O mais velho observou Kihyun correr quase infantil até seu quarto e fechar a porta desesperadamente logo em seguida. Hoseok riu baixo com a situação. Adoraria ir atrás do menor, mas tinhas problemas maiores para resolver agora.

 


Notas Finais


twitter; xkihywnn


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