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História Com você - Por você


Escrita por: dandania

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 25 - Por você


João estacionou o carro dentro da garagem de sua casa, ele desceu do carro e entrou na casa. Sua preocupação com Yuri erá evidente, ele foi para o quarto do garoto e entrou, ele viu sua mulher sentada na cama e fazendo carinho nele, enquanto Yuri dormia calmamente. João se aproximou e tocou o ombro dela, ela o fitou e sorriu se levantando, ele beijou sua mulher e fitou seu filho. João juntou as sobrancelhas quando viu o roxo no rosto do filho, Anni o chamou para conversar fora do quarto para não acordá-lo.

-O que aconteceu com o rosto dele?-perguntou ele preocupado, Anni o pediu calma e falou:

-Quando o peguei na escola, ele já estava assim.-Anni passou a mão na boca, ela estava preocupada com ele. Yuri nunca tinha aparecido machucado antes, e ela se assustou com o estado de seu rosto.

-Alguém machucou ele na escola?-perguntou ele se encostando na parede, Anni disse que não, porque ninguém falou nada quando ela chegou. João deu a andar de um lado para o outro, com a mão na cabeça, ele não queria pensar nisso, talvez estivesse errado.

-Ei.-Anni o parou e segurou seu rosto, o fitando nos olhos.-O que foi?

-Eu….eu preciso ligar pra mãe dele e perguntar uma coisa.-falou ele pegando o celular.

-João, ele tá com febre e não quer ir ao hospital, o que faremos?-dizia ela roendo a unha, Anni mesmo não sendo mãe de Yuri, fica preocupada com sua saúde, e já o considera como filho. O trata como um e Yuri adora o jeito doce dela com ele.

-Vai na lista telefônica e vê se tem algum médico que atenda em casa.-disse ele levando o aparelho até sua orelha, Anni assentiu e desceu para procurar o número de um médico. Rosana atendeu na terceira chamada, ela se irritou quando ele disse que Yuri estava na sua casa. Rosana exigiu que João o levasse para a casa dela, ele a mandou ficar quieta e perguntou o que, tinha acontecido com o rosto do menor.

Ela desconversou e disse que caiu. João riu irônico, não acreditando. Ele disse que iria na casa dela mais tarde para conversarem, e Yuri ficaria com ele. João desligou a chamada, quando ela começou a irritá-lo. Ele passou a mão na barba e suspirou. João não quer acreditar que Rosana bateu em Yuri, e é por isso que ele quer conversar com ela frente a frente. Ele entrou no quarto e o garoto ainda dormia, João se sentou na cama e acariciou seu braço, e se curvou para dar um beijo na testa dele, a sentindo quente.

Anni adentrou ao quarto e João se levantou a fitando.

-Achei um, e ele já está vindo.-falou ela. João assentiu e suspirou pesadamente. Ela foi pegar um café para ele, João se sentou na poltrona que fica perto da cama, e ficou observando seu filho dormi.

 

O médico o medicou, e Yuri tinha que repousar e beber muita água. A visita a Lucas ficaria para outro dia, Lia ligou para perguntar do menor, Anni disse que ele ficaria bem.

 

°°°°°

 

Caique ligou para Lia e perguntou se ela ia com ele ao hospital, a garota disse que sim, e marcaram de se encontrar na frente do local. Lia chegou primeiro e ficou esperando Caique, minutos depois, ele chegou com Paloma. Ela estava triste assim como Caique, Lia o abraçou e beijou seus lábios, e depois ela deu um longo abraço em Paloma. Assim os três entraram e foram para o balcão de informações saber se, ainda estava tendo visita. Clara os viu e os chamou, eles foram até onde ela estava.

-Oi gente.-disse ela desanimada.

-E ai, Clara. Como ele tá?-perguntou Caique com seu braço em volta da cintura de Lia. Ela deu um longo suspiro e respondeu:

-Na mesma, Caique.-disse ela. Caique queria ir logo para o quarto, então, Clara os levou até o querto.

A enfermeira deixou apenas dois entrar. Lia disse que, Paloma poderia ir com Caique, então assim eles entaram. Caique entrou no quarto e viu seu amigo inconsciente deitado em uma cama, Lucas tinha um tubo de oxigênio ligado a sua boca e nariz. Ele estava respirando por aparelhos. Caique sentiu suas pernas ficarem bambas, seu rosto queimou e seus olhos arderam, ele os apertou para não chorar. Paloma afagou suas costas, os dois foram até a cama. Caique fitou seu rosto e Lucas tinha um roxo abaixo do olho esquerdo e vários arranhões por todo o rosto. Seu braço direito estava engessado. Caique segurou a mão dele a apertando, foi então que as lágrimas rolaram, ele soluçou e cobriu os olhos com o braço, Paloma o abraçou por trás. Caique não estava querendo vê-lo assim, seu coração apertou e ele desabou em um choro convulsivo, a dor de ver seu melhor amigo em coma erá enorme. Paloma se afastou de Caique e secou o rosto dela, ele se sentou numa cadeira que tinha ao lado da cama, Caique não soltava a mão de Lucas, Paloma ficou ao seu lado.

