1. Spirit Fanfics >
  2. Without you. >
  3. Nightmare.

História Without you. - Nightmare.


Escrita por: AnnyElric

Notas do Autor


Oe pessoas liendas, ta aqui mais um cap. dessa fic maravilhosa(cof cof, exibida), midira 😂😂😂
Bem, espero que gostem.

Booa leitura *-*

Capítulo 3 - Nightmare.


'- Oito, nove, dez! Lá vou eu! _ A garotinha de cabelos longos e ruivos descobriu os olhos e olhou ao redor, ouvindo risinhos _ te achei, Olga!!

- Eu já falei, Ana.. Não posso brincar agora _ A mais velha andava de um lado a outro, lendo cartas e mais cartas.

- Tati? _ Ela encarou a irmã de cabelos acobreados presos pomposamente em um penteado adornado com pérolas e ouro.

- Ana, eu já disse mil vezes que estou ocupada _ Ela abanou-se com o leque enfeitado e encarou o rapaz alto de uniforme verde.

- Vem _ Maria, sua irmã 'do meio', segurou sua mão e a levou até o quarto, a sentou em frente ao espelho e desembaraçou seus cabelos com a escova macia.

- Eu não entendo.. Elas adoravam brincar quando eram mais novas..

- Sim, Ana, mas agora são mulheres crescidas e têm afazeres, assim como nós duas.. Veja só, você vai fazer 17 e ainda age como uma garotinha _ Maria sorriu brevemente e afastou a franja da irmã, olhando-a _ Veja bem.. Você é linda e pode conseguir um bom casamento, pode orgulhar nossos pais.

- Eu não quero me casar _ Anastásia fez uma expressão de desgosto e segurou sua coroa que ficava ao lado das presilhas brilhantes _ O que nós somos?

- O que quer dizer? _ Maria trançou os longos cabelos da ruiva e misturou ramos e flores, dando a ela um charme campestre.

- Nosso pai é o Czar, nossa mãe é uma princesa.. Ou algo assim, e nós somos o que?

- Bem.. Não se preocupe com isso _ Maria ergueu brevemente o queixo da irmã e lhe sorriu _ Vem, vamos brincar.'

Anastasia abriu os olhos lentamente, sua visão estava dobrada e aos poucos voltava ao normal, ela os esfregou e levantou-se, indo até a cozinha.

- ... _ Ela abriu o armário e pegou o pote de café, encheu a leiteira com água e colocou no fogão, acendendo o fogo.

>>

Ana bebericou o café, sentindo sua caneca aquecer-lhe os dedos, e encarou a pintura, recostando-se na poltrona velha que havia encontrado ali no sotão, acabou por limpa-la com um pano úmido e cobrir com seu cobertor mais antigo.

- Eu preciso de um emprego.. Preciso muito.. _ Ela sentiu o celular tremer em seu bolso e o pegou, olhando o visor antes de atender e levar à orelha _ Alô?

- Anastasia? _ A voz era muito familiar e ela sabia exatamente quem era.

- Ta legal.. Como conseguiu o meu número?!?_ Ana franziu o cenho, perplexa.

- Ah.. Melhor eu não dizer _ Apollo apoiou o celular no ombro e reabasteceu as prateleiras da seção de doces.

- Desembucha _ Ela bebeu mais um pouco do café e voltou a olhar a pintura.

- Peguei no seu celular quando você foi na cozinha.

- Meu celular tem uma senha!

- Que eu descobri em menos de dois segundos _ Ele encostou-se na parede e segurou o aparelho com a mão.

- .... Você é doente..

- Já me chamaram de coisas piores _ Ele deu de ombros.

- Okay, eu tenho que desligar_ Ana levantou-se e desceu as escadas sem qualquer pressa, empurrando-a para o teto e pegando seu amado casaco.

- Vai sair? _ Apollo correu até a janela e a viu abrir a porta e colocar o casaco preto de lã.

- Tchau, Apollo _ Ela desligou e enfiou o celular no bolso, indo até a delegacia.

>>

- Anastasia?_ O delegado arqueou a sobrancelha e encarou a ficha _ A nova moradora da 1918?

