Eu acho que é por isso que durante minhas turnês meu corpo sempre fica incrível, eu consigo meu corpo dos sonhos durante esse período.
Eu toquei a campainha e não demorou para Pattie abrir, com um sorriso enorme no rosto.
-- Querida. -Ela sorriu abrindo os braços. -- Entre, entre.
-- Olá. -Sorri entrando depois de abraçar ela. -- Como a senhorita está?
-- Tão bem. Você está linda, se vestiu assim só para o jantar?
Eu estava no meu estilo casual, vamos assim dizer. Uma skinny preta de cintura com uma blusa de alcinha branca por dentro da calça e um trench coat marrom Lavish, do Zimmermann acompanhado dos saltos Runway nue do Giuseppe. Era causal, pra mim.
Eu ia responder mas um ser humano decidiu se meter na nossa conversa.
-- Não, ela vai até a boate depois daqui. -Justin disse sentado no sofá. -- Você está linda.
-- Bem, obrigada.
-- Vai até a boate? -Ela perguntou animada. -- Vocês vão sair, isso é bom.
-- Nós? Não. -Ele riu. -- Ela tem companhia melhor.
-- Você quer falar alguma coisa? -Olhei para ele. -- Porque eu acho que você quer.
-- Não. -Ele disse mexendo no celular.-
-- Eu chamei você, você disse que não iria. Não entendo o porque desse comportamento agora.
-- Se eu disse que não queria ir, é porque não quero.
Eu respirei fundo para não xingar ele, não na frente da Pattie.
-- Justin. -Pattie o repreendeu.-
-- Tudo bem, Pattie. -Sorri para ela. -- Eu preciso. -Peguei meu celular sem nem terminara frase e liguei para Marcus. -- Marcus, aonde você está?
-- Saindo do condomínio.
-- Por favor, volta e me pega aqui.
-- Claro, estou indo.
-- Obrigada.
Finalizei a ligação e olhei para Pattie.
-- Eu não me sinto mais bem vinda aqui então, podemos nos encontrar amanhã na festa do Hank.
-- Querida, não precisa sair assim.
-- Está tudo bem, eu sei lidar com isso. Eu preciso ir, mas se vemos amanhã?
-- Se você acha melhor. Desculpa pelo Justin, não sei o que se passa na cabeça desse menino.
-- Não se desculpe, não é culpa sua. -Abracei ela.-
Marcus buzinou lá fora. Ótimo, preciso dar o fora daqui.
-- Evie. -Justin me chamou.-
-- Não se dê o trabalho. -Falei com um sorriso no rosto. -- Eu preciso ir, mas obrigada por me receberem.
-- Até mais, querida.
Pattie me levou até a porta e Marcus estava me esperando perto do carro. Meu celular começou a tocar e eu acenei para Pattie enquanto atendia.
-- Oi, mãe.
-- Filha, aonde você está?
-- Indo para algum lugar.
-- Venha me pegar, vamos até a igreja.
-- Ótimo, chego em alguns minutos.
-- Ótimo. Tudo bem?
-- Está sim. -Entrei no carro, no banco do passageiro. -- Eu não vou demorar.
-- Tá bom.
Finalizei a ligação e guardei meu celular. Marcus ligou o carro e deu a partida.
-- Tudo bem? -Ele perguntou. Eu assenti com um sorriso leve. -- Você não ficou nem 5 minutos ai.
-- Ele está estranho, ele me tratou... mal.
-- Por que?
-- Eu não sei. Ciumes, talvez, não sei.
-- Ninguém deve tratar alguém mal, ainda mais por ciumes.
-- Eu sei.
-- Não é porque ele perdeu a memória que você deve aceitar tudo o que ele faz a você. Ele não tem o direito de fazer mal a você.
Eu sorri olhando para ele.
-- Obrigada por me lembrar disso, Marcus.
-- Que isso, vamos trabalhar juntos, devemos nos dar bem.
-- Você está certo. Então, me fale sobre você.
-- Eu sou casado, minha esposa está grávida de 4 meses.
-- Já sabe o sexo?
-- Tem 80% de ser menina.
-- Isso é ótimo. -Sorri. -- Você ficou feliz?
-- Muito, era meu sonho.
-- Leve sua esposa para a festa do Hank amanhã, eu quero conhecê-la.
-- Obrigado. -Ele sorriu. -- Ela vai gostar, ela ama festas.
-- As vezes é bom. De onde você é?
-- Jacksonville.
-- Oh, lá tem um dos melhores pontos turísticos que eu já visitei.
-- Isso é verdade.
-- A casa dos meus pais. -Apontei para a entrada que ele tinha passado.-
-- Desculpa.
Nós rimos enquanto ele fazia a volta.
Fazia tempo que eu não ia até a igreja, ainda mais com a minha mãe. A última vez que eu estive numa igreja católica foi no começo do ano, quando a turnê mundial acabou. Eu acho que chorei por estar tanto tempo longe de uma lugar que eu amava ir. Eu amava ir a igreja aos domingos com a minha mãe e parei, simplesmente parei. Eu pedi perdão por me afastar por tanto tempo. Igreja é um lugar que eu me sinto tão bem, sempre. Um lugar repleto de boa energia.
-- Vamos voltar mais vezes. -Minha mãe segurou minha mão sorrindo. -- Você está até mais leve.
-- Eu estou. -Sorri. -- Faz tempo que a gente não vem a igreja.
-- Você, só você. -Nós rimos. -- Para aonde vai agora?
-- O Scooter está me esperando para jantar, quer vim?
-- Não, eu vou pra casa.
-- Vamos, mãe, vai ser bom. Depois vamos até a boate.
Ela riu. -- Deixa toda essa animação para você. -Ela me abraçou. -- Eu pego um táxi ou aqueles carros que estão na moda.
-- Uber. -Nós rimos. -- Podemos te deixar em casa.
-- Melhor ainda.
Nós entramos no carro e Marcus nos levou até a casa dos meus pais. Depois de deixar minha mãe lá, fomos até o The Nice Guy. Scooter disse que tinha alguém que queria me ver, só não disse quem.
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