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História Without You - (Capítulo XV) One last chance


Escrita por: SahhChan

Notas do Autor


:autora tossindo a um canto sob o palco, dirigindo-se à plateia de visitantes/leitores, pega no microfone, gritando:

OIEEE GENTE~EEEEEE :3 !!

Aposto que vocês, meus amados leitores, estão a pensar em duas coisas distintas, neste momento, a saber:

1. Em como querem MATAR-ME e, muitos de vocês, desejam ardentemente saber onde é a minha casa aqui neste país pequenino que é Portugal, só para poderem vir de tochas em punho direitos a ela, por causa de todo este atraso. Muito bem, eu mereço, admito... Venham daí x)

2. No facto de aqueles que me seguem poderem ter visto uma actualização de estado que eu postei HOJE mesmo, em que falava de uma falta de criatividade enorme e tudo mais, que não me deixava continuar a Fic... E depois chego aqui com mais um Capítulo, ao final da tarde, como se nada fosse e ele tem, tipo, mais de 3000 palavras '-' Vamos, podem matar-me pela segunda vez, eu deixo xD

Antes de mais e, agora à parte de brincadeiras, eu peço IMENSA desculpa por este atraso ENORME. A sério, perdoem-me. Estive parada mais de um mês - quase dois, na verdade =S - e isso já me matava os neurónios porque sim, eu tinha este Capítulo começado, mas a minha criatividade/coragem para o continuar resolveu fugir a cavalo num unicórnio de mim, quando eu cheguei às 500 e poucas palavras... E só voltou hoje, quando depois de eu ter postado aquela actualização de estado, eu li e reli o que já tinha e, finalmente, consegui ganhar um pouco de vergonha nesta cara linda que eu tenho - sqn~ - e recuperar alguns neurónios para continuar isto daqui. Custou bastante... Demorei horas, porque estou focada em terminar este Capítulo desde manhã... Mas, meus amigos/as, o impensável aconteceu e eu CONSEGUI!

:autora faz uma pausa para dança da vitória:

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:autora parou por excesso de sentimentos humilhantes que a assaltaram, de repente:

Sim, já sei, devem estar a pensar que eu sou louca, desvairada, maluca, o que for... Mas estou feliz. Porque sinto que consegui desenferrujar um pouquinho esta minha cabeça e até trazer-vos algo bonitinho para lerem, então, quem não ficaria feliz com isso?

Agora, sem mais demoras, vamos respirar fundo, contar até 10 e, finalmente, começar a leitura...

(... E não, não estou bêbada, nem chanfrada, nem coisa que o valha, apenas não dormi o suficiente na noite passada, meus amores, perdoem-me xDD... E a falta de horas de sono aliada à minha loucura habitual, vocês podem imaginar no que deu, certo? o.O)

Capítulo 16 - (Capítulo XV) One last chance


- ... Troco-o por ti, de bom grado, que agarrem nele e o dêem ao Governo, a ver se me importo!

Notei o quase sorrir-me de volta, quando eu disse aquilo. Somente encostei as nossas testas, ao de leve.

- Não digas isso nem a brincar, idiota...

Fixei-lhe os olhos com os meus sem dizer mais nada, não sendo capaz de não morder o lábio naquele momento, ao roçar o nariz pelo dele, antes de lhe procurar outro beijo. As mãos dele vaguearam pelo meu peito nessa altura, os meus braços rodeando-lhe de novo a cintura, para aproximar um pouco mais os nossos corpos. Por muito que eu... Alguma vez tentasse explicar-lhe... Era um facto que, obviamente, as minhas palavras nunca chegariam para que ele entendesse até que ponto eu estava disposto a ir. Através de qualquer das coisas que eu alguma vez lhe pudesse dizer, eu sabia que ele nunca... Se chegaria a aperceber da magnitude do que eu sentia. Do quanto era forte... Do quanto me sufocava, todos os dias... Do quanto eu não conseguia nem ao menos respirar, se não o tivesse por perto.

