Após alguns minutos parei de insistir, Jace não iria falar para onde estava me levando. A ideia era a seguinte, assim que chegarmos eu saio do carro e pego um taxi de volta. Simples! Sem conversa, sem cair no papa furado dele. Mais facil falar do que fazer Clarissa, resmungou meu subconsciente.
-Viu, nem demorou tanto. - ele disse, parando em frente a uma praça levemente movimentada. O lugar era encantador, haviam alguns food trucks de um lado, rodeados de banquinhos. Em outro ponto, um parque onde crianças brincavam com seus pais, apesar da hora. O meio do local, havia um palco onde uma banda se aprontava para tocar.
-O que é isso Jace?
-Bom, você disse que não queria se esconder. Eu sei que não é a mesma coisa - ele passou a mão pelo cabelo, estava claramente nervoso - mas eu pensei que poderíamos ter um encontro. Um de verdade, onde comemos, conversamos e você pode me conhecer melhor.
-Não… Não dá. - seus olhos demonstravam tristeza, eu estava começando a me sentir mal por dispensa-lo. Afinal, eu queria isso, eu queria ele.
-Por favor, me dê uma chance de mostrar que eu posso ser bom. Se voce puder sentir por mim, pelo menos metade do que sinto por voce, tudo vai ficar claro.
Eu queria chorar, beija-lo, correr de volta pra segurança do carro e depois dar meia volta e te-lo pra mim. Jace é tudo que meu coração quer, mas tudo que minha mente manda ficar longe. Afinal, olha o que ele fez, o que ele ainda esta fazendo! Eu ouvi a conversa, ele não pretende desistir.
-Vamos ter um encontro de verdade. Eu vou ser um cavalheiro, eu sei que é isso que voce quer. Mais, eu posso ser mais. Não é esse o motivo? - Não, não era. Mas eu tambem não podia contar pra ele que sabia de tudo. Não queria prejudicar Simon.
-É complicado, além disso esse primeiro encontro não passará disso. UM encontro. Depois temos que nos esconder de novo. Eu não quero isso, não me peça isso Jace.
-Uma hora, é tudo que eu peço e te levo pra festa. - NÃO, NÃO NÃO! Berrava meu subconsciente esperto, mas eu não dei ouvidos. Era só hoje, eu só queria vislumbrar o que eu nunca vou ter e então esqueço de uma vez.
-Tudo bem, mas te garanto, isso não vai mudar nada. - ele apenas fechou os olhos por um segundo e eu quis trazer as palavras de volta a minha boca. Apesar de tudo, eu não queria machuca-lo, porque parecia doer em mim tambem.
Jace segurou minha mão e nos levou até um dos carros. Mexicano era sua escolha, eu não iria me opor claro.
-Hey meu garoto. - o homem sorriu para Jace com adoração. - Você não tem passado mais por aqui, a Natalie sempre pergunta por você, ela te adora. - eu fiquei tensa, pronta para me virar e ir embora. Porem, ele apertou firme minha mão, impedindo que fugisse.
-Andei meio ocupado, diz para ela que logo apareço para ve-la. John, quero que conheça Clarissa.
-Olha, mas que menina bonita. Achei que nunca me apresentaria ninguem, fiquei preocupado. - os dois riram. Apertei a mão de John e disse que o prazer era meu.
-Bom, vamos querer as enchiladas especiais, alguns nachos com guacamole e duas Coronas. Vamos nos sentar na mesa proxima ao palco, voce leva pra gente?
-Claro, vão se divertir garotos.
Jace me arrastou até a mesa, esperou que eu sentasse então fez o mesmo.
-É a filha dele, - meus olhos encontraram os seus - Natalie, ela tem oito anos. Eu venho aqui as vezes e brinco com as crianças cujos pais tem que trabalhar a noite. É uma ong, então quando eles ligam dizendo que preicisam de voluntários eu venho.
Meu coração acelerou. Esse é o Jace que eu conhecia, esse é o garoto por que eu sou apaixonada.
-Nossa, eu me sinto uma idiota. - disse finalmente.
-Tudo bem, você me faz sentir um idiota na maior parte do tempo. É bom revesarmos de vez em quando.
Jace me contou coisas aleatórias sobre ele, falamos sobre musica, cimena, até sobre a faculdade. Nossos pedidos chegaram e tudo estava tão bom que nem reparei que a hora passou.
A banda subiu ao palco, e como se o destino já não me odiasse o bastante Hold Back the River, James Bay, começou a tocar. Aquela canção é tão proxima de nós dois, do que nós somos desde o começo. Nos afastando, sendo afastados.
-Eu sei que meu tempo acabou, mas dança comigo? - concordei uma vez. Jace me guiou até o meio da pista improvisada, varios casais a ocupavam. Nós nos moviamos ao ritmo lento da musica, cada frase nos tornando ainda mais ligados. Ele se afastou um pouco de mim, nossos olhos se encontraram e eu sabia que nunca superaria esse homem.
Naquele momento eu sabia que ele seria o trofeu de ouro da minha estante de arrependimentos. Ele vai ser aquele sonho sempre fresco na memoria, porque nós nunca fomos nada realmente, mas eu sei que nunca vou ter nada maior do que isso que temos.
