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História Would you bleed for me? - Lance os dados, tenha sorte


Escrita por: ArrozDoce88

Notas do Autor


Como podem ver, eu não tenho criatividade nenhuma para títulos e isso é uma vergonha lsdkalkdçla

Capítulo 4 - Lance os dados, tenha sorte


-Sam Winchester POV-

Não sei o que significa a marca que ela carrega mas só ser uma ligação com Lúcifer não pode ser coisa boa. Tenho que admitir que a expressão de quando ela encontrou Crowley foi muito engraçada, achei que ela iria bater de frente com ele e me impressionei quando ela me abraçou para se proteger.

Não sei por que mas senti um arrepio tomar meu corpo essa hora. Não foi uma coisa romântica e nem foi medo, foi um arrepio que eu não posso identificar o motivo. Segurei sua mão e disse que iria protege-la e eu não menti, sinto como se ela fosse minha responsabilidade.

-Na verdade, anjinho, eu vou precisar do máximo de ajuda possível. Não quero envolver meus demônios nisso. Estamos tendo muitos problemas técnicos no inferno por causa de Lúcifer. - Crowley disse e olhamos incrédulos para ele. -Ah, vamos lá vai ser divertido! - Senti a Vênus me apertar mais forte, como um pedido silencioso para eu não ir. Infelizmente, eu não vou poder atender.

-Castiel, podemos ir amanhã bem cedo. Hoje está muito tarde. - Ele olhou para mim e acenou positivo com a cabeça antes de desaparecer com o Crowley. 

Eu tenho um tempo com ela antes de sair amanhã. Afastei um pouco ela e vi que estava cabisbaixa, pedi que me acompanhasse até o quarto que, a partir de hoje até um tempo indeterminado, seria dela. Assim que chegamos no quarto ela pulou na cama e começou a rolar, não aguentei segurar as risadas e logo ouvi ela rindo também. Ela riu tanto que seu rosto ficou corado e eu com a barriga doendo. Ela fica linda assim.

-Ei, Sam. Desculpa por ter sido rude com você. Não acho que você teria tirado Lúcifer da jaula de propósito. - Falou enquanto eu sentava do seu lado na cama.

-Eu que tenho que me desculpar com você, e com metade do mundo. Eu fiz uma burrada tão grande que as vezes eu nem acredito que... - Parei de falar quando senti ela fazendo uma trancinha no meu cabelo. Se fosse outra pessoa eu ficaria com raiva, mas com ela é diferente, não é como se eu pudesse ficar irritado com a pessoa que está em sérios problemas por minha causa. Ela me lembra muito a Jéssica, não com malicia, mas com o jeito doce e explosivo ao mesmo tempo.

Fiquei de costas para ela enquanto ela fazia várias trancinhas no meu cabelo. Senti ela me abraçar com força e logo minha blusa ficou molhada. Ela estava chorando. Virei ela para mim e aninhei ela como um bebê no meu colo. Ela chorou por muito tempo até dormir. Meu coração falhou uma batida, o que está acontecendo comigo? A deitei na cama e peguei uma coberta para cobrir ela e parti para o quarto da Charlie.  

Ela estava de costas para a porta sentada numa mesa de centro com vários papeis envolta e seu notbook na sua frente.

-Charlie você pod... -

-Tomar conta dela enquanto você procura a bruxa? Claro, vai ser divertido. - Ela disse me cortando. Ótimo, menos um problema.

-Não vai demorar muito, eu prometo. Boa noite.

-Boa. - Ela virou de novo para o notbook e voltou a fazer suas pesquisas.

Segui rumo o meu quarto, e comecei a arrumar as coisas.

 

 

-Vênus POV-

 

 

Eu estava na mesma jaula, deitada no chão, de olhos fechados, cantarolando e muito entediada.

-Vênus, vai continuar me ignorando por quanto tempo?. - Era ele de novo. Ele vinha todos os dias, "passarinhos"  me contaram que ele proibiu todos meus outros irmãos de virem aqui. Se ele quer me deixar louca, está conseguindo.

-Vai embora. - Não estava com saco para isso hoje. Na verdade eu nunca estava, ia fazer 1000 anos que eu estava ali. Como eu sabia? Palpite.

-Você não pode ficar com raiva de mim para sempre. Eu só fiz isso para te ... -

-Proteger e blah, blah, blah. Vamos ver se eu não posso, quanto tempo te ignorando pra você começar a surtar? Aposto mais algumas semanas. - Falei ainda de olhos fechados. Ele não merecia nem meu olhar.

Ouvi ele suspirar antes de sair.

-Você não vai ficar muito mais tempo aí, Vênus. -

-O quê? - Abri meus olhos e por impulso me joguei contra a jaula.