Porque, no fundo, não era só paixão. Eu sabia bem que... Era mais do que isso. Era amor. O mesmo amor que o meu avô falava tantas vezes, aquele amor que nos fazia o coração bater tão depressa e sentir-se tão quente, que mesmo com o ar gélido de qualquer noite, o nosso corpo fervia quando junto do daquela pessoa. Aquele amor que nos deixava nervosos por qualquer coisa, que nos fazia ter medo que essa pessoa nos desaparecesse por entre os dedos a qualquer momento, se abríssemos demais as mãos, como acontecia com a areia fina da praia ou a água límpida do mar. Aquele amor que... Nos sustentava, nos mantinha de pé... E, simultaneamente, nos fazia ter tanto medo de cair que nos era tremendamente difícil sustentarmo-nos a nós próprios, sem termos de implorar por tudo àquela outra pessoa que nos ajudasse nessa missão. Era aquele amor, aquele sentimento, que eu me recordava de o ouvir mencionar quando eu era pequeno, quando falava tantas vezes da avó. Era dessa forma que eu me sentia. Com ele. Com o Kei.

Contra todas as probabilidades, apesar de qualquer coisa que pudesse ter acontecido há seis anos, eu ainda dependia tanto dele. Talvez eu só o conseguisse admitir agora – até porque antes achava isso uma maluquice, era impossível eu sentir-me agarrado a ele a esse ponto –, mas era, de facto, assim que eu me sentia. Era-me difícil não pensar nele todos os dias, era-me impossível esquecer que ele continuava ali, mesmo estando longe e fora do meu alcance, todo aquele tempo. Eu não conseguia... Simplesmente apagar aquele sentimento do meu peito. Era doloroso tentar fazê-lo. Era penoso demais para mim. Tentara várias vezes mandar cada um daqueles sentimentos ralo abaixo, tentara esquecer cada um deles, mas apesar de todas as tentativas, nunca tivera sucesso nisso. Tudo porque... Não sentir o meu coração bater mais forte quando o tinha próximo assim era impossível. Porque ele nunca sobreviveria se não fosse por ele que pudesse bater.

Eu amava-o. Amara-o desde sempre. Desde aquele primeiro dia. Vira-o crescer à distância sem nunca lhe confessar o que cada mudança dele provocara em mim, tanto numa boa como numa má perspectiva. Mas nenhuma delas fora capaz de mudar os meus sentimentos. De interferir com cada um deles. Eu continuava a pensar, a sentir tudo da mesma forma. Apenas... Com mais intensidade. Com bastante mais intensidade, agora que me era permitido tê-lo ao meu alcance, finalmente. Agora que me era permitido senti-lo nos meus braços, ter os dele a procurarem o toque do meu peito, à medida que eu nos ia encostando mais, sem conseguir controlar de todo esse impulso.

Não era só... Paixão, era certo. Mas também não era só amor, era... Desejo também. Um desejo que, por muito que eu ousasse querer, me era complicado de segurar. Que, para dizer a verdade, naquele momento, eu simplesmente não queria segurar. Controlar-me para quê, se eu já tinha visto e sentido na pele o quanto o auto-controlo tinha acabado comigo, ao longo de todos aqueles anos em que eu me limitara a fingir que aquilo não era nada? Controlar-me para quê se, a cada vez que as minhas mãos o rodeavam mais pela cintura, sentia o corpo dele pedir mais pelo meu, sem cessar aquele beijo? Controlar-me quando começava a ficar com tanta vontade de... Ter mais? Não.

A merda do controlo que fosse direitinho para a porra das urtigas, a ver se eu me ralava com isso...!

Era-me impossível disfarçar o quão estranho me começava a sentir, o quanto o meu corpo se soltava aos poucos, sem que os meus lábios se afastassem dos dele, por um milésimo de segundo que fosse. O quanto... As minhas mãos, os meus braços, tremiam enquanto o iam puxando comigo, deixando-me encurralar a mim mesmo contra primeira árvore rugosa que as minhas costas encontraram e os braços dele. Era-me impossível conseguir... Ter quaisquer certezas naquele momento, mas ainda assim, não conseguia ter forças para deixar de o procurar. Para deixar de sentir a boca dele daquela maneira, somente intensificando mais as coisas.

Fui deixando que as suas mãos traçassem aquele caminho desde a minha nuca, as pontas dos dedos a ferverem demasiado contra a minha pele, apesar do frio que trespassava o ar à nossa volta. Fechei somente mais os olhos enquanto elas me desciam pelo colarinho da camisa, passando a desapertar cada botão por ela abaixo, antes de, simplesmente, ma libertarem pelos braços com todo o cuidado para que o meu ombro não fosse muito mexido, mesmo com todos aqueles movimentos. Os beijos acalmaram precisamente aí, não passando apenas de leves toques por um bom tempo. Cada um deles... Só me fazia sentir mais nervoso. Mais... Sem saber o que fazer, porque eu antecipava tanto que tudo corresse mal...

