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História With a Little Help From My Friends. - Aquele Com o Ethan.


Escrita por: _Mariiaanaa

Capítulo 30 - Aquele Com o Ethan.


Fanfic / Fanfiction With a Little Help From My Friends. - Aquele Com o Ethan.

– Até porque sempre é uma boa ideia jogar verdade ou consequência com bebida - comento de forma irônica, enquanto observo Dylan e Tracy se aproximarem da barraca azul.

– Existe outra forma de brincar? - Ethan diz em meio a uma gargalhada simpática, ao contrário de Tracy, ele parece ser uma pessoa genuína. Me pergunto como ele pode ser amigo dela, talvez seja verdade o que Henry diz sobre os meninos héteros, eles sempre se deixam enganar pela beleza.

– Brincadeiras com álcool não são muito a praia da Anne - Cameron brinca com seus anéis distraidamente, chego acreditar que seu comentário foi meramente automático.

– Então você curte esse lance de ser uma boa garota? - Ethan me lança um sorriso malicioso, minhas bochechas pegam fogo e tento cobri-las com uma mecha do meu cabelo.

– Acho que eu sou uma boa garota. - declaro timidamente depois de um tempo. Pela minha visão periférica, noto que Cameron não está mais brincando com seus anéis, agora seus olhos passeiam entre mim e Ethan.

– E o que uma garota tão boa vai fazer na cidade do pecado? - Ethan se diverte pelo fato de eu está sem graça e eu meio que gosto dessa sensação, a forma como minha pele queima com o seu olhar.

– Bem... ainda não pensei muito sobre isso - admito. É a primeira vez que paro para refletir sobre esse assunto. O que eu vou fazer em Vegas? vamos passar um mês por lá, eu não sou do tipo que passa noites procurando a balada perfeita, pra falar a verdade, nem sei se temos idade para entrar em qualquer balada. Eu posso ficar jogando nas maquinas caça-níqueis... droga... eu não tenho dinheiro nem pra perder dinheiro. 

– Eu posso te indicar uns lugares que acho que vai gostar.

– Nossa, queríamos só uma barraca para passar à noite e de brinde ainda ganhamos um guia turístico - Cameron diz repentinamente com falso entusiamo, franzo o cenho para ele. Por que está sendo tão rude?

– De fato - Ethan sorri de forma amistosa para Cameron, que tensiona o maxilar - Eu posso te mostrar várias coisas - ele diz isso olhando para mim.

– Que tipo de coisas? - pergunto meio insegura. Ele não parece o tipo de cara que curte culto ao satã, mas vai que ele gosta, talvez eu não queira ver as coisas que ele pretende me mostrar. Ele pisca algumas vezes, desnorteado,  enquanto Cameron dá uma gargalhada, eu perdi alguma coisa?

Ethan lança um olhar irritado para Cameron e eu fico um pouco confusa, mas seus olhos se amenizam quando se voltam para mim .

– Vamos dizer que eu sei que tipo de coisas divertem as boas garotas - engulo em seco e tento pensar em alguma resposta, pois ainda estou tentando decidir se isso foi um flerte ou ele simplesmente está dizendo que conhece alguns locais legais que eu vou gostar de visitar, mas a minha resposta acaba não sendo necessária pois Erick se senta ao meu lado e, com um gesto, pede que eu me aproxime.

– Eu devolvo o cordeiro em alguns segundos - ele avisa para os meninos, Cameron revira os olhos e volta a ignorar Ethan, que por sua vez começa a conversar com Henry e Thereza.

– O que foi? - pergunto para Erick.

– Você tinha razão, Tracy é pirada, se eu fosse você não dormiria na mesma barraca que ela.

– Eu disse!

– Dá pra acreditar? ela quebrou o braço da guria lá... qual é nome dela mesmo?

– Bevin.

– Gostei de ver você se defendendo - ele olha pra mim como um irmão orgulhoso.

– Thereza parece está bem amiguinha dela - olho pra Theza que conversa distraidamente com os meninos, estou um pouco ressentida com ela, na verdade, estou ressentida com todos, o único que pareceu notar o veneno que escorria pela boca e pelos olhos de Tracy foi Erick.

– É, eu sei. Vou tentar avisar ela sobre isso...

– Não precisa, estamos indo embora amanhã mesmo - e eu quero que Thereza perceba isso sozinha.

