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História Wonderful Love - Capítulo 36


Escrita por: lucenagabriel e matheus153854

Notas do Autor


Fala aí gente, tudo beleza? Aqui é o Gabriel e desculpem termos desaparecido, mas decidimos tirar umas férias das fics pra relaxarmos a cabeça pois assim voltaremos com tudo e espero que gostem do capitulo, boa leitura!

Capítulo 36 - Capítulo 36


Marcelina narrando...

Após algum tempo, depois que eu e Mário havíamos nos abraçado, decidimos que era hora de almoçar, então saímos do quarto e fomos pra cozinha.

— Quer ajuda em alguma coisa? - perguntei o olhando.

— Quero, aqui embaixo da pia, tem uma compoteira, pega os temperos que estão aí pra mim. - pediu ele e eu assenti.

Quando terminei de entregar, fui arrumar a mesa. Era bem grande por sinal, mas não tinha cadeiras necessárias, então eu tive que pegar mais outras para que Luana e Cirilo pudessem sentar. Ao terminar de arrumar a mesa, cheguei na sala e anunciei:

— Gente, o almoço está pronto!

— Estamos indo. - disse Paulo, se levantando.

— Vamos. - disse Cirilo para Luana, se levantando também.

Logo, todos se levantaram e Mário serviu o almoço para todos. Assim que todos estavam sentados e servidos, começamos a comer.

— Hm, tá deliciosa a comida hein Mário? - elogiou Alícia.

— Obrigado Alícia, fiquei um tempo sem cozinhar, mas não perdi a habilidade. - brincou Mário e todos, até eu, rimos.

Enquanto eu comia, não parei de pensar em Aninha, ela com certeza já tinha feito o teste, pelo tempo que passou, mas ela nem teve tempo de me avisar, será que tinha dado positivo? Terei que perguntar pra ela discretamente após o almoço. Ficamos trocando algumas ideias, contando piadas e conversando durante o almoço.

— Caramba, foi demais, ele caiu de bunda no chão e depois ficou fazendo drama. - gargalhou Paulo.

— É, o Quico gritou pela mãe, mas o Chaves que tinha deixado a casca de banana no pátio e quem pagou o pato foi o Seu Madruga. - riu Mário.

— Como sempre né? - brincou Cirilo.

Quando finalmente terminamos de comer, todos saíram da cozinha, menos Mário e eu.

— Quer ajuda com os pratos? - perguntei ficando do lado dele.

— Quero sim amor, obrigado. - sorriu ele e eu sorri de volta.

Enquanto lavava, respirei fundo e o encarei.

— Mário, eu tenho um plano para investigar sobre o meu parentesco com a Aninha. - comecei.

— Sério? E qual vai ser?

— Assim que chegamos, enquanto você colocava as coisas aqui, fui com ela pro quarto e ela foi fazer o teste de gravidez. Como ela com certeza já acabou de fazer, vou perguntar pra ela sobre o resultado e depois vou contar para ela sobre o que o homem nos disse na farmácia e explicar minhas teorias pra ela. Quem sabe ela também lembre de algo daquela garota que desapareceu e tal? 

— Pode ser que sim, é um bom plano. Se quiser ir agora, pode ir que eu termino.

— Tá bom, até depois. - falei dando um beijo em sua bochecha e saindo dali.

Caminhei até o quarto de Aninha, mas ela não estava lá. Estranhei e fui até o banheiro, mas ela também não estava, passei pela sala e Luana e Alícia conversavam animadamente, tanto que nem notaram minha presença ali, mas também eu passei fora do campo de visão delas. Quando cheguei na varanda, encontrei Aninha sentada no alpendre, ela parecia meio atordoada com tudo aquilo ainda, o que era completamente normal para uma garota da idade dela. Vi que Gustavo, Paulo e Cirilo estavam jogando bola à uma certa distância dali e aproveitei para me sentar ao lado dela.

— Oi amiga. - falei a olhando.

— Oi. - ela respondeu sem me olhar.

— Já fez o teste?

— Sim. - suspirou, me deixando preocupada.

— E o que deu?

— Negativo. Não estou grávida.

Sorri e respirei aliviada.

— Que bom amiga, isso é um alívio para nós, mas por quê está com essa cara?

— É que o Gustavo ainda não sabe, porque eu não contei pra ele que fiz o teste nem que deu negativo. Será que ele vai ficar triste se eu disser que deu negativo? E será que ele, por não saber que não estou grávida, se arrepende de ter feito aquilo? 

— Calma amiga, você sabe que ele ficou com tanto medo quanto você, então se você disser que não está grávida, ele vai ficar chateado sim, porque quer ter filhos, mas também vai ficar aliviado porque ele também é muito novo pra isso. 

— Tem certeza? - ela me olhou por fim.

— Claro, Mário e eu conhecemos ele muito bem assim como eu te conheço, então não tem porquê ele ficar com chateado, arrependido e te deixar por causa disso. - sorri a olhando.

— Obrigada pelo apoio. - sorriu me abraçando.

— Que isso, conte comigo sempre amiga.

— Amiga como irmã. 

Rimos, mas logo lembrei do assunto e fiquei séria.

— Amiga, lembra que eu falei que estava desconfiada de sermos irmãs por causa daquilo que aquele homem disse na farmácia? - perguntei a olhando.

— Lembro, eu também pensei muito nisso. - respondeu me olhando.

— Então, você pode achar loucura, mas eu acho que o que ele disse pode ser verdade. 

— Eu também acho.

Fiquei surpresa.

— Por quê? - a olhei confusa.

— Porque depois que fiz o teste voltando pro quarto, lembrei que uma vez a minha mãe falando no telefone com algum desconhecido dizendo que o meu pai não podia descobrir que ela havia roubado uma garota da maternidade, porque era estéril e o meu pai queria muito ter filhos. Essa menina sem dúvida era eu. Por isso que eu não te contei do resultado do teste antes do almoço. - revelou e fiquei chocada.

