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História Wonderland (Dramione) - Capítulo 13


Escrita por: IaniD

Notas do Autor


Reta final. Penúltimo dia de postagem.

Capítulo 13 - Capítulo 13


Fanfic / Fanfiction Wonderland (Dramione) - Capítulo 13

Draco estava calado e rígido. Apesar de ter os braços em volta de Hermione e acariciar seu cabelo, não dissera uma palavra desde que o sexo terminara.

— Diga alguma coisa. – Hermione pediu.

— A gente não devia ter feito isso.

A bruxa se enrolou nos lençóis e se virou para ele.

— De novo isso? – ela perguntou cansada. – Por que não, Draco?

— Isso vai terminar mal. Eu não quero se machuque.

— Então não me machuque.

— Não é tão simples. – ele se sentou na cama de frente a ela. - O que acontece agora? Na melhor das hipóteses a gente começa um relacionamento. E depois? Como vai ser quando voltarmos ao mundo bruxo? O que as pessoas vão dizer? Meu pai vai me tirar do testamento, vão falar que estou com você por interesse...

— É esse o problema? – ela interrompeu, um começo de raiva em sua voz. -  Seu dinheiro e seu ego?

— Não! Claro que não! Isso afeta você também. Do que acha que vão te chamar quando descobrirem que está com um Comensal da Morte? Potter e Weasley não vão ficar muito felizes com a notícia, aposto. Nem ninguém que você conheça. – Hermione apenas lhe lançou um olhar triste. – É fácil ficar junto aqui, Granger. Mas a gente vai ter que voltar pro mundo mágico um dia.

O silencio de Hermione fez o coração de Draco encolher.

Sim, ele queria que ela enxergasse em que estavam se metendo, mas no fundo ele esperava que ela o enfrentasse e dissesse que não se importava.

Teve medo que ela visse razão em suas palavras, que percebesse que o que estavam fazendo era uma loucura e que deviam parar por ali. Pensar em perde-la fez com que um vazio imenso o preenchesse. Não queria voltar a ficar sozinho. Não queria mais se sentir culpado e ter pesadelo todas as noites.

Agora que ele vira como podia ser bom viver sem julgamentos e expectativas, não queria mais voltar para a aflição de antes. E Granger ainda não dissera nenhuma maldita palavra. É isso que se ganha quando se deixa alguém de aproximar. Decepção e um coração partido. Salazar devia estar rindo dele.

— Eu quero tomar banho, você quer ir primeiro? – ele perguntou seco.

— Não, pode ir. – ela encarava os joelhos com grande interesse.

Dentro do banheiro, Draco ligou o chuveiro na temperatura mais quente que sua pele conseguiu aguentar. Talvez a água quente ajudasse a derreter a mão gelada que apertava seu coração. Se enfiou lá dentro se sentindo um idiota.

Não devia ter baixado a guarda. Não devia tê-la deixado chegar tão perto.

Então a porta do banheiro foi aberta e uma Hermione nua apareceu em seu campo de visão. Ela correu até ele e ficou nas pontas dos pés sussurrando em seu ouvido.

— Eu enfrento eles se você enfrentar.

Draco soltou a respiração que nem sabia que estava segurando. O alivio percorreu cada célula de seu corpo e não havia boca o suficiente para beija-la. Ele não a perdera. Seu desejo aumentou mais quando viu que Hermione o queria tanto quanto ele. As mãos dela o buscavam e apertavam enquanto seus beijos afastavam as trevas de Draco.

 

***

 

Os bruxos almoçaram antes de continuar a viagem. Hermione dirigia enquanto Draco escrevia ao seu lado.

— Vai me contar o que está escrevendo?

— Curiosidade não é algo muito atraente, Granger. – ele respondeu com um meio sorriso.

— Me diz. – ela insistiu.

— Estou escrevendo para o Medibruxo da minha família, o Dr. Burke. Ele deve saber como ajudar seus pais.

— Oh Draco, é muita gentileza sua, mas já levei meus pais no St. Mungos, e eles não conseguiram...

— O quem os atendeu? O idiota do Hipocrates Smethwyck? Uma vez ele quis me internar por Scrofungulus, sendo que eu só tive uma reação alérgica a Erva Cinza. Não, o Dr. Burke é o melhor. Ele vai saber o que fazer.

Hermione sorriu para ele.

— Obrigada, Draco. De verdade.

O sonserino lhe deu uma piscadinha, que quase fez Hermione bater o carro, e voltou à sua carta. O fato dele se preocupar com os problemas de outras pessoas era a prova que o menino egocêntrico que ela conheceu na escola não existia mais. Por Godric, ele estava ali para ajudar Oliver para começo de conversa. Hermione se sentiu tão orgulhosa dele que teve que se controlar para não parar no acostamento e começar a beija-lo de novo.

Eram quase quatro da tarde quando chegaram a Campbeltown e Draco procurou na internet um hotel em que pudessem ficar.