-Cara, tá sendo difícil te ver assim.-disse ele com a voz embargada. Caique segurava na mão dele e a apertou. Paloma assentiu, concordando com ele, Caique não queria chorar, mas não teve jeito, seu rosto ficou molhado novamente.

-É estranho ver o Lucas quieto.-Paloma falou e Caique concordou com ela. Caique passou a manga da blusa no rosto o secando.-Dizem que, quem está em coma, consegui ouvir tudo a sua volta.

-Então, ele tá ouvindo a gente?-perguntou ele a fitando, Paloma assentiu.-Lucas, seu viado! Vê se acorda logo, se não eu te arrebento!-Caique falou apertando a mão dele, Paloma riu das idiotices de Caique.

O quarto além da cama, tinha um sofá pequeno com dois lugares e atrás dele, uma janela com cortinas bejes. Os dois ficaram por quinze minutos no quarto, depois disso, Caique saiu do quarto e deixou Paloma nele; Caique viu Lia o esperando no corredor, ele foi até ela e a abraçou deixando as lágrimas rolarem. Caique não conseguiu ficar muito tempo no quarto, ele prefere ver seu amigo acordado e não em coma. Lia o afastou e segurou seu rosto o secando.

-Não fica assim.-disse ela beijando ele.-Ele vai ficar bem.

-Ele tem que acorda logo, Lia.-dizia ele com a garganta seca. Lia assentiu e beijou sua bochecha com carinho. Quando Paloma saiu, ela foi até onde os dois estavam, Caique as chamou para irem comer algo; no caminho passam por um médico e, Caique o fitou franzindo os olhos.

Ele ficou parado no corredor o fitando indo. Lia o chamou e ele se virou falando:

-Caraca! Vocês olharam pra cara daquele médico?-perguntou ele para elas, Lia assentiu e Paloma falou que não.

-Por que, Caique?-disse Paloma.

-Sei lá, ele parecia com o Lucas.-falou ele coçando a cabeça. Lia concordou com seu namorado, ela segurou no braço dele e o puxou caminhando para a refeitório. Os três permaneceram mais um tempinho no hospital.

 

Mari tinha indo embora porque ela trabalha, e avisou Beth que logo que saísse ia direto para o hospital visitá-lo. À tarde, ela entrou em seu carro e antes de dar partida ligou para Letícia avisando que iria para o hospital ver Lucas. Mari estava ansiosa para ver seu filho, ela queria tocar no rosto dele e beijá-lo. Chegando ao hospital, ela foi até o balcão perguntar se ainda estava tendo visitas a Lucas, a recepcionista avisou que sim, e Mari foi para o quarto. Ela estava ansiosa para vê-lo. Entrando, Mari deu um longo suspiro ao ver seu filho inconsciente, ela se aproximou dele e se sentou na cadeira ao lado da cama. Ela tocou a mão dele, Lucas estava na mesma, ainda não tinha dado nenhum sinal de que acordaria. Ela queria contar a ele, seu coração estava pequeno ali diante a Lucas, e Mari sabe que nesse momento não pode fazer nada, a única coisa a se fazer: é rezar para ele acordar e não ter nenhuma sequela.

-Oi, querido.-disse ela com os olhos cheios d’água. Mari suspirou e fitou seu rosto pálido e adormecido.-Você deu um susto na gente. Nunca mais faça isso, Lucas. Eu pensei que te perderia.

Ela passou a mão no rosto para afastar as lágrimas teimosas. Mari tentou de tudo para fazer Beto ir visitar Lucas, mais sua teimosia é enorme, e ele disse que, não tinha nada a fazer no hospital. Mari desistiu de vez, de fazê-lo mudar, um dia ele vai se arrepender de está tratando Lucas assim. Ela se levantou e inclinou para frente e beijou a testa dele, Mari o fitou, cada detalhe de seu rosto, e viu que Lucas tem um pouco dos dois, dela e de Rafael. Mais do pai, porque Lucas se parece muito com ele, até a personalidade é igual. Mari riu ao notar esse detalhe, ela se lembrou que quando tinha a idade dele, Rafael erá exatamente igual a Lucas.

Bateram na porta e Mari se virou para ver quem erá. Mari franzi-o as sobrancelhas de surpresa quando viu Beto na porta, ele a fitou e bufou com sua reação. Ela se levantou pedindo para ele entrar.

-Roberto, Roberto! Você é uma pessoa confusa, sabia?-disse Mari cruzando seus braços e com uma sobrancelha arqueada.

-Não começa.-disse ele indo até a cama e fitando Lucas.-Eu….eu soube que, o pai dele está na cidade

Mari assentiu e Beto, torceu o nariz a fitando.

