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História World of Mythology - Sereia, Corvo e Touro


Escrita por: DeusHypnos

Capítulo 4 - Sereia, Corvo e Touro


Definitivamente, eu não queria ficar ali.

Depois de caminhar um pouco, acabamos voltando para aquele Mc Donalds. Eu nem reparei, mas nesse meio tempo, havia ficado a noite. Noite sem estrelas. Parecia que até elas tinham se assustado com aquele garoto. Por falar nisso, ele tinha desaparecido em cinzas. Fico me perguntando o que aconteceu. Porém, eu precisava me concentrar em outra coisa. Aquele homem de antes, estava ao meu lado, mexendo em algumas batatas fritas que havia comprado. A garota de cabelos brancos apenas comia um Hambúrguer, enquanto eu, nada. Não queria comer. Ainda estava muito apreensiva sobre isso.

Enquanto a mulher calmamente levava sua comida direto para sua boca, e depois começava a mastigar, me encarando torto, eu decide tentar tirar alguma resposta dela. Começaria perguntando, com o básico:

- Quem é você? - falava. Depois de mastigar, a moça engolia o pedaço de carne, e finalmente, começava a falar

- Bem. Meu nome é Bruna. Sou a Reencarnação de Zeus. Algo mais? 

- Não. Isso de reencarnação de Zeus explica algumas coisas, mas ainda não entra na minha cabeça como isso é possível

- Ok. Acho que posso contar uma pequena história. Ainda temos muito tempo - ela bebeu um pouco do seu achocolatado, respirou fundo, e começou a falar - Basicamente, a muito tempo atrás, ocorreu a maior Titanomaquia que este mundo já viu. Foi um embate intenso entre todos os deuses e titãs. No final, de alguma forma inexplicável, os deuses ganharam, e voltaram a prender os titãs em seus devidos lugares, no entanto, devido a ascenção da religião cristã, os deuses gregos perderam sua força, que era sustentada pela fé das pessoas. Graças a isso, sua imortalidade foi tirada, e com o tempo, foram morrendo. Porém, para compensar o que havia acontecido, Zeus fez Hécate criar uma última maldição, que faria com que todos os deuses renascessem diversas vezes ao longo do tempo. E assim se fez. Em um tempo indeterminado, os deuses renascem, e com isso, coisas boas e ruins acabam acontecendo. Os deuses, ao adquirirem pensamento humano, começaram a usar seus poderes de forma imprudente, o que provocou diversos problemas na história. Entre eles, as guerras mundiais, por exemplo. Vendo a situação, os Titãs tentaram usar isso a seu favor, mas sempre fracassaram. É. Titãs são mestres em perder. Agora, nós, precisamos impedir que os Titãs vençam. Entendeu? - depois dessa explicação, é difícil discutir.

- Sim, mas...o que te leva a achar que sou reencarnação de algum deus? 

- É bem simples, na verdade. O senhor aqui do lado - ela apontou para o mesmo homem que bateu na porta da minha casa - andou estudando sobre você. E depois de algumas pesquisas, tivemos certeza que você era a reencarnação de um deus. Não de um deus comum. Você é a Reencarnação de Poseidon

- Mas...

- Você não gosta de mim, não é? Só pela minha aparência, você já é capaz de sentir raiva, não? - não tinha como discordar, apenas fiz que sim com a cabeça - Isso já é mais uma prova disso. Zeus e Poseidon se odeiam por natureza.

- Ok, mas...como sabe de tudo isso...? 

- Já trabalhei para os titãs. É uma longa - ela olhava para o homem de antes - a qual não tenho tempo para contar agora, vamos indo! Depois disso, todos voltamos a entrar no carro. Antes de sairmos, observei que em cima de uma árvore, estava um corvo, nos encarando. O que ele queria? Pela situação atual, não duvido nada ser um deus.

Logo começamos a viagem, um tanto tranquila. Enquanto o piloto tomava uma taça de vinho, sem se importar com nada, e Bruna ficava mexendo em seu celular. Quando ele ficou sem bateria, ela começou a soltar faíscas para recarrega-lo. Ela é a reencarnação de Zeus, não me admiro - quer dizer, me admiro, mas não com esse detalhe - no entanto, o que mais me deixava apreensiva era sobre eu mesma. Eu deveria ser a reencarnação de Poseidon. Por que eu não consigo controlar a água?! Que droga. Eu só tenho algumas habilidades como natação rápida, e a minha afinidade com a piscina lá de casa. Tirando isso...se realmente é pra lutar contra esses tais titãs, não quero ser frágil.

