História Wolf - Doces ou Travessuras?

Chegando na festa, fui cumprimentada por gente que eu nem conhecia, o lugar estava lotado, todos fantasiados, zumbis, vampiros, personagens de filmes e quadrinhos, as moças disputando quem era mais sexy _típico de todo halloween.
Jud me puxou até o centro da pista de dança que ficava bem no meio da enorme sala de estar de Susene.
Dançávamos como duas loucas, em alguns momentos até parecíamos lésbicas dançando sensualmente para a outra. Até que Jud me deixou dançando sozinha quando um cara forte fantasiado de Batman a chamou pra "conversar".
_Ei! _senti um puxão na minha cintura.
_Calma donzela.
Inacreditável, era ele. Mas o que ele estava fazendo aqui?
_Surpresa em me ver? _me perguntou com aquele sorriso sarcástico nos lábios.
_O que faz aqui? Tá me seguindo?
_Não seja convencida. Vim com um amigo...
Ele estava vestido normalmente, casaco preto com capuz e um zíper na frente, calça jeans com um rasgo no joelho esquerdo, tênis all star surrado que um dia foi preto.
_Então, isso é uma festa à fantasia. Qual a sua, sequestrador?
Ele me mostrou uma máscara de lobo que segurava e eu nem tinha reparado. Era uma máscara de borracha com alguns pelos, orelhas grandes e buracos para os olhos.
_Eu sou o lobo mau, mas se quiser que te sequestre posso fazer esse esforço.
_Desculpe, mas não tem enfermeira nas fábulas com lobo mau.
_Você é assim com todo mundo? _pela primeira vez ele não pareceu brincar, e me encarou com a sobrancelha direita arqueada.
_Assim como?
_Sempre se esquivando, na defesa o tempo todo.
_Apenas com estranhos.
_Então deixa eu mudar isso. _ele estendeu a mão. _Prazer, David, mas pode chamar de D. Sua vez.
_Okay... Me chamo Lucy. Você é bem persistente.
_Só quando quero alguma coisa. _ele sorriu e me puxou pela cintura, fazendo com que nossos corpos se encostassem._ Estão todos dançando e nós aqui como estátuas.
Começamos a dançar, tocava Sweet dreams cantada por Marilyn Manson numa versão remix. Ele parecia me devorar com os olhos, assim como um lobo fazia antes de atacar a presa, analisava cada movimento que eu fazia com os quadris e mãos. Eu o encarava tentando puxar mais sua atenção para mim, mas era eu quem estava hipnotizada. Ele me abraçou por trás, forte, enquanto eu continuava dançando.
_Quer sair daqui? _ ele sussurrou no meu ouvido, quase não ouvi direito, mas compreendi e assenti com a cabeça.
_Podemos ir pra minha casa, fica perto daqui.
Ele me levou entre a multidão de corpos suados dançantes. Eu só podia estar louca, levando um estranho pra minha casa, mal o conheço e já me sinto tão envolvida.
Chegando em casa começamos a nos beijar enlouquecidamente, eram mãos que corriam por todos os lugares, sem controle.
_Quarto? _perguntei.
_Quarto.
Passamos pela cozinha e entramos no corredor onde ficava meu quarto e o banheiro. Entrando no quarto, ele arrancou meu vestido como uma fera selvagem fazendo jus a sua fantasia, estourou todos os botões de uma só vez, me empurrando na cama em seguida. Puxou minhas meias e se afastou, tirou seu casaco e em seguida abriu o zíper de sua calça deixando a mostra um pedaço de sua cueca azul marinho. Ele tinha um corpo lindo, não era malhado, tinha até uma certa barriguinha charmosa, seus braços eram fortes do tipo que esmaga num abraço.
_Tire o sutiã e vire-se. _ele me olhava firme, sem aquele sarcasmo de sempre.
_Vem aqui, você tá muito longe de mim.
_Vire-se, agora.
Não sei o que deu nele, mas aquela voz firme estava me excitando ainda mais.
Ele se aproximou de mim.
_Agora você vai me obedecer, entendeu? Minha gatinha, vai fazer tudo que eu mando. Diga se entendeu.
_Entendi. É alguma brincadeira, D?
  _Quase... Você vai ver. Agora me chame de Senhor D.
_Ok