-Como ele tá?-sua voz saiu falha, ele não piscava olhando para Lucas. Beto tocou a mão do garoto e a acariciou, ele se sentiu mal por ver seu filho nesse estado. Beto se segurou para não mostrar fraqueza na frente da irmã.

-Fora de risco, mas está ai, em coma.-dizia ela suspirando e sentindo um frio na barriga. Mari está feliz por ver Beto no quarto, ela pensou que, ele seria mais cabeça dura e não visitaria ele.

-Então, aquele canalha tá aqui?-dizia ele indo para o sofá perto da janela e se sentando, a fitando. Mari juntou as sobrancelhas para ele, e sentou na cadeira. Beto sempre foi contra deixar Rafael ver Lucas quando ele erá criança.

-Ele não é um canalha. Você sabe muito bem o que ouve, e porque ele foi embora.-ela falava semicerrando os olhos para ele, Beto nunca foi com a cara de Rafael.

-Sei. Foi o que ele te disse.-falou ele e olhou para Lucas.-Ele é a cara daquele filho da puta!

-Roberto, chega!-disse Mari levantando a voz, e chamando sua atenção. Ele deu uma risada debochada que fez Mari revirar os olhos.-Para de falar assim do Rafael, a culpa disso tudo foi minha e não dele!

-Ele te abandonou grávida, Mariam!-Beto parecia irritado com a história. Mari passou a mão no rosto e deu um suspiro longo e cansado.

-Ele pensou que eu havia abortado, o Lucas.-disse ela.-Mas não foi isso!

-Aquele velho do pai dele, inventou uma bela mentira, não foi?-perguntou ele a fitando, Mari assentiu triste e o passando voltou, ela se pegou lembrando de tudo que aconteceu naquele dia.

 

 

Mari tinha dezessete anos quando conheceu Rafael, ele erá um ano mais novo que ela. Mari naquela época, não se aceitava. Ela tinha medo de contar a família sobre sua orientação. Então, ela ficou com Rafael, a família dele erá muito conservadora, e quando Mari ficou grávida, foi um choque para a família de Rafael. Rafael ficou feliz de saber que seria pai, ele estava disposto a ajudar Mari a cuidar do bebê, mas o pai de Rafael não gostou nada de saber que, seu filho seria pai com dezesseis anos, ele achou que esse bebê acabaria com a vida do filho, e ele não poderia se tornar médico um dia. Então seu pai decidiu ir falar com Mari, ele ofereceu dinheiro a ela, para Mari sumir da vida de Rafael e nunca mais aparecer. Mari negou a oferta, o homem se irritou com ela e a ameaçou dizendo que, destruiria a vida dela, qualquer profissão que ela exercesse, ele faria de tudo para acabar com as chances que ela poderia ter. E se Mari tentasse dizer a Rafael sobre a conversa que tiveram, ele daria um jeito de arranca o bebê dos baços de Mari e jogá-lo em um orfanato.

Mari teve medo da ameaça; dias depois ela soube que, Rafael tinha ido embora para os Estados Unidos, ela ficou desesperada, sua família ainda não sabia da gravidez. Ela entrou em pânico achando que, Rafael a abandonou depois de ter prometido ajudá-la a cuidar do bebê. Mas não foi isso o que aconteceu, o pai dele havia dito que, Mari tinha abortado. Rafael ficou sem chão, e com raiva de Mari por ter feito isso, ele quis ir atrás dela para perguntar porque ela tinha feito isso. Mas seu pai disse para ele esquecer, que ela fez a coisa certa, e um bebê agora só atrapalharia a vida dele. O homem convenceu Rafael a ir morar fora por um tempo. Ele aceitou e se mudou, lá ele fez faculdade de medicina e se formou como médico. Mari teve que contar ao irmão Beto, ele ficou decepcionado com ela, e disse que cuidaria do bebê com Beth, que já tinha Clara que só erá um bebê.

Com vinte e cinco anos, Rafael voltou ao Brasil de férias e resolveu procurar por Mari. Foi então que, ele soube da verdade que; Mari tinha tido o bebê e deu ele para o irmão cuidar, porque ela na época teve medo de cuidar dele sozinha, ela ficou assustada em ser mãe solteira. Rafael ficou se sentindo mal por não ter ido atrás dela antes, e ter acreditado no pai. Mas ele erá muito jovem e agiu de cabeça quente. Rafael contou para ela sobre a mentira que o pai contou, Mari disse que erá pra ele ficar longe de Lucas, porque a criança achava que ela erá a sua tia. Rafael ficou um tempo tentando convencer Mari a deixá-lo vê-lo uma vez. Lucas tinha dez anos, quando conheceu o pai, mas sem saber quem erá ele. Rafael prometeu ajudar Beth e Beto com as despesas. Mesmo Beto se recusando a aceitar, Rafael depositava uma quantia de dinheiro todo mês, em uma conta que ele fez para Lucas, assim quando ele fizesse dezoito anos, Lucas usaria o dinheiro para fazer  faculdade ou o que ele quisesse.