-Eu amo voce. - ele sussurrou e então me beijou. Sua lingua envolvia a minha, minhas mãos voaram para seus cabelos, ele me trouxe mais para perto, seu aperto firme na minha cintura, quase como se estivesse com medo que o momento escorresse por seus dedos.
Ouvi risadinhas ao nosso redor, e quando nos afastamos varias crianças assistiram a cena. Jace piscou para as menininhas e apontou com a sobrancelha pra mim quando olhou os meninos. Eles concordaram com a cabeça, como se estivessem me aprovando para Jace. Achei graça, o jeito como ele ficava a vontade ao redor delas é cativante.
-Vou levar a donzela para casa. - ele abraçou cada criança e depois voltamos em direção ao carro. Algo em mim murchou, não queria que o momento acabasse, mas não podia reclamar, fui eu quem disse que teriamos sói uma hora.
Jace abriu a porta pra mim, deu a volta no carro e entrou sem falar nada. Alguns quarteirões depois ele parou o carro, e num piscar de olhos desafivelou meu cinto e me puxou para seu colo.
-Confia em mim, por favor. - eu balancei a cabeça negativamente. Então seus labios estavam nos meus, diferente do beijo no parque, agora tinha desespero em seus labios. Ele os sugava e mordia, com as mãos na minha cintura, me puxava pra baixo, fazendo com que sentisse sua ereção rigida.
Suas mãos alcançaram as alças da minha blusa fazendo com que descesse, deixando meus seios a mostra. Não conseguia ouvir a voz da razão, não consegui lembrar que estavamos em um carro parados sei la onde, só conseguia sentir Jace. Meu coração chamava por ele e meu corpo, pelo Anjo, ele gritava por Jace.
Seus labios encontraram meu mamilo rigido, ele chupou e mordeu, enquanto sua mão cuidava do outro. Meu quadril tinha vontade propria, se esfregava em Jace, e quanto mais forte ele sugava, mais me apertava contra ele.
Nos separamos por um segundo, enquanto eu tirava sua camisa, aproveitei para admirar seu corpo. Quando meus olhos subiram até o seu, a luxuria que havia neles me deixou ainda mais molhada e pronta. Eu precisava dele, agora.
Sai de cima dele, tirei meu shorts e fui para o banco de tras. Jace me segiu, seus olhos passearam por meu corpo, fazendo com que me sentisse ainda mais excitada.
-Tem certeza? - ele perguntou.
-Sim. - disse e o puxei para cima de mim. Sua mão encontrou meu clitoris, esfregando-o precisamente. Tateei todo seu corpo, parando em sua calça, abri o botão e libertei sua ereção. Comecei a massagea-lo, não sabia se estava certo, mas Jace soltou um gemido rouco me deixando ainda mais segura. Um dedo deslizou dentro de mim, entrando e saindo lentamente, em seguida Jace acrescentou mais um, e então outro. Eu não queria mais esperar, meu corpo estava a ponto de explodir.
-Agora Jace, por favor. - ele olhou em meus olhos e me beijou.
-Como eu estava esperando pra ouvir isso. - E ouvindo aquelas palavras, um segundo antes que seu pau encostasse em meu meio eu parei. Claro que ele esperava ouvir isso, Jace queria vencer. Eu tinha descoberto que um cara tinha apostado minha virgindade, então estava prestes a entrega-la de bom grato a ele. Como eu sou estupida.
-Eu quero ir embora. - eu falei e me esquivei debaixo dele. Peguei minhas roupas e comecei a me vestir. Eu estava envergonhada e com raiva de mim. Jace continuava parado. Alguns momentos depois, eu já estava arrumada e novamente em meu acento na frente, ele voltou a vida e começou a se ajeitar. Assim que sentou ao meu lado virou na minha direção.
-Eu fiz algo? Desculpa, sei que apressei as coisas. Vamos devagar ok? Isso não tem que acontecer correndo, céus fico quase feliz por voce ter parado. - eu finalmente me virei para encara-lo - Não quero que nossa primeira vez, mais que isso, sua primeira vez seja assim. Não vai ser algo apressada, e sim algo planejado, - eu endureci com a palavra. Planejado, é isso que é desde o começo para ele. - voce nunca vai esquecer. Tambem não te deixarei esquecer porque vou estar com vo… - eu o interrompi.
-Isso não muda nada Jace. Estamos do mesmo jeito que ontem, te dei um encontro. Pronto, passou. Vamos seguir em frente.
-Clarissa, eu não posso seguir em frente. Eu estou apaixonado por voce, será que não me escuta? Tenho certeza que voce tambem sente algo. - meu coração explodia, de dor, de felicidade. Por que nada podia ser simples entre nós?
-Me conta Jce. Agora, me diz o que voce esocnde de mim e ficamos juntos. Me diz e eu sou sua, agora e sempre que quiser. - Jace negou de cabeça baixa e olhos fechados. Se ele não vai tentar ajeitar o que temos, eu preciso mesmo é esquecer isso. Isso Clarissa! Disse meu subconsciente, acordando do seu coma breve. - Otimo, então vamos embora, porque meu verdadeiro encontro deve estar me esperando. Jace socou o volante mas não falou mais nada, e seguimos para a festa.
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