História Wolf - O amor nunca morre

  15 anos depois...
   _Lucy! Lucy! Onde você está querida?
   _Estou aqui fora!
   David me viu no velho balanço e sorriu. Era verão, a tarde estava quente, e não há nada mais refrescante que a sombra de uma árvore. David veio até mim, me pegou no colo e sentou comigo no chão se recortando na árvore.
   _Você está tão linda hoje...
   _E o senhor me diz isso todos os dias... _abro um sorriso e acaricio sua barba que ele resolveu cultivar nos últimos anos, lhe dando um ar mais sério. _Fico me perguntando se algum dia estive feia.
   _Bom, teve aquele... Não, esse estava, radiante. _Ele coçou o queixo. _É, não teve um só dia em que não estivesse linda.
  _Você é um ótimo mentiroso...
  _Olha que eu encho sua bunda de tapas. _sorrio e ele me beija. _É sério, você tem a beleza de Afrodite. _ponho uma mecha atrás da orelha e o encaro. _Minha gatinha.
   _Meu dono.
   _Que horas será o jantar?
   _Não sei... Quer que eu ligue para Jud?
  _Liga.
  Me levanto e entro para pegar o celular. Iríamos ao jantar de aniversário de casamento de Jud, _Sim, ela se casou com Nick. _ela havia nos convidado para comemorar com eles.
   _Alô?... Oi, que vai ser o jantar?...  Sim... Iremos... Até mais... Beijos... _desliguei o telefone e gritei da porta. _Ela disse que será às oito!
   _Então vamos nos arrumar logo, quero passar em um lugar antes.
   _Casa da senhora Gertrudes?
   _Sim, ela está muito velha e tem me cobrado uma visita.
   _Certo.
   Subi e me arrumei, coloquei um vestido vinho sem mangas e sem decote, que ia até os joelhos. Coloquei meus sapatos de salto pretos, passei apenas lápis marrom nos olhos, rimel e um pouco de blush.
  _Você viu minha gravata cinza?
  _Na gaveta de gravatas... _revirei os olhos. _Quando você vai aprender que as gravatas ficam na gaveta de gravatas?
  _Esse armário não foi feito pra mim...
  18:15PM, chegamos na casa da senhora Gertrudes. O lugar estava cheio como sempre, ela sentada na mesa do canto com seu escravo fiel aos seus pés, e do lado esquerdo estava Serena com duas escravas que eu ainda não conhecia. Cumprimentamos alguns amigos e seguimos até a mesa da senhora Gertrudes.
  _Parece que o amo foi encoleirado pela escrava... _disse Serena com um tom sarcástico.
  _Guarde suas piadas para você, minha filha. _disse a senhora Gertrudes, segurando a mão de Serena e sorrindo para nós. _Como estão?
  _Estamos ótimos, como pode ver. E a senhora?
  _Estou bem, aproveitando os últimos anos que me restam ao lado de Gaspar... Nunca conheci alguém tão fiel. _ela acariciou o topo da cabeça de seu escravo que aparentava ter uns 50 anos. _E você, está linda menina.
  _Obrigada senhora.
  _Eu sempre digo, mas ela não acredita que os anos só a favoreceram... _ele me deu um beijo na mão. _Ela é a luz da minha vida, senhora.
  _Ah, o amor... Sinto até náuseas... Ops, fico emocionada. _Serena tossiu falsamente e voltou a falar. _Não sente falta de dominar, D? Você era bom nisso...
  _Eu ainda domino, ter casado com ela não muda nada. Guarde seu veneno.
  _Já chega, Serena. Não vou tolerar gracinhas com meus convidados.
  _Desculpa, mãe... _Serena abaixou a cabeça sentindo-se envergonhada e depois ergueu outra vez, não querendo perder a postura na frente de suas escravas. _Desculpa, D. Você sabe que era só brincadeira, não sabe?
   _Claro... Mas precisamos ir, ainda temos um jantar para ir. Foi um prazer revê-las.
   _O prazer foi todo meu, querido. Cuide bem dessa mocinha, ela te olha com o olhar de um amor adolescente.
  _Cuidarei.
  _Até mais, senhora Gertrudes, e até mais, Serena. _Falei.
  Nos despedimos e seguimos para a casa de Jud. O trânsito estava horrível, então nos atrasamos um pouco, mas chegamos a tempo de jantar. Jud estava maravilhosa em seu vestido roxo justo, com um decote sutil com toule, e com uma sandália vermelha com saltos dourados, seu cabelo que agora eram negros e curtos.
  _Sejam bem vindos. _Jud me deu um abraço apertado. _Que saudade, amiga. Como vai o casamento?
  _Vai ótimo. _respondi. _Oi Nick, tudo bem?
  _Sim, Jud me faz muito feliz...
  _Sou uma mulher de muita sorte. _eles se entre olharam e deram um selinho.
  _Sei exatamente o que sente. _David falou antes de apertar minha cintura.
  A família de Jud estava lá, alguns amigos, poucas pessoas. Jantamos e fizemos um brinde ao casal.
  Saímos de lá por volta da meia noite. Chegando em casa, tomamos banho e fomos direto para a cama, estávamos exaustos.
   No dia seguinte, acordei em cima do braço de David e tentei me levantar sem acordá-lo.
  _Onde pensa que vai? _ele me puxou pra cima dele.
  _Eu ia fazer o café... A empregada não vem hoje.
  _Sente falta de Sabrina?
  _Às vezes, mas ela está feliz passeando em Vegas com seu senhor.
  _Sim... Estou com saudades de te ver nua pela casa.
  _Acordou animado hoje?
  _Sempre.
  Ele inverteu as posições e senti seu membro rígido encostar em meu sexo.
  _Antes do café?
  _Shiii...
  _David pare...
  Ele enfiou seu membro em meu sexo, se movimentando lentamente em cima de mim.
  _Kitt... Shii...
  Ele me mordia por toda a extensão do meu pescoço, beijava minha boca.
  _Oh, Dono...
  Chegamos juntos ao orgasmo, foi lindo, um verdadeiro êxtase, uma explosão de sensações e prazer. David deitou-se ao meu lado e abriu um lindo sorriso.
  _Obrigado...
  _Pelo quê?
  _Por tudo... Por ter ido àquela festa, ter me levado até sua casa, aceitado me servir, ter ficado comigo apesar de tudo, e por me fazer o homem mais feliz do mundo.
  _Eu que agradeço, por me fazer sempre ser melhor do que sou, e  fazer de mim uma mulher realizada. Obrigada, David, meu dono, meu amado Dono.
  Depois de uma pausa nos olhando, nos abraçamos e nos beijamos.
  Eu nunca imaginei ser tão feliz em toda minha vida. David se tornou um ótimo marido, e um amo maravilhoso como sempre, eu não tinha do que reclamar. E eu, bom, eu também o fazia muito feliz, era nítido.
  Felizes para sempre? Não sei, talvez seja muito tempo. Mas seremos felizes até onde nos for permitido.