Ele casou e teve dois filhos, a alguns meses atrás ele se separou da mulher e decidiu voltar ao Brasil, e se aproximar de Lucas.

 

 

Mari sabe que cedo ou tarde ela terá que contar a Lucas, antes que Beto faça isso.

 

Já se passava das seis da tarde quando, Yuri acordou gritando, ele estava com a testa suada, seus cabelos grudados nas têmporas, ele chorava e pedia; para a mãe não bater nele. Seu peito subia e descia com urgência, João ouviu os gritos do garoto do andar de baixo, ele largou o que fazia e correu para o quarto dele. João entrou no quarto e Yuri falava trêmulo: “mãe por favor não me machuca!” João notou que ele parecia está dormindo, seus olhos ainda estavam fechados, Yuri colocava as mãos na frente do rosto. João se sentou na cama e o abraçou o ninando.

-Ei. Tá tudo bem, foi só um pesadelo.-dizia ele, Yuri agarrou a camisa do pai e chorou baixinho. João beijou a cabeça dele, ele ficou pensativo sobre o que ouviu o filho pedindo, e a sua desconfiança cresceu. Algo dentro dele dizia que, Rosana bateu em seu filho.

João queria tirar essa história a limpo e se fosse verdade, Rosana nunca mais veria Yuri, porque ele pediria a guarda do menor e ela nunca mais machucaria ele. Yuri se acalmou nos braços do pai, João se afastou um pouco dele e fitou seu rosto assustado.

-Me diz, Yuri?-disse ele segurando o rosto do ruivo.-Me fala quem fez isso no seu rosto?

Yuri encolheu os ombros e tremeu só de pensar no que aconteceu na noite passada.

-E-Eu caí, papai.-disse meigo e seu lábio tremeu. João sacudiu a cabeça não acreditando.

-Não minta pra mim, filho.-disse ele com a voz calma, fitando o garoto. Yuri ao ouvir seu pai, abaixou a cabeça cobrindo os olhos com as mãos.-Você quer que eu fique chateado com você.

Yuri levantou a cabeça e franzi-o as sobrancelhas negando para o pai, ele não quer que seu pai se chateie com ele. Yuri não suporta mais mentir.

-Papai.-um nó se formou em sua garganta, Yuri puxou forças para conseguir falar. João para motivá-lo, afagou seus cabelos e segurou a mão dele, fazendo carinho com o polegar.-A mamãe…..Papai!.....Ela me m-machucou!

Sua voz saiu trêmula e rouca, João fechou os olhos e suspirou fundo para não soltar um palavrão na frente do filho. Ele colocou a mão livre na boca e João sentiu uma raiva de Rosana, seus olhos lagrimejaram e seu coração se comprimiu dentro de seu peito, ele fitou seu filho e Yuri estava quieto e chorava baixinho. João tocou o rosto do menor no lugar roxo, e Yuri deitou sua cabeça sobre a mão do pai. João estava arrasado e chocado com o que ouvirá do filho, ver seu filho machucado e com medo, o deixou fraco e impotente. Ele segurou na nuca do menor e o trouxe para seu peito, beijando a cabeça dele, passando confiança a ele, e que de seu pai, Yuri só receberá amor e carinho.

-Papai tá aqui, filho. E nunca mais ela vai te machucar.-disse ele afagando os cabelos do filho. Yuri assentiu com os olhos marejados. João se segurou ao máximo para não chorar na frente do filho, ele quer mostrar a Yuri que é forte por ele, e o protegerá da mãe. Yuri adora abraçar o pai, seu abraço é sempre protetor e amoroso.

Ele ainda estava febril e sentia seu corpo mole, João resolveria isso de uma vez. Ele disse para sigo mesmo que, faria o pedido da guarda de Yuri. E Rosana perderia, nenhum juiz vai dar a guarda para uma pessoa que agride o filho. Como já erá noite ele deixou para ir na casa de Rosana no dia seguinte, e ele espera que ela explique direitinho essa história de ter batido em Yuri.

 

 

Dia Seguinte…..

 

João foi até o quarto de Yuri ver se ele estava melhor, ele tocou a testa do menor e ele ainda estava quente, então, ele decidiu deixar Yuri mais uns dias em casa. João nunca o deixaria ir a escola com febre. Ele deixou uma beijo na cabeça do ruivo, e Yuri ressonou se mexendo e virando para o outro lado. João foi para a cozinha, aonde Anni preparava um café para os dois, a bebê ainda dormia.

-Você cuida dele enquanto eu estiver fora?-perguntou ele, Anni assentiu e passou uma caneca com café para seu marido.