Depois de mais algum tempo de estrada, chegávamos a ponte do Brooklyn. Ela estava com o movimento ativo. Pessoas indo e vindo em seus automóveis. Um touro gigante olhando para mim. Cordas segurando a ponte...espera...touro?! É. Touro. De repente, um monstro enorme apareceu. Ele não tinha cara de muitos amigos. Tinha pelo menos uns 4 metros de altura, usava armadura, e portava um machado. Seus chifres pareciam serem bastante afiados. Seus olhos avermelhados, me encaravam como se eu quem fosse o monstro. Logo, em um pulo rápido, ela veio até nós, e com apenas um golpe, destruiu o carro. Por sorte, a garota relâmpago me tirou de lá de dentro a tempo.

- O que é aquilo?! - gritei, enquanto corria, com o barulho alto da criatura jogando carros para todos os lados

- Minotauro. Acho que ele sentiu nosso cheiro, e veio ver pessoalmente o que estava acontecendo. - no entanto, ela estava errada. Ao olhar para um lado da ponte, eu podia ver claramente, o mesmo corvo de antes. Agora, seus olhos eram escarlate, como se tivesse feito o monstro atacar, e estivesse rindo. Não demorou muito, e o monstro voltou a vir em nossa direção. Ele era rápido, e não levou muito tempo para nos alcançar. Desta vez, o sr.Mudo avançava contra ele, parando seu machado, com o seu florete. Queria saber de onde ele tirou aquilo.

- Ele é muito rápido! Ele vai nos alcançar! 

- É. Concordo. Melhor lutarmos!

- O quê?! - de repente, a mulher largou meu braço, e de sua roupa, tirou uma longa espada, a qual era envolvida em faíscas. Sua lâmina parecia ser muito afiada, e com aquela eletricidade, tinha certeza que causava um bom estrago onde atingisse. Logo em seguida, ela retirou um escudo, terrível. Não fui capaz de olhar por nenhum segundo, ele me fazia tremer de medo, por algum motivo. Então, Bruna avançou contra o Minotauro.

Assim que a garota se aproximou, foi recebida por um ataque direto do monstro, fazendo com que seu escudo parasse o forte golpe de machado, rebatendo este. Em seguida, ela começou um ataque brutal e violento. Com uma sequência de golpes usando a espada no braço do monstro, forçando o mesmo a largar seu machado, dando uma certa abertura para esta atacar. Ao fazê-lo, voou na direção do seu peito, cravando  sua espada nele, e a retirando logo em seguida. Eu imaginei que aquilo teria matado o monstro, mas muito pelo contrário, só o deixou mais forte. De repente, ele socava forte o rosto de Bruna, que foi lançada longe. Em seguida, o homem de cabelos vermelhos, avançava com seu florete, visando um corte na região do pescoço da criatura. Ineficaz. O Minotauro parou o ataque, segurando a arma, também arremessando o homem, em seguida.

Bruna, voltou a atacar. Desta vez, a mulher começou a correr em círculos em torno daquele touro, atacando sua perna logo em seguida. Sem resultados. Parecia que aquele seria um longo confronto. Parecia. Depois do segundo golpe, a guerreira recuou, amaldiçoando o monstro, com palavras extremamente fortes.

- Chega. Vou acabar com isso de uma vez! - de repente, o céu escureceu. Trovões e relâmpagos eram vistos e ouvidos. Enquanto Bruna erguia sua espada para o céu. A garota recitava algumas frases, e em seguida, a espada tomava forma de um relâmpago. Ela então, segurou o "objeto" como se fosse arremessa-lo, e o fez. Em um rápido movimento, um poderoso raio atravessou o local, cortando o caminho até a direção do monstro, que era atingido. Um ataque brutal. O monstro berrou de dor, enquanto uma luz forte iluminava tudo ao redor. De repente, enquanto me afastava por conta da luz, não senti mais o chão, e quando a iluminação sumiu, percebi que estava caindo. 

Meu corpo acertou o mar, causando uma pequena dor, e logo comecei a afundar. Eu tentei me mover, mas não conseguia, por algum motivo. Parecia que a morte tinha chegado, mas, não foi dessa vez. Logo percebi uma luz, vinda na direção de minhas pernas, e quando olhei, percebi que estava me transformando. Já não haviam mais pernas, elas haviam sido cobertas por uma camada de escamas, formando uma cauda de peixe. Quando percebi, eu já estava nadando, indo para longe.

Assim que consegui subir para a superfície, percebi que já não estava em Nova Iorque. Agora, eu me encontrava em um jardim, próximo ao mar. Logo, decidi adentrar este, e conforme ia caminhando, eu ouvia vozes, aumentando cada vez mais, até que cheguei ao local onde as vozes vinham. Havia uma bela mulher, de cabelos verdes, com olhos da mesma cor. Sua pele era bela e pálida. Ela tinha seios avantajados, e dava a entender que vestia uma roupa de folhas, conversando com...um corvo? Ok. Alguém me explica qual é a dessa ave.

- Bem-vinda - ela dizia - querida irmã...



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