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História With the Stars - Capítulo Sessenta e Seis


Escrita por: AlexB

Capítulo 66 - Capítulo Sessenta e Seis


Sabe aquela sensação de estar sendo observada? Pois é. Eu estava de olhos fechados, mas sabia que alguém me observava. Abri apenas um dos olhos para me deparar com Camila próxima a mim, com um sorriso no rosto logo cedo.

- Bom dia, amor! – Me cumprimentou.

Me mexi um pouco e percebi que estava dormindo com a boca aberta. Como se não bastasse, notei que havia uma poça de saliva no meu travesseiro. Quando me levantei, um fio dela me acompanhou. Camila riu.

- Há quanto tempo está me olhando nesse estado?

- Não muito.

- Assim você acaba com meu sex appeal. – Falei limpando minha boca.

Camila riu mais ainda e me deu um selinho.

- Não se preocupe. Você ainda tem muito sex appeal. – Falou no meu ouvido.

- Mesmo depois dessa cena deprimente?

Ela olhou para mim e puxou o lençol branco para baixo. Me assustei com sua atitude inesperada, eu ainda estava nua. Camz olhou meu corpo e mordeu o lábio inferior.

- Definitivamente.

Me deu outro beijo e depois levantou, caminhando sem nada que tampasse sua beleza natural, indo ao banheiro.

- Essa mulher vai me matar um dia desses.

Suspirei e deitei na cama novamente. Sorri para o teto. Quando pensei que ia poder dormir novamente, alguém bate na porta do meu quarto.

- Quem é? – Levantei de novo.

- Sou eu, seu irmão favorito.

- O que quer, Chris?

- Seu notebook!

- Que saco hein – Resmunguei.

Procurei pelo meu short e blusa no chão. Vesti com calma e vi que Camila já havia pego sua própria roupa. Fiz tudo numa lerdeza proposital. Meu irmão que esperasse. Me apoiei na cômoda e fui até a porta. Assim que abri ele entrou no quarto.

- Que demora! – Reclamou.

- Não estou com pressa.

Voltei para a cama e o olhei.

- Cara, você está só de cueca!

- Não diga? – Deu de ombros. – Tô na minha casa.

- Sim, mas eu não sou obrigada a ver isso. – Falei indignada com a displicência dele. – Ainda por cima branca.

- Feche os olhos!

- Eu estou no meu quarto!

- Me dê logo o notebook e eu vou embora.

Peguei o notebook na cômoda juntamente com o cabo e entreguei a ele.

- Dê o fora!

- Com prazer.

Nessa hora a porta do banheiro se abre e Camila sai dele. Recém tomada banho, vestida com um short e uma blusinha de alça preta.

- Hey Camila! Não sabia que estava aqui. – Ele sorriu.

- Ah, Olá Chris! – Minha namorada olhou para ele e corou.

- Tudo bom?

- Tudo certo. Como foi a festa ontem?

- Foi ótima. Música boa e muita gatinha. – Falou enquanto coçava sua bunda por dentro da cueca.

- Oh céus! – Levei a mão ao rosto com a imagem. – Chris, já pegou o note, agora vaza daqui!

- Que mal humor logo cedo, Lauren! Não sei como Camila te aguenta. – Eu suspirei alto. – Vai passar o dia com a gente?

- Provavelmente.

- Legal! Ainda não engoli a última vez que me venceu no videogame. Quero uma revanche!

- Pode deixar! – Ela riu.

- Te vejo no Café da manhã.

Ele se despediu e saiu do quarto.

- Finalmente. – Falei. – E ainda deixou a porta aberta!

- Para de pegar no pé do seu irmão.

Sentou ao meu lado e colocou a mão na minha perna.

- Eu pego no pé dele? Chris que é abusado demais. Por favor né!

- Seus irmãos são uns amores.

- Diga por você. – Camila riu.

- Chris tem razão. Não sei como te aguento.

- Me aguenta porque me ama. – Eu ri. – E porque sou gostosa.

- Nossa! Uma beleza! Ainda mais quando acorda toda babada.

Eu abri a boca indignada e deitei com Camila na cama, comecei a lhe fazer cosquinhas. Taylor que estava passando no corredor viu a cena e entrou no quarto com Mr. Crookshanks. Depois disso minha cama virou lugar de bagunça.

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Era terça-feira de manhã. Eu estava sentada na mesa da sala enquanto minha mãe mexia na maleta dela. Eu iria retirar os pontos. Já havia voltado para a escola, mas ainda não tinha permissão de voltar para os treinos.

- Acredito que não vá doer, mas se sentir alguma coisa me avise.

- Está tudo bem. Você está me confundindo com seu filho, ele que é o chorão. – Ela terminou de colocar a luva.

