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História Wolves And Vampires; - Na casa do inimigo


Escrita por: ChaeKy e BrokeenArabella

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece...
E eu apareço com um capítulo 100% Hyungwonho...

~Boa leitura

Capítulo 7 - Na casa do inimigo


Fanfic / Fanfiction Wolves And Vampires; - Na casa do inimigo

↫↫↫✽ † ✽↬↬↬

Hyungwon sentia sua cabeça explodindo.

Toda vez que tentava achar uma explicação para a imagem que viu refletida no espelho da escola, mais se sentia preso em um labirinto; Cada ideia era mais absurda que outra.

Ele estava enlouquecendo. Essa era a melhor explicação.

O que mais poderia explicar ele com um par de olhos carmim? Nada. E a menos que Hyungwon tivesse tomado alguns comprimidos ilícitos, a loucura era uma ótima explicação.

Ele estava estressado. Precisava respirar, relaxar e parar de pensar tanto.

De fininho, saiu de sua casa e correu em direção a floresta. Não tinha medo do que a floresta podia ter de perigoso à noite. Ele adorava a floresta; Adorava correr por ela quando estava estressado. Adorava sentir o cheiro dos pinheiros e ouvir o canto mórbido das corujas. Adorava correr e sentir as juntas arderem, como um lembrete do quão humano e frágil ele era. Adorava aquela floresta que sempre fora seu refúgio.

Hyungwon sentia-se mais rápido, sentia seus reflexos melhores. Sentia que já havia corrido quilômetros e depois de alguns longos minutos, ele realmente já estava longe de casa, mas não perdido. Conhecia a floresta com a palma da mão, nunca iria se perder nela.

Sua velocidade durou pouco.

Como uma lembrança de sua humanidade, Hyungwon tropeçou em uma raiz de árvore, sentindo sua perna arder pelo novo fermento. Gemeu baixinho, olhando para o céu e amaldiçoando.

A floresta, momentaneamente havia ficado em silêncio. O ar estava gélido, como se algo sombrio estivesse por perto. A lua foi coberta por nuvens e todos os pêlos de Hyungwon se arrepiaram.

— O cheiro do seu sangue é insuportável. — Aquela voz. Aquela maldita voz. — Dá pra sentir a vinte quilômetros de distância.

— Pelos deuses antigos, eu sou azarado mesmo. — Murmurou baixinho, mesmo sabendo que o outro o escutaria. — O que quer aqui? Veio chupar meu sangue por acaso?

Hyungwon corou ao perceber que o outro poderia levar a frase para outro lado. Hoseok sorriu levemente.

— Se eu quisesse fazer isso, já teria feito. — Se aproximou lentamente de Hyungwon que ainda estava no chão, como um predador caçando a sua presa. — Só vim lhe ajudar.

E se ajoelhou na frente do humano, analisando o ferimento em sua perna.

— E-eu... — Hyungwon se bateu por ter gaguejado. Assim até parecia que estava nervoso pelo toque de Hoseok, o que não era mentira. — Não preciso de sua ajuda.

— Estou vendo. — Rebateu irônico. — Consegue levantar?

— É claro que consigo. — Respondeu, levantado o queixo e se pondo em pé rapidamente, imediatamente se arrependendo ao sentir uma dor forte na panturrilha direita.

Hoseok o sustentou em pé ao ver a face de dor do outro. Ficando perto; Perto demais na visão de Hyungwon que enrubesceu e desviou o olhar.

— Você, obviamente, não consegue ficar de pé. — Falou com os cantos da boca levantados, tirando sarro de Hyungwon. — Vou te levar pra minha casa, para tratarmos disso.

— O que? — Espantou-se. — Nem pensar.

— Eu não vou te chupar, Hyungwon. — Maliciosamente, falou.

— Oi??? — Engasgou.

— Chupar seu sangue. — Esclareceu.

Hyungwon continuava corado.

— E-eu não vou para sua casa. — Gaguejou, mas conseguiu completar a frase.

— Que pena, porque é a única forma de tratar sua perna, a menos que queira ficar aqui esperando outra ajuda. — Ironizou. — Talvez, a ajuda do seu namoradinho.

— Ele não é meu namorado. — Rebateu firme.

— Sei... — Respondeu amargo. — Enfim, quer tratar isso ou não?

Hyungwon pensou. Estava com dor e sabia que estava longe de casa, sua única saída era Wonho. Respirou fundo, engolindo seu orgulho.

— Só vou aceitar porque é minha única alternativa.

Hoseok sorriu minimamente e levantou Hyungwon, inesperadamente, do chão.

— Heey! — Hyungwon reclamou.

Hoseok sorriu, a centímetros do rosto de Hyungwon.

— O que foi? Prefere andar? — Perguntou já sabendo a resposta.

Hyungwon sentia os braços fortes de Hoseok ao seu redor, o apertando firmemente contra si. Se arrepiou ao constatar o quão quente Shin era, e não somente o calor que emanava de seu corpo, mas quente de várias outras formas.

— Se contar isso a alguém, eu te mato. — Sussurrou envergonhado.

Hoseok inspirou o cheiro de Hyungwon, não se importando com o cheiro de sangue em si, mas com o cheiro do garoto. Um cheiro que o inebriava e o acalmava; Naquele momento, Hoseok não queria o sangue Hyungwon, por mais que ele estivesse ali exposto para si, só queria continuar abraçando o garoto.

— Vai ser nosso segredinho. — Respondeu em sussurros também.


[ • • • ]


Hyungwon evitava olhar para Hoseok. Já Hoseok, olhava atentamente o garoto que trazia em seus braços.

A lua refletia de uma forma encantadora as feições de Chae, o fazendo parecer um ser celestial.