– Ela tá vindo - Erick aponta com o queixo para um ponto atrás de mim e quando olho, vejo uma cobra com pernas caminhando lentamente até parar na nossa frente, com 2 litros de vodka na mão e um chihuahua ao lado.

– Vamos começar! - ela diz com um gritinho estridente.

– Um círculo ao lado da fogueira? - Henry caminha para um ponto ao lado da fogueira, nem muito perto nem muito longe, e se senta cheio de pose nos chamando para acompanha-lo.

– Isso vai ser divertido - Erick se levanta, limpando as calças com as mãos e acompanha Thereza, que se senta ao lado de Tracy.

Levanto do tronco de madeira e começo a caminhar até os outros, sou interrompida no processo por uma mão firme que segura meu braço, me puxando para trás.

Viro para me deparar com grandes olhos verdes.

– Vai jogar? - Cameron questiona, ainda com as mãos em volta de mim.

– Por quê?- respondo com outra pergunta, ele me olha daquele jeito que sempre me deixa inquieta, tento me concentrar na sensação gelada que seus anéis deixam em minha pele.

– Acho que não deveria - quando tento recuar ele percebe que ainda está me segurando e logo me solta.

– Agora você decidiu que pode me dar ordens?

– Foi uma sugestão - ele resmunga e eu solto um suspiro impaciente.

Fico esperando que ele diga mais alguma coisa, mas ele simplesmente fica parado, como um fantasma que eu não consigo ignorar.

– É só isso? - decido perguntar já que ele não fala nada mas também não faz menção de sair.

– É.

– Okay - começo a me virar mas ele dá um passo a frente e eu recou dois passos para trás.

– Espera.. - ele leva o polegar à boca e encara o chão, pensativo.

– O quê? - tento estimula-lo a ser mais rápido, pois consigo sentir o resto do grupo ficando estressado com a nossa demora.

Ele abre a boca mas rapidamente torna a fecha-la, repete isso várias vezes até soltar um suspiro frustado, ele está conseguindo me deixar bastante ansiosa.

– Qual é Anne, por que você quer jogar esse jogo idiota?

– Se acha que é idiota não brinca, ué - digo, dando de ombros.

– É sério - ele deixa os braços caírem ao lado do corpo.

– Eu tô falando sério!

– Você já sabe o que vai acontecer! - o seu olhar é meio perturbador então decido focar no fogo que se encontra logo atrás dele.

– Não, eu não sei. Por que você não clareia a minha mente? - ele olha de relance para algo atrás de mim mas logo torna a me fitar.

ele passa a mão pelos cabelos e se aproxima lentamente. Prendo a respiração - Você vai passar o jogo inteiro escolhendo só verdade, isso não é nem de longe divertido... quando ocasionalmente decidir escolher consequência, não vai querer fazer! você vai ficar bêbada, só Deus sabe como você é fraca quando o assunto é álcool.

– Eu posso cumprir os desafios!

– Você vai ficar com medo, eles vão pegar pesado com você - seus olhos estão triste e não consigo entender o porquê. É nessas horas que desejo conseguir ler mentes, nas horas que ele começa discussões sem sentido.

– Você não pode ter certeza sobre isso - por que ele sempre tem que agir como se me conhecesse pra caralho? quer saber, eu posso muito bem passar à noite inteira escolhendo consequência, eu posso escolher consequência na hora que eu quiser.

– Quer saber, Anne, eu tenho certeza sobre isso. Você vai ficar bêbada e nem me peça para cuidar de você - começo a rir alto e ele tampa o rosto com as mãos.

– Você por acaso tá me vendo pedir para que você cuide de mim?

– Você vai ficar bêbada, mesmo que você não peça vou ser obrigado a ajudar

– Pois deixa eu te livrar dessa obrigação - é assim que ele me vê, como um fardo que ele é obrigado a carregar - Não precisa me socorrer, não estou pedindo pra ser salva.

– Quem é que vai passar à noite segurando a porra do seu cabelo enquanto você vomita?! Porque acredite, não é uma forma legal de passar o tempo - seus sussurros são rosnados.

– Sei lá, quem sabe a Thereza, o Henry...talvez até o Ethan - ele para de respirar por uma fração de segundos mas logo volta com sua expressão carrancuda, que por sinal, tenho visto com bastante frequência nos últimos meses.