-Ele tá melhor?-ela o fitou e João negou.-Então, João. Você vai falar com a mãe dele? Eu ainda não acredito no que você me disse, como ela teve coragem de bater nele?

-Eu também tô chocado com isso.-falou ele colocando a mão no rosto e suspirando.-Assim que chegar do trabalho vou lá falar com ela, e espero que ela não minta.

Anni assentiu, ela nunca imaginou que o machucado no rosto de Yuri, foi feito pela mãe. Só de pensar nisso ela fica sentida. João se despediu de sua mulher e foi para o trabalho, mas sua cabeça não deixou sua casa, ele ficou preocupado com o filho. Mas sabe que Anni cuidará bem dele, em sua ausência.

Às 10:35Hrs Yuri acordou, Anni estava na sala lendo, e viu o garoto. Ela foi até ele e tocou sua testa. Ele estava um pouco melhor, Anni o levou para a cozinha e preparou uma café da manhã. Yuri não comeu tudo, seu estômago não permitiu.

-Sua amiga ligou.-disse ela e Yuri despertou.

-A Lia?-perguntou ele esboçando um sorriso, ele entrelaçava seus dedos, com as mãos em cima da mesa.

-Ela mesma.-Anni sorriu quando percebeu que, Yuri se animou um pouco com a ligação de Lia.-Ela disse que vai vir aqui mais tarde.

Ele sorriu e Anni mais ainda. Yuri subiu para seu quarto e foi tomar um banho, após se vestir, desceu para ficar um pouco no quintal aonde tem um banco de balaço. Anni o ajudou a ir até lá, o sentando, Yuri ficou se embalançando, com as pernas cruzadas igual de índio. A campainha tocou e Anni avisou que veria quem erá, o menor assentiu e ficou ouvindo o barulho que os pássaros faziam pela manhã. Minutos depois, Anni voltou e disse:

-Yuri, tem um amigo seu aqui.-disse ela. Yuri ficou feliz, talvez seria Bernardo ou Caique.

-Quem é, Anni?-perguntou ele todo curioso.

-Sou eu, Yuri.-disse Nícolas com uma voz desanimada. Anni disse que os deixaria conversando a sós e entrou para a casa.

-Oi, Nícolas.-disse ele e o garoto suspirou indo até ele. Nícolas perguntou, se podia se sentar e Yuri assentiu, ele estava cabisbaixo e quieto, Yuri estranhou seu comportamento, porque ele é sempre agitado e fala muito.-Tá tudo bem?

-Não.-falou desanimado. Yuri franzi-o a testa e disse:

-O Lucas vai ficar bem, eu sei.-disse ele e Nick riu nasalando e o fitou.-Você já foi ver ele?

-Não. Se eu aparecer por lá, é bem capaz do Caique me expulsar.-disse ele fitando o nada, seu olhar erá triste e longe. Yuri sentiu que Nick não está bem, e que alguma coisa está acontecendo, ele ficou de sobrancelhas juntas, não entendendo porque Caique faria isso, se eles são amigos.

-Por que ele faria isso?-Yuri falou coçando a nuca e Nick sacudia a cabeça, tentando pensar em como dizer, já que, está na cara que ninguém contou a Yuri o que ouve.

-Parece que não te contaram.-falou ele suspirando.-O Lucas e eu brigamos, sabe?

Yuri negou com a boca entreaberta.

-Eu…eu fiz a pior cagada da minha vida!-falou ele caçando a cabeça e querendo se socar por dentro.-Eu fiquei com a Sofia, e o Lucas ficou sabendo.

Yuri não disse nada, só ficou calado e pensando no que ele havia dito, Nick o fitou.

-Sabe, Yuri. Eu tô me sentindo culpado pelo que aconteceu com ele.-disse Nick colocando a mão no rosto, seu peito doía e ele está mal.-É como se eu tivesse dirigindo aquele carro.

Yuri o ouviu chorando e alisou as costas dele o consolando.

-Não fica assim, a culpa não foi sua.-falou Yuri, e Nick sacudia a cabeça, ele levantou a cabeça e secou o rosto. Yuri não está com raiva dele, pelo que fez. O menor sabe, ele sente na voz de Nick que ele está arrependido do que fez.

-Eu vim aqui achando que você me mandaria embora.-Nick o fitou e Yuri sacudiu a cabeça.

-Eu nunca faria isso.-disse ele com a mão no ombro de Nick, Yuri ainda se sente triste por Lucas, por ele não está com o menor.

-Eu precisava falar com alguém. Mandei um milhão de mensagens pro Caique e pra Paloma, mas eles não me respondem.-ele tinha sua voz embargada pelo choro, Yuri começava a ficas mais triste do que já estava. Ele não gosta de ouvi alguém chorando, seu coração fica pequeno.-Eu sei que eles estão me odiando pelo que fiz, mas……Eu também tô me odiando, sou o pior amigo, é por isso que o certo é, não ter amigo nenhum.

