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História Wonderland e logo ali. - Descobertas


Escrita por: anitaviana

Notas do Autor


oi oi gente!
eu sei que demorei mais espero que me perdoem, amo vocês!!
fiz o melhor que pude!!

boa leitura

Capítulo 19 - Descobertas


Fanfic / Fanfiction Wonderland e logo ali. - Descobertas

- já pensou em algo do tipo? - sua voz foi calma. me joguei sobre a cama olhando o teto do quarto do ruivo.

- eu não sei...acho que sim.  mais gostaria de uma prova..- fechei os olhos. - e você, acredita em algo superior? - olhei tarrant que se mantinha de costas tentando por chá em sua xícara.

- eu...HÁ...! - gritou se afastando fazendo as correntes balançarem. - DROGA ! -

Levantei me aproximando do ruivo, sua xícara estava no chão, quebrada em mil pedaços. em seu rosto havia fúria, mas não tive medo, mesmo assim o toquei no braço o levando de volta para a poltrona. ele respirava fundo tentando manter a calma, na aquela altura tudo absolutamente tudo ao redor do ruivo o deixava nervoso.

juntei os pedaços da porcelana amarela no chão, tomando um máximo de cuidados para não me cortar. tarrant me olhava seriamente enquanto eu estava de joelhos no chão, seu olhar era era duro comigo. como se de alguma forma eu fosse a culpada. o ignorei completamente dando atenção somente aos cacos de porcelana sobre o tapete flórido e escuro.

- eu odeio essas correntes. - ele erguia um dos pés. havia correntes nos dois. já faziam 3 dias que seus pés estavam acorrentados, talvez para lembrar o ruivo pelo que fez.

um dos muitos presentinhos deixados pela tia de stefan, que também convenceu mirana a me 'castigar'.

apenas 1 hora livre, e o restante do dia presa no quarto. o que era ridículo, já tinha quase 18 anos, ninguém poderia me dizer o que eu tinha ou não de fazer...

chapeleiro tentou por toda a culpa para si próprio, mais não ia permitir que ele fosse punido sozinho por uma coisa que eu comecei.

suspirei olhando o tapete meio molhado - só mais alguns dias... e tudo isso vai acabar. - logo após me Levantei indo em direção ao banheiro jogar os cacos na lixeira. - e se não acabar! - gritei do banheiro. - agente tira umas férias desse castelo..  - voltei para o quarto.

- férias? - me olhou sugestivo.

me aproximei da poltrona em que ele estava sentado. - é... férias. tipo praia, sol, lugares incríveis aonde a sua única obrigação e se divertir e relaxar. - sorri lembrando de casa.

o ruivo sorria olhando para os pés.

- onde iria? -  ele olhava para mim em expectativa.

sentei na cama pensando. - eu não sei...hum...quem sabe paris, londres... ou quem sabe china! - sorri pensando nas possibilidades. - mas aqui deve ter lugares muito incríveis, você deve conhecer todos né? mas me diga você, já que  conhece tudo aqui, poderia me levar em algum lugar? -  olhei o teto deitada com as pernas fora da cama.

o louco deitou-se ao meu lado, ambos olhavam para o teto. ele  parecia pensativo como eu, mais ainda mantinha um pequeno sorriso nos lábios.

ele cruzou os dedos sobre o peito - já esteve em um sonho? um sonho em que você pudesse controlar tudo o que faz? - olhei ao redor.

- eu acho que já estou em um...-gemi baixinho. 

- eu gostaria que conhecesse minha família. - virei o rosto surpresa e o ruivo também me encarou.

apenas alguns centímetros separavam nossos rostos, apenas alguns poucos e mizeros sentimentos.

podia sentir sua respiração quente bater em meu rosto, ele estava tão sério. eu não fazia a menor ideia de como meu rosto poderia estar, mas de uma coisa eu tinha plena consciência. estava vermelha, pois minhas bochechas queimavam e borboletas dançavam em minha barriga.

por um  segundo senti o chão me faltar.

- sua f-família? - ri.

- gostaria de conhece-los? - franzi o cenho.

- mais... eles estão... você sabe. - inclinei a cabeça. -

o ruivo riu cruzando os dedos sobre o peito. parecia totalmente relaxado e divertido. o que foi muito estranho pois sempre que tocava em sua família ele mostrava seu lado agressivo ou perdido entre lembranças. mais não dessa vez, não comigo.

- você pode conhecer eles. - olhou para mim. - se quiser..- sorriu.

