1. Spirit Fanfics >
  2. Wonderwall >
  3. Fourteen

História Wonderwall - Fourteen


Escrita por: MrsQueen

Notas do Autor


Depois de longos três meses longe de vocês, eu volte e nem sei como explicar a situação.
Os últimos três meses tem sido uma verdadeira montanha russa na minha vida, uma verdadeira confusão e eu ando me sentindo bem desgastada com tudo, escola, família, namoro, algumas amizades e eu não vou negar, quase desisti de Wonderwall, pois junto com tudo isso veio o bloqueio criativo e eu não conseguia pensar em nada, mas queria postar pois vocês foram maravilhosos comigo no último capítulo e tudo mais.
Caramba gente, foram 17 comentarios EM APENAS UM CAPITULO e na fic, ao todo, temos 108 comentários e e 118 favoritos, não vou negar, isso me animou para não desistir, ver a fanfic, mesmo parada, tinha visualização e que as pessoas então lendo e gostando.
Vocês me fizeram manter o pé no chão e não desistir de tudo.
As coisas ainda estão difíceis para mim e pode ser que eu não poste 3 vezes ao mês como prometi, mas prometo não demorar tanto assim com o próximo capítulo como aconteceu dessa vez.
Falando em capítulo, espero que gostem dele :)


Enjoyy

Capítulo 14 - Fourteen


Fanfic / Fanfiction Wonderwall - Fourteen

- Você está estranhamente quieta hoje. - falei olhando para o lado assim que parei no semáforo, vendo a Ayla com o olhar perdido na paisagem do lado de fora. 

Eu havia notado que preferia muito mais o estilo dela quando a mesma se vestia sozinha. Quando a Elisa ajudava ela a se vestir, a garota parecia mais artificial, um projeto que a mídia queria ver. Hoje era um dos dias em que ela se arrumou sozinha para sair comigo, eu via isso pelo simples fato dela estar confortável com sua roupa, um vestido preto com listras brancas que mal chegava ao meio das suas coxas, com uma blusa jeans amarrada na cintura e sandálias brancas de tiras sem salto, seu cabelo estava preso em duas daquelas tranças de boxeadoras que estavam na moda e ela usava novamente óculos grandes e redondos por causa do sol brilhante que havia saído hoje, depois de uma noite de ventania, típico do verão. 

- Oi? - ela disse virando seu rosto na minha direção, me assustando com seu movimento rápido. 

- Você está muito quieta, isso é estranho. - falei diminuindo um pouco o volume da rádio, que tocava All Time Low, para que pudéssemos conversar melhor. - Achei que não iria parar de falar por causa do contrato, isso era para te deixar feliz. 

- Aah, eu estou feliz por isso, Michael, de verdade. - ela disse abrindo um sorriso, que não me convenceu muito. - É só que eu estou com a minha cabeça em outros problemas.

- Quer conversar sobre eles? A dra. Smith diz que falar sobre os problemas ajuda a achar soluções, ou simplesmente a aliviar a tensão ou dor. - respondi encarando a mesma, ouvindo ela suspirar cansada. 

- Então por que não fala com ela sobre os seus? - ela questionou e eu podia ter certeza que ela me olhava de maneira convencida. 

- Não sinto confiança em contar para ela tudo o que passa na minha cabeça. - respondi não me sentindo afetado pelas suas palavras. - E, as vezes, nem eu mesmo entendo o que está se passando na minha cabeça, é muita coisa ao mesmo tempo, é tudo muito confuso. 

- Eu entendo completamente isso, não queria uma resposta, estava tentando quebrar o gelo mesmo. 

- Aah, entendi. - abri um sorrisinho para ela, vendo a mesma retribuir ele. 

O semáforo abriu e eu tive que por o carro em movimento de novo, deixando ela cair no silêncio absoluto novamente. De início, quando propus de irmos passear durante a tarde no café da manhã, achei que ela estava estranha comigo pelo quase beijo de ontem, eu não podia negar que fiquei pensando nisso por muito tempo depois que o jantar acabou e os meninos foram embora - não sem antes o Liam e o Luke ficarem trocando farpas como dois adolescentes mimados -, mas depois eu percebi pelo seu semblante que era muito mais do que isso, algo realmente estava abalando ela. 