- Eu amo-te... Kaito...

Rocei somente os lábios mais fortemente pelos dele, perante o solavanco que o meu coração deu no peito. Por muito que eu tentasse – e eu tentava bastante –, acho que nunca me seria possível perceber como é que ele conseguia deitar abaixo as minhas defesas, as minhas hipotéticas inseguranças, os meus medos... Só por repetir aquelas palavras. Porque, mesmo eu não admitindo isso assim tantas vezes em voz alta, eu tinha-as. Relativamente a ele, até as tinha demais. Só que, simplesmente, eu não queria pensar nelas agora. Não queria... Pensar em mais nada agora. Só sentir. Somente... Sentir, entregar-me àquilo. Sem mais perguntas, sem mais medos... Sem mais nada. Apenas ter aquele vislumbre quente do quanto o meu corpo se sentia arrepiado, febril e tão simultaneamente gelado, por somente encostar o dele. Apenas isso.

Sem pensar em mais porcaria nenhuma que me tirasse a atenção daquele momento.

Deixei-me somente encostar a cabeça na superfície dura daquela árvore, sem qualquer espécie de controlo sobre as minhas mãos, quando elas lhe procuraram os cabelos ao senti-lo ajoelhar-se à minha frente. Fui deixando de notar a zona da cintura tão apertada quando ele me desapertou o botão das calças, fazendo o fecho correr, logo de seguida. Os meus dentes encontraram o lábio inferior quando a língua dele teve um primeiro contacto com aquela parte do meu corpo, as mãos dele sobre a minha erecção, movendo-a o suficiente para que eu me sentisse levitar, por alguns momentos.

Nem nos meus sonhos mais loucos eu alguma vez o imaginara a fazer-me aquele tipo de coisas. A tocar-me daquela forma, a... Lamber-mo daquela forma. Tentava manter o cérebro concentrado em alguma coisa coerente, tentava... Manter os olhos abertos para me ir apercebendo dos movimentos da língua dele, mas simplesmente cada toque dela me desfocava as ideias de um modo, que eu somente era capaz de fechá-los mais para poder concentrar-me na sensação.

Não dava para pensar. De todo, eu estava demasiado aéreo para conseguir fazer algo que me soava tão trabalhoso como isso, naquele momento. À medida que a boca dele me ia rodeando aquela superfície erecta um pouco mais, eu não era capaz de outra coisa do que sentir o quanto as minhas pernas queriam ceder. Pela primeira vez, eu dava-me conta do quão sensível, de verdade, aquele local do meu corpo era. Do quanto a boca dele a chupá-lo daquela maneira, as mãos dele a rodearem-no assim, movimentando-o de vez em quando para me provocar, poderiam chegar para me levar à loucura como estavam a fazer. Nunca tinha pensado, a bem dizer, no quanto o sexo podia ser bom, até àquele momento. Porque sim, era bom. Demais. Nunca ousaria sequer contestar essa máxima.

- Kei...

Não era capaz de respirar devidamente, notava cada degrau daquela escada até chegar lá acima, a tornar-se mais fácil de subir, enquanto ele mo abocanhava mais forte. Não conseguia, de todo, controlar as minhas mãos. Elas, simplesmente, o faziam mover-se, sozinhas, em busca de um pouco mais de prazer naquele local, parando apenas quando o alcance do pico daquela montanha me fez gemer mais alto e não me contive mais, deixando-me libertar por completo aquele orgasmo pela garganta dele abaixo. Fui conseguindo abrir os olhos, lentamente, ainda meio atordoado pela sensação, tentando parar de ofegar para recuperar as forças. Mesmo que eu jurasse a mim mesmo que não pararia por ali, que não acabaria tão facilmente assim, não conseguia não me sentir um pouco dormente. Só que nem isso, nem essa moleza, deixava aquele monstro que ele tinha feito despertar nas minhas entranhas, ficar absolutamente quieto de vez.

No mesmo instante em que o vi levantar-se, todo aquele descontrolo assumiu os meus movimentos, levando-me a procurar-lhe o corpo com a mesma insistência de antes. Fui-o empurrando de encontro à árvore que ficava mesmo em frente, as minhas mãos completamente concentradas naquele toque, nos apertos pelas costas e pela cintura dele, enquanto o ia chegando, de novo, mais para mim. Não fui tão cuidadoso como ele havia sido, simplesmente permiti que elas lhe fossem rebentando cada botão da sua camisa, deixando-me experimentar finalmente a textura da sua pele, daquele peito que, mesmo não sendo tão encorpado como o meu, conseguia manter o meu olhar fixo de uma forma que não me deixava desviar.

