Descemos as escadas rindo e ele parou no meio do ultimo lance dela para me empurrar na parede e me beijar. Ri quando ele me segurou no colo com uma perna de cada lado de sua cintura. Eu também o queria, mas teríamos que tomar mais um banho em seguida. Então desci de seu colo e ele resmungou.
— Não resmungue... Você precisa almoçar.
— Sinceramente estou bem assim. – Ele disse quando chegamos à cozinha e ele sentou no banquinho próximo ao balcão enquanto eu ia pra cozinha.
— Você estava com fome minutos atrás. – Ri.
— Eu estou com fome, mas também estou bem assim. – O olhei rindo e ele gargalhou. – Sabe, eu achei incrível a ideia das frases na escada. – Ele riu me olhando.
— Ficou lindo né? – Ri. – Acho que foi o melhor da casa toda.
— Não. – Ele riu e se levantou indo até a geladeira e a abrindo. – A casa toda foi o melhor. – Ele pegou uma garrafinha de água e a abriu.
Eu tinha comprado várias garrafinhas, sabia que o Harry bebia mais água quando era assim e não “no copo”, talvez por costume de beber água apenas assim nos shows. Ele se sentou pro lado da cozinha do balcão e me olhou.
— Você está muito gostosa nessa roupa. – Ele disse quando o olhei e ele estava com a mão no queixo como quem pensava no assunto. O encarei e ele riu. – Posso ver a poupa da sua bunda, o que está me deixando louco por você.
— Então pare de olhar. – Ri e ele revirou os olhos.
— É impossível. – Ele bebeu a água – Meus olhos estão grudados na sua bunda. – Ele riu e eu me aproximei.
— Não sei o que fazer. – Ele me abraçou com a água em minhas costas quando suas mãos se apoiaram em minha lombar e eu segurei em seu pescoço.
— Podemos sair comer fora se você quiser. – Ele disse sorrindo.
— Não... Eu quero cozinhar. Só não sei o que fazer. Alguma ideia ou preferência do que comer?
— Hum... Tenho sim. Fish and Chips. Você fez apenas uma vez pra gente e eu me lembro de ser ótimo. Aliás, você cozinha MUITO bem qualquer coisa. – Ele sorriu e eu ri.
— Obrigada.
— Estou prevendo até uns quilos a mais aqui! - Ele bateu na barriga e eu ri.
— Não exagera.
— Sempre como demais quando você cozinha.
— Então não coma muito.
— Não consigo. É bom demais. – Ele riu.
— Com ervilhas ou sem?
— Tanto faz. – Ele sorriu e eu me afastei.
— Vou fazer o prato completo.
— Eu te ajudo. – Ele se levantou e me puxou pela cintura pra ele me beijando.
— Eu te amo e obrigada. – Sorri e ele riu.
— Vai ser um prazer. – O beijei e começamos a pegar as coisas.
— E como foram os shows? – Disse abrindo a geladeira enquanto ele lavava as mãos.
— Foram todos muito bons. Você viu os videos que as fãs postaram? – Ele perguntou pegando o pano de prato e enxugando as mãos.
— É claro que vi. – Sorri e ele também.
— O que mais gostei foi o de Mississipi... Foi o mais animado. – Ele disse me olhando.
— Eu vi mesmo sua empolgação toda. – Ri e peguei o peixe e as ervilhas. Ele me olhou com cara de dúvida.
— Onde ficam as panelas? – Ele disse sorrindo.
— Naquela porta ali. – Apontei e ele abriu.
— Ah sim! – Ele pegou as que iríamos utilizar e pegou também alguns potinhos para empanarmos o peixe. Peguei os temperos colocando sobre o balcão e algumas coisas na pia. – Eu estava tão empolgado assim?
— Bastante. – Ri. – Foi o primeiro show depois que você foi pra turnê, né?
— Foi. Acho que é por isso que gostei mais. A saudade ainda não era tão grande. – Ele riu e eu sorri.
— Pode ser.
— Quer que eu limpe o peixe? – Ele disse pegando o saquinho da minha mão.
— Já comprei praticamente limpo. Só aquela água básica e tirar as peles que você não gosta.
— Deixa comigo. – Ele deixou um beijo nos meus lábios e puxou o pacotinho com o peixe.
— Vou cuidar das batatas e das ervilhas então.
— Ok! – Ele sorriu e abriu a água enquanto eu pegava as ervilhas para colocar no vapor. – E como foram seus dias de trabalho?
