História Wolverine e Denise após a Ditadura do Caveira Vermelha - Perdão

- A comissão dos direitos humanos da Terra fez uma campanha e a população perdoou vocês. Agora estão livres para voltar para a Terra.- Disse Dr. Estranho.

Eu fiquei chocada. Depois de mais de dez anos eles resolveram votar atrás. Malditos, perdemos anos naquele fim de mundo e eles veem na cara de pau oferecer perdão.

- Precisamos é que vocês peçam desculpas! – Eu gritei.

Depois de algum tempo de conversa, a maioria dos habitantes resolve voltar com Doutor Estranho para Terra.

Eu decidi ficar, por conta de meu orgulho e de Nita, que também ficou.

Eles nos deram uma última chance e então partiram. Ficaram cerca de sessenta pessoas.

No início foi bem difícil, perdemos a mão de obra que costumávamos ter, mas nos viramos.

P.O.V. Autora

Enquanto isso Logan e seus filhos e netos viviam no instituto Xavier e na fazenda. Quando Logan teve notícia de que Denise não voltou após o perdão que deram aos feiticeiros, ele teve certeza que o que havia entre eles acabou. Ele ficou uma semana na fazenda, pensando em tudo que viveram, depois buscou enterrar o sentimento que restava em um tumulo.

Laura tinha uma amiga: Dayse. Dayse morria de medo de Logan. Ele pegava muito pesado em suas aulas e costumava se vingar dos alunos de quem não gostava por meio de lutas “educativas”. Sempre que Logan ia falar com Laura, Dayse arrumava um motivo para sair de perto. Laura achava cômico, mas Charles Xavier começou a ficar preocupado com o problema. Dayse era uma mutante muito poderosa, era sobrinha de Ororo. Ela controlava a água em seus 3 estados e podia curar feridas e doenças de pessoas usando a água. Lutava usando gelo, sentia a agua a sua volta podendo sentir as pessoas se aproximarem. Seu problema com Logan separava a equipe e podia ser prejudicial em campo.

Xavier chamou Logan em sua sala:

- Logan, eu quero te pedir um favor.

- Pode falar! – Disse Logan.

- Um dos membros de nossa equipe tem muito medo de você e isso pode se tornar um problema grave em campo.

- Dayse?

- Sim.

- O que você quer que eu faça? A garota não vai com a minha cara...

- Quero que você tente se aproximar dela...

- Como? Onde eu chego ela sai, simples assim!

- Você vai achar um jeito, vocês precisam se unir, para a equipe estar unida.

- Vou ver o que posso fazer.

P.O.V. Logan

Eu saí da sala de Charles sem saber o que fazer. Resolvi encarar a guria. Farejei ela pela casa e a encontrei no seu quarto. Bati na porta e disse:

- Posso entrar?

Ninguém respondeu. Mas logo ela abriu a porta. Ela se assustou ao me ver e disse:

- Você quer falar comigo?

- Sim, posso entrar?

Ela abriu mais a porta dando espaço para eu entrar. Podia sentir que ela estava nervosa. Me sentei na beirada da cama dela e suspirei. Ela fechou a porta e veio até mim. Eu pedi para ela se sentar e ela o fez, sentou o mais longe que pôde.

- Vou ser direto, Charles teme que nosso “distanciamento” possa vir a prejudicar a equipe em campo. Então seria interessante que nos aproximássemos... Mas preciso saber. Você tem algo contra mim? Eu te fiz algo de ruim?

- Não... É que... – Ela suspirou, engoliu seco e parou. Ela tremia um pouco e seu coração batia forte. – Os alunos dizem coisas sobre você...

- Hum... Tipo o que?

- Que não é bom te incomodar e que se a gente espirrar perto de você, seu ouvido é sensível e você pode arrancar nossa cabeça...

- Oh! Não, não... Não é bem assim... Esses garotos dizem muita coisa errada...

- Mas é verdade que você já atacou a Vampira e inventa lutas durante as aulas para bater em quem você não gosta...

- É... Isso é verdade, não vou negar...

- Já vi você com raiva, quebrando as coisas, destruindo árvores, tenho medo de você me machucar. Eu posso sentir a energia das pessoas e você tem uma energia muito negativa dentro de você. É uma mistura de ódio, raiva, sede de sangue. Não gosto do que vejo. Tenho medo de você. – Ela diz ainda trêmula.

- Corajoso de sua parte dizer o que sente. Sinto muito se te faço tanto mal, mas isto que vê é o que sou e não tenho como mudar isso.

Faz-se um silêncio, depois ela diz:

- Posso tocar você?- ela pergunta um pouco entusiasmada.

- Como? – não entendi a pergunta dela.

- Meu toque cura, talvez eu melhore o ódio dentro de você.

Ela sentou mais perto de mim. Deixei ela tocar meu rosto. Sua mão estava gelada e trêmula. Ela depois veio com a outra mão. Senti uma leveza e um alívio inexplicável, mas não sei se tinha me tornado alguém melhor. As mãos dela se aqueceram depois do toque e eu as segurei e a olhei no fundo dos olhos. Ela sorriu e disse:

- Você está mais leve agora.

Neste dia não tive os pesadelos de sempre com guerras.

No dia seguinte, assim que a vi, a agradeci com um abraço apertado. Ela parecia reagir bem melhor a minha presença. Falei com Charles e ele disse que minha mente estava de fato mais tranquila. Eu não tinha como agradecer, aqueles pesadelos me perseguiram por décadas. Eu estava muito mais disposto neste dia, dormi bem melhor.

P.O.V. Autora

Antes do almoço eles tiveram treinamento na sala de perigo. Dayse e Logan conversaram um pouco antes do exercício e todos ficaram olhando. O treinamento começou e logo todos foram separados. Dayse congelou as paredes e as fez trincar com tanto gelo. Fez lanças de gelo e jogou contra os robôs, congelou outros deles e encontrou Kitty e Laura. Pegaram a bandeira e terminou o exercício.

Ao final, Laura veio falar com ela.

- Então você e o papai conversam agora é?

- Sim!

- Assim do nada? Acabou a cisma?

-O professor pediu para ele conversar comigo, para unir a equipe, a gente conversou e é amigo agora...

- Hum... Gostei de ver! Deviam ter “conversado” antes. – Diz Laura.