Cravei somente os nossos lábios, puxando-o novamente para um beijo, não pedindo sequer licença quando a minha língua invadiu a dele, misturando as nossas salivas durante os sucessivos movimentos. Os seus braços demoraram pouco tempo a rodearem o meu pescoço, os dedos prensados novamente na minha nuca, antes de irem descendo pelas minhas omoplatas e, depois, costas abaixo. Podia jurar que o meu ombro tinha latejado à passagem das suas mãos, mas sinceramente estava pouco preocupado com isso. Não conseguia ter mais do que aquela vontade louca na cabeça. Em ambas.

Tão lentamente quanto era capaz, fui fazendo uma das minhas mãos desviar um pouco o toque até ao cós das calças dele, tendo sangue frio o suficiente para não fazer o mesmo estrago que lhe fizera com a camisa. Libertei-o – da mesma forma que ele fizera comigo antes – daquele aperto, simplesmente me permitindo achar a ponta da sua erecção, para depois alongar o toque a toda a extensão da mesma.

- Kaito...

Desci os meus lábios pelo seu queixo, fazendo a minha língua deter-se durante um bom tempo pelo pescoço dele, enquanto o ia masturbando num ritmo mais lento, apenas para não deixar que o clima caísse e os nossos corpos fossem gelando. Não demorou tanto assim que a mão dele voltasse a procurar a minha nuca, puxando a minha boca na direcção da sua, como se quisesse usar-se dela para conter aqueles gemidos deliciosos que começavam a soltar-se-lhe pela garganta. Deixei-o chapar os nossos lábios, novamente, aumentando progressivamente os movimentos da mão, antes de simplesmente parar aquele beijo e aproximá-los da sua orelha.

- Geme para mim, geme, Kei – pedi, somente, baixinho, não aguentando sem morder-lhe o lóbulo dela, tentando apenas enlouquecê-lo mais.

Sim, de facto... Acabava por ser, a modos que, fácil fazer aquele tipo de coisas, mesmo sendo a minha primeira vez. Não era tão difícil assim provocá-lo, deixá-lo tão duro como eu me sentia, um pouco abaixo do tronco. Nós... Éramos ambos homens. Era bastante mais fácil para mim, a bem dizer, saber o que deixava louco a ele, do que a uma mulher. Era só... Seguir a minha própria linha de pensamento, certo? Se eu pensava em certas coisas, se haviam certos... Pormenores, certos movimentos, toques, que eu sentia que acabariam com a minha sanidade se ele os despendesse em mim... Era uma questão de fazer o mesmo com ele. Fazer o mesmo e... Ir-lhe descobrindo os pontos fracos.

E parecia que, pelo menos, um deles já estava desvendado.

- Não... Pares... Kai...

Fui-lhe mordendo mais a orelha, levando aquele movimento até ao fim, notando-o ofegar aos meus ouvidos também, o suficiente para eu próprio me começar a sentir excitado de novo. Não parei de mover a minha mão naquele vai e vem, a erecção dele firmando-se mais ao meu toque e eu nem sequer ousando pensar em fazer o contrário do que ele me pedia. Para não parar. Para... O levar ao céu como ele me tinha levado a mim...

... Porque eu sabia que nas nuvens já ele estava.

Os gemidos dele subiram de tom, no mesmo instante em que eu o senti expulsar tudo aquilo, rendendo-se àquele pico de prazer demasiado ardente, quando se deixou vir na minha mão daquela maneira. Procurei-lhe a boca novamente, encurralando-o um pouco mais no tronco daquela árvore, limitando-me apenas a baixar um pouco mais as suas calças pela zona de trás, antes de o fazer virar-se de costas para mim, perante o toque incessante dos meus lábios na sua nuca e, posteriormente, no seu ombro.

O modo como a minha erecção buscava por aquele ponto do corpo dele inebriava-me de tal maneira, que eu simplesmente tinha a necessidade de mordiscar-lhe aquele pedaço de pele a descoberto, perto de pescoço, para tentar conter-me a não o penetrar de imediato. Rocei-nos por mais alguns instantes, os gemidos escapando-se dos nossos lábios num volume considerável, para todo o frenesim que se começava a avizinhar bem perto do nosso alcance. Começava a chegar a um momento em que... Não dava para aguentar mais e eu... Suportar aquela vontade estava terminantemente a acabar comigo.

