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História Without You - (Capítulo VIII) Last words


Escrita por: SahhChan

Notas do Autor


Olá de novo, minha gente :3

Antes de mais quero pedir desculpas por toda esta demora a actualizar a Fic... Sei que vos prometi que iria postar alguma coisa durante as minhas férias mas, entretanto, muita coisa aconteceu, eu fiquei doente, fui para fora, enfim... Mas hoje, finalmente, mesmo já estando a trabalhar, consegui arranjar um tempinho para escrever mais um Capítulo.
Quero agradecer muito a quem comentou e favoritou... Também a quem passou a acompanhar. Muito obrigada a todos pelo apoio.

Agora, sem mais, boas leituras =D

Capítulo 9 - (Capítulo VIII) Last words


- O meu nome é Nagai Kei – limitou-se a dizer-lhes, sem quaisquer rodeios – E sou um Ajin procurado pelo Governo.

Não consegui manter a expressão neutra ao ouvir aquelas palavras. Um suspiro leve expeliu-se pelos meus lábios, um misto entre o pânico e a adrenalina que eu, pura e simplesmente, não fui capaz de conter, de todo. Aquilo... Aquele discurso dele... Ia mudar tudo, verdade? Aquela revelação devia ter sido, de entre todas as coisas estúpidas que ele havia feito ao longo do tempo, a que levava o troféu de Miss Estupidez, por ser tão ridiculamente idiota.

Ele sabia que tinha acabado de assinar uma licença de caça para aqueles tipos relativamente a ele, certo?

- Ora, ora... – o tom do tal Okazawa pareceu mudar, apesar de aquele sorriso trocista lhe continuar totalmente patente nos lábios – Quem havia de dizer que sairíamos para aproveitar a noite e iríamos acabá-la com um bónus...

- A questão é que... Eu estou disposto a ir com vocês – disse o Kei de imediato, passando-lhe por completo por cima da voz, quando o volume da sua acabou por se alterar, de súbito.

Os seus olhos não me encararam nem uma única vez, ao certo porque ele sabia de que modo os meus estariam a fazê-lo, na sua direcção. Ele conhecia-me o suficiente para saber que eu não estaria nem um pouco satisfeito com o que ele acabara de dizer... Sabia que, no meu entender, cada palavra que ele acrescentava àquela troca de frases com os sujeitos, só estava a servir para lhe aumentar ainda mais o diâmetro do alvo que ele já de si trazia afixado nas costas. Mas será que ele não percebia nada, que merda?!

- Ah, nós sabemos disso – confirmou Okazawa, afrouxando aos poucos a pressão que o pé lhe fazia no meu pescoço. O outro, Komatsu, continuava com a arma apontada à minha cabeça, encostando-a mais na zona de uma das minhas têmporas, como que tentando manter-me imóvel no mesmo lugar, sem grandes sobressaltos.

- É, mas ele fica – os meus olhos procuraram-no, de novo, demasiado parados. Imediatamente, engoli em seco. Tentei abanar a cabeça, como que buscando convencê-lo a ficar quieto, a não dizer mais o que quer que fosse... Ele que nem pensasse que eu iria ficar ali. Ele que nem pensasse que eu o iria deixar ir com aqueles... No que é que ele estava a pensar?? – Vocês levam-me a mim. Ele fica e vocês vão deixá-lo em paz. E vivo.

O sorriso nos lábios do sujeito manteve-se por mais uns poucos instantes. Limitou-se a encarar o Kei fixamente, acabando por soltar um riso, simultaneamente, de satisfação e troça, que confesso que me irritou bastante.

Merda... Eles não iam mesmo concordar com aquilo, pois não?

- Feito – ele limitou-se a ir direito ao Kei, puxando-o por um braço e acabando por imobilizar-lhe os dois, em seguida, atrás das costas, para o impedir de fazer qualquer movimento brusco, em resposta. Simplesmente acompanhei todo o processo com o olhar, tentando silenciosamente implorar ao Kei que desistisse daquela ideia estúpida.

Ia acontecer de novo... Ele ia voltar a deixar-me para trás. E, pior do que isso, desta vez, eu não teria qualquer garantia de que ele ficaria bem com isso.

