História World Of The Dead - Distraction

Passamos a madrugada vagando pela floresta, meus pensamentos iam a Daryl e a nossa ação de algumas horas atrás, seu sorriso não saia de minha mente, não era qualquer sorriso, no dele tinha algo que eu gostaria de descobrir.

Quando amanheceu paramos por um tempo para descansar, não consegui dormi, então apenas fiquei com os meus olhos fechados relaxando todos os meus músculos.

— Estou indo caçar não...

— Posso ir com você? - falei sem ao menos o deixar terminar. ­­ – Quem sabe, você possa me ensinar a caçar.- mordi meus lábios nervosamente.

— Tudo bem, vamos.

Caminhamos calmamente ate o meio da floresta, estávamos em silencio, mas estava louca para conversar, porem sabia que não era uma boa hora, sinto seu braço entrando em contato comigo o olho e ele faz sinal para que eu fique em silencio e aponta para uma arvore onde se encontrava um esquilo.

— Pegue- estendeu a besta a mim – É um pouco pesado, mas irar se acostumar, aponto e mire, quando estiver pronta atire- sussurrou.

A besta realmente era pesada, mas nada que eu não pudesse me acostumar, a levantei há poiando um pouco em meu ombro, fechei meu olho esquerdo e foquei o meu direito no esquilo, respirei fundo e atirei a flecha que acertou rapidamente no meio dele.

— Sorte de iniciante. – Daryl disse e foi ate o esquilo.

— Eu treinava arco- flecha, sou boa com mira, então não foi sorte- andei ate ele sorrindo e tirei o esquilo de suas mãos – esse é meu.

Sua boca meio aberta, surpreso pelo meu ato, logo em seguido um riso seu escapou de seus lábios, me fazendo sorrir também. Continuamos a andar, por uma burrice minha, acabei torcendo meu pé enquanto matava um zumbi.

— Esta bem?

— Dói um pouco, mas estou- fiz careta ao colocar meu peso no meu pé.

— Vamos lá ruivinha, esta anoitecendo.

— Não consigo andar mais rápido que isso. - digo já ficando irritada.

— Sobe ai- ele fica em minha frente e se agacha um pouco, subo em suas costas e continuamos a andar.

Apoiava meu queixo em seu ombro, observando os lados e a estrada que estávamos passando, até avistar uma grande casa, levantei minha cabeça para enxergar melhor e lá parecia um bom lugar para se descansar.

— Ei, ali! – apontei para a grande mansão.

Daryl caminhou ate lá, comigo ainda em suas costas, o céu já estava escurecendo, minha barriga roncava, meus olhos estavam pesando, mal consegui os deixar aberto. Ele me colocou no chão e preparou sua besta, peguei meu facão dando cobertura para ele, mas nada encontramos lá. O primeiro comado que fomos foi à cozinha e assim que abri o armário um grande sorriso se formou em meu rosto.

— Melhor parada em dias – digo animada  pegando tudo que estava ali.

— Temos refrigerante, eu não curto, mas é melhor que nada- colocou duas garrafas de coca na mesa.

Sentamos-nos A os na mesa e abri um vidro de pasta de amendoim e peguei uma colher, comia aquele pote sentindo cada sabor do amendoim, aproveitando o que Deus nos propôs naquele momento, eu agradeço muito a ele, aquilo estava sendo meu paraíso.

— Gosta mesmo de pasta de amendoim. - escuto sua voz rouca.

— Sou alérgica a geleia, então sempre aproveitei o amendoim, faz tanto tempo que eu não sinto esse sabor- coloco mais uma colherada me minha boca o saboreando.

— Estou descobrindo bastantes coisas sobre você.

— E eu nada de você, meio injusto não acha?

— Quem sabe um dia eu te conte... - paramos de falar ao escutar um barulho.

Recolhemos nossas coisas às pressas e corremos ate um armário nos escondendo, ficamos observando pelas frestas da porta, meu olhar se foi ao dele, assim ficamos nos encarando esquecendo completamente do barulho que nos fez se esconder.

Ate mesmo no escuro podia ver seus olhos verdes como pérolas, minha respiração começou a ficar ofegante, estava tendo mais um ataque de claustrofobia me encostou-me à parede e comecei a procurar pelo meu precioso ar, lagrimas já escapavam dos meus olhos.

— Esta tendo um ataque agora? Serio? – escuto sussurrando. - Puxe o ar, vamos sair daqui.

— Eu não consigo- digo com dificuldades.

Em um ato rápido ou para mim um ato completamente em câmera lenta o vê se aproximando a mim e encostando seus lábios nos meus, arregalo meus olhos por pura surpresa, estávamos no meio de um beijo, dentro de um armário e por incrível que pareça, eu estava respirando. Era nessas horas que eu deveria ficar sem ar e desmaiar, mas não foi isso que aconteceu.

— Esta melhor?

— Por que fez isso? – digo ainda zonza.

— Tive que te distrair.

— Me distraia sempre que quiser- digo sem pensar.

— Com todo prazer. - sorrio.

A minha sorte era que estava escuro, pois com absoluta certeza eu parecia um pimentão de tão vermelha que estava. Ao não escutarmos mais nada, saímos completamente em silencio do armário, quando chegamos à porta tivemos uma grande surpresa, vários zumbis tentando entrar.

— Corre, corre! – Daryl gritou me empurrando.

Corremos ate o porão, os zumbis vinham atrás de nós, fazia algumas paradas matando alguns, Daryl fazia o mesmo, dávamos cobertura um ao outro, meu rosto já estava cheio de sangue de zumbi, se não estivesse acostumada acharia bem nojento, ao chegarmos ao porão vimos que não dava em nada, comecei a me desesperar, tentava criar um plano para sair dali, mas não vinha nada em minha mente.

Continuávamos matando os zumbis, mas parecia que só chegava mais deles, meu braço já estava doendo de tanto que enfiava minha faca na cabeça deles e fazia força para tirar. Trocava olhares com Daryl para ver se tudo estava bem, mas ele estava igual a mim, tentando pensar em algo que pudesse nos tirar daquele lugar encurralado por zumbis.

— Você tem que sair daqui!- gritou

— O que? Eu não vou te deixar aqui!

— Você tem que fugir e encontrar os outros.

— Eu não vou te deixar para morrer.

— Não seja teimosa logo agora Chloe!

— Me desculpe Daryl, mas eu não vou te deixar. Você vai ter que me aturar por muito tempo. - cortei a cabeça de um zumbi e o olhei sorrindo.