-E-Eu não te odeio, Nícolas.-disse o menor para tentar fazer ele se sentir melhor, Nick deu uma risada.-O Lucas vai te perdoar, eu sei. Vocês são amigos, e acho que uma garota não vai afastar vocês.

-Ah, Yuri. Quem dera que você estivesse certo, seu mundo é perfeito demais.-disse ele e Yuri não entendeu nada.-Você não consegue “ver” a maldade nas pessoas, né? Bem, não quero dizer visualmente, você é inocente demais.

-Não sou, não.-falou ele cruzando os braços e fechando a cara. Nick achou graça do jeito dele e riu.-Tá rindo do quê?

-Nada não.-disse ele rindo e cobrindo a boca, Yuri riu também. Yuri disse para ele ir visitar Lucas, que o garoto se sentiria bem depois disso e que, erá para ele parar de ficar se culpando.-Às vezes me sinto solitário, sabe? Meus pais passam mais tempo viajando do que em casa, mesmo com os empregados lá, eu me sinto sozinho, e meu irmão só quer sabe da namorada.

-Eu….eu me sentia assim também, antes de conhecer vocês.-disse Yuri, Nick assentiu cabisbaixo.-Mas agora não mais. Se você quiser pode vir pra cá conversar. Meu pai deixa.

Nick sorriu de canto, ele queria muito ir visitar seu amigo. Mas ele acha que não merece estar lá, e Caique pode não querer sua presença no hospital. Nick precisava falar com alguém, e a única pessoa que ele achou que falaria com ele seria Yuri.

-Então, tá.-disse ele animado, Yuri sorriu. Os dois ficaram conversando, Nick estava se sentindo melhor em ter conversado com Yuri. Depois de um certo tempo ele se despediu do ruivo e foi embora, Yuri entrou e foi ficar com Anni, ela estava com Yasmim, e o menor quis segurar a irmã e Anni deixou.

 

Às duas horas da tarde, Lia foi vê-lo, ela estava preocupado com Yuri. E queria falar que foi ver Lucas, o menor se sente bem quando está com Lia, e como se ela passasse uma tranquilidade muito boa a ele. Lia como sempre, o abraçou apertando ele, Yuri ria de seus abraços sufocantes. Eles foram para o jardim da casa, e ficaram conversando sobre tudo, com Lia o assunto rende, até quando Yuri cansa de falar, ela continua. Os dois se encheram de chocolate, Lia ria dizendo que, ele teria diabetes de tanto doce que o menor comia. E por algumas horas ao lado de Lia, ele pôde esquecer um pouco da dor, e da saudade que sentia de Lucas.

 

João chegou em sua casa, no final da tarde.-Lia já tinha ido embora.-ele estava cansado, mas queria falar com Rosana. Foi ver o filho primeiro e Yuri estava dormindo, ele deu um beijo na testa do menor e o deixou descansar. João tomou um banho e comeu algo antes de sair, ele avisou a mulher que sairia. Yuri ainda não se sentia pronto para visitar Lucas, mas ele sabia que tinha que ir, a saudade é enorme, se fosse ele em seu lugar, o menor ia gostar de Lucas ir visitá-lo. João estacionou o carro na frente da casa, ele não deixaria o menor voltar mais a morar com a mãe. Rosana atendeu a porta e bufou irritada, João entrou sem ela deixar e foi para a sala.

-Precisamos ter uma conversa séria.-disse ele e sentindo uma raiva o consumir, João fitou aquela mulher e pensou em, como ela pôde ter coragem de bater em seu filho, um garoto que nunca fez mal a ninguém, nunca deu trabalho e nem dor de cabeça a ela. Um filho especial que toda mãe gostaria de ter, e Rosana joga isso tudo no lixo e ignora. Rosana cruzou os braços o fitando, seu marido estava no trabalho e Léo na escolinha.

-Bem, primeiro eu não permitir que o Yuri dormisse na sua casa.-ela o fitou séria e João riu com ironia.-A guarda dele é minha, portanto quem decide se ele fica lá sou eu.

-Do que adianta você ter a guarda dele, se você não cuida do meu filho!-João aumentou o tom de sua voz, ele não queria perder a cabeça e discutir, mas sua raiva por ela é imensa. Rosana riu e passou a mão no cabelo, João trincou os dentes com sua atitude.-Você é uma péssima mãe! Como você teve coragem de bater nele?

Rosana arregalou os olhos, e João semicerrou seus olhos. Ela sacudiu a cabeça rindo sem humor.

-Você está louco.-falou ela calma.

-Louco? Louca é você! Presta atenção, se você tocar nele mais uma vez, eu te coloco na cadeia!-João estava olhava fixamente para ela, ele estava se segurando para não chorar.-Nunca mais Rosana, você tá me ouvindo? NUNCA! MAIS TOQUE NELE!