- mais isso e impossível...

me sentei com os pés sobre a colcha macia. havia alguns retalhos e milhares de agulhas e remendos espalhados sobre uma mesa ao lado da cama do louco. juntamente com cinco bules de chá espalhados pelo cômodo.

- só se você acreditar que é.- sorriu, revelando um pequeno espaço entre os dentes da frente.

tarrant era realmente um homem muito exótico, carinhoso, cuidadoso...- suspirei o olhando sorrir. - era uma pena ele ser mais velho e ser fruto da minha imaginação... 

...de onde você tirou isso? e claro que ele e mais velho que você!!! pra falar a verdade... O que isso te interessa em?! por que louco nos não somos, pra tá sonhando acordada com alguém que nem existe!...

revirei os olhos.

...cala a boca consciência!  você só está atrapalhando...

oi? Está me ouvindo? -  sentou me olhando.

Pisquei e logo em seguida tirei a cara de imbecil que estava fazendo.- f-fico nervosa quando um garoto me pede para conhecer os pais dele.- o cutuquei com um dos cotovelos.

- posso leva-lá ainda está noite. mas precisamos de poções dos sonhos. - Pisquei.

- desculpa... Eu não entendi,  você disse oque?! Porção  dos sonhos?... ah...Não, desculpa. Eu to bem o jeito que estou... Já me bastaram as glacias que eu comi outro dia. eu estou fora.- espalmei as mãos como quem se rende.

- não são como as glacias.  Bom... Mais ou menos, porém essa opção só vai fazer você dormir e poderá controlar o sonho. Compreende? - me fitou com aqueles olhos verdes que me travam o ar.

Suspirei derrotada - okay..e onde nos pegamos isso? - tirei a cartola de sua cabeça.

ele se assustou com o movimento e passou a encarar o seu precioso pertence em minha cabeça.- q-quer mesmo fazer isso? quer se arriscar por um louco? ou está apenas atrás de encrenca? - seu tom era divertido. Ainda olhava para mim com atenção.

Levantei da cama e apertei os cadarços do tenis, dobrei a blusa até metade do braço e soltei o cabelo ajustando bem a cartola na cabeça, ergui os braços.

o ruivo me olhava sem expressão alguma. - o que? -

ergui os braços novamente.mostrando minhas mudanças.

ele tremeu a cabeça ainda em dúvida. - não compreendo.-

- olha a minha roupa!. - ele continuava com dúvidas no olhar. - eu to pronta pra aventura!.- abri novamente os braços.

- você e doida!. - sorriu levantando da cama.

- há... obrigado - sorri. - mas você já disse isso...- me aproximei. - então qual o plano? -

o ruivo ria. - você já teve sua 1 hora do dia livre? - o olhei.

- já, na verdade ainda faltam..- olhei o relógio do celular no bolso. - 19 minutos para acabar. - guardei no bolso de volta. - porque?-

olhou para os lados - não temos muito tempo... tudo bem. - ele se levantou. - você só precisa descer as escadas e ir na cozinha do castelo. - ouvi atentamente. - na terceira prateleira da esquerda para a direita você vera uma porção de tubos com líquidos coloridos dentro deles, tudo o que você precisa e pegar dois tubos com um líquido azul claro, e voltar sem que ninguém a veja. - o olhei medrosa.

- mais na cozinha tem sempre algum trabalhador, e se me pegarem ? - Limpei o suor das mãos na calça jeans. - isso e muito arriscado, por que você não me acompanha? - ele negou.

mostrou as correntes - essas correntes fariam muito barulho...e-eu com certeza seria pego. mas você e pequena e rápida, sei que ninguém a pagaria, e muito esperta.- tocou em meu nariz.

encarei a porta por alguns segundos - tá... - respirei fundo. - e-eu vou.- andei até a porta olhando o louco rapidamente. - me deseje sorte.- cruzei os dedos, saindo pela porta.

[...]

a descida pela escada foi bem tranquila, considerando que não havia ninguém no salão e nem nos corredores. porém um grande zumbido de vozes podia se ouvir de uma sala próxima a biblioteca. vinha da sala do trono.

passei pela porta da cozinha que se encontrava vazia e completamente organizada. olhei atentamente as prateleiras, haviam milhares de tubos com líquidos de todas as cores e misturas de cores.