— Foi muita correria. As edições estão dando cada vez mais trabalho, mas Phill tem me ajudado bastante, além de Dean estar sempre do meu lado é claro.
— Entendi. Phillip tem dado em cima de você?
— Harry, por favor. Ele nunca deu em cima de mim. – Ri e ele me olhou. – Vocês precisam se conhecer pra esse mal estar passar.
— É, talvez. Eu não o conheço de verdade e pode ser por isso que eu tenha um pé atrás com ele.
— Você tem um pé atrás com todo homem que se aproxima de mim.
— Estou trabalhando em melhorar isso. – Ele riu e eu sorri deixando um beijo em seu ombro.
— Obrigada.
— Achei que o Dean participaria dessa loucura. – Ele riu. – Estava esperando a hora de encontrá-lo e começar a rir daquela cara de palhaço dele. – Ele riu.
— Ele até participaria mesmo, mas essa semana a mãe dele passou bem mal e foi complicado. Liberei ele para ir a Espanha vê-la.
— Nossa, mas ela está bem agora?
— Graças a Deus ela melhorou, mas ele achou que ela fosse... Você sabe. – Disse dando de ombros e ele suspirou.
— Sei, claro. E seus pais estão bem?
— Sim. Com saudades da gente, mas estão bem. Falei com a minha mãe ontem mesmo e ela te mandou um beijo e meu pai falou algo sobre você ligar pra ele... Eu não entendi bem. – Ele riu e eu o olhei.
— Que bom. Também estou com saudades do seu pai e dela. Faz tempo que não converso com ele.
— Desde que eles se foram praticamente.
— Na verdade não. – Eu o olhei ele sorriu. – Eu tenho conversado muito com o seu pai. Inclusive no dia que você ficou internada foi pra ele que eu liguei.
— Como assim? Vocês tipo, se falam?
— É, exatamente. Desde que ele se foi nós temos conversados meio que como pai e filho. Tem sido uma relação que tem me feito muito bem e você sabe como gostei de falar com ele. Tivemos uma identidade bem grande.
— É claro que sei. – Sorri. – Fico feliz que vocês tenham seguido dessa forma.
— Tem certeza?
— Sim. Vocês se deram tão bem que eu até fiquei com ciúme agora. – Disse o olhando e ele gargalhou.
— Exagerada. – Ele sorriu e beijou meu ombro que era a parte mais perto dele.
— E faz tempo que você não vê Ann, Rob e Gemma também.
— Ah! Nem começa com isso! Você não vai me convencer a sair de casa hoje. – Ele disse sério e eu ri. – Pode esquecer.
— Não quero convencer você de nada, seu chato. – Ri e ele me acompanhou. – Apenas comentei que você também não os vê a tempo e deveria vê-los. Lembre-se que deveria ver também o Des. – Disse e minha bunda estralou com o tapa que ele me deu e eu cai na risada. Suas mãos foram pra minha barriga e eu o abracei. Ele beijou meu rosto.
— Sei que tenho que ver minha família baby, mas por enquanto tudo que eu quero é curtir você e nossa casa.
— Eu sei disso. Mas você já viaja de novo na terça...
— E você trabalha na segunda. É na segunda que irei ver todo mundo que preciso. – Ele me mordeu e eu ri. – Combinado?
— Ok, combinado. – Ele me beijou no rosto e me soltou. Eu ria.
— Você é tão chata quanto a minha mãe pra isso.
— Não sou chata nada. Só sou igual a ela.
— Chata. – Ele riu e eu gargalhei.
— Faz tempo que você não vê Des também.
— E também faz tempo que ele não se interessa em me ver, não é? – Ele disse já se tornando irredutível com aquele assunto.
— Harry. – Disse tentando amenizar.
— Não quero falar dele, pode ser? Nosso final de semana precisa ser perfeito e não quero estragar falando disso. – Ele suspirou e eu o olhei. Ele estava de costas pra mim e eu vi suas costas brancas marcadas com o vermelho deixado pelos meus arranhões de uma meia hora atrás.
— Ok. – Disse concordando com ele.
— Você poderia ir comigo visitar o Des na segunda né? Ele disse, da última vez que estive lá, que queria ver você e que estava com saudades.
— Sinceramente não vou lá porque quero deixar vocês dois terem um momento pai e filho.
— Eu sei que você quer isso, apesar de nunca ser assim.
— Como não é assim Hazz? Toda vez que você vai lá vocês não conversam? Não falam sobre futebol e mulher?
— Quando você vai entender que minha relação com Des não é dessa forma? – Ele disse com um riso amargo.