Foda-se, eu não era tão forte assim...!

- Quero-te... Tanto, Kei... – sussurrei somente ao ouvido dele, de novo, levando-lhe as minhas mãos de encontro às nádegas, fazendo alongar aquele toque de modo a só nos juntar um pouco mais.

- Ohh, Kaito...

Não consegui não assaltar totalmente o ombro dele com a minha boca, perante o arrepanhar dos seus dedos pelas madeixas dos meus cabelos, para me fazerem chegar mais perto. As dentadas, os apalpões... Cada puxão que aproximava mais o meu corpo do dele, aumentava aquele alvoroço todo, bloqueava de vez o meu cérebro, fazendo o coração trabalhar-me mais depressa dentro do peito. Era demasiada... Adrenalina. Demasiada vontade. Demasiado desejo... Demasiado tesão para o que eu conseguia aguentar, estando a conter-me assim há tanto tempo como estava.

Estava cansado de conter...

... Não queria fazê-lo mais...

... Só o queria agora.

Mordi o ombro dele ao mesmo tempo que me deixei adentrá-lo, segurando aquele gemido que me queria escapar pelos lábios, ao mesmo tempo que o percebia gritar. A mão dele limitou-se a procurar a minha, para fazê-la tapar-lhe a boca, de modo a que os gemidos não lhe subissem tanto de tom, à medida que eu me movia mais, cada estocada dentro daquele rabo dele a só chegar para que eu me sentisse endurecer mais, a olhos vistos. Fui retirando a mão aos poucos da boca dele, sem resistir a querer ouvir cada grito, embora eu conseguisse perceber que o prazer estava a demorar a chegar-lhe mais do que me demorava a mim.

Era como se uma espécie de electricidade me fosse extrapolando os movimentos, percorrendo todo o meu sangue como se corresse lado a lado com ele, durante várias léguas, para acompanhar-lhe a temperatura. Sentia-o apertar-me com força enquanto os nossos corpos se uniam daquela maneira, já tão incoerente, que eu simplesmente não conseguia achar quaisquer palavras que fossem suficientemente fiéis a cada sensação para a descrever ao pormenor. Sabia que lhe doía... Que, ao passo que aquele auge se ia aproximando para mim e me fazia descontrolar de novo, era como se eu o partisse pelo meio, mesmo que já me fosse dificílimo controlar as minhas acções. Porque, pela forma como os queixumes dele eram audíveis, eu percebia que era praticamente impossível que não houvesse nem um pouco de dor associada àquilo, para ele. Apenas... Eu, agora, não conseguia pensar. Não conseguia parar. Guiava-me somente por aquele instinto louco. E nem os gritos dele eram suficientes para que eu o conseguisse acalmar, assim tão de repente.

- Deixa-te vir, Kei... – aliciei somente, aproximando de novo a voz dos seus ouvidos, lambendo de novo aquele lóbulo quente dele, tentando apenas fazê-lo pensar um pouco noutra coisa – Já passa... Vem para mim, vem...

Senti-o procurar a minha boca com a sua, beijando-o de chapa o tanto que lhe chegava, enquanto a minha mão se lhe ia aproximando uma vez mais da erecção, sem que eu parasse simplesmente de tê-lo, daquela maneira. Acalmei somente os movimentos ao senti-lo desfazer-se na palma dela, ao alcançar novamente o orgasmo, naquela madrugada, por entre gemidos, tão contidos como o conforto daquele toque entre os nossos lábios o permitia. Procurei com a minha outra mão, a esquerda dele, ficando a sentir-nos somente assim, por alguns momentos, entrelaçando os nossos dedos, sem que o roçar dos meus lábios na nuca dele se sumisse. Simplesmente, encostei a testa no ombro dele em seguida, respirando fundo, ao menos tentando recuperar um bocado o fôlego, já que as forças eu sabia que só iria ter de volta depois de umas boas horas de sono.

Depositei-lhe beijos pela pele, uma e outra vez, cedendo ao impulso de não largar por nada a mão dele e, num leve movimento, me limitar a puxá-lo comigo, até nos deixarmos encontrar o chão e nos acharmos deitados. As minhas pernas ainda tremiam, assim como as minhas mãos e eu, meramente, não era capaz de fazer algo que parasse com tamanho transtorno, porque eu... Pela primeira vez na vida sentia-me tão calmo e, ao mesmo tempo, tão... Assustado. Porque... Agora me tinha caído a ficha e... Eu tinha... Medo que aquilo... Só tivesse sido...