- Vira um pouco o rosto para a direita.

Obedeci e esperei que ela terminasse. No final senti apenas um incômodo, mas não reclamei.

- Vou treinar hoje. Já fiquei muito tempo parada. – Informei.

Minha mãe que estava de costas para mim, se virou retirando a luva.

- Não me lembro de ter dito que você podia.

- Eu sei que você não deixou, mas mãe fique tranquila. Eu sei o que estou fazendo. – Falei me levantando da cadeira.

- Ah sabe, é? – Cruzou os braços.

- Sim. E estou tomando os remédios certinho, então não tem problema.

- Estou sentindo um tom de autoridade nessa sua conversa que você não tem.

- Mãaae. – Falei arrastado. – Eu estou bem, sério! Não sinto mais nada.

Minha mãe se aproximou de mim e ficou em silêncio. Olhei para ela esperando seu próximo passo. Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, ela bateu a mão no início da minha costela, bem onde era uns dos piores machucados.

- Porra!! – Gemi de dor. Precisei me apoiar na mesa para ter apoio.

- Isso foi apenas minha mão, e nem coloquei muita força! Agora imagine uma bola de vôlei batendo em você desse jeito. Você não volta para os treinos até eu disse que pode.

Eu a olhei incrédula com o que tinha feito. Ela fechou a maleta e me olhou.

- Vá para seu quarto e se arrume, senão irá perder a primeira aula.

Eu assenti conformada.

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Na quinta-feira eu estava na quadra observando a aula de educação física que estava tendo. Dinah e Ally faziam essa aula juntas. Como já estava quase no final do tempo, a professora acabou dando queimada. Time azul e time vermelho. Ally pertencia ao primeiro e Dinah ao segundo. Ally não era muito chegada em esportes, mas era extremamente competitiva, chegava a se transformar quando estava em um jogo.

Eu ria das provocações que ocorriam em campo. Dinah era alta e tinha muita presença, o que contrapunha a Ally que era baixinha e para queimada, lhe dava uma vantagem e tanto.

- Vai! Vamos lá, Ally! Detona com Dinah! - Ela estava com uma bola na mão.

Gritei da arquibancada e bati palmas. Dinah revirou os olhos para mim. Haviam cinco meninas no azul ainda e quatro no vermelho. Ally jogou a bola para acertar uma garota do vermelho, mas Dinah entrou na frente segurando com as duas mãos e antes que eu piscasse novamente, ela devolveu quase acertando o pé esquerdo de Ally.

- Woow - Duas meninas que estavam atrás de mim na arquibancada gemeram.

Eu vi a fúria tomar conta do olhar de Ally por quase ter saído do jogo. A baixinha conseguiu desviar de outra bola e em uma rodopiada pegou outra. Dinah, tadinha, estava terminando de se virar novamente para frente quando foi recebida pela bola de Ally.

Bem no rosto. Forte. Doloroso.

A cena seguinte foi 1,73 de mulher despencando sem dó no chão.

- Dinah. – Gritei me levantando e indo até a quadra.

A professora e as outras meninas já estavam em volta dela. Pedi licença até chegar em Dinah, que permanecia deitada ainda.

- Hey, Dih!

Segurei sua mão. Ela piscava os olhos tentando focar sua visão.

- Lauren? É você? – Perguntou.

Eu ri. Ela estava bem, mas gostava de fazer uma cena.

- Sim, sou eu!

- Dinah, me desculpe! Não era para acertar sua cabeça! – Ally se desculpou.

- Lauren! Eu não posso partir desse mundo antes de te falar algumas coisas.

A professora olhou confusa para mim. Eu balancei a cabeça em negativa e ri.

- Está tudo bem, professora! A menina aqui tem a cabeça bem dura. – Dei um tapa leve em sua testa.

Dinah deitou a cabeça de novo e gemeu.

- Leve ela a enfermaria, tudo bem? – Orientou.

Eu assenti e a professora dispensou a classe. Ficando apenas eu e as meninas na quadra.

- Dinah, como está se sentindo? – A baixinha perguntou ainda preocupada.

- Estou vendo o filme da minha vida passando diante dos meus olhos! Se eu esticar consigo tocá-lo. – Levantou a mão para cima, tocando em... nada.

- Vamos, Dih! Levanta e vamos para o vestiário. – Falei.

- Lolo, sabe aquela boneca que você amava? Tinha uma capa vermelha e uma espada? E de repente apareceu sem cabeça.

- Lembro. O que que tem?

- Fui eu. Oh fui eu, Lauren! – Falou colocando a mão na cabeça, se lamentando. – Aquela boneca era muito frágil, eu fui puxar e a cabeça simplesmente saiu! Mas eu juro que foi na inocência.

