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História Wolverine e Denise após a Ditadura do Caveira Vermelha - Reflexos da Ditadura dos Vilões


Escrita por: Anonimaaa111

Capítulo 4 - Reflexos da Ditadura dos Vilões


Fanfic / Fanfiction Wolverine e Denise após a Ditadura do Caveira Vermelha - Reflexos da Ditadura dos Vilões

Hulk virou vilão e sua gangue invadiu minha região. Devido a meus conhecimentos com agropecuária, pediram para eu me unir a eles e produzir alimento para a cidade deles, em troca me dariam escravos e proteção. Senti-me uma senhora feudal, mas não tive escolha. Aceitei, para não virar inimiga deles e acabar morta ou escravizada. Aos poucos o mundo dividido se estabilizou economicamente. Mas a América era independente do resto do mundo e a sensação de Guerra Fria tinha voltado. Havia uma corrida sobre quem crescia mais.

Caveira vermelha foi eleito presidente das Américas e firmou um tratado de paz com o Oriente. Mas o mundo temia ser um golpe para baixar a guarda do Orientais.

Minha fazenda começou a prosperar. Produzíamos carne de boi, de galinha, ovos, leite, feijão, café, verduras e frutas. Comecei a ganhar dinheiro em um ano.

Eu já estava com trinta e dois anos e Maria insistia para eu me casar e ter filhos. Mas eu que nunca tive essas vontades, tinha menos ainda no cenário no qual nos encontrávamos. Todos os jovens eram treinados para o exército vermelho do presidente Caveira. Com certeza ele faria uma outra guerra para dominar o resto do mundo e então seria o fim. Os jovens eram alienados para pensar que o Caveira Vermelha era um homem bom e isso me causava náusea. Mas infelizmente quem fosse contra o governo dele desaparecia.

A população oriental era bem superior a ocidental e os incentivos para se ter filho na América eram vários. Um dia isso chegou até mim. Agentes do governo me questionaram o porquê de eu estar em idade fértil e não ter gerado filhos. Eu disse que não tinha tempo para isso.

- A senhora tem um ano para engravidar, caso contrário será inclusa no tratamento fértil forçado do governo vermelho.

Era um absurdo. Eu estava sendo forçada a engravidar. E como eu faria isso. Bernardo se ofereceu para me engravidar escondido da esposa, mas eu recusei. Seu Bento era muito velho. Eu precisava de um homem em fase fértil. Fiquei algumas semanas preocupada com isso, quando recebi uma ligação.

- Alô. – Eu disse.

- Dona Maia! Que bom que está viva! É um prazer ouvir a voz da senhora.

- Logan?

- O próprio!

- Oh céus, onde você está?

- Estou preso, este telefone é de um colega de prisão, preciso falar rápido.

- Diga!

- Tentaram me aplicar pena de morte e não conseguiram. Se ninguém pagar minha fiança, vão me trancar em um caixão para sempre. E isso não deve ser muito agradável...

- De quanto é a fiança?

- 100 mil dólares.

- Puta merda! Vou dar um jeito, onde você está?

Ele me indicou o endereço. Juntei minhas economias, vendi o estoque para outras regiões e juntei o dinheiro. Isso levou dias e tudo o que eu tinha sobrando. Eu ia passar um aperto por meses. Mas fui resgata-lo. Tive que assinar um termo de responsabilidade e contrata-lo como funcionário. Eu deveria enviar um relatório semanal das atividades dele e ele devia se apresentar quinzenalmente a justiça.

Quando ele me viu me abraçou e agradeceu:

- Obrigado! Nem sei como te retribuir por isso!

- Não se preocupe! Vai ser descontado de seu salário numa proporção de 40% pro resto de sua vida. Já pensei em tudo.

Ele sorriu e disse que não queria receber salário, trabalharia para mim pelo abrigo e comida. Acabei aceitando. Na volta para casa, ele me contou chorando que todos seus amigos foram mortos e que eu era a única pessoa mais próxima que havia restado. Eu fiquei comovida. Chegamos em casa e ele queria pegar suas coisas e levar para a casa do caseiro (seu quarto de hóspedes permanecia intacto). Foi então que eu disse:

- Logan, acho melhor você ficar por aqui mesmo, pois preciso de um favor seu...

- O que você quiser! – Ele disse, sem dúvidas.

- O governo criou um programa de aceleração do crescimento populacional e toda mulher fértil deve geral filhos anualmente para formarem o exército e igualar as condições com o oriente em todos os sentidos. Eu estou em idade fértil e se não produzir filhos por vontade própria, eles vão me levar e me colocar num sistema de reprodução forçada do governo...- Eu disse e suspirei.- Não conheço ninguém que possa fazer isso por mim e não queria ter filho com qualquer um. Então você apareceu e... Você está fértil, não está?

Eu temia que ele ficasse constrangido ou não gostasse da ideia, pois Logan sempre me respeitou muito. Mas ele apenas sorriu e disse:

- Pode contar comigo!