Ela recuou, o fitando sem piscar.

-Eu sei que você me culpa pela morte do Yago, mas descontar sua raiva de mim no meu filho, isso já é monstruoso, sabia?!?-Rosana não falava nada, ela estava estática observando João gritar a sua frente, ele já estava com os olhos cheios d’água. Ele os secou e suspirou fundo para tentar se acalmar.-Se quer bater em alguém, bata em mim!

-E-Eu não vou fazer isso.-falou ela tentando não olhar pra ele. João se aproximou e ela recuou, ele a fitou fundo em seus olhos e disse:

-Bate, Rosana.-disse ele agarrando o pulso dela, Rosana tentou se livrar, mas não conseguiu.-Anda! Libera todo esse ódio em mim, prometo que não vou fazer nada.

Ela o fitou de olhos arregalados, e deu um tapa em seu rosto. João o virou de lado, mas não foi tão forte como ele esperou que fosse.

-Isso é tudo o que você consegue?-ele perguntou e ela o acertou outro tapa, só que esse foi mais forte. João a deixou extravasar, ela precisava. Rosana começou a bater no peito dele, o empurrando e batendo em seu rosto. João não fazia nada, apenas deixava ela bater. Seus olhos lagrimejaram e ela deu a chorar.

-Eu te odeio!-gritava ela batendo nele. Os tapas foram ficando mais fracos e ela parou. João a abraçou, e ela retribuiu o abraço. Depois ele se afastou dela, já vendo que Rosana estava melhor.

-Agora que você me bateu até cansar, nunca mais encoste a mão no meu filho. Porque se isso acontecer novamente, eu tiro ele de você, e você nunca mais vai vê-lo.-João dizia olhando em seus olhos, ela se afastou e ficou de costas a ela.-Se você não quiser passar o resta de sua vida na cadeia, é melhor você começar a mudar com ele. Pelos menos uma vez na sua vida, seja uma boa mãe, seja carinhosa com ele, dê tudo o que você nunca deu ao Yuri.

João passou por ela e a fitou antes de ir embora.

-Eu gostaria de nunca ter te conhecido, mas se isso acontecesse, você não teria me dado os meus filhos.-disse ele, e ela o fitou, seus olhos estavam molhados e Rosana os secou.-Yuri foi a única e a melhor coisa que você me deu. Eu sou muito grato a isso, por ter um filho maravilhoso igual a ele.

Ele deu uma última olhada nela e foi embora, a deixando sozinha e pensativa, sobre tudo o que ele disse. Por mais que ela odeie admitir, João tem razão em tudo que disse. Rosana nunca foi uma boa mãe, ela fazia tudo isso com Yuri para descontar a raiva que sentia de João, e por ter perdido Yago no parto. Ela sabe que precisa mudar e o mais rápido possível, se não quiser perde seu filho, e João fará isso. Ele pedirá a guarda única, sem o direito de visitas e ela não poderá vê-lo se o juiz aceitar.

 

Ele estava nervoso em seu carro, queria chegar logo em sua casa, e ver seu filho. João chegou e o viu na sala com sua mulher, Anni lia uma história para ele, e Yuri estava ouvindo atentamente. Ela levantou os olhos e o viu, Anni sorriu e João fez o mesmo indo até eles, ele se sentou ao lado de Yuri, que abraçou o pai quando o sentiu.

-Papai!-falou ele animado, João afagou seus cabelos.

-O que vocês estão fazendo?-perguntou ele com Yuri grudado em sua cintura.

-Bem, ele me perguntou o que eu estava lendo, e eu resolvi ler pra ele.-disse ela mostrando o livro, Yuri assentiu se afastando do pai. João o fitou e seu rosto estava melhor. Ele afagou a bochecha de Yuri e o menor riu.

-Vejo que está melhor?-perguntou ele e Yuri assentiu. João tocou sua testa e já estava menos quente.

-Papai.-disse ele envergonhado e brincando com os dedos do pai. João o fitou e riu.-E-Eu queria ir visitar o Lucas, amanhã, posso?

-Pode, filho.-disse ele e Yuri sorriu. Ele quer enfrentar seu medo de hospitais por Lucas, Yuri quer ser forte por ele.-Você gosta dele, não gosta?

Yuri corou e sentiu seu coração saltar de repente, ele ficou com medo do pai ter percebido algo. Ele abaixou a cabeça e se encolheu no sofá.

-S-Sim, papai.-disse ele sussurrando. João bagunçou os cabelos do menor. E Yuri quis contar ao pai, já que uma hora ele terá que saber. Ele quer acabar logo com isso, Yuri sabe que qualquer coisa que João fale com ele, Anni o ajudará a fugir. Anni notou que Yuri estava querendo contar, se sentou mais perto dele.-P-Papai.

-Sim.-João se recostou no sofá e o fitou, Yuri deitou a cabeça no peito do pai, e sentiu seu coração batendo.-Pode falar.

