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História Witch - Zana -Família Primordial


Escrita por: JonhsonPereira

Notas do Autor


Aí vem o caos

Capítulo 17 - Zana -Família Primordial


Josh estava usando e abusando dos cânticos mágicos enquanto eu dançava na floresta ao som das centenas de pássaros. Eu me sentia viva perto dos animais, enquanto meu irmão se sentia vivo perto dos mortos.

O dom de Josh era tornar escravo as almas que matou, enquanto o meu era criar novas feras e ilusões a partir dos meus pesadelos. 
Josh estava me obrigando a migrar para Londres atrás de nossos irmãos, enquanto eu queria ficar sozinha na floresta com meus novos amigos.

-Zana?

Viro a tempo de espantar os animais que me vigiavam em transe e vê-lo sair da casa abandonada.

-Encontrou eles?

Pergunto alisando meus cabelos castanhos cobre. Josh veio em minha direção com os olhos cheios de raiva. Suas mãos geladas apertaram meu pulso com tanta força que eu chorei.

-Já disse a você para parar de fazer isso não disse? Tem que parar de transformar esses animais em feras devoradoras de humanos! Criar criaturas necessita de responsabilidade. E você não pode ficar transformando tudo o que vê sua meretriz suja.

-EU NÃO SOU UMA MERETRIZ SUJA!

Grito chorando e tentando soltar meus braços das mãos do meu irmão. Josh desde pequeno matou, tendo um grande arsenal de mortos com grandes habilidades.Ele dizia ser seus troféus. A alma dos que ele assassinou era obrigadas a protege-lo, tornando-o dono de um vilarejo fantasma escondido a sua volta.

-Me solta.
As mãos dele apertaram tão forte que tive que fazê-lo entrar em uma das minhas ilusões. Eu o lembrei do tempo em que tínhamos 6 anos e a vida ficou razoavelmente perfeita! Foi quando entramos no orfanato e pensamos que lá encontraríamos amigos. Estávamos enganados.
 

-Tire isso agora.
Pede ele olhando perdido.

-Me solte. 
Peço chorando tendo meus pedidos atendidos pelas mãos levemente enfraquecidas.

-Desculpa. Eu...só tenho medo de perder você.

Diz ele me abraçando forte.

-Você os encontrou?

-A nossa irmã está fora de alcance. Já nosso irmão...ele não faz questão de se esconder.

Diz ele dando uma risada ansiosa.

-Ele é tolo?

Pergunto me separando do abraço vendo o rosto sorridente de Josh.

-Ou talvez ele seja muito poderoso. Lia deve está bem, pois se nem mesmo eu consigo encontra-la ninguém encontrará. Agora, o Vitaly...esse eu já não posso garantir. Tudo o que eu mais quero é nossa família unida novamente.

-Então, deixa eu recapitular! Lia ficou com nosso irmão Vitaly e ambos, assim como nós, tomaram o rosto de outros  bruxos e estão vivos até hoje?

-Até que você não é tão tola. Vamos, precisamos sair daqui.

Diz ele me obrigando a segui-lo. Andamos durante horas rasgando a floresta rumo a civilização. Os pássaros estavam pousando em todos os galhos das árvores me olhando como se fosse a rainha deles.

-Esses malditos animais ainda vão te encrencar.

Diz ele com a voz pesada e fria. Josh nunca gostou de nenhum animal, enquanto eu não queria nem vestir a roupa derivada de um.

Foi então que 10 caçadores apareceram. Os caçadores da floresta estavam comemorando pela bela caçada de animais filhotes. Eram mais fáceis de carregar e menos sujeito a doenças. Cães farejadores estavam latindo para nós como se estivesse seguindo nosso rastro.

-Eu gostei da menina.
Disse um deles.

-Ninguém toca na minha irmã.

Diz Josh com ódio no olhar. 
Os caçadores riram cedo demais.
Os espíritos dos mortos da vila apareceram na frente de cada um deles prontos para atacar com suas espadas. Os caçadores, assustados, começaram a correr pela floresta com seus cães. Josh não pararia ali.

As dezenas de espíritos apareceram de modo espalhado pela floresta aterrorizando-os ainda mais. Os cães que latiam assustados param assim que eu sorri. Os donos dos cães não entenderam porque suas feras, usadas para caçada, estavam lambendo minha mão e me seguindo para onde quer que eu fosse.

-Bruxa.

Diz um deles cuspindo no chão.

-Que bom que acertaram.
Diz Josh aparecendo com um sorriso atrás de mim.

Os espíritos estavam fazendo um circulo tendo no centro os 10 que nos ameaçaram.

-Ataque.

Diz Josh dando o sinal para que os espíritos arrancassem, cortassem e esmurrassem cada um deles. Os gritos assustados deles cativava o sorriso de meu irmão. Limpo rapidamente uma das minhas lágrimas quando o mesmo olha para mim emburrado.

-Já sabe o que fazer com esses cães.

-Deixa eu ficar com um deles!
Peço com a voz chorosa.

-Não quero ver um cachorro gigante, com chifres e asas! E nada semelhante ao que eu disse. Livre-se deles.

-Eu preciso me proteger! Por favor.

Ele hesita e olha para trás vendo eu e os cães.

-Tudo bem, pegue o menor e vamos.

Seguro o pequeno cão nos meus braços, olho para os demais e digo

-Et devoret

Os cães começaram a morder uns aos outros de modo canibal. Segurei o choro e andei com o pequeno cão nas mãos.

-Vamos ver nosso irmão?
Pergunto curiosa para Josh.

-Vamos ver todos eles. 
Diz ele com a certeza na voz.

A carruagem estava presa ao cavalo branco que roubamos do orfanato quando pequenos. Lembro de como era a vida lá. Ninguém queria nos adotar graças aos rumores de que éramos amaldiçoados.
Eu ainda me controlo para não lembrar do dia em que tivemos que fugir com a carruagem. Foi um dos piores dias da minha vida. Os meninos do orfanato estavam batendo em meu irmão e eu não podia fazer nada, era fraca demais. Foi quando Josh, num ato de desespero, quebrou o pescoço de todos os residentes da casa com um estalar de dedos. O povo da vila notou que os pedidos por mantimento cessaram e quando entraram viram nós nos alimentando das crianças mortas. Tivemos que matar todos do vilarejo para que os rumores não se alastrasse até Londres. O inverno estava chegando, tínhamos comida e o grande orfanato era nosso abrigo. O tédio aumentava nossa fome nos forçando a ler os livros escondidos no sótão.

Era mais que claro que éramos primordiais pois, os livros escondidos no Orfanato tinha toda a informação que precisávamos para sabermos quem somos. A mamãe deixou lá para caso nos perguntássemos quem somos. Descobrimos que tínhamos família e tudo o que queríamos era encontrar-los e vivermos em paz.

A carruagem balançava e, depois de muitas horas olhando pela janela, pude ver o Tamisa e seus navios.

-Vamos ter uma família. 
Diz meu irmão olhando alegre para o horizonte.


Notas Finais


Desculpe a demora


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