— E por quê você nunca me disse? 

— Porque eu não lembrava mais, eu era bem pequena, devia ter uns dez anos. Além de que, isso pode ser uma coisa meio falsa, porque não achamos prova nenhuma. 

Pensei por algum tempo, até que tive uma ideia.

— Vem comigo. - falei segurando sua mão e a levando pra dentro da casa. Ela nada disse, apenas me deixou conduzi-la.

Entrei no meu quarto, peguei meu celular na cabeceira da cama e liguei pra minha mãe colocando no viva-voz. 

— Oi filha. - ela disse ao atender.

— Oi mãe, tudo bem? - comecei.

— Tudo sim. E com você? Se divertindo?

— Como nunca antes mãe.

—E o Paulo? Está bem?

— Está sim mãe. Mas estou ligando pra saber uma coisa.

— Pode me perguntar filha.

— É que a mãe do Mário estava contando como foi a gravidez dela antes de desaparecer, aí fiquei curiosa: como foi a sua gravidez?

— Bom filha, eu desde o começo da gravidez, estava feliz por ter duas crianças, aí descobri que estava grávida de gêmeas, iria ter duas meninas, mas uma delas morreu após nascer. Aí, fiquei cuidando só de você filha. Fiquei bem triste, porque bem, é triste perder uma filha, ainda mais depois de recém-nascida, mas hoje eu levo você no meu coração sabia? - sorriu ela e pude ouvi-la fungar o nariz.

— Tudo bem mãe. Olha, vou desligar agora, porque a senhora precisa se recompor. Além de que estão me chamando pra ajudar num negócio aqui tá? - falei suspirando.

— Tá filha, divirta-se tá? E cuida do seu irmão. - pediu.

— Cuido sim. Beijo, tchau.

Desliguei e olhei Aninha com satisfação.

— Viu amiga? Será que essa menina que "morreu", era você? 

— Não sei, acho que precisamos ligar para os meus pais pra saber disso. - falou ela e eu assenti. Nós então, pegamos o celular dela e ela ligou pra mãe.

— Oi mãe. - começou ela - Sim, está tudo bem. É que eu estava aqui, conversando com a mãe do Gustavo e ela contou sobre como foi a gravidez antes de desaparecer, aí eu fiquei curiosa pra saber como foi a sua. - ela disse e depois eu fiz sinal pra ela colocar no viva-voz - Se não quiser contar, não tem problema, mas eu queria muito saber.

— Olha filha, foi até bom você ter tocado nesse assunto, porque não aguento mais esconder e queria muito que você soubesse, mas vê se não conta para ninguém tá? - pediu ela.

— Tudo bem mãe, pode me contar. - garantiu ela e eu fiquei quieta.

— Na época que você nasceu, seu pai e eu estávamos brigando muito, estávamos passando uma crise no casamento. Então, eu tive a ideia de fingir estar grávida para salvar o nosso casamento. Só que eu sou estéril. Sempre fui, desde muito nova, por isso que tive que pagar um enfermeiro para roubar você da minha amiga Lillian, sem que ela soubesse, para que não fizesse nenhum confusão comigo, pois eu tenho um carinho enorme por ela, somos amigas desde a infância. E bem, salvou o meu casamento, porém depois eu me arrependi amargamente. Não é por te odiar tá? É porque ao ver o carisma que você tem, a quantidade de amigos que você fez, o mimo e o carinho que seu pai tem por você, me fizeram ver que eu realmente fiz uma coisa errada. e só não fiz nada pois seria tarde demais, já tinha feito aquilo. Me desculpe, mas eu fiz isso por amor ao seu pai, espero que não me odeie. - ela chorava ao telefone assim como Aninha.

— Eu... eu preciso de um tempo para absorver isso, mas saiba que não importa o que tenha acontecido no passado, a senhora sempre foi minha mãe, cuidou de mim com carinho, me criou com tudo de bom, eu devo muito à você mãe. Agora eu vou desligar tá? - soluçou.

— Tá filha, beijos, cuidado. 

Então ela desligou e eu abracei ela forte, foi realmente um grande choque pra ela saber dessa notícia. Com certeza, ela imaginava que o motivo da troca fora outro, talvez uma confusão com os bebês, ou uma troca de nomes dos bebês que levou à confusão, mas isso não.

— Bom, mas depois dessa revelação sua, acho que não precisamos de provas. - sussurrei enquanto a abraçava.

— Também acho, ela estava falando de mim, afinal, sou a única filha dela. - sussurrou ela mais calma. 

— Então era por isso que sua mãe sempre fica meio intrigada quando te vê comigo ou com minha mãe. E essa ligação tão forte que vocês têm. - respondi sorrindo.

— Faz sentido. - sorriu - Somos irmãs Marcelina!

— Somos. - falei abraçando ela - Estou tão feliz, desde pequena sempre quis ter uma irmã.

— E você tem, tentaram nos separar, mas o destino sempre nos uniu mesmo assim. - sorriu ela derramando lágrimas.

— Sim mana, nós nascemos para ficarmos unidas até em famílias diferentes. - eu também chorava sorrindo.

Esse, definitivamente, é até hoje, o melhor dia da minha vida. Nunca imaginei que nossa semelhança significasse algum parentesco. Tantas pessoas por aí no mundo que se parece muito e não são irmãos, mas no nosso caso, éramos irmãs, não só de consideração, mas de sangue. Não podia ter acontecido coisa melhor, quero só ver como o Mário e o Gustavo vão reagir quando dermos essa notícia.


Notas Finais


É isso gente, até o próximo.


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