- terceira prateleira. - parei enfrente a terceira. - da esquerda para direita... ou era da direita pra esquerda?... - segurei um palavrão. - que... merda.. eu não lembro. ah dane-se! - usei a primeira opção na esperança de acertar. - líquido azul escuro...preto...amarelo... verde...azul claro! - agarrei dois tubinhos e pus no bolso do cardigã. por acidente uma das minhas mãos esbarrou em um tubo com líquido vermelho que se quebrou em mil pedaços pelo chão.

- merda...

- de onde veio esse barulho? - a voz de mc twisp podia ser ouvida perto da porta. - lebre de março está aí? -

- que droga..- me joguei debaixo da mesa que por sorte escondia meu corpo com facilidade.

logo seu corpinho branco pulava pela cozinha. me mantiver em silencio respirando lentamente escondida debaixo da mesa. podia ver através da toalha branca que ele se aproximava do líquido caído no chão, as orelhas atentas ao menor dos ruídos.

- umas das poções caiu da prateleira? - ele se aproximou do vidrinho quebrado no chão - estranho... muito estranho...chequem que entrou na cozinha por último, quero o culpado dessa bagunça agora mesmo. - os empregados saíram deixando o coelho olhando para o estragos no chão.

tirei a mão da boca tentando respirar mais tranquilamente. tarrant tinha razão. isso era uma pequena aventura, sentir a adrenalina percorrer meu sangue. mesmo quem pequenas doses, realmente era um máximo.

Balançou a cabeça em negativa - olhei só, todo esse estrago...e ainda mais com a porção de amor..algo que e tão raro. - o coelho dizia em pesar. Passei a dar mais atenção as suas palavras. - onde estão os empregados? - saiu em direção a porta de acesso ao lado de fora do palácio.

Aproveitei a o oportunidade e sai engatinhando pelo chão até a porta da cozinha e subir as escadas. meu sangue passava rapidamente em minhas veias e eu podia sentir isso. ri apoiada do corrimão da longa  escada ainda tomando fôlego com a pequena correria.

- alice? - gelei com os olhos fixos na parede. apertei o cardigã sobre o peito quase  quebrando os vidrinhos com as poções.  mirana carregava em suas mãos a cartola do ruivo. Levei uma suas mãos a cabeça em desespero, mordi os lábios quase me maldiçoando por não ter percebido que o droga do chapel não estava em minha cabeça.

seus movimentos suaves eram graciosos e gentis. Ele hoje usava um longo e bufante  vestido amarelo com pequenas flores bordadas em toda a lateral do busto - oque faz fora do seu quarto? - minhas mãos suavam como nunca.

minha garganta estava seca - e-eu.. fui é... f-fui andar um pouco. já que eu só tenho uma hora por dia..- olhei para a cartola. - mas eu já estou indo para o quarto ...- dei as costas.

- espere. - fechei os olhos.- acha que não sei oque está fazendo?-

put**... isso e muita merda..caramba.. me pegaram...eu sabia que minha vida de criminosa ia acabar cedo.. porque Deus???!!...tchalzinho CIA... FBI...

- e.. oque estou fazendo? - a olhei cínica.

não sabia se minha culpa transparência mais tinha certeza que não havia uma gota de sangue em meu rosto.

- olha ana, sei que minha decisão em te prender no quarto foi algo injusto e sei que tarrant também e inocente...ele só estava defendendo você... mas oque os dois fizeram não podia ficar impune, stefan e príncipe de wonderland... - ela tentava se explicar. -quero que me intenda.- confirmei tentando escapar - mas, você fazer isso. e-eu não sei como reagir..- me preparava para confessar quando mirana voltou a falar - não acredito que está me ignorando... a três dias tento fala com você mas... nossa conversas simplesmente não fluem..- pisquei.

bzzz... bzzz... bzzz...

olhei a tela do celular. Desligado o alarme, já haviam se passado uma hora. sorri.

- eu tenho que ir - olhei a cartola. - me permite? - apontei para o acessório.

- ho..sim, claro. - sorriu me entregando o objeto.- ele deve realmente gostar muito de sua pessoa . - coloquei  de volta na cabeça. - nunca vi ninguém usar a cartola de tarrant sem ele surtar antes. você e alguém de sorte, criança...- se virou indo em direção ao andar de baixo, não me dando chances de questionar o porque.

fiquei parada no esmo local até ouvir a porta da sala do trono ser fechada novamente, logo após fui em direção ao quarto do louco, pesando nas  palavras de mirana. não faziam sentido para mim, tarrant não gostava de mim... não como uma namorada, só como amiga...somente amigos.

