História Without You - Prólogo.

“Tudo que eu quero eu tenho.
Dinheiro, fama e glória.
Eu até acho que encontrei Deus,
Nos flashes de suas belas câmeras,
Belas câmeras, belas câmeras.
Eu sou glamourosa? Me diga, eu sou glamourosa?”

Em todos os meus improváveis medos, retornar jamais havia sido um desejo. Diga-me, como poderia encarar um passado doloroso e cruel, cujo assombra e atormenta todo o meu ser, dilacerando esse coração, que pulsa fraco, em cada pesadelo das centenas de noites terrivelmente dormidas, exercendo devaneios do “e se” ao invés de tentar me encorajar naquilo que eu sempre fiz de melhor: fingir. Por que o verão é ótimo, mas ainda não existe coisa no mundo capaz de superar aqueles olhos tentadores e gélidos, onde o dono com sua pele pálida de lábios expressivos, delineava cada contorno da minha alma.

“Alô? Alô?

Você consegue me ouvir?

Eu posso ser sua boneca de porcelana,

Se você quer me ver cair.

Garoto, você está tão chapado,

Seu amor é mortal.

Me diga que a vida é bela,

Todos pensam que eu tenho tudo.

Eu não tenho nada sem você.

Todos os meus sonhos e todas as luzes significam

Nada sem você.”

Não sei, oh céus, o por quê de sempre cantar sobre uma mesma pessoa. Talvez seja por amá-la incondicionalmente, tendo a ciência dos males que essa loucura em escárnio me derrubou num abismo amedrontador e praticamente sem fim. Posso querer não me curar da perturbação que aquele homem me causou, todavia, Sasuke Uchiha sempre estará marcado em mim, e eternizado em minhas composições. Graças as dores causadas por ele e sua insensatez regida pelo próprio egoísmo do imensurável ego, cheguei ao topo, conquistei o mundo, e permaneço em estado de honra, admiração e cobiça. Nem mesmo os deuses seriam capaz de perdoá-lo por suas atrocidades, entretanto, se ele pudesse ver o que fez de mim, talvez – só talvez – criasse um ajuízo que não faria parte de si, e protelaria de joelhos por perdão, desgraçando-se por ter matado um anjo e criado um demônio.

“Nós eramos duas crianças, somente tentando sair,

Viver no lado sombrio do sonho dos insanos.

Nós iriamos ficar fora até tarde, tocar nossa música alto,

Quando crescemos nada era o que parecia.”

Aqui estou, em regozijo, retornando para o lugar que me acolheu quando as lágrimas já não eram mais o suficiente para expelir a tormenta e a agonia. Aonde alianças foram exterminadas, erguendo traições e desfazendo laços que pareciam ser eternos. As luzes de Tóquio permanecem impecáveis de cima, só que eu, agora, me encontro majestosa do topo.