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História Without You - (Capítulo VII) Dangerous lane


Escrita por: SahhChan

Notas do Autor


Oláaa :3 Tudo bem com vocês?

Bem, finalmente consegui terminar mais um Capítulo...
Quero agradecer a quem comentou e a quem continua a acompanhar a Fic ou passou a acompanhá-la agora, muito obrigada MESMO pelo vosso apoio x)

Agora, sem mais demoras...
Boas leituras =D

Capítulo 8 - (Capítulo VII) Dangerous lane


12.12 a.m

Não foi difícil acordar com aquele barulho todo, umas horas depois. Estremeci no meu lugar, olhando em volta quase de forma automática, procurando-o em meu redor. Ao contrário de mim, ele continuava completamente ferrado no sono, no seu canto. Suspirei à medida que me aproximava, agachado, de onde ele se achava deitado. De facto, o sono pesado e a preguiça dele poderiam vir a revelar-se um grave problema.

- Kei...  – chamei em voz baixa, demorando a conseguir que ele sequer abrisse os olhos. Esfregou-os quando pareceu capacitar-se de focar a visão na minha figura. Estremeceu-os quando, tal como acontecera comigo, notou as luzes e o barulho, lá fora, após eu lhos ter apontado.

Fiz-lhe sinal para se manter em silêncio, como que pedindo-lhe que me seguisse, depois disso. Permanecemos agachados, tentando ficar de encontro às paredes para que fosse mais difícil sermos vistos. Conseguimos ficar parados no mesmo lugar depois de uns poucos segundos e foi nessa altura que consegui ficar atento às vozes e ao que elas estavam a dizer.

- Bela hora em que arranjei este esconderijo, hã, Okazawa?

- É isso! Vamos conseguir mantê-la aqui durante um bom tempo.

Não me pareciam ser mais do que dois sujeitos. Isso era bom, nós éramos dois também. Pelo menos, seria considerada uma luta justa, desta vez. Em termos numéricos, como era óbvio.

Fiz sinal ao Kei para que me seguisse, novamente. Não devia demorar muito para que eles entrassem ali dentro e teríamos de arranjar uma forma de sair, tentando não ser vistos. Se pensássemos que só havia uma porta e uma janela pequena enferrujada, que não abria, para usarmos como ponto de auxílio à fuga... A situação complicava-se demasiado para o nosso lado, podia apostar nisso.

Talvez fosse melhor pensar como passaríamos por eles sem ter de lhe dar o mesmo tratamento que eu dera ao motoqueiro, há umas horas atrás.

- Achas que já estão à procura dela?

- Quem se rala? Só temos de aproveitar a noite e fazer-lhe o servicinho bem feito. Quando a conseguirem encontrar nós já teremos gozado bem o pratinho.

Sentia os olhos dele cravados na minha direcção. Nenhum de nós prestava relativa atenção ao que eles diziam, mesmo que as palavras nos fossem chegando aos ouvidos, cada vez de forma mais perceptível. No curto espaço de tempo em que os dois se calaram, novamente, passei para o outro lado da porta, encostando-me à parede, esperando o embate, que se daria a qualquer momento. O Kei olhava-me, estático, no sentido oposto ao que eu estava, mantendo-me de punhos cerrados.

Seria... Seria assim que eles entrassem... Assim que eles entrassem, eu teria de arranjar maneira de partir-lhes para cima.

Ia contendo a respiração, mesmo sentindo o coração bater-me no peito como se estivesse prestes a colapsar, de tão forte que o fazia. As minhas mãos tremiam, as pernas também. Na melhor das hipóteses, eu conseguiria facilmente imobilizar os dois e sairíamos dali com relativa facilidade, graças ao elemento surpresa, que era o único trunfo que possuíamos. Na pior delas... Seria eu a ser imobilizado porque... Porque, no fundo, tínhamos de ser práticos: Eles eram dois. E podiam, ao certo, ser encorpados o suficiente para me deitarem por terra só com um golpe, mesmo que eu usualmente fosse do género de dar alguma luta, no que tocava a brigas.

Teria de ter isso em conta.

Mas agora, mais do que qualquer outra coisa, mais do que pensar em como eu deveria agir... Tinha que pensar em agir, propriamente falando.

Saltei para cima do primeiro deles, mal o sujeito abriu a porta de um lado ao outro. O impacto fez-lhe o corpo tombar directamente no chão e, ainda meio atordoado, tentou ao menos virar-se para poder chegar a quem quer que lhe tivesse acertado. Não esperei por um revidar da sua parte, prensando-lhe de novo um soco sobre o maxilar do lado esquerdo, voltando a deitar-lhe a cara no chão. Naquele instante, eu não estava a pensar, eu raramente pensava... Só tinha na cabeça que precisava fazer algo para nos tirar aos dois dali. Para o tirar dali.

Mas talvez eu o devesse ter feito, ao invés de atacar tão depressa, sem formar um plano bem estruturado na minha mente...

As costas bateram-me no chão com toda a força, poucos segundos depois de ter sentido a barriga estalar. Tinha a sensação brutalmente familiar de alguns dos meus ossos se terem partido costelas adentro com o impacto, mas nem isso me fez parar completamente.