— Mas deveria ser baby. Pelo menos, ele gostaria que fosse.
— Não tenha tanta certeza que ele gostaria disso assim.
— Harry, não seja tão duro. Que pai não quer ter uma boa relação com o filho? Ainda mais esse filho sendo o único filho homem?
— Des escolheu o caminho dele quando deixou a gente, ele não pode reclamar. Ele mesmo escolheu o que tem hoje.
— Não estou falando sobre as escolhas Harry.
— Eu disse que não queria discutir esse assunto. – Senti suas mãos me abraçarem e suspirei me apoiando em seu corpo. – Então porque ainda estamos falando disso?
— Desculpe. – Disse depois de deixar um beijo em seus lábios.
— Tudo bem. Só não vamos mais falar disso ok? Acho que ainda não estou preparado. – Ele disse sério.
— Tudo bem. – Disse sorrindo.
— Você vai comigo então? Ele disse que desde que “noivamos” você não foi mais lá! Na verdade, desde quando começamos a namorar.
— Claro, se quiser ir depois que eu sair da revista.
— Combinado então.
Cozinhei ao lado do Harry pouquíssimas vezes, mas como foi dessa vez nunca tinha acontecido e foi extremamente bom porque ficamos conversando sobre a turnê dele, como foram os shows, eu contei como estava meu trabalho na revista o que eu fiz, sobre o editorial da Dior e etc.
Quando terminamos tudo colocamos na mesa da sala de jantar e subimos colocar uma roupa melhor para podermos nos sentar a mesa, ele aproveitou e pegou a GoPro que ele havia comprado nessa viagem para registrar o momento. Eu coloquei uma calça de moletom e uma blusa de mangas compridas; ele usou uma camiseta preta e uma calça cinza escura de moletom também, parecia que tinha esfriado ainda mais aquela hora, meus pés e mãos estavam gelados e meus dentes batiam levemente quando um arrepio ou outro me acometia.
Ajeitei meu cabelo e tiramos algumas fotos da mesa com o nosso almoço pronto e de nós dois juntos também. Eu postei uma delas no meu Instagram, uma onde apareciam nossas mãos apenas, meu anel e as comidas sobre a mesa dizendo que aquela era a primeira refeição de uma “nova fase” das nossas vidas.
Não costumava postar muitas coisas nas redes sociais e postava menos ainda as que envolviam o Harry. Harry também não era de postar muita coisa apesar de usar mais do que eu. Depois de almoçarmos coloquei tudo na lava-louças e ele me abraçou por trás quando fechei a porta dela a ligando.
— Que susto. – Ri e ele sorriu beijando meu pescoço e meu rosto.
— O que acha de ficarmos juntinhos esparramados no sofá assistindo um pouco de TV na sala? – Ele disse rouco em meu ouvido.
— Hum... Ótima ideia. Está um friozinho né? – Sorri e ele riu me soltando e me virando pra ele.
— Sim, está esfriando mais. Se continuar assim vamos precisar ligar a calefação de toda a casa. – Ele sorriu. – Mas por enquanto acho que um edredom pode nos ajudar com isso.
— Sim. Com certeza. – Sorri e ele me beijou.
— Vou buscar o edredom pra gente e te espero na sala. Corre pro sofá minha princesa mais linda! – Ele sorriu e me beijou.
— Vou correr príncipe! – Sorri e ele subiu as escadas correndo enquanto eu peguei algumas bobeiras como MM’s e Skittles na dispensa para comermos.
Comer porcarias era um vício que eu não perdia, mesmo quando estava com o Harry. Não que ele fosse fitness, mas ele se cuidava sempre que possível e tentava não comer bobeiras demais, ás vezes ele até fazia umas dietas de suco e tudo mais, comigo era exatamente o contrário.
Depois subi as escadas, fui pra sala e me sentei no sofá esperando por ele que voltou correndo e se jogou ao meu lado nos cobrindo com o edredom esticando a parte do sofá para que nossas pernas ficassem esticadas e ficamos praticamente deitados ali. Ele ligou a TV e ficou zapeando pelos canais.
— Alguma ideia do que quer assistir? – Ele disse sem me olhar, apenas mudando de canal em canal.
— Não, mas qualquer porcaria serve já que estou com você mesmo. – Ri e ele me acompanhou.
— Fazia tanto tempo que não tínhamos um tempo assim só para nós dois, não é?
— Realmente… Acho que desde que eu fiquei doente né?
— Sim, mas naqueles dias também não foi a mesma coisa já que estávamos no hospital.