- Foi tão bom, Kai... – ouvi-o murmurar, perto do meu peito, levando unicamente uma das mãos de novo aos seus cabelos, antes de os meus olhos se fecharem, ao de leve.

- Eu amo-te... – respondi no mesmo tom, vagueando os meus lábios por eles, conseguindo alcançar-lhe a testa e depositando-se, seguidamente, no seu aconchego. Sentindo apenas... Aquele cheiro que lhe era tão característico. Inalando-o até não me conseguir esquecer mais dele, como se ele ficasse guardado nas minhas entranhas, o tempo suficiente para que eu nunca lhe perdesse o aroma de vista. Porque...

- Eu também...

Porque eu tinha tanto medo...

... Que aquilo só tivesse sido um sonho.


Notas Finais


Eu tinha um discurso tão lindo preparado para este momento especial entre esses dois, mas simplesmente de tanto escrever hoje, perdi todo o piu para falar sobre o assunto.
Sinceramente, eu não sei como me pronunciar... Este Capítulo foi meio que complicado de escrever para mim, porque eu não sou muito de gostar de coisas mais explícitas, sabem, mesmo quando o assunto é sexo/lemon, eu gosto das coisas um pouco mais... Descritas de forma a não se cingir tanto ao físico... Não sei bem se me estou a fazer entender. Talvez seja algo que tenha que ver com a minha personalidade e, por conta disso, me seja tão difícil sair um pouco da minha própria cabeça para escrever...

(NL: "Não, nada, só demoraste quase DOIS MESES para escrever um raio de um lemon, não é nada de grave '-'".
NA: "Eu juro que tento convencer-me que isto acontece a todos, mas parece-me que não '-' Desculpem")

... Portanto, perdoem-me se não estiver uma daquelas coisas lindas que a gente lê por aí - eu já li muitas aqui no Spirit, posso dar-vos referências e provas concretas - mas, mesmo lendo documentos de apoio sobre como escrever um lemon de forma correcta e lendo vários para saber como estruturar bem as coisas, eu não senti que uma coisa mais "física" fosse de encontro a:

1. ao meu estilo de escrita
2. à personalidade com que eu pus o Kai desde o início da Fic, já que isto está tudo visto da perspectiva dele.

... Por isso, meus amores... Peço muitas desculpas se, de algum modo vos desiludi com esta amostra/tentativa de "lemon"... Mas não seria um texto meu se se cingisse a descrever os detalhes sem mais umas coisinhas associadas, nem sentimentos ali no meio, mesmo que seja de rapazes que estamos a falar - até porque eu acredito que, para eles, mesmo que seja mais físico, existem SEMPRE sentimentos envolvidos. Eu tenho dois irmãos rapazes, acreditem, sei disso pelo que vejo e conheço deles ;)

E assim me despeço de vocês, por agora. Espero que tenham gostado deste Capítulo, perdoem-me pelo atraso em postar, por qualquer erro que vejam aqui, se não concordarem com a forma como está escrito, por eu me alongar DEMAIS nas minhas notas - sim, quando eu as começo não me paro facilmente -, mas sinceramente, sinto que tinha de vos explicar essa parte porque gosto de comunicar com vocês, ir-vos explicando algumas coisas, acho isso importante para que vocês também vão percebendo algumas coisas da Fic que eu não ponho ali bem explícitas.

Até ao próximo !!
Beijinhos ;)
Fiquem bem <3

(PS1: Se eu demorar muito a terminar o Capítulo que vem a seguir, não me matem, por favor... Eu já tinha uma boa parte adiantada, mas como ainda não tinha a ideia de como o lemon iria terminar, acabei tendo de refazer tudo o que já tinha - quase 500 palavras, que dor... SOCORRO!! ='( - mas eu prometo que vou tentar acelerar as coisas e trazer a continuação desta história o quanto antes)
(PS2: Muito OBRIGADA a quem, mesmo com os meus atrasos, não desistiu da Fic e continuou a ler, reler, comentar, favoritar e adicionar às bibliotecas. O vosso apoio é super importante para esta autora louca :3)
(PS3: Amo-vos, minhas aboborinhas !!)


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