Hermione havia descoberto o nome da filha de Oliver no site de uma escola. Ela estava listada como uma das professoras de filosofia do lugar, então depois de fazer o check in no hotel, eles foram diretamente para lá.

A mulher jovem que mascava chiclete, falando ao telefone com um headset pediu que eles esperassem. Aquela não parecia ser uma ligação de trabalho para Hermione, já que a menina ria e ficava constantemente perguntando “o que houve depois?”, mas a bruxa apenas se concentrou na mão de Draco na sua. Ele mexia no celular e parecia distraído.

— Posso ajudar? - ela perguntou com má vontade como se eles tivessem interrompido algo muito importante.

— Sim. – Hermione respondeu. – Estamos procurando a professora Kimberly Gordon.

— Ela não trabalha mais aqui.

— O que? – Draco baixou o celular.

— Como assim? – Hermione perguntou alarmada. – Eu verifiquei o seu site, o nome dela...

— A última atualização daquele site foi há dois anos atrás. Ninguém vê aquilo.

— Bem, eu vi. Precisamos mesmo falar com ela. - começou Hermione - Será que pode nos passar algum contato?

— É contra a política da empresa, sinto muito. – ela respondeu em um tom que dizia que não sentia nada.

­— Escuta aqui, – Draco se intrometeu na conversa. – ... nós viemos de Oxford só pra falar com ela.

— E isso é problema meu porque...?

— Ora, sua...

— Hey, Draco, chega. – Hermione interrompeu o puxando para fora enquanto alguns insultos eram trocados.

— Você podia ter usado magia. – ele acusou quando alcançaram a calçada.

— Eu ia usar o que? A maldição Imperius? – Draco não respondeu. – Não quero ser mandada para Azkaban, muito obrigada.

— Pensei que tivesse certeza da localização de Kimberley.

— Eu tinha certeza, ela realmente trabalhou aqui. Só não liguei para confirmar porque não quis alerta-la sobre nossa visita. Ela podia tomar precauções e fugir da gente.

— Acha que ela ainda está assim tão brava com Oliver? Foi há tantos anos...

— Bem, ela não o procurou depois que ele saiu da cadeia, não é?

— E agora? O que a gente faz?

— Eu tenho uma ideia. – ela disse com um meio sorriso.

 

***

 

Os bruxos ficaram no estacionamento esperando pelos funcionários. Quando avistaram um, fingiram ser antigos alunos de Kimberley que vieram fazer uma visita a adorada professora. Foram informados sobre a nova escola onde Kim trabalhava e se dirigiram até lá, mas chegaram tarde, a escola já estava fechada.

— Ótimo! – Hermione resmungou vendo o porteiro trancar o portão da escola. – Acho que nossa busca acabou por hoje.

— Hermione... – Draco começou inseguro. -  A gente... não devia passar mais uma noite enfurnado num hotel. A gente podia... sair... como... num encontro.

— Está me chamando pra sair? – um sorriso preencheu o rosto de Hermione.

— Nós já saímos antes, Granger.

— Mas não num encontro oficial.

— Me parece o caminho lógico a se tomar, já que... bem...

— Wow, esse foi o pior convite de encontro da história! – Hermione se segurava para não rir.

— Ah, com certeza não foi o pior. – Draco se defendeu - Não deve ter sido pior do que o de Weasley.

— Na verdade, depois que a guerra acabou Rony e eu tivemos um encontro bem bonito.

— É mesmo? – ele a contemplou pensativo - Hm... então nesse caso, prepare-se para a melhor noite da sua vida, porque eu não vou perder para um Weasley.

— Draco, eu não trouxe nenhuma roupa para uma ocasião dessas.

— Sério, Granger? Tem uma barraca na sua bolsa magica, mas não tem nenhum vestido social? – Hermione deu de ombros. – Dá se um jeito. – ele sussurrou se aproximando dela e pegando seu rosto entre as mãos para lhe dar um beijo.

Draco os levara para uma loja para que ambos comprassem roupas adequadas. Quando voltaram ao hotel o bruxo foi tomar banho primeiro, se trocando apenas depois que Hermione entrou no banheiro. Ambos concordaram que uma surpresa deixaria as coisas mais interessantes. Então depois de vestir sua calça social, camisa e blazer pretos ele se dirigiu ao lobby do hotel, pesquisando na internet e conversando com os funcionários enquanto planejava a noite.

Draco decidiu abandonar toda racionalidade no momento em que Hermione dissera que enfrentaria o que fosse para ficar com ele. Sim, ele ainda achava que era loucura que iniciassem um relacionamento, mas era uma loucura ainda maior ignora-lo. A garota o ajudara a preencher um buraco que ele nem imaginava que fosse tão fundo.

As portas do elevador se abriram à sua frente e uma Hermione com um vestido branco e justo apareceu em seu campo de visão. Um de seus ombros estava de fora e ele teve que se controlar para não empurra-la para dentro do elevador e de volta para o quarto. Se pôs em pé observado cada passo que ela dava em sua direção naqueles saltos. Ela sorriu para ele ao se aproximar, e ele sorriu de volta. Jamais entenderia porque Hermione decidiu dar uma chance a ele.