Eu não estava acostumado a vê-la dessa forma, apesar da Ayla ser tímida em muitos aspectos, ela está sempre vendo o lado positivo da maioria das situações, ela é entusiasmada com tudo, brincalhona, criativa e até mesmo meio maluca, é bom vê-la pegar o comando de algumas situações, ela sabe perfeitamente o que fazer, então, vendo-a dessa maneira, desolada e quieta, é completamente estranho para mim, é como se ela não fosse ela mesma no dia de hoje. 

- A situação clínica da minha mãe piorou muito, não sabem mais o que fazer com ela. - Ayla murmurou depois de alguns minutos, quando eu estava quase chegando ao nosso destino. - O sistema imunológico dela está fraco, ela está exposta a qualquer tipo de doença, um simples resfriado pode fazer um puta estrago nela e, para piorar a situação, o tumor no cérebro dela é maligno... O médico disse que se não tivermos cuidado, ela pode morrer por algo muito mais simples que a ELA ou o tumor. 

- Não existe nada que eles possam fazer? 

- Devido a situação atual, é arriscado tentar remover o tumor, são N problemas que podem acontecer, desde coágulo até infecção hospitalar, os médicos tem medo. - ela coçou sua nuca com força, me fazendo crispar os lábios, preocupado. - Eu não suporto a ideia de ter que ficar sentada vendo ela morrer cada dia mais, numa velocidade fora do normal. Ela é jovem, Michael, isso que é pior, ela é muito jovem e era tão cheia de vida, dava aula numa escola infantil antes da doença e adorava isso, fazia dança clássica duas vezes na semana em uma academia perto de casa e adorava ver o sol se pôr no horizonte do mar... E agora ela está indo embora e eu não posso fazer nada a respeito. 

- Ayla, vocês vão achar uma forma de superar isso. - falei tentando soar da forma esperançosa que eu queria, mas sabia que a situação não era exatamente dessa maneira, provavelmente, as chances deles superarem tudo isso e a mãe dela melhorar, eram mínimas. - E quero que você saiba que pode contar comigo e com os meninos para o que precisar, tudo bem? 

- Obrigada, Michael. - ela esforçou um sorriso e eu retribui, vendo a entrada do Wild Life Sydney Zoo.

Não foi difícil achar um lugar para estacionar o carro, o estacionamento do zoológico estava pouco movimentado, indicando que provavelmente teríamos uma tarde tranquila, não estava muito afim de ter que ficar sendo interrompido para dar autógrafos e tirar fotos, mas sabia que se alguém pedisse por isso, não poderia negar, ou poderia? Na verdade, eu não sabia se devia ou não negar esse tipo de pedido, eu só queria uma tarde calma com a Ayla. 

- Nunca estive nesse zoológico. 

- Eu já, adoro ele. - respondi sorrindo para a garota morena, notando que ela havia colocado o óculos na cabeça. - Mas eu era uma criança quando isso aconteceu, então não lembro muito bem como as coisas funcionam. 

- Vamos entrar e lá nós nos viramos, só que, a gente pode, por favor, ficar longe das cobras? Eu acho que desmaio se ver uma. - ela mordeu o lábio inferior e eu dei risada, concordando com a cabeça freneticamente. - Obrigada. 

- Não precisa agradecer. - pisquei para ela, abrindo a porta do carro e saindo do mesmo. Ayla fez isso em seguida, soltando um suspiro ao olhar para a entrada. 

Havia escolhido o zoológico por um motivo bem simples: o lugar era calmo, mas ainda nos dava a chance de se divertir com os bichos que tinham ali. E, ainda por cima, era vinte e seis de dezembro, muitas pessoas, acredito eu, não estão preparadas pra encarar um passeio assim, que, apesar de ser calmo, também se torna bem cansativo no fim do dia. 

Seria uma boa distração para a minha mente turbulenta que insistia que sair de casa era uma péssima ideia e que eu deveria passar todos os dias, até o fim da minha vida, na minha cama, mesmo sabendo que nem lá eu estava seguro. Também era uma ótima opção para afastar momentaneamente a cabeça da Ayla do problema principal, que envolveu ambos nessa situação de mentira e encenação.

Passeamos pelo local sozinhos, nos sentindo extremamente perdidos, mas eu estava certo, poucas pessoas havia vindo até o zoológico no dia de hoje, a grande maioria era famílias com crianças pequenas, o que diminuía a minha chance de ter que dar dois passos e parar para quatro fotos e oito autógrafos. Depois de tanto ouvir a Ayla dar risada e falar que não iríamos nunca encontrar algum animal da maneira que estávamos, decidimos voltar para a entrada do zoológico e pedir informação para um funcionário. 

