História Wolf - O grande dia

  Passaram-se dois meses, David apenas esperou meu vestido ficar pronto para podermos casar. Ele tinha pressa, queria poder me apresentar à sociedade como sua esposa.
  Confesso que estou um pouco assustada, casar assim tão rápido. Minha vida está mudando depressa, num dia descubro o que é o BDSM, em outro vou morar e servir um cara rico, depois me apaixono e aí sou pedida em casamento. Daqui algumas horas estarei no altar dizendo "sim" para David, verei seus pais pela primeira vez, estou com os nervos a flor da pele.
  _Sabrina, acha que David vai me amar para sempre e que esse casamento é uma boa ideia? _perguntei.
  _Sim, por quê não? Senhor D é apaixonado por você, você é uma menina de muita sorte, nem todas as meninas encontram alguém que as queiram para toda vida.
  _Eu sei... Mas tenho medo.
  _Não tenha.
  _Você já quis se casar? Digo, se já se apaixonou alguma vez.
  _Já tive um namorado baunilha, ele era muito bom pra mim, queria casar, mas não aceitava o meu jeito, então terminou comigo. Depois dele nunca mais me apaixonei. Me conformo em ser apenas uma cadela, uma criada.
  _Não tem vontade de ter alguém?
  _Não, o Senhor D me dá tudo que preciso. Gosto de servi-lo na casa e às vezes recebo agrados.
  _Falo sexualmente também.
  Ela sorriu.
  _Tenho meus brinquedos, e sempre que preciso de sexo, ele me leva até a casa da Senhora Gertrudes, você sabe o que tem lá.
  _Sim, sei... David me faz acompanhá-lo nos encontros. Acho um pouco desconfortável.
  _Eu adoro... Meu Deus...
  _O que foi?
  Sabrina me virou para o espelho para que eu pudesse me ver. Meu cabelo preso em uma trança lateral com um arranjo de pequenas flores metálicas que brilhavam quando batia luz.
  _Sabrina, você fez mágica na minha juba.
  14:15PM, maquiagem pronta, nada muito forte, lingerie branca tradicional, sapatos de salto brancos e cinta liga branca.
Meu vestido era lindo, não era branco, tinha um tom de pérola com bordados delicados, longo mas sem cauda, tomara que caia. Digno de uma noiva tradicional.
  Me vesti e tudo que faltava era o motorista chegar para me levar até à igreja onde David me aguardava.
  Finalmente ele chegou para me buscar. No caminho eu tentei não pensar em nada, assim, anulava um pouco do nervosismo.
  Enfim, estava eu, em frente à porta da igreja, a marcha nupcial começou a tocar e as portas se abriram, tudo estava impecavelmente decorado com lírios brancos combinando com meu buquê. David, a visão mais linda me esperando no altar, ao lado dele, seu pai e sua madrasta, Jud como minha madrinha.
  Entrei ao lado de meu pai, minha mãe se recusou a ir. Ele estava feliz por eu ter chamado ele para entregar minha mão.
  O padre deu início a cerimônia, palavras bonitas, e eu ainda não acreditava que estava ali.
  _David Lancelot, aceita Lucy Everywoody como sua legítima esposa, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
  _Sim, aceito.
  _Lucy Everywoody, aceita David Lancelot como seu legítimo esposo, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
  Travei, senti um frio na barriga, minhas mãos gelaram. Uma palavra, e nada mais seria como antes...