- É, ela está esperando na sua sala, pediu sigilo absoluto.

- Sigilo? Pra quê? Ratazanas nos banheiros da casa? _ Ele sorriu zombeteiro e pegou a ficha, indo até sua sala e encontrando a ruiva sentada na cadeira de 'clientes' _ Então.. Precisa de um motivo realmente muito grande pra me tirar do serviço.

- Tenho sim _ Ela tamborilou a mesa com os dedos e mordeu o lábio, vendo-o sentar-se na cadeira sem qualquer pressa.

- Bom, vejo que é sobre a casa e.. Só?

- Eu não posso dizer nada a eles.

O delegado franziu o cenho e aproximou-se.

- É secreto?

- Não, é só maluco mesmo _ Ana deu de ombros e tirou o celular do bolso, mostrando a ele a foto da pintura.

- Uma pintura? _ Ele arqueou a sobrancelha e segurou o celular.

- O senhor sabe que eu vim de Smithsburg, não sabe?

- Sei, o que tem? _ Ele analisava a semelhança entre a pintura e Anastasia _ Quanto o pintor cobrou?

- Eu não sei, deveria perguntar para a primeira dona da casa.. Encontrei a pintura no sotão quando cheguei.

- Espera mesmo que eu acredite que há uma pintura de você no sotão da sua casa e que não foi você quem trouxe? _ Ele arqueou a sobrancelha.

- Eu disse que parece loucura, mas sim, estou.

- Okay _ O delegado deixou a ficha dela na mesa _ Vai pra casa, espero que não te ver aqui sem um motivo novamente.

- espera, quê? _ Ana franziu o cenho, levantando-se e apoiando as mãos na mesa _ Eu to falando a verdade!

- Escuta, garotinha _ Ele levantou-se e a olhou, sério _ Você não é a primeira que vem aqui falando de uma pintura idêntica a você.

- E isso não quer dizer alguma coisa? _ Ela arqueou a sobrancelha.

- Claro que sim, quer dizer que você é só mais uma garota nova na cidade que decide pregar uma peça nas pessoas daqui pra se enturmar, agora vá pra casa! _ Ele apontou para a porta.

Anastasia cerrou brevemente os punhos e girou os calcanhares, se aproximando da porta.

- Espere.

Ela virou-se e o delegado ergueu o celular da ruiva, jogando-o para ela que o pegou no ar.

- Agora pode ir _ Ele se sentou e massageou as têmporas, ouvindo-a sair e fechar a porta.

>>>

- Ele praticamente me chamou de criança _ Ana andava de um lado a outro na sala, tinha a companhia de sua amada caneca, seu ursinho e Apollo que também bebia um pouco de café, só que em uma caneca branca.

- Uhum.. _ O moreno tamborilou os dedos na caneca morna e vez ou outra desviava o olhar da ruiva para o ursinho de pelúcia _ Ele tem mesmo que ficar aqui?

- O quê?

- Não, nada _ Ele coçou a nuca, sorrindo amarelo.

- Eu sei o que eu vi, sei exatamente o que eu vi, não estou tentando me enturmar!

- Ta, e o que exatamente você viu?

- Eu prefiro não falar, ou vai me achar louca e isso com certeza vai ser irônico vindo de você _ Ela sentou-se e colocou o ursinho em suas pernas.

- Se eu sou tão louco como diz, não acha que posso te entender? _ Apollo assoprou o café antes de beber um pequeno gole, esquadrinhando a sala com os olhos _ 'que bagunça..'

- Não estou pronta pra acreditar que alguém pode me entender ainda, mas é.. Talvez tenha razão, mais cedo ou mais tarde eu vou dizer _ Ana notou a forma nervosa como o moreno batia o pé direito e ajeitava-se no sofá de couro _ Está desconfortável?

- hm? Não, não é isso _ Ele afastou a manga da jaqueta jeans e encarou o relógio _ Olha a hora, está bem tarde, melhor eu ir.

- Apollo, são 17:00 _ Ela arqueou a sobrancelha, apertando a asa da caneca entre os dedos.