Sei que nosso beijo naquela noite ainda rondava meus pensamentos dia sim, dia não. Mas isso não significava nada... Eu sentia coisas estranhas por estar perto dele, mais talvez só estivesse confundindo carinho de amigo com outra coisa... De toda forma, não acreditava nisso.

 Uma cética lembra?

abri a porta ainda pensativa, o ruivo estava parado com o corpo de frente a janela. parecia uma cena de " o gente 007" ou de "orgulho e preconceito. " só que na versão meio bizarra dos contos.

bati a porta o olhando - oh.. você chegou! - andou ao meu encontro. - conseguiu? como foi? você e um gênio! - sorria batendo palmas.

tirei os vidrinhos do bolso - espero que sejam esses...- o olhei em expectativa. 

Seus dedos dançavam no ar - são sim! - sorriu. - espere... - me olhou assustado. - sua hora já acabou! -

Revirei os olhos em protesto. - eu não ligo... já me prenderam no quarto, oque mais podem fazer? - ri.

negou com a cabeça - mesmo assim, e melhor ir. Eu insisto que vá para seu quarto... - me empurrou um tubinho e logo após me encarou segurando um tubo colorido na mão. - espere...você tem certeza que quer conhecer meus pais? - pisquei.

- Eu acho que quero, por qual outro motivo eu tomaria essa coisa que mais parece esmalte que a lady gaga usa?- ele pisou.

- oque?...

ele não ia entender o que eu disse..e claro que não ia. burra...burra...burra.. -quis dizer que quero sim, e-eu não me arrisquei lá embaixo a toa! - apontei.

- tudo bem,  apenas tome metade desse líquido. se quiser adicione chá ou alguma bebida do tipo... Vai suavizar o sabor - ouvi suas palavras com atenção. - depois deite-se na cama, se tudo der certo, você ira dormir em poucos minutos. depois que dormir eu a procurarei, tente não se fixar em nenhuma lembrança sua, tente se lembrar apenas de mim. - concordei . - o resto eu faço. - me soltou uma piscadela.

confirmei  ainda em silencio. o líquido dentro do vidrinho parecia suspeito, mas se tarrant dizia que era seguro então eu podia confiar... eu acho.

sai do quarto ainda olhando o tubo em minhas mãos, os corredores estavam vazios como de costume. não me importei com o silencio,na verdade ele me fazia bem, porque agora mais do que nunca eu apreciava as coisas que antes eram chamadas de 'velho' ou 'coisa de vovó'...algo em mim dizia que tudo ali naquele lugar eu já havia visto em algum lugar...como se fosse um sonho ou algo do tipo. o quadro que havia em meu corredor era a prova disso. uma árvore com galhos cheios de folhas que aos poucos se transformavam em pássaros, não saberia explicar mas havia algo no quadro que mexia comigo.

[...]

me deitei olhando o vidro com o líquido azulado, um certo receio rondava minha mente, mas a curiosidade de perguntar e saber mais sobre esse sonho me fez virar mais da metade em uma xícara de porcelana.

virei tudo de uma só vez, não dando tempo para pensar muito, e como o imaginado o líquido desceu formigando em minha garganta. quis vomitar mas uma grande moleza no corpo me fez deitar.

fechei os olhos sentindo um grande sono e logo a pôs um cheiro de mato e flores invadiu meus sentidos, segure firme o chão antes de abri os olhos, a terra pouco úmida entrou para debaixo de minhas unhas, abri lentamente os olhos até perceber que estava em um campo igual ao de marmoreal, a única diferença era que não havia um céu azulado ou com nuvens coloridas, havia somente a galáxia e todas as constelações. o pontilhado de estrelas me deixou sem  ar, era maravilhoso demais para mim.

Me levantei olhando aquelas constelações majestosas.

- incrível. - olhei ao redor procurando o ruivo. Como não o havia encontrado voltei a olhar a galáxia.

Sorri  - esse tipo de coisa não existe...-  minha voz saiu tão baixa quase como um sussurro.

senti mãos quentes tocarem minha cintura com delicadeza - no meu mundo existe...- o ruivo estava bem atrás de mim. sorri com um pouco de vergonha para ele, que mais parecia relaxado do que animado para a excursão. - você fez isso? - apontou para a galáxia.

dei de ombros- eu não sei...eu fiz? - meus olhos estavam presos ao seus.