Hyungwon sentia o vampiro lhe encarando e aquilo só fazia suas bochechas queimarem e seu coração disparar.

— Chegamos. — Shin anunciou depois de um tempo, parando em frente a um casarão.

Hyungwon olhou o casarão que ficava no meio da floresta atentamente.

O casarão era em estilo barroco; O tipo que só os ricos conseguiam construir por ser ricos em detalhes que custavam caros. Hyungwon, também pôde perceber que alguns detalhes eram dourados, como ouro.

— Essa é a sua casa? — Perguntou surpreso.

Hoseok contemplou o rosto de Hyungwon, sorrindo minimamente com a feição admirada dele.

— Não, é a antiga casa da família de Shownu.

— No meio da floresta? — Indagou. — Como eu nunca vi ela?

— Ninguém nunca entra tão dentro da floresta, raramente algum lobo vem para esses lados. — Deu de ombros.

A medida que se aproximavam, Hyungwon só se impressionava com os detalhes, até que algo veio em sua mente e o preocupou.

— E os outros?

— Roubando algum banco de sangue de um hospital.

Hyungwon mordeu a língua, mas a frase que tanto queria dizer a tempos escapou.

— Por que você não faz igual eles? — Perguntou baixinho. — Por que mata?

Hoseok ficou sério; Não havia nenhum pingo de humor em seu rosto. Impassível como uma rocha.

— Eu gosto de sentir o sangue direto da veia. — Admitiu friamente. — Eu gosto de ver a vida se esvaziando diante de meus olhos. — Continuou, falando lentamente, como um sádico. — Eu gosto de ouvir as pessoas implorando e acima de tudo, eu gosto de ver como a vida humana é frágil.

O humano se arrepiou. O medo que sentia de Hoseok naquele momento era grande, do tipo que o faria se encolher, mas não o fez, ao invés disso, ficou em absoluto silêncio.

— Assustei você? — Ironizou o vampiro.

— N-não. — Mentiu entre um gaguejo.

Hoseok entrou dentro do casarão, mas desta vez Hyungwon nem olhou o interior da casa, estava com o olhar perdido e pensamentos demais em sua cabeça.

Chae se perguntava o que havia feito Hoseok ter se transformado em um monstro, o que poderia ter o feito ficar tão frio e tão inumano? Um verdadeiro demônio na terra, não tento piedade de ninguém e matando todos que parecessem meramente humano.

— Hyungwon... — Shin tirou o humano de seus pensamentos. — Eu não vou te machucar.

Hyungwon o encarou. Sabia que o vampiro falava a verdade, mas isso não mudava o fato dele machucar outra pessoas. Chae engoliu em seco.

— Eu sei.

— Não fique com medo de mim. — Hoseok pediu, colocando Hyungwon sentado em um sofá de couro preto.

O humano se aconchegou no sofá e mordeu os lábios nervosos.

— Por que você é assim? — Perguntou.

Shin evitou encarar o humano. Se aconchegou no lado de Hyungwon e fechou os olhos.

— Por culpa do amor, Hyungwon.

— Me conte sua história... — Pediu ansioso.

Shin e Chae trocaram um olhar intenso.

Hoseok sentiu um misto de sentimentos a muito tempo esquecidos. A ansiedade estava o tomando e o receio de Hyungwon fugir depois de saber a história era grande.

— Se você quer assim... — Afundou no estofado e respirou fundo.

Hyungwon sentia a curiosidade tomando conta de seu ser.

— Eu nasci nos Rochedos de Liancourt, em 1704... — Fechou os olhos, lembrando de sua infância. — Minha infância foi boa, até que minha mãe foi encontrada morta, misteriosamente, sem nenhum pingo de sangue no corpo. — A imagem sorridente de sua mãe veio a mente. — Diante disso, vários mitos sobre vrykolakas, em sua língua, vampiros, surgiram. Eu sempre fui cético em relação a esses mitos e, durante anos, vivi assim, nesse ceticismo com o meu pai, até que ...— Inspirou fundo. — Em 1722, um barco parou em nosso porto, uma tripulação de franceses que estavam a caminho das Índias e se perderam. Nessa tripulação havia uma jovem, da minha idade, eu me apaixonei por ela. — O sorriso deslumbrante de Charlotte invadiu sua mente. — Hyunjin, meu melhor amigo, havia me avisado que ela poderia ser problema, mas eu não escutei. Eu achei que nos dois estávamos apaixonados um pelo outro. Eu era tão ingênuo... — Hoseok encarava o chão. — Um dia eu acordei no meio da noite, com barulhos vindo do quarto do meu pai, eu fui até lá e a vi... Ela o matou; Ela era uma vampira. — Contou amargamente. — Ela me transformou e logo depois disso, sumiu. Quando eu acordei, estava sozinho com o corpo do meu pai, até que Hyunjin chegou e me contou que era um caçador e a havia matado. Eu enlouqueci e matei ele, bebi de seu sangue e completei minha transformação. — Encarou Hyungwon nos olhos. — Eu fui ingênuo pelo amor e fiz todos que amava morrerem. Essa é a minha história.

— Eu sinto muito. — Hyungwon sussurrou baixinho.

— Não precisa sentir. — Shin forçou um sorriso. — Vou buscar algo para limpar seu machucado. — E sumiu.

Hyungwon queria abraça-lo, queria confortar Hoseok de alguma forma.

Algo dentro de Hyungwon crescia ao conhecer o passado de Hoseok... Algo forte. 


Notas Finais


Mereço uma morte mais rápida depois desse capítulo? Espero que sim...







Hello... Beta aqui :3
Bom, o capítulo está betado, porém, se deixei algum erro passar despercebido, me perdoem!


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