- Acho que precisamos ser acompanhados por alguém para conseguir alimentar e tocar nos bichinhos. - ela disse olhando para o mapa que havia pegado em algum lugar, seus óculos haviam voltado a tampar seus olhos e eu devia ter pego os meus também, já que a claridade do sol estava me incomodando. - É, nós precisamos de um guia. 

- Como os guias de vestem? 

- Aah, acho que eles andam em jipes e usam uniforme de camuflagem. - ela disse num tom irônico, rindo em seguida. - Não faço a mínima idéia, Michael, nunca estive aqui. 

- Certo, não vamos nos apavorar, vamos respirar fundo e... 

- Posso ajudá-los? - uma voz masculina disse atrás de nós dois e ambos nos viramos, dando de cara com um rapaz de no máximo vinte e cinco anos, com a pele bronzeada e os cabelos escuros encaracolados, por baixo de um boné bege com o logo do zoológico. 

Ele usava bermudas da mesma cor que o boné, assim como a camiseta de botões com uma meia manga e suas botas marrons. No crachá preso na sua camiseta estava o nome Josh e abaixo do seu nome estava escrito guia, então eu cheguei a conclusão que era assim que um guia se vestia, porém ele não tinha um jipe. Notei também que ele tinha uma bolsinha verde pendurada no ombro e um lenço da mesma cor quase caindo para fora do bolso da bermuda. 

Será que essa roupa era desconfortável e quente? Pois parecia ser. 

- Sim! Acabamos de chegar e queremos conhecer os bichinhos bonitinhos. - Ayla disse animada, sorrindo largo. Olhei pra ela e franzi a testa, fazia quase meia hora que estávamos aqui, não havíamos acabado de chegar porra nenhuma. 

- Sem problemas, posso guiar vocês pelo zoológico. Meu nome é Josh.

- Ayla, e ele é o Michael. - ela disse simpática, pegando a minha mão e fazendo um arrepio percorrer meu corpo inteiro, até atingir minha alma. - Só que nós decidimos ficar bem longe das cobras, sabe, evitar problemas. - ela diminuiu o tom de voz e deu um sorriso amarelo, ficando um pouco vermelha com o detalhe. 

Eu achei uma graça a falta de jeito dela para pedir isso. 

- Sem problema, nós só vamos onde vocês quiserem ir. - ele falou e ela concordou com a cabeça, transformando o sorriso amarelo dela em um sorriso radiante. Isso me fez sorrir e começar a seguir ele pelo zoo, ainda com a mão da Ayla segurando a minha. 

Nós começamos pelos crocodilos, Ayla manteve distância deles enquanto Josh segurava um menor para que eu pudesse tentar passar a mão, mas acabei achando estranho e fiz uma careta, fazendo os dois rirem da minha cara enquanto seguíamos para o próximo animal, que acabou sendo as tartarugas, o que a Ayla amou e enrolou o máximo possível para sair de lá, parecendo criança no shopping durante o Natal. Fizemos um caminho sem rumo, cada hora indo para um lado e evitando as cobras, porém conhecemos e alimentamos os Demônios da Tasmânia, as aves, sapos, dragões, uns tipos de ratos e morcegos e eu me recusei a ver os insetos, fazendo a Ayla rir mais ainda e seguir comigo para o próximo animal, por fim nos conhecemos os cangurus e os coalas, que, depois da tartaruga e do papagaio, foram os animais que mais nos receberam fotos. 

Nós nos dividíamos para tirar fotos e algumas era de nós dois juntos, como selfie ou então o Josh se oferecia para tirar e nos deixávamos, nos divertindo com os animais. Um canguru quase derrubou a Ayla, ele era quase da sua altura e ela estava tratando ele como uma criança pequena, o que eu acho que não agradou muito o Coin - nome do canguru segundo o Josh. 

Por fim acabamos visitando o berçário, o Josh nos explicou que a maioria dos filhotes ficavam com a mãe depois de alguns exames e que ali, no berçário, apenas ficava os que eram recusados pelos seus pais, nasciam com algum problema ou eram pequenos demais. Todos os bichinhos tinham nomes, e nos conseguimos passar a mão em todos eles, só que a Ayla ficou mais branca do que papel quando viu uns filhotes de cobra e o Josh se desculpou, dizendo que havia de esquecido delas. Até eu achei nojento e dei as costas, me voltando para um filhote de canguru muito fofo, com as orelhas pontudas e o pelo acinzentado. 