- Kai...!

Não era tão bom assim provar do meu próprio veneno. Especialmente sabendo que a segurança do Kei estava, em grande parte, nas minhas mãos. Eu tinha a certeza que ele não saberia defender-se, soar-lhe-ia bastante estranho ter de ser ele a sujá-las, se preciso fosse. Mas eu estava perfeitamente disposto a isso. Fá-lo-ia de bom grado, se fosse essa a única solução, a única coisa a manter-nos com a cabeça em cima dos ombros e livres de qualquer espécie de prisão, que era o que nos aguardava se a polícia ou o Governo nos conseguissem apanhar. Ainda tentei revidar quando o outro tipo me pontapeou uma vez mais na barriga, mas as dores eram demasiado intensas. Não consegui sequer agarrar-me a ela, tendo de imediato o pé dele a pressionar-me a garganta para me manter imobilizado no chão.

Foda-se...

Outra vez, não...!

- Se deres mais um passinho que seja... – ouvi o sujeito dizer, falando para o Kei, quando ele se tentou mover de onde estava direito a nós – A traqueia do teu amiguinho aqui vai ficar desfeita.

Tentei tirar-lhe o pé de cima do meu pescoço com uma das mãos. Isso só o fez forçar mais a forma como mo pisava, com toda a força.

- Deixem-nos em paz... – ouvi-o pedir, os olhos descendo dele para a minha figura no chão e subindo de novo ao encontro dos seus olhos – Nós não temos nada que vocês queiram.

Pareceu-me ouvir um barulho de várias coisas a cair, ou de algo a ser movido com relativo espalhafato. Não consegui mover a cara para olhar para o lado, mas percebia que o outro se havia, finalmente, conseguido levantar.

- Mata esse gajo, Okazawa...! – tentei de novo afrouxar aquela pressão no meu pescoço quando o tipo falou, mas aquele só fortaleceu o pé para cima de mim – Puto de merda... Ele... Partiu-me dois dentes... – disse, antes de eu o ouvir a cuspir para o chão. Consegui vê-lo a limpar o sangue do queixo, pelo canto do olho.

- O que é que querem? – a voz do Kei fez-se ouvir de novo. Foi-me impossível não me tentar virar na sua direcção para o olhar – Dinheiro? Podem levar tudo o que temos.

- Ah, o dinheiro é, realmente, uma boa oferta. Iremos aceitar – o sorriso escarninho do homem fixou a minha figura, pressionando mais o pé para baixo, enquanto ia tirando um revólver no bolso de trás das calças com relativa destreza – Mas antes, acho que o meu amigo tem umas contas a ajustar com o teu... Não achas?

Oh...

... Merda...!

- Deixem-no em...!

- Queres fazer as honras, Komatsu? – vi-o estender a arma às mãos do outro, que a apanhou no mesmo momento. Todo o meu corpo estremeceu quando ele a apontou à minha cara, ao baixar-se à altura em que eu me achava, espojado no chão. Ainda assim, limitei-me a fixar-lhe os olhos, sem me mexer, dessa vez. Somente os batimentos acelerados do meu coração e o tremelicar dos meus membros poderiam, talvez, fazer um vestígio de barulho que se visse.

Mas, mesmo que o medo me ameaçasse matar, eu nunca daria o braço a torcer e pediria para não me matarem. Nunca o faria. Eu não dava a ninguém esse gostinho.

- Não é a ele – os meus olhos voltaram a virar-se na direcção dele quando lhe escutei a voz abrir e espalhar-se pelo ar, novamente – Que vocês querem, pois não? Vocês... Nem sequer sabem... Quem eu sou, pois não?

Os meus olhos abriram-se demasiado nas últimas palavras. Era o fim. Era o fim, aquele idiota ia mesmo...?

Ele não ia ser estúpido ao ponto de se denunciar a ele próprio, pois não?!

- E quem é que tu és? – O tal Okazawa olhou-o seguidamente, mas com um riso meio trocista patente na voz, antes de dar uma cotovelada no braço do outro, que também se riu – Espero que não estejamos na presença do Príncipe de Gales, Komatsu, eu nunca fui especialmente bom a fazer vénias.

As gargalhadas dos dois encheram o lugar.

- Peço que me perdoe, Vossa Alteza, mas não estou com vontade de lhe beijar os pés neste momento – guinchou Komatsu. Olhei deles para o Kei, fixando-o totalmente assustado mas, ao mesmo tempo, com uma leve curiosidade. Mas o que raio estava ele a pensar para...?

O próprio Kei suspirou, parecendo meio cansado de os ouvir a rir da sua cara.

- O meu nome é Nagai Kei – limitou-se a dizer-lhes, sem quaisquer rodeios – E sou um Ajin procurado pelo Governo.


Notas Finais


Muita tensão se acumulando nessa Fic, hem? =P
Está sendo um desafio escrevê-la, acho que nunca escrevi algo com tantos pontos de tensão assim logo no início, mas estou adorando. Espero que também gostem, não se esqueçam de deixar as vossas opiniões e sugestões (caso queiram), façam essa autora uma pessoa muito feliz =D

Até ao próximo capítulo !!
Beijinhos ~ xDD


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