— Foi horrível ficar lá sem você. - Ele sorriu de lado e eu sabia que vinha algo por aí.
— Não foi tão ruim assim com Luke te fazendo companhia. – Olhei pro rosto dele que encarava a TV e ele se virou para mim. – É, eu sei que ele foi te ver.
— Sim, ele realmente foi. – Não menti, apenas concordei e ele me olhou.
— E você não me falou nada.
— Não achei que fosse necessário uma vez que estávamos num hospital.
— É sempre bom me dizer quando ele estiver por perto, mas não se preocupe. – Ele disse pegando no meu queixo e beijando meus lábios. – Dessa vez eu não me importei nem um pouco. – Ele sorriu olhando a TV novamente.
— Ah não?
— Não. Na verdade, tenho me importado um pouco menos com Luke, porque eu acho que você não tem interesse nele.
— Acha? – Ri e ele me olhou. – A verdade é que você tem mexido sempre no meu celular e visto minhas conversas com ele e como nunca tem nada demais, sempre é apenas sobre coisas de amigo, você está entendendo que ele não te oferece nem um pouco de perigo. – Ele gargalhou enquanto eu o encarava.
— Não seja tão maldosa. Eu não vigio tanto você assim.
— Ah vigia sim! – Eu disse séria e ele riu. – E se não stalkeia meu celular, manda Ron ficar de olho em mim.
— Bom, um pouco talvez. – Ele me olhou e me beijou. – É que eu me preocupo com você.
— Um pouco? Juro que não quero descobrir o muito. – Ri.
— Só cuido do que é meu. Assunto encerrado. – Ele sorriu e eu me aconcheguei em seu ombro.
— Emma está montando o quarto do George, sabia? – Eu disse olhando pra ele que olhava a TV.
— Sério? George? Ela aceitou esse nome? – Ele riu e parou na Warner. Começava a passar Harry Potter.
— Super sério. Acho que Liam terá essa surpresa quando chegar. – Ri e ele me olhou.
— Mas ainda assim não será melhor que a minha. – Ele riu e me beijou. – O que acha? – Perguntou apontando a TV com a cabeça.
— Qual é?
— A ordem da Fênix. – Ele me olhou.
— Pode ser. – Sorri e ele me abraçou colocando o controle do seu lado.
— Ótimo. – Ele beijou a minha cabeça e eu apoiei em seu ombro novamente quando seu braço me puxou mais para perto. – Acho que rola um MM’s agora não?
— Muito! – Ri e ele sorriu pegando o pacote e abrindo.
— Aprendi a ser viciado nisso aqui com você. – Ele disse rindo e pegando alguns.
— A culpa não é minha se eu só te apresentei o lado gostoso da vida. – Ri e ele gargalhou me olhando.
— Sua convencida! – Ele me beijou. – Mas vou ter que concordar... Conheci o lado gostoso e mais prazeroso da vida ao seu lado. – Ele piscou pra mim todo malicioso e eu ri.
— Não estava falando disso. – Cutuquei a barriga dele e ele riu.
— Ah, mas eu estava. – Ele riu e cutucou minha barriga eu ri e dei um gritinho.
— Harry! – Ri e ele riu também.
— Então se não quer morrer de cócegas, nem comece com esses cutucões. – Ele segurou meu queixo e me beijou. O gosto do chocolate estava presente em sua boca.
— MM’s com essência de Harry... Hum... Que delicia. – Lambi os lábios e ele riu.
— Se quer assistir o Harry é melhor parar com essas insinuações. – Ele escorregou a mão da barriga para o meio de suas pernas e se apertou por sobre o moletom.
— Como preferir. – Sorri e ele me olhou.
— Não me provoque Marshall.
— Hum... Esse Harry Potter é bem gatinho né? – Ele me encarou e eu gargalhei vendo o ciúme em seus olhos. – Estou brincando! – Disse arregalando os olhos e erguendo as mãos.
— Bom mesmo. – Ele mordeu minha bochecha e eu resmunguei rindo.
Tentei assistir o filme todo ao lado do Harry, mas não consegui e dormi quando estava na metade provavelmente, porque era até a parte que me lembrava. Como fiquei até de madrugada dentro de casa arrumando as coisas para quando o Harry chegasse, eu estava bem cansada apesar das meninas terem me ajudado, a parte de casa foi tudo eu que acabei fazendo sozinha. Além de tudo não tinha conseguido dormir direito porque estava muito ansiosa para a chegada do Harry.
A verdade é que estar ali com ele, quente e protegida me fez relaxar e acabar apagando no sofá mesmo.
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