- Ele se chama Koy, a mãe dele recusou ele, então estamos cuidando até que ele tenha tamanho para viver com os demais cangurus. - Josh disse parando ao meu lado e pegando ele, me entregando em seguida. - Ele é bem tranquilo, não se preocupe. 

- Oi, Koy - falei passando a mão nas suas orelhas, vendo ele balançar elas em seguida, como se incomodasse. - Ele é lindo. 

- Sim, podemos tirar uma foto com ele? - Ayla perguntou para o guia, que concordou com a cabeça.

Ela se posicionou na minha frente e pegou o celular, eu tive que abaixar um pouco para que nós três pudéssemos aparecer na foto, que, invés de uma, se tornou três, duas hilárias e uma incrivelmente fofa, que eu claramente iria querer para mim. Nessa foto a Ayla olhava diretamente para a câmera do celular e eu, invés de olhar pra a câmera, olhava pra ela, enquanto Koy tinha uma das suas tranças nas patas, olhando para qualquer lugar que não fosse nós dois ou o celular, como se estivesse perdido ali.

- Temos um filhote de coala também, ele se chama Lumus e nasceu muito pequeno, então estamos tentando fazê-lo crescer o suficiente para poder ficar com os demais. - Josh pegou um coala no berçário e entregou diretamente para a Ayla, já que eu ainda segurava o canguru.

Nós brincamos um pouco com os bichinhos que estavam no nosso colo e tiramos mais algumas fotos com eles, eu estava adorando muito mais do que esperava que pudesse gostar e realmente estava me divertindo com a Ayla, então, depois de muitas fotos, risadas e caretas, quando o nosso passeio finalmente acabou e nós voltamos para o carro discutindo onde poderíamos ir comer, eu continuei me sentindo animado, até revigorado, como se, depois de anos, o dia finalmente tivesse válido a pena. 

E provavelmente tenha válido sim a pena. 

...

Ayla e eu acabamos voltando para casa quase no fim da tarde, a cor do céu estava começando a indicar que logo o sol ia se por e eu realmente estava exausto do longo dia que tivemos, tendo a sensação que dormiria profundamente assim que chegasse em casa, só que não foi isso o que aconteceu. 

Quando chegamos, ainda animados, descobrimos que o Luke e a Elisa haviam tido uma briga feia, com direito a muitos gritos e até algumas lágrimas, nenhum dos dois estavam em casa quando chegamos, mas enquanto o Calum e o Ashton contavam, eu conseguia sentir a tensão do momento. Luke provavelmente não iria voltar essa noite e Elisa havia deixado claro que iria passar a noite na casa dos pais, mas que voltava a tempo de todos irmos juntos para o aeroporto, ela estava disposta a não deixar a briga estragar as férias, pelo o que entendi. 

Então, depois de contar isso e de cada um absorver um pouco a tensão do momento, minha animação se foi e eu acabei trancafiado no meu quarto novamente, fiquei horas deitado olhando para o teto e pensando em mil coisas que eu era incapaz de organizar para entender o que se passava na minha mente, era tudo tão confuso que eu já estava desistindo, então decidi tomar banho e tentar engolir alguma coisa, não podia tomar nenhum remédio mais, todos eu já havia tomado no horário que estava na receita e agora, novamente, eu estava no meu quarto, sentado na janela, olhando para uma foto minha e da Ayla, sabendo que a mesma estava poucos metros de mim, junto com o Calum, ambos na beira da piscina, conversando e rindo. 

Eu estava um pouco feliz, a foto me trazia essa sensação de tranquilidade e felicidade, mesmo que fosse uma sensação rasa, que parecia que logo passaria. Nós havíamos tirado essa foto antes de sairmos do zoológico, quase na entrada dele, o óculos da Ayla estava no decote do seu vestido e eu, novamente, estava atrás dela, com o rosto quase na altura do seu ombro. Ela estava vesga, olhando para o nariz e mostrando a língua, transformando a careta em algo engraçado e fofo, enquanto eu, sem muita criatividade, apertava um olho e torcia a minha boca, deixando ela meio aberta e com a minha língua encostando no meu lábio inferior. 

Depois de tirar a foto, a Ayla olhou para a minha cara e deu risada, dizendo que essa era a melhor foto de todas e que a minha careta era hilária, só que ela não tinha noção do que a careta dela causava em mim. 