- Dinah. – Eu ri – Tínhamos uns seis anos. Está tudo bem!

- Você chorou por três dias! – Falou séria. – Ah meu deus! E seus olhos verdes? Eu nunca disse, mas eles me lembram dois abacates!

Levou a mão até meu rosto, cobrindo-o totalmente com sua palma. Foi descendo até chegar nos meus lábios onde colocou dois dedos.

- Eca, Dinah! – Cuspi. – Sua mão tá suja!

- Ally! – Virou-se para ela. – Lembra o tombo que você levou no refeitório no primeiro ano? Com sua bandeja voando pelos ares e depois começou aquela guerra de comida?

- Meio difícil esquecer aquilo, não é? – Respondeu.

- Fui eu também! Na hora que você levantou eu que coloquei o pé! Mas eu não sabia que você era uma pamonha e ia cair! Era só para tropeçar e me fazer dar umas risadas.

- Você deu risada mesmo assim! Quase ficou sem fôlego! – Falei rindo.

- Justamente! Era para eu dar umas risadinhas apenas, não me fazer quase mijar nas calças!

Dessa vez eu e Ally balançamos a cabeça em negativa.

- Chega, vai! Levanta Dinah! – O tom de Ally foi firme.

- Eu não sinto minhas pernas!

- A bola bateu na sua cabeça! – Falei.

Dinah se apoiou em mim para levantar.  Ally apoiou do outro lado e levamos uma Dinah cambaleante para o vestiário. Depois de prometermos levá-la para tomar sorvete, Dinah milagrosamente ficou boa.  

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Duas semanas depois eu estava guardando meus livros de história no armário e pegando os de matemática para minha próxima aula. Troy encostou do meu lado.

- Eai Jauregui!

- Eai Troy! Que que manda?

- Acabei de mandar minha inscrição para a Universidade da Carolina do Norte!

- Sério? Que legal! Estou torcendo para você e Ally. Se inscreveu para Economia ou Arquitetura?

- Economia. Quando começa o período da sua inscrição?

- Semana que vem. A de Camila também.

- Legal! Estou pensando em tentar Nova York.

Eu entreguei meus livros para ele carregar. Fomos andando pelo corredor.

- Não sabia que queria tentar NY! Que bacana, Troy!

- É... Mais ou menos. Ally quer tanto Carolina do Norte que nem sei como falar para ela que quero tentar outros lugares.

- Hey, fale com ela. Tenho certeza que vocês vão achar um meio termo. Além do mais, Ally só começou a pensar em Carolina do Norte porque você tem família lá.

- É eu sei. Vou falar com ela.

- Lauren!!

Viramo-nos para a voz que me chamava. Era a Treinadora Lea.

- Bom, vou indo! A gente se fala no almoço, Laur! – Me entregou os livros.

- OK. Obrigada e até mais tarde.

Troy cumprimentou a treinadora e partiu para a sua aula. O sinal tocou.

- Vamos para minha sala, Lauren! Eu te dou um bilhete depois.

- Tudo bem.

Acompanhei a treinadora até a ginásio, sua sala ficava anexa aos vestiários. Depois de caminharmos em silêncio, chegamos em sua sala. Deixei meus livros na mesa e me sentei na cadeira, aguardando-a. Ela sentou-se também.

- Acabei de receber uma ligação de um amigo meu. Ele faz parte do comitê organizacional das Estaduais desse ano. – Ela tomou uma respiração e sorriu. – Ele me confirmou que haverá olheiros no campeonato. Colúmbia já confirmou presença!

- Universidade de Colúmbia? Que legal! – Sorri. – É uma chance e tanto, a universidade é importante.

- Com certeza.

- Você sabe se terá alguém da NYU? – Perguntei esperançosa.

- Ele não me falou. Na verdade, ele já me disse mais do que podia, mas ele me devia um favor.

- Entendo! Obrigada pela informação, treinadora!

- Lauren, a Universidade de Colúmbia fica em Nova York também. Espero que você não deixe passar essa chance e se inscreva.

- Obrigada pela preocupação, treinadora! Vou considerar a possibilidade.

- OK.

Ela abriu a gaveta e escreveu um bilhete justificando meu atraso para a próxima aula. Me despedi e fui para minha aula de matemática.


Notas Finais


Boa noite, meninas!!
Eu esqueci de dizer nas notas finais do cap anterior, mas com aquele capitulo a história entra no seu Terceiro e ultimo ciclo.
Com isso, quero dizer que estamos nos encaminhando para a reta final.
Espero que gostem do capítulo e se puderem, digam o que estão achando!
Um grande abraço e até o próximo!
bjos


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