- creio que sim. Pois mesmo com toda a minha loucura... Nunca tinha visto algo igual.  Isso por um acaso e algo do mundo dos humanos? -  o vento balança seus cachos ruivo escondida por debaixo da cartola com a faixa rosa desbotada.

Confirmei animada

- eu posso fazer isso? tipo...tipo igual ao filme ' a origem ' em que eu controlo meu sonho e faço tudo oque eu quiser? - o olhei em expectativa.

O ruivo demorou um pouco para responder minha pergunta. Talvez não fosse muito inteligente falar sobre coisas que ele nunca ouviu falar.  Porque apesar de eu sempre fazer perguntas, odiava responde-las.

- s-sonhos são sonhos..poderá fazer oque quiser... se desejar.- com isso sentou no meio do gramado.

percebi que ele havia mudado de roupa assim como eu. No momento não tava mais de calça e sim com um vestido azul que batia abaixo de meus joelhos. Havia uma fita branca na cintura e meus cabelos completamente ondulados - isso e muito real...- toquei em minha roupa - mais, como posso saber oque é real e oque e sonho? - sentei ao seu lado.

- e só você pensar em algo louco, e saberá. - me olhou com aqueles olhos verdes gigantes. - a-algo louco..a-alg-go... Louco..- seu olhar já dava indícios de que ele entrava em devaneios.

-chapeleiro...- me aproxime seu rosto. - não tá na hora de você começar com essas coisas estranhas...- tirei sua cartola da cabeça, colocando sobre a minha. 
ele olhava para os lados de modo estranhos até que me encarou com um sorriso eufórico no rosto.

- ho... Está linda assim...hum.. Eu adorei! - começou a bater palmas.

Retire os olhos rindo - voltando ao assunto.- ri. - sobre pensar coisas loucas, o que por exemplo? - o olhei.

O ruivo fechou os olhos e logo após pétalas de rosas vermelhas caiam do céu. Milhares de milhares, todas vermelhas como sangue.

Uma delas pousou sobre meu colo me fazendo olhar para cima.

- aí minha nossa... ISSO E INCRÍVEL!!! - gritei rodando com os braços abertos. - como você fez isso?! - ele sorria.

- loucura. - tocava em sua cabeça. - e só fechar os olhos e pensar em algo louco...-  fechei os olhos.

Haviam milhares de coisas que eu poderia pensar, como por exemplo, uma porta de saída para o meu mundo, uma águia que me levasse tão alto que pudesse atravessar o espaço e tempo para poder voltar ao dia em que decidi ir atrás daquele bendito coelho. Porem, uma parte do meu cérebro me fez lembrar de um show do one repúblic em que pétalas de rosas caiam do céu, Pensei em minha musica favorita, e ao abrir os olhos a música era ouvida por ambos. As pétalas ainda caiam do céu.

- de onde está vindo isso? - sorriu me olhando, Pisquei. - danadinha..-

- quer dançar? - me ofereci.

- seria um honra. - se levantou e já tentou me por sobre os seus pés como sempre fazíamos  na hora de dançar.

- espera... - o parei.- você me ensinou a dançar do seu jeito... - ri. - só que eu quero dançar como as pessoas dançam no meu mundo. - suas sobrancelhas cobreadas  se ergueram em dúvida.

Pus suas mãos em minha cintura , ele engoliu em seco. Parecia mais nervoso que eu, e saber que ele estava nervoso me deixou um pouco mais confiante. Segurei seu pescoço dando leves passos de um lado para o outro. Não estávamos tão juntos como quando dançamos no coreto, mais ainda sim nossa proximidade era gigante.

- e assim que dançam as pessoas do seu mundo? - olhou para os lados. - não e tão mau quanto pensei..-

- isso tudo e lindo!- olhei o céu que ainda chovia pétalas de rosas.- queria muito que fosse real.-

- eu sou real, você e real, e estamos aqui...pode existir algo mais perfeito? - o olhei.

- existe sim - o olhei -  Wifi e perfeito...  TV acabo e perfeito... e minha vida também  era perfeita! - protestei.- mais mesmo assim eu estou aqui. - dei de ombros. -  e sabe oque mais...é  difícil se manter respirando dentro daquele vestido apertado! - ele ria. - e um inferno!...- gargalhei. - não ri,  eu falo sério...-

o ruivo ria de meus protestos - ah...ana...você foi a melhor coisa que me ocorreu...- sua voz rouca me causou arrepios.

senti que havia mais a ser dito, haviam palavras que nunca tinham sido pronunciadas mas gritavam a cada estante em nossos olhos. mantive o olhar, logo minha respiração pesou dando lugar a fortes suspiros nada discretos. o ruivo pareceu sofrer do mesmo mal que eu. Senti que a cada respiração complicada, meus peito subia e descia fazendo meus seios serem pressionados contra seu peito rijo.

