Domingo, 8:47AM. A luz do sol invade o quarto pela fresta na cortina da janela, indo direto nos meus olhos e me acordando.
Me levantei, e David não estava na cama. Fui até a porta do quarto sem fazer barulho e consegui espiar um pouco. David estava na cozinha, sem camisa, cozinhando alguma coisa com um aroma doce, tão gostoso que me lembrava a comida da minha vó.
Peguei uma calcinha preta tipo box e uma camiseta marrom com as costas no estilo nadador, fui até o banheiro nas pontas dos pés e entrei de cabeça debaixo do chuveiro, a água estava fria, passando a esponja pelo meu meu corpo, pude sentir os hematomas provocados pela noite anterior, se concentrando na minha bunda e seios. Terminei o banho, me sequei, vesti minha roupa, escovei os dentes e fui até a cozinha secando meus cabelos com uma toalha _cachos sem muito volume que ficavam na altura dos ombros. _David se virou e me encarou com um sorriso.
_Tomei a liberdade de comprar algumas coisas. Sente-se. _disse ele puxando uma cadeira pra que eu sentasse.
_David, precisamos conversar.
_Eu sei, temos muito o que conversar. Mas primeiro vamos comer?
David colocou dois pratos na mesa, em seguida serviu duas panquecas em cada prato e derramou uma espécie de geléia vermelha que parecia saborosa.
_Morango e maçã.
_O quê?
_Essa geléia, fiz com morangos e maçã. Tá gostoso, pode confiar. _ele deu uma piscadela e depois uma garfada generosa em sua panqueca. _Humm...
Não consegui conter uma risada.
_Fala sério, você cozinhou mesmo tudo isso?
_Você ainda vai descobrir muito sobre mim. Não sou apenas bom de cama, também cozinho muito bem.
_Como você é modesto, D. _falei de forma irônica.
Terminamos aquele café da manhã incrível feito por David, ele lavou a louça enquanto eu guardava meus papéis que estavam espalhados pelo sofá. _era um sofá pequeno de dois lugares onde eu passava o tempo lendo, desenhando ou vendo TV, preferia fazer isso na sala do que no quarto. _Sentei e observei David vindo até mim.
_Acho que você está cheia de perguntas.
_Sim, eu estou. O que aconteceu foi um erro, a gente nem se conhece e já te trouxe pra minha casa. Agradeço pelo café da manhã maravilhoso... Mas que porra foi aquela ontem? Fala.
_Primeiro, obrigado pelo elogio a minha comida. Segundo, você pareceu gostar muito do "erro". Terceiro, estou disposto a te conhecer e esclarecer todas as suas dúvidas... E quarto, você precisa parar com essa sua boquinha suja.
_De novo essa história... Eu tô na minha casa, e você não vai ficar dizendo como eu devo falar. Quantos anos você tem, 60?
_Na verdade, 27... Quer saber mais sobre ontem?
_Óbvio que quero.
_Eu sou um sádico, um dominador, por isso pedi que me chamasse de Senhor ontem. Foi um erro te dominar daquele jeito, você é totalmente inexperiente... Mas na loja eu vi no seu olhar, vi que você tinha isso na alma, a submissa perfeita. E o jeito que me olhava na festa, eu vi que você estava se entregando, que estava pronta para mim... Lucy, você se entregou ontem, sem questionar, você aceitou tudo, e gostou, não negue Lucy, eu vejo nessa sua carinha safada que você ainda quer mais.
_Eu não vou negar que gostei, mas eu não tinha muito controle sobre mim, eu tinha bebido. E porra D, você me bateu, você me deu um tapa na cara e me chamou de vadia. Ninguém nunca fez isso comigo.
_Foi o que eu falei, você tem a alma submissa, por isso se entregou.
_Submissa, eu? Nem fodendo que eu vou te obedecer. Só se eu estiver bêbada de novo.
_Eu duvido muito. _ele pôs a mão direita na minha coxa e se inclinou como se fosse me beijar, e se levantou. _Falei que você já tinha se entregado. _ele riu.
_David, sai da minha casa, quero ficar sozinha. Cansei dessa baboseira toda, você é ridículo, um gostoso, mas é ridículo. Não é porque você fode bem, e ontem eu topei fazer aquelas coisas com você, que significa que vou ser sua escrava e te obedecer. Nem fodendo.
David me puxou e me roubou um beijo fazendo todo meu corpo aquecer.
_Eu sei que você vai mudar de idéia. Meu número está na porta da sua geladeira. _ele saiu pela porta.
Eu corri até a porta abrindo-a com pressa esperança de ainda vê-lo. _ele já tinha sumido.
_Droga! _exclamei entrando depressa, havia esquecido que estava só de regata e calcinha.
O que eu estava fazendo? Negando pra mim mesma que eu queria aquilo, que David me atraía, que eu estava sim envolvida, eu queria que ele me pegasse de novo e queria queria sentir suas mãos firmes no meu quarto.
Eu quero, sim, eu quero.
_Alô? Volta aqui e me usa, eu quero aprender a te servir.
_Eu sabia. _ele sorriu ao telefone. _Hoje você vai ficar na vontade. _desligou.
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