Agora eu tentava decidir se postava a foto e mostrava para o mundo o quão linda a garota estava, ou se seria egoísta e guardaria foto apenas pra mim, tendo a chance de apreciar ela sozinho, quando eu quisesse, sem ninguém além de nós dois sabermos da sua existência. Ayla havia dito que não se importava se eu postasse ela ou não, mas que, se isso acontecesse, ela também postaria uma comigo em algum momento, e nós dois sabíamos que isso teria que acontecer, tínhamos um monstro para alimentar.

- Eu postaria essa foto, ela é incrível. Além do mais, é o tipo de foto que você postaria. - Ash disse me assustando, com a cara quase enfiada no meu celular.

Como eu não havia notado a sua presença ali? 

- Por que não postava foto com a Bryana quando vocês namoravam? 

- Não sei, nós dois chegamos ao consenso de que não iríamos postar nada, sabe, para manter a privacidade. - ele respondeu dando um tapinha na minha perna para que eu desse espaço para ele se sentar na janela também, e assim eu fiz. - Eu, pelo menos, nunca tive essa necessidade de expor o que sentia por ela nas redes sociais. 

- Os fãs surtaram. 

- Sim, os fãs surtaram. - ele deu risada, encostando a cabeça na parede. - Mas você deveria postar a sua, claro, se quiser. 

- Estou debatendo comigo mesmo essa possibilidade, ao mesmo tempo que quero que todos vejam a foto, meu lado egoísta pede para guardá-la apenas pra mim. - disse olhando para o celular mais uma vez, tentado a abrir o Instagram. 

- Sei como é isso, acontece comigo em relação a algumas fotos minhas, sabe? - ele disse com um sorriso convencido e eu ri, balançando a cabeça, concordando com ele. - Ayla é diferente do que você imaginou, não é? 

- Totalmente. - falei olhando para a janela e vendo a garota lá embaixo, balançando as pernas na água da piscina e dobrando o corpo para frente de tanto rir. Eu conseguia imaginar perfeitamente o som da sua risada e quase abri um sorriso com isso. - Do que será que ela tá rindo? 

- O Calum deve ter contado o fora que levou hoje mais cedo, foi hilário. 

- Calum, o nosso Calum, que tem mais foto da bunda dele no Google do que de ator pornô, o cara que nunca teve o coração partido, levou  um fora? - questionei surpreso e o Ash concordou, rindo. - Como isso? 

- Bem, nós fomos correr na praia hoje mais cedo, acho que eram quatro horas e depois iríamos encontrar a Mali em uma lanchonete na beira da praia, então, enquanto esperávamos a adorável irmã do senhor Hood, ele decidiu cantar a garçonete, que realmente era uma graça. - Ashton deu risada e eu acompanhei ele, não sabendo exatamente onde estava a graça no que ele havia acabado de dizer. - As cantadas dele eram horríveis e a garçonete estava ficando tão irritada que eu achei que ela fosse espancar ele, mas apenas disse para ele ir procurar um cérebro antes de ir falar de coração e colocar ele nas suas duas cabeças, então eu comecei a rir e nem vi a reação dele enquanto a garota sumia com os nossos pedidos.

Agora eu realmente estava rindo enquanto imaginava a cena acontecendo com o Calum, normalmente as meninas caiam aos seus pés e quase beijavam ele, eram capazes de beijar até o chão onde ele pisava e achava as cantadas - que realmente eram horríveis - encantadoras, era a primeira vez desde o ensino médio que eu via o Calum levar um fora dessa proporção, depois disso as meninas, no início da banda, recusavam ele com educação e depois passaram a idolatrar. Ele tinha uma puta facilidade em conseguir sexo que eu me sentia ofendido. 

- Pois é, e o pior é que ele nem se ofendeu com isso. - Ashton falou revirando os olhos. - Ele chegou rindo querendo contar pra Elisa pra quebrar o paradigma dela, só que quando abrimos a porta de casa, ela estava gritando com o Luke no quarto. 

- Espero que não tenha sido tão feio quanto eu imaginei que foi. - falei recuperando meu fôlego e o Ash balançou a cabeça. 

- Foi terrível, nunca vi eles brigarem dessa forma, eu e o Cal ficamos uns cinco minutos estáticos e eu tentava decidir se subia e tentava apartar ou se continuava no meu lugar. - ele balançou a cabeça novamente, com os olhos arregalados. - Acabou que eles gritaram um com o outro por mais um tempo, a Elisa saiu do quarto batendo a porta e saiu de casa chorando, dizendo que ia para a casa dos pais dela, Luke ficou no quarto por mais um tempo e quebrou alguma coisa, pois fez um puta barulho e depois saiu também, dizendo que não sabia se voltava.