Como é que conseguiu uma garota dessas, Draco?

— Você está linda. – a frase mais previsível que ele poderia ter dito transbordou de sua boca antes que pudesse evitar. Mas não podia fazer nada. Era verdade.

— Você também. – ela não pareceu se importar.

Ele lhe ofereceu o braço e os conduziu até o carro.

Não era o melhor restaurante que Malfoy já foi na vida, mas não era ruim. Hermione pareceu impressionada e o ego de Draco se inflou um pouco. Apostava que Weasley nunca a tinha trazido a um lugar assim. Nesse quesito estava seguro de estar ganhando. Sabia que era infantil pensar essas coisas, e ele nunca as diria em voz alta, pois sabia que Hermione ficaria ofendida se desdenhasse de seus amigos idiotas, mas queria ganhar de Weasley, Krum, ou qualquer cara que Granger já tivesse namorado.

O maitre os conduziu até uma mesa com seu forte sotaque escocês. Draco pagou a mais por uma mesa um pouco mais afastava das outras, na sacada, que tinha uma vista magnifica. A luz ali era mais baixa, o que dava mais contraste às velas e aos pisca-piscas que decoravam a parede.

Ok, talvez essa demonstração toda não fosse apenas para Granger. Esse também era o primeiro encontro oficial de Draco. Claro que ele tivera outras namoradas antes, mas era muito novo para leva-las em encontros. Queria provar para si mesmo que era a pessoa boa que Hermione e Oliver achavam que ele fosse. Queria que o esforço de ambos em lutar por ele fosse recompensado, pois estava ciente que não merecia o crédito que eles lhe davam. Encontraria a filha de Oliver, os reconciliariam, e seria o melhor namorado que Granger já teve.

A conversa era agradável e fluía sem que nenhum dos dois fizesse esforço. E a comida era deliciosa. E devia ser mesmo, pelo valor que estavam cobrando. Draco nunca pensava no quanto gastava antes, mas agora que só lhe davam uma certa quantia por mês, e ele tinha que racionalizar, estava dando mais valor a cada centavo. Ficou grato pelos meses em que não fazia nada além de jogar vídeo game com Hunter. Isso lhe proporcionou guardar mais da metade do dinheiro que recebia para gastar em momentos como esse.

Dançaram e depois pediram a sobremesa que Granger escolheu. O sonserino não sabia o que era, mas tinha bastante chocolate, o que, segundo Hermione, era a única parte que realmente importava.

 

***

 

Quando voltaram para o hotel, não subiram para o quarto. Ao invés disso, ficaram deitados em uma das espreguiçadeiras da piscina olhando as estrelas.

— Tenho uma surpresa pra você. – Draco sussurrou em seu ouvido.

— Oh, Draco. Não devia ter...

— Relaxa. – ele riu. – Não é nenhum presente caro, nem nada. É só... algo bem simples e... bobo, na verdade.

— Adoro coisas simples e bobas. – Hermione respondeu com um sorriso.

Draco alcançou o bolso do blazer que emprestou para ela vestir e tirou um pedaço de papel de dentro. Hermione o encarava com curiosidade enquanto desdobrava o papel delicadamente. O que viu foi seu próprio rosto a encarando de volta, em forma de desenho.

Ele estava errado, não era algo simples nem bobo. Era lindo. Era o melhor presente que ele poderia ter dado. Draco teve que memorizar cada traço seu, seu pensamento teve que se focar nela, e só nela, para que pudesse reproduzir seu rosto com tamanha perfeição. Percebeu naquele momento que Draco gostava dela. Gostava dela de verdade, e quando o encarou de volta não conseguiu expressar em palavras sua gratidão por um presente tão lindo, mas ela esperava que seus beijos conseguissem falar melhor que ela.

Ele não tinha mais dúvidas, não a afastava mais, pelo contrário ele a buscava. Ele vencera seu preconceito. Vencera a si mesmo. Hermione estava tão orgulhosa dele.

— Caramba, Granger. A gente devia ter ido direto pro quarto se vai me beijar assim.

— Você quer namorar comigo? – as palavras saíram antes que Hermione se desse conta. Draco riu.

— Era pra eu ter feito essa pergunta, Granger.

— Awww, eu feri o seu ego masculino? – ela perguntou com um beicinho.

— Pelo contrário. – ele se sentou e a envolveu pela cintura. – Sou totalmente a favor dessa história de Girl Power. Esse lance de donzela frágil sempre me entediou.

Ela sorriu e o beijou de leve nos lábios.

— Você ainda não respondeu a minha pergunta. – ela o lembrou.

— Vamos para o quarto, Granger. – ele sussurrou lhe dando um beijo. - Vou responder sua pergunta lá.


Notas Finais


Vamos aproveitar para fazer uma mendigagem básica, rs. Meu twitter é @iani_duarte, me segue lá pra gente bater um papo.


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