Yuri apertou seus braços em volta da cintura do pai, João o abraçou e ficou preocupado com ele. Yuri respirou fundo e sentindo seu coração querer sair pela boca, de tanto nervosismo e medo do pai não gostar.

-Papai, eu…eu queria te contar uma coisa, mas tenho medo.-disse ele sussurrando, Anni acariciou as costas dele e disse:

-Estou aqui, querido. Não tenha medo.-falou ela e deu uma beijo no ombro dele. Yuri assentiu ainda grudado no pai. João a fitou com as sobrancelhas juntas, ele estava um pouco confuso, mas lá no fundo ele já sabia o que Yuri queria falar.

-E-Eu, eu sou….-Yuri deu uma pausa, e suspirou fundo, João o sentiu tremer em seus braços e, afagou seus cabelos o tranquilizando e beijando sua cabeça. Yuri sentiu um frio na barriga, ele queria dizer de uma vez, mas um nó se fez em sua garganta, e ele afundou seu rosto no peito do pai.-E-Eu sou gay, papai.

Yuri fechou os olhos e apertou a camisa do pai com força, os nós de seus dedos ficaram brancos, ele ficou quieto esperando o pai dizer algo. João fitou sua mulher e Anni deu de ombros, ele estava boquiaberto, não sabia o que dizer, seu cérebro ainda tentava processar o que seu filho acabará de dizer. João deu um suspiro longo e coçou a barba, Yuri mal se mexia ao seu lado.

-Nossa.-foi o que ele disse, João sentiu sua boca seca e ele se mexeu. Yuri se afastou e franzi-o a testa, ele estava triste, achando que o pai ficou desapontado com ele, João apoiou os cotovelos nos joelhos e coçou a cabeça. Anni abraçou o menor.

-João!-disse ela, Yuri se afastou dela e abaixou a cabeça, seu lábio tremeu.

-Acho que lá no fundo eu já sabia.-disse ele fitando o filho, Yuri franzi-o o cenho para o pai.-Eu não sei explicar como, mas sou seu pai, né?. E você não disfarçou quando trouxe aquele garoto aqui.

João riu com a cara que Yuri fez, ele corou muito e encolheu os ombros. Seu pai o abraçou e Yuri finalmente pode respirar aliviando.

-Não tá bravo?-perguntou ele.

-Não. Eu só quero te ver feliz, não me importo nenhum pouco com a sua sexualidade.-disse ele beijando a testa do menor que, sorriu largo e abraçou com força seu pai.-Você poderia ser um etezinho verde e mesmo assim, te amaria do mesmo jeito.-Yuri riu e se afastou do pai. Anni ficou feliz pela reação dele.-Te amo muito, filho. E o fato de você ser gay, não diminui nenhum pouquinho o meu amor por você.

-Também te amo muito, papai!!-disse ele feliz e sorrindo muito.

-Ei.-disse João franzindo as sobrancelhas e Yuri parou de rir na hora.-Tem mais alguma coisa ai, não tem?

-Tem.-falou ele corando e cobrindo o rosto com o braço. Anni riu e João riu nasalando.-O L-Lucas é meu namorado, papai.

Yuri pôde sentir seu rosto pegar fogo de tanta vergonha que ele sentiu em dizer isso, mas seu coração estava alegre. Ele finalmente contou de Lucas para o pai. João sabe que, Lucas é o garoto que foi em sua casa e está no hospital, porque no dia em que Lia e Bernardo dormiram em sua casa, ela contou sobre o acidente para ele. Seu pai sabe o quanto ele está sofrendo por isso, e ele não quer ver Yuri cabisbaixo.

-Vem cá.-ele puxou o menor para seus braços.-Ele vai ficar bem, Yuri. Amanhã te levo no hospital.

-Tá, papai.-Yuri não quer mais chorar, ele quer pensar que, Lucas ficará bem. E se ele ficar triste isso não vai acontecer. Anni avisou que ai na cozinha pegar sorvete para eles, Yuri já se animou quando ouviu ela dizer. João queria conversa mais com Yuri. Anni voltou com os potes e, entregou um de chocolate para o menor, o outro ela tomou com João. Os três ficaram conversando, João perguntava como Yuri tinha conhecido Lucas, e se ele tratava Yuri bem. O menor estava gostando de contar tudo sobre eles.-tirando algumas coisas, que ele ficaria envergonhado de contar.-Agora o menor, não se sente mais sozinho, ele tem muitas pessoas que o ama à sua volta.

Um peso enorme saiu de suas costas, depois que ele contou sobre as agressões que sofria da mãe, e que namora com Lucas. Foi difícil para ele, mais Yuri fez tudo isso pensando em Lucas, sempre quando ele sentia medo de falar. A voz de Lucas vinha em sua cabeça, dizendo, para ele não ter medo, e Yuri não teve. 



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