– O Henry? Jura? - ele me olha de uma forma sombria que faz os meus ombros se curvarem automaticamente - Você se esqueceu de quem fez o trabalho sujo da última vez? deixa eu te ajudar a lembrar, não foi o Henry!

– Ele não vai ser necessário, não vou ficar bêbada - tento afastar a memória da última vez que isso aconteceu, só de lembrar do gosto do álcool sinto enjoo.  

– Por que você tem que ser tão teimosa?

– Teimosa? - digo com a risada presa na garganta - É você papai? Alec? Aron? Eu não fugi de casa para ser controlada aqui também!

– Para - ele parece magoado, sinto uma leve pontada de arrependimento por comparar Cameron com os meus carcereiros quando tudo que ele fez foi tentar me libertar.

– Você sempre começa essas discussões sem sentido - cruzo os braços e tento soar mais amena - É só um jogo.

– Você vai sentar do lado dele? - ele pergunta baixinho, seus olhos verdes miram o chão, seus cabelos castanhos caem sobre a testa franzida mas ele logo os puxa para trás com a mão.

– Quê? - franzo o cenho, atordoada com a pergunta ou com o pacote olhos verdes+cabelos castanhos encaracolados.

– O Ethan. Vai sentar ao lado dele? - dessa vez ele olha para mim mas não consigo ler muito bem sua expressão. Insegurança? aflição? raiva? impaciência?

– Eu não sei - o vento bagunça os meus cabelos, então me concentro em tentar prendê-los em um coque.

– Eu não confio nele.

– Ele te deu algum motivo?

– Não sei, Anne. Ele não me parece confiável - olho para trás e observo Ethan, que está jogando pedrinhas no cabelo de Tracy, volto o olhar para Cameron e ergo uma sobrancelha - Acredite se quiser.

– Também não confio em Tracy - decido admitir e ele olha pra mim como se eu fosse louca. Será que ele não ouviu a conversa? a menina QUEBROU o braço de outra pessoa. Tenho motivos para querer Tracy bemmm longe de mim.

– Ela fez alguma coisa contra você?

– Não sei, Cameron. Ela não parece confiável - digo, o sitando, ele bufa e revira os olhos.

– Ela quer dividir uma cabana comigo - mantenho minha expressão neutra enquanto Cameron me observa.

limpo a garganta e pergunto: - Você vai?

– Sim - ótimo. Agora minha única opção é Ethan. No fundo eu já sabia que ia ser assim.

– Bom pra você - dou de ombros - Posso ir agora?

– Claro, faz o que você quiser.

Ele passa por mim e caminha em direção aos outros. Fico parada tentando digerir o que aconteceu, como sempre, acabo sem resposta. Ele simplesmente iniciou uma discussão que não levou à lugar algum e como sempre, saiu sem dar nenhuma explicação. Esse tipo de atitude está começando a me irritar.

Quando chego ao círculo, Cameron ainda está em pé, ele me encara antes de sentar ao lado de Tracy. Entendi o recado, ele não se importa que eu ache que ela não é confiável, decido imediatamente ignorar sua opinião e sento entre Henry e Ethan, que na verdade, parece ser muito mais humano que a Tracy.

Para evitar o olhar intimidador de Cameron sobre mim, observo nossa roda e vejo que a vodka está presente mas não há nenhum copo.

– Acho que você esqueceu os copos - aviso a Tracy, que está ocupada demais fazendo o possível para que sua coxa encoste na de Cameron.

– Não esqueci, não - ela diz, sem me dá muita bola.

– Como vamos beber? - pergunto para ninguém em especial.

Tracy e Cameron dão risadinhas zombeteiras .

– Vamos beber direto da garrafa - Ethan esclarece gentilmente.

– Todo mundo? - pergunto horrorizada.

– Jesus, ninguém aqui tem doença, garota - Tracy me olha de cima a baixo e assisto sua mente elaborar um comentário maldoso - A menos que você tenha e esteja com vergonha de dizer - Tracy começa a rir da sua própria piada.

– Nem todo mundo é acostumado a colocar a boca nas coisas, Tracy - mantenho o meu tom de voz controlado, não vou dá a ela o gostinho de achar que está me deixando nervosa.

– Se você não aguenta, não deve jogar - olho para boca de Tracy e percebo que não foi ela que falou, foi Cameron.



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