História Wolf - Réveillon

  _Que horas são?
  Acordei com David todo arrumado de gravata cinza, camisa branca e um colete grafite. Ele estava sério.
  _São 21:45. Você tem visitas, vista algo bonito.
  _Quem é?
  _Apenas vista-se, Lucy. Estarei no escritório, suas visitas estão na sala.
  David saiu do quarto e fui tomar banho, estava curiosa pra saber quem estava me esperando. Tomei banho, prendi meus cabelos em um coque lateral baixo, vesti uma calcinha vermelha toda de renda e um vestido tomara que caia azul mar com uma fenda até coxa, um sapato preto de salto.
  _Querida!
  Essa não, meus pais, Jud e Nick me aguardavam na sala.
_Mãe, o que faz aqui?
_Fui eu quem trouxe. _disse Jud vindo em minha direção. _Bom te ver de novo.
  _Oi Jud... O que Nick faz aqui?
  _Bom, depois que saí daqui eu o encontrei e agora namoramos, espero que não se importe.
_Claro que não.. Oi Nick.
  Ele acenou com a cabeça.
  Puxei Jud num canto para conversar longe da minha mãe.
  _O que tá acontecendo? Parece nervosa.
  _Jud, o que minha mãe faz aqui com o banana do meu pai?
  _Ela me procurou e disse que estava com saudades, aí falei pra ela sobre seu romance com David...
  _O que exatamente você falou?
  _Olha eu não contei dos seus fetiches doentios, se é o que quer saber. Qual o problema?
  _Acontece que ela não sente saudades de ninguém, a não ser que esteja precisando de alguma coisa. Chama ela pra mim por favor?
  _Claro.
  Jud chamou minha mãe e nos deixou à sós no canto da sala.
  _O que a senhora quer aqui?
  _Não posso sentir falta da minha filha?
  _Você nunca gostou de mim.
  _Que casa linda, seu namorado deve ter muito dinheiro...
  _Sim, eu tenho. _David apareceu do nada interrompendo nossa conversa.
  _David, desculpa... Ela já está indo embora.
  _Quanto a senhora quer pra sumir? _David perguntou encarando minha mãe.
  _Não estou entendendo onde quer chegar rapaz.
  _A senhora sabe muito bem...
  _15 mil.
  _Agora mostrou quem é.
  _David, não. Mãe sai daqui, ele não vai te dar nada... _falei chorando. _Vai embora.
  _Você nunca serviu pra nada mesmo, me fez perder meu tempo.
  _Não ouse desrespeitar a Lucy na minha casa.
  _Não encoste em mim. Já estou indo. _disse minha mãe. _Vamos, Oscar, vamos logo, nossa filhinha não nos quer aqui.
Quando ela saiu, caí aos pés de David chorando e morrendo de vergonha pelo que minha mãe fez, não acredito que ela pôde pedir dinheiro para ele. Jud correu até mim e me abraçou, um abraço de amiga que eu estava morrendo de saudades.
  _Amiga desculpa o transtorno, parece que toda vez que venho aqui te trago problemas...
  _Eu não sei porque ela me odeia...
  _Ela não te odeia Lu...
  _Você vai ficar?
  _Não posso, vou conhecer os pais de Nick, e já estamos atrasados.
  _Ah sim, então, feliz ano novo?
  _Feliz ano novo amiga. Quando tiver um tempo vai me ver, sinto sua falta.
  _Vou sim.
  Jud foi embora e me deixou sozinha com David.
  _Me desculpa pelo que a minha mãe fez, estou morrendo de vergonha.
  _Ei, não precisa se desculpar. Você não tem culpa da sua mãe ser uma interesseira e não enxergar a filha maravilhosa que ela tem.
  _Você quase deu dinheiro pra ela.
  _Faço qualquer coisa pra te ver bem.
  _Obrigada por me defender e por se importar comigo.
  _Faço o que posso. Agora vamos jantar? Já passa das 23 e eu estou faminto.
  _Faminto de quê?
  Ele sorriu pra mim, entendendo minha piada.
  _Agora eu só quero devorar nossa ceia.