Eu ainda fiquei um pouco cismada e disse:

- Desculpe-me pela proposta um tanto indecente, mas eu estou numa situação difícil, você entende? Eu não tenho muitas opções e ...

- Shhh...- Ele fez barulho de silencio e me abraçou. – Calma! Está tudo bem, a gente vai resolver isso junto!

Ficamos abraçados por um tempo e depois ele me soltou e perguntou se eu queria beber algo.

- Tem vinho na adega e cerveja na geladeira. Eu acabei com o estoque de whisky e vodca quando estourou a crise. Até hoje não repus, vai levar um tempo para poder comprar de novo...

- Chegou a fazer algum empréstimo para quitar minha fiança?- Disse ele colocando vinho em duas taças e fazendo cara triste.

- Juntei minhas economias e apressei a venda de alguns estoques por preço mais barato para outras regiões e arrecadei o dinheiro. Vamos ficar apertados alguns meses, mas nada muito crítico.

- Que bom! – Disse ele suspirando e trazendo as taças.

Bebemos sem brindar. Não havia muito o que comemorar no mundo em que vivíamos. Em pensar que eu reclamava da vida quando ela era boa. Logan me contou histórias da cadeia, de pessoas que tentaram fugir para o oriente e foram mortas brutalmente. As fronteiras eram bem protegidas, estávamos enjaulados.

Os planos de Caveira eram de dominar o mundo e ele estava unindo forças para isso. Tinha pessoas infiltradas por todo o mundo e seu plano só estava esperando o momento certo, então ele teria o mundo nas mãos e todos com escravos.

Eu mesma, apesar da parceria com a gangue do Hulk, me sentia uma escrava. Só estava em posição mais privilegiada.

Enquanto conversávamos, fiquei bêbada com uma garrafa de vinho. Logan me deitou na cama e foi dormir em seu quarto.

Acordei com fome e com ressaca. Tomei um remédio e fui comer algo. Pois dormi sem jantar. Fiz uma vitamina. Maria estava lavando roupa e os rapazes, Logan inclusive, arrastavam galhos de árvore pelo quintal. Tinham podado uma árvore que ficava ao lado da casa, pois logo chegaria a época de chuva. Liguei a TV e só passava filme e desenho sobre o Caveira Vermelha. Era Caveira médico salvando vidas, Caveira herói salvando o mundo. Desliguei a TV e fui para o escritório.

Organizei as finanças. Era incrível como gastávamos pouco com funcionários. Eles recebiam só para comer. Nem sei como viviam. No início, eu dava produtos para eles levarem, mas foi proibido e há fiscais do governo para todo lado. Quem você menos espera poderia ser fiscal. Maldita ditadura.

Maria me chamou para almoçar. Pedi para ela chamar Logan, mas ele disse que iria comer com o caseiro. Respeitei. De tarde fui na cidade comprar papel. A cidade estava vazia. Muitas casas tinham sido abandonadas, por não haver mais dono, nem herdeiros. Cheguei ao centro comercial, comprei papel e canetas. A internet não era mais para civis, então eu quase não usava mais o computador.

Passei no mercado e comprei algumas coisas. Graças ao bom Deus, ainda se produzia chocolate. Comprei tudo que precisava e voltei para casa. Passando pelas ruas desertas senti um vazio que talvez nunca mais pudesse ser preenchido. Cheguei em casa e a mulher de Bernardo estava chorando. Ela recebeu uma ligação dizendo que seu filho de quatro anos seria levado para um colégio interno, para ser doutrinado com a filosofia do Caveira Vermelha. Ela tinha outra de 3 anos e um de seis meses. Certamente teriam o mesmo destino. Ela queria fugir com os filhos.

- Mas você vai fugir para onde Gabriela?- Perguntei.

- Não sei... Sair andando por aí, para longe.

- Isso não tem cabimento mulher! – Disse Bernardo.

- Se fizer isso, pode ser morta, sei de casos como esse... – Disse Logan.

Ela chorava e falava:

- Não, não posso permitir. Nem que me matem, hoje eu fujo! Se quiser fiquei Bernardo, mas vou levar meus filhos!

Ela entrou para dentro de casa e foi arrumar as coisas. Bento e Bernardo entraram e foram conversar com ela. Eu suspirei e olhei para Logan. Ele estava cabisbaixo. Maria disse:

- Essa aí está morta. Já vivi ditadura, pessoas sem emocional forte são as primeiras a se perder. Tem que dançar com forme a música minha gente e não perder a esperança. Mas eles vão tentar arrancar a esperança de vocês, então esconda ela em um local seguro!

Ela disse isso e voltou para dentro de casa.

Eu fui atrás dela, mas fiquei na rede da varanda. Deitei e fui pensar na vida. Nos filhos que eu teria e seriam levados. Será que meu emocional era forte? Ou me destruiriam junto com a minha esperança? Levariam minha paz, minha família e minha sanidade?



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