- O que está acontecendo com essa banda? - questionei decidindo postar a foto com a Ayla e abrindo o Instagram. - Primeiro o Calum leva um fora de uma garota, o que é surpreendente quando estamos falando do Calum, depois o Luke e a Elisa, que vivem num maldito mar de rosas, têm uma briga nessa proporção e eu sei que não é a primeira vez que eles brigam... Isso é o que? Maldição de ano novo adiantada? 

- Não sei, Mike, mas estou com medo do rumo que o Luke está dando para o relacionamento dele com a Elisa e em quais consequências isso pode gerar... A Elisa é como uma âncora para ele, mantém o Luke em terra firme e impede que ele afunde ou perca o controle sobre si mesmo, me entende? 

- Entendo sim, eu percebi o rumo que as coisa estão tomando, os dois estão juntos a seis meses ou mais, não sei direito, só que eu sempre achei os dois um casal bem tranquilo, claro, os dois tinham suas discussões e divergências, mas não era da maneira que é agora, no fim eles se acertavam e estava tudo bem, nenhum saía para um canto como foi hoje. - falei depois de finalizar a frase de legenda, que depois de eu muito pensar, acabei colocando "fazendo caretas para o calor" e dois emojis, um de sol e um outro de coala, postando também no Twitter, como eu sempre fazia. - É assustador.  

- É sim, além do mais, o Luke voltou a beber e está bebendo além da conta, está ficando obcecado e possessivo pela Elisa, estou com medo no que isso vai dar e ninguém pode fazer nada, nem a Liz consegue resolver isso, o Luke é teimoso, quando coloca uma coisa na cabeça, é quase impossível tirá-la e ele não ouve ninguém. - ele falou coçando suas têmporas e soltando um suspiro em seguida, eu queria me preocupar da mesma forma que ele estava se preocupando, só que estava ocupado olhando para a foto de novo. - Acho que vamos ter que esperar e ver no que isso vai dar. 

- Concordo com você. - respondi vendo a foto ganhar curtidas e comentários. Decidi que, independente do comentário, não iria me afetar, eu adorava a foto e a garota nela, era isso que importava, não a infantilidade de algumas garotas. - Quando foi que o Luke se tornou tão teimoso assim?

- Não faço a mínima ideia, só espero que ele não volte a ser o babaca de antes, que bebe demais, transa com qualquer uma e depois esquece o nome delas. Isso já nos causou um puta problema uma vez e a Elisa foi a luz no fim do túnel. - ele olhou para a Ayla e para o Calum mais uma vez, os dois já haviam parado de rir e agora apenas conversavam. - Acho que a Elisa foi para o Luke o que a Ayla pode ser para você.

- Como assim? - franzi meu cenho, não entendendo. 

- Sei que são situações diferentes, totalmente opostas e que a Ayla só está aqui por causa de um contrato,  mas ela é tão radiante e tão determinada, ela é... O que você estava precisando. - ele concluiu depois de pensar um pouco. - Sabe, você e ela já estão confortáveis um com o outro, é bom ver isso, não está mais aquele clima de desconhecidos... Talvez a amizade dela faça bem pra você, como a da Elisa fez para o Luke. 

- Mas eles namoram. 

- Antes de qualquer bom namoro, vem uma boa amizade, esse é o pilar de um relacionamento, Mike.


Notas Finais


Roupa da Ayla: http://data.whicdn.com/images/230150394/large.jpg

Bem, eu já disse tudo o que tinha que dizer nas notas iniciais e queria muito que vocês comentassem o que acharam do capítulo e desse momento Mashton que eu amo, fora que tem treta com o Luke e ainda a foto fofa Mayla que eu queria que existisse mesmo!!
Comentem, vocês não sabem como esses comentários me fazem sorrir e me animam pra viver, mesmo eu não merecendo pela demora, mas comentem se o capítulo valeu a pena, ainda tenho muita história para esses personagens e o próximo capítulo é PARTIU BORA BORA!!!
E essa indireta do Ash no fim do capítulo heeeeein?
ALÉM DO MAIS HOJE É HALLOWEEN E EU SIMPLESMENTE AMOOOOO HALLOWEEN!
O que acharam das fotos do Ash com a Halsey? Não vou negar que amo e shippo since 2013/2014 SORRY NOT REALLY SORRY.

Xx, see you soon.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...