Acordei num movimento brusco que me levou ao chão. Assustada como sempre, mas dessa vez eu não lembro do meu sonho, não sei dizer se é uma coisa boa ou ruim.

E meu segundo susto do dia foi com a Charlie gritando e pulando na minha cama. Não entendo essas pessoas que ficam animadas logo de manhã. Ela literalmente me empurrou da cama ao banheiro e se eu não tivesse tirado ela dali, ela teria tirado minha roupa também. De banho tomado, cheirosa e maravilhosa com a roupa que ela me emprestou começamos a fazer o tour pelo lugar enquanto conversávamos sobre várias coisas. Era incrível o fato de sermos tão parecidas em tudo e até no gosto sexual, bom, quase tudo. Ela prefere roxo e eu marrom, rpg e eu mmorpg. Tirando isso, somos quase uma pessoa divida em dois.

Colocamos um mix de músicas na "sala" e deitamos no sofá.

-Tô te falando, Perfect World é muito melhor que Tibia. - Eu disse tentando convencer ela do óbvio.

-Você desonra a internet falando isso. Perfect World nunca vai ser melhor que Tibia. - Ela me respondeu e nós só conseguimos parar de rir quando trocamos as músicas por WWE.

E nisso sim concordávamos uma com a outra, The Undertaker sempre será superior a todos ali e a Lita sempre será a melhor Diva. Gritamos igual loucas quando vimos o Seth Rollins trair a The Shield.

-Meu Deus, eu sempre soube que ele era babaca, mas trair os amigos? Ele se superou. - Ela concordou e colocamos na música de novo.

-Não esperava isso dele, ele se vendeu pra Authority. - Ela estava com uma tremenda cara de desgosto, ela era fã dele. -Quem vai fazer o almoço? - Ela perguntou e olhou para mim, não deu 2 segundos e corremos para a cozinha, infelizmente ela ganhou a corrida.

-Posso escolher o que vai ser pelo menos? - Fiz minha carinha irresistível, que consiste em uma careta ridícula, mas que por milagre todo mundo cai. -Macarrão com molho branco.

-Tudo bem. Enquanto eu faço, que tal falarmos de uns assuntos mais pessoais? Só se você quiser é claro. 

-Tudo bem. Pode perguntar, eu sou um livro aberto doçura. -

Ela pareceu pensar um pouco e lançou uma que eu não esperava.

-Onde conseguiu suas cicatrizes? - Olhei para ela na mesma hora. -Quando você estava no chão eu vi algumas. -

-Bem, algumas em brigas, outras em acidentes desastrados. - Lancei a ela um olhar relutante antes de continuar. -Mas a maioria eu ganhei do irmão da minha mãe. O que eu posso dizer, ele era um bebâdo e viciado. Mas um dia ele chegou mais louco que o normal e ameaçou minha mãe, eu tentei impedir ele de fazer alguma loucura e eu virei o alvo. - Nesse ponto ela já me olhava incrédula. -Ele me acertou algumas vezes antes de eu conseguir pegar a faca e enfiar na garganta dele. -

-Victória... Isso é horrível! - Disse com um expressão de puro horror. -Você foi presa? -

Olhei para ela tentando descobrir se ela estava com essa expressão por eu ter matado aquele babaca. Não acho qe seja por isso. Desviei o olhar antes de continuar.

-Não, o júri me condenou inocente, eles viram como legítima defesa. - Eu não queria olhar para ela, sei que ela vai me julgar.

Não sei o que me deixou mais surpresa, o impacto do abraço inesperado ou as palavras de apoio. Realmente, essas  pessoas são incríveis.

-Está tudo bem, isso foi a bastante tempo. - Me desprendi do abraço um pouco envergonhada. -Então a comida é para hoje ou mês que vem. - Consegui arrancar algumas risadas e isso me aliviou.

Conversamos sobre várias outras coisas e ela terminou o macarrão e começamos a comer. Ela me perguntou sobre meus pais.

-Eu não conheci o meu pai e minha mãe não me conhece mais. Mas é sério, eu tô bem, pelo menos ela via ficar fora disso tudo. E os seus? -

-Tem razão. Eu nunca tive uma boa convivência com meus pais, quando eu fiz 19, hackeei a conta do banco deles e tirei o suficiente para viver longe e fugi de casa. Não faço ideia de como eles estão mas devem estar felizes comigo longe como eu estou. Não precisa falar nada, eu tô com fome. - Ela disse com o humor típico dela e eu desisti de saber mais, aquilo já era o suficiente.

-Nossa, isso tá incrível! - O macarrão tinha ficado muito bom, e eu achando que o meu era melhor. Doce engano.

Ela ficou da cor do cabelo e agradeceu. Limpamos tudo e fomos para o quarto.

-Sabe, eu te achei muito interessante mas não queria dar em cima de você, então que tal a gente dar uns 