Merda...!

Porque é que ele nem sequer olhava para mim, foda-se?!

- Kei... Por favor, não faças...

- Ah, eles estão a fritar-me a paciência, Okazawa...! – praticamente ouvi o tal Komatsu berrar aos meus ouvidos, antes de voltar a limpar mais um vestígio de sangue que ainda insistia em escorrer-lhe na direcção do queixo, pela milionesima vez, por conta dos dentes partidos – Não podemos despachar isto mais depressa? Ainda quero comer a miúda!

- É, tens razão – respondeu o outro, parecendo forçar mais o aperto nos braços do Kei. Olhou dele para Komatsu e, depois, finalmente para mim. O sorriso alterou-se ligeiramente... Alguns decibéis de loucura pareciam ter-lhe sido adicionados no último minuto – Eu vou levando aqui a nossa fortuna para a carrinha. Entretanto, podes dar um fim nesse desgraçado.

Os olhos do Kei pareceram saltar das órbitas no mesmo instante, esbugalhando-se de tal modo que me soavam até um pouco mais assustadores do que propriamente assustados. Os meus, contrariamente, permaneceram quietos, dessa vez. Aquilo... Era tão estupidamente previsível em condições daquele tipo...

- Nós fizemos um acordo!

- Não estás em condições de fazer exigências! – gritou Okazawa, à medida que o ia arrastando, à força, cabana fora.

- Era suposto vocês deixarem-no vivo!

- Também era suposto vires connosco a bem, tu é que te voluntariaste...!

A troca de gritos ainda foi perceptível aos meus ouvidos ao longo de mais umas poucas frases, mas cessou quando o barulho da porta da carrinha a fechar viajou pelos ares. Suspirei, virando os olhos para Komatsu, no instante em que ouvi o som do motor do veículo, lá fora, mal a chave pareceu ter sido colocada e movida na ignição. Ele destravou a arma, mantendo-a firme contra a minha cabeça.

- Últimas palavras?

Permaneci em silêncio durante os poucos momentos seguintes, fixando-o simplesmente sem dizer uma palavra. Então... Era isso? Ia mesmo acabar por ali...?

- Olha, puto... – tentou ele, de novo – Eu não tenho a noite toda para ficar aqui à tua beira, anda lá. Não me irrites mais do que já estou!

Continuei de boca fechada, calado, acabando por desviar os olhos em seguida, na direcção da porta ainda aberta da cabana. Ainda se ouvia o barulho do motor a trabalhar, o que queria dizer que o outro tipo continuava à espera, lá fora. Engraçado... Tinha-me ocorrido a princípio que ele iria embora e deixaria Komatsu ali, para ir reclamar a recompensa do Governo relativamente ao Kei. Que ele o iria trair e o deixaria para trás para ficar com tudo. Era o que acontecia sempre... Seria o mais normal, certo? Afinal, os seres humanos eram, naturalmente, egoístas. Mas, ao que parecia... Ainda havia alguma honra entre bandidos.

Se bem que eu podia...

- Já pensaste que o teu amigo tem vossa fortuna e a miúda com ele na carrinha, já prestes a ir embora... E te deixou aqui, no meio do nada, sozinho com um puto ranhoso? – limitei-me a perguntar.

A expressão dele alterou-se, de súbito. Os olhos percorreram todo o caminho desde a minha figura até à porta, voltando novamente a encarar-me, da mesma forma.

Era isso mesmo. Era precisamente esse o sentimento.

Ele tinha mesmo mordido o isco...!

- Puto... O que é que queres dizer com...?

Suspirei, optando por fazer-me de parvo. Encolhi os ombros.

- Nada. Essas eram as minhas últimas palavras – respondi, simplesmente – Anda. Despacha lá isso.


Notas Finais


E pronto, aí está.
Espero que tenham gostado... Sei que ele ficou bem curtinho mas ficou bem do jeitinho que eu imaginei e queria que ficasse, portanto resolvi não acrescentar mais nem uma palavra sequer =P
Já sabem, opiniões e críticas construtivas são sempre bem vindas x)
Tentarei postar de novo, em breve.

Até ao próximo Capítulo !!


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