- Algumas pessoas têm empregos noturnos, sabia? _ Ele deixou a caneca na mesinha _ Bom, obrigado pelo café, tchau.

O moreno abriu a porta e saiu, fechando-a atrás de si. Apollo a confundia de uma forma que ela nunca havia visto, em um momento ele se mostrava completamente interessado nela e no outro, poderia ignora-la até se estivesse na frente dele, além disso, ela sentiu-se brevemente ofendida por ainda não ter um emprego.

- Então ta.. _ Anastasia deixou o ursinho no sofá e pegou a caneca vazia que Apollo deixou na mesinha, a lavou junto da sua, também vazia, e as secou, guardando-as no armário, mas se deteve ao fecha-lo _ Hm..

Ela segurou a caneca branca e pegou uma caneta permanente na cor violeta como os olhos do moreno, escrevendo o nome dele ao longo da caneca, esperou secar e lavou, guardando-a e enfim fechando o armário. Alguma coisa dizia a ela que Apollo a visitaria frequentemente.

- Bom, vamos dormir então _ Ana pegou seu ursinho e entrou no quarto, encostando a porta e deitando-se em meio ao ninho que havia feito em sua cama, enrolou-se nas cobertas e abraçou seu amiguinho remendado, adormecendo.

>>

' - Vamos!! _ Nicolau abriu a porta dos fundos do palácio, guiando as moças e o pequeno Alexei para uma espécie de quarto do pânico.

As moças entraram apressadas e logo Alexei entrou com o Czar, trancando a porta. Ele afastou-se a puxou as moças, abraçando-as.

- Pai.. Estou com medo.. _ Maria encolheu-se, apertando Anastásia em seus braços.

- Está tudo bem.. Vamos ficar bem.. _ Nicolau beijou a testa de sua terceira filha e todos assustaram-se com os chutes na porta.

Alexandra, a mãe das moças e esposa de Nicolau, encarou a porta e sentiu o espartilho lhe esmagar as costelas, fazendo o ar faltar.

- Vamos morrer.. _ Ela abanou-se com o leque e desvencilhou-se dos braços do marido.

- Alexandra _ Ele segurou a cintura da esposa _ Acalme-se.

- Me acalmar? Esses.. Esses cães estão batendo em nossa porta e não é no bom sentido!

Olga abraçou as irmãs mais novas e Alexei sentou-se em uma das camas, tremia tanto que mal conseguia manter-se de pé. Outro chute forte os assustou e logo outros se seguiram, a porta começava a ceder.

- Eu te amo.. _ Nicolau beijou os dedos de sua esposa e roubou dela um selinho. Abraçou suas filhas e seu filho, beijando o topo da cabeça de cada um deles _ Amo todos vocês..

A porta enfim cedeu e os soldados entraram, estavam muito bem armados. Anastásia e Alexei foram escondidos atrás de Nicolau, Alexandra e as três grã-duquesas mais velhas.

- Ana.. _ O garotinho de treze anos a abraçou com força e fechou os olhos, mas a ruiva viu absolutamente tudo.

Os viu atirar contra seu pai, sua mãe e suas três irmãs. Ela mantinha os olhos arregalados e a expressão assustada não abandonava seu rosto.

- Peguem o garoto _ O soldado de chapéu maior ordenou e dois homens arrancaram Alexei dos braços de Anastásia.

- Sobrou uma _ Um dos soldados ergueu o queixo da garota com o cano da arma.

O homem de chapéu maior a olhou por um momento.

- Tragam-na conosco.

O soldado sorriu ladino e aproximou-se, estendendo a mão. Anastásia cobriu o rosto com os braços e gritou desesperadamente'

- AHH!! _ Ana sentou-se rapidamente na cama e tocou seu pescoço, a sede arranhava sua garganta e aqueles olhos crueis não saíam de sua cabeça _ Tudo bem.. Foi só.. Um pesadelo..

Continua..


Notas Finais


Bem pessoas, foi esse o cap. de hoje, espero que tenham gostado e o próximo sai na terça, se nada der errado, claro..

Bom, tenham uma boa noite, fui ^-^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...