- acho melhor ir... - senti seus dedos me puxando para mais perto. não respirei.

o ruivo tinha suas mãos em meu rosto e cintura, me trazendo lentamente para mais perto dele. me senti grata por isso, mais apavorada por pelo que poderia vir a seguir.

- não vá.- me olhou com seriedade. - temos que conversar, e temos que fazer isso agora. e-eu...tenho que dizer como me sinto. - ele parecia que iria explodir se não falasse o que lhe atormentava.

suas mãos faziam carinho em meu rosto e pescoço. os leves movimentos giratórios em meu pescoço me faziam fechar os olhos involuntariamente.

- n-não temos nada a falar... - minha voz falha, soou como minha sentença.

- Temos sim! E você sabe disso! - abri os olhos. - porque foge de mim? -

- eu não estou fugindo agora,  estou? - levantei uma das sobrancelhas.

- não..., mas nos precisamos conversar...- desceu seus dedos pela lateral do meu rosto, até deixar seu braço cair ao meu lado.

- nunca fugi de nenhum assunto seu... - tremi  - só não acho que sua família va gostar do nosso atraso..- a música e as pétalas de rosas pararam. talvez por causa de minhas ações.

comecei a andar para longe do ruivo, e logo ouvi seus passos vindo atras de mim, senti seus dedos me puxar para perto de si, me prendendo em um abraço, seu nariz respirava o cheiro dos meus cabelos, enquanto seus dedos me giravam fazendo ficar de frente para seu rosto. não havia uma unica parte de mim que queria sair daquele abraço.

nem mesmo uma unica célula!

minha mente dizia para me afastar, mais meu corpo simplesmente não obedecia meus comandos. seu polegar machucado segurava meu rosto enquanto acariciava meu rosto, nos estávamos tão próximos, que mesmo em completo silencio ouvia nitidamente seu coração.

- por que esta fazendo isso? - o olhei. 

se havia uma resposta eu precisava ouvi-la, eu estava em meu direito. mas mesmo não dizendo uma unica palavra, ele me disse tudo. mais teimosa como era, não quis entender. 

- nos deveríamos ir.. - me soltou indo em direção a posta. me fazendo fica parada olhando o nada a minha frente. fechei os olhos tentando descobrir oque se passava em sua mente perturbada.

o segui em silencio.

[...]

andamos em silencio com os nossos pensamentos, nem mesmo uma unica palavra foi dita em todo o trajeto. ele olhava para frente em silencio e eu fazia o mesmo, sempre em silencio, sempre pensativa. ate que ao avistar uma casa com formato de cartola na beirada de um vale, não pude controlar minha língua.

- ta de sacanagem...- o olhei com um meio sorriso. - aquela e sua casa?! não ferra!! -

- alice! - me repreendeu. - tenha modos...

cobri a boca para esconder o riso. o ruivo  revirou os olhos me imitando e riu também. ele não conseguia ficar bravo comigo, e isso era algo peculiar. não sabia se porque eu era a suposta "ALICE" ou por simplesmente sermos...hum...amigos?. sim, com certeza amigos.

havia uma fumaça saindo pela chaminé, e pelo barulho de vozes diria que toda a família cartola esta ali. minhas mão suava, e o ruivo sorria nervoso. ficamos alguns segundos na frente da porta, sem saber oque fazer.

olhei para o louco que olhava fixamente para a porta, o instiguei a bater e ele me olhou seriamente, sorri para o louco. 

- bate..vai dar tudo certo. - segurei sua mão.

ele entrelaçou nossos dedos me fazendo arder em vergonha.

- tudo bem.. vamos lá.

depois de duas batidas uma senhora abriu a porta, ela era tão ruiva quanto. seus olhos foram diretamente em nossas mãos, fazendo seu sorriso desaparecer.

gelei.

 

 


Notas Finais


bom foi isso galera!
agora são 1:20 da manha e eu terminei que escrever agora kk
espero que tenham gostado! comenta!!! e diz oque achou do cap!
bjuuu
se tiver algum erro desculpe ai bjuuu


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