  Fomos até a sala de jantar onde estavam as comidas que havíamos comprado e mais algumas que David tinha feito. David era muito bom na cozinha, o que me causava inveja já que eu só sabia fazer o suficiente pra não morrer de fome.
  23:54PM.
  _Tire o vestido, quero começar o ano com a melhor visão que eu poderia ter.
  Obedeci.
  Estávamos no jardim aguardando a queima de fogos que David disse que daria para ver de lá. Tirei o meu vestido e o coloquei em cima da cadeira ficando apenas de calcinha.
  23:59PM, David beijava meu pescoço enquanto aguardávamos ansiosos a meia noite, até que o som dos fogos interromperam seus carinhos.
  _Feliz ano novo, minha gatinha.
  _Feliz ano novo, Dono.
  Os fogos de artifício eram lindos, coloridos, luminosos, um verdadeiro show no céu. David me deu uma taça de champanhe e entrelaçou seu braço com o meu, igual os noivos fazem com o brinde. Ele começou a me beijar, e eu já sentia o champanhe fazendo efeito, sempre fui fraca pra champanhe.
  _Mais uma taça?
  _Não, obrigada... Acho que estou começando a sentir o efeito já.
  David deu um gole na garrafa e derramou um pouco na minha boca, depois me deu um beijo ardente. Ele derramou um pouco do champanhe gelado em meu pescoço e começou a lamber meu corpo onde a bebida havia molhado. Depois me fez beber um pouco mais.
  _David, estou um pouco tonta e com frio. Quero entrar.
  _Senhor, Dono, Daddy... Palavras simples. _ele me deu um tapa na bunda ao terminar de falar.
  _Perdão. Posso entrar, Dono? Estou com frio.
  Entramos e ele me guiou até o quarto dele, me segurando para que eu não caísse da escada. Deitei na cama e ele tirou minha calcinha, depois me virou de costas.
  _Agora vou te dar um leve castigo por ter me chamado pelo nome.
  _Não, Dono. Por favor, foi sem querer, não me castiga.
  _Shiii...
  Ele começou a me dar tapas na bunda, e confesso que não senti tanta dor, talvez pelo fato de eu estar bêbada. Depois ele me virou, tirou a roupa e ficou em cima de mim.
  David estava me dando estocadas lentas, com carinho, coisa que só tinha acontecido uma vez, no nosso piquenique.
  _Eu te amo... _sussurrei.
  _Também te amo minha gatinha...
  Cada vez que David dizia que me amava era como um tapa de alegria que eu levava. David me possuía com vontade, mas com amor, com a delicadeza de um apaixonado. Ele me beijava e suspirava sem cessar as estocadas.
  _Por cima.
  Não entendi se foi uma ordem ou apenas um simples pedido, mas acatei de imediato. Fiquei por cima dele, adorava olhar nos olhos quando eu estava por cima. Dava pra ver o prazer nos olhos dele, nos lábios, na expressão da sua face. Eu sentia seu membro pulsando dentro de mim enquanto eu rebolava em cima dele.
  Eu estava bêbada e descontrolada cavalgando em cima de David, e ele estava gostando tanto quanto eu, ele apertava minha bunda, meus seios, torcia meus mamilos e às vezes me guiava.
_Dono me dê permissão por favor... _Falei prestes a gozar.
_Faça.
  Continuei até gozar, e em poucos segundos depois de mim, David gozou também.
Caí ao lado de David e ficamos nos encarando por um longo tempo, até ele puxar meu rosto para um beijo na boca.
  _Eu sou um homem de muita sorte.
  _E eu uma mulher de muita sorte.
  _Você vai ser minha pra sempre, não vai?
  _E de quem mais eu seria, se não do meu dono?
  _Você é perfeita, Lucy, minha Kitt.
  Tomamos banho juntos na banheira e depois voltamos para a cama, bêbados e cansados demais para uma segunda vez.
  Esse sem dúvidas, foi o melhor réveillon da minha vida, melhor jeito de entrar em um novo ano, não há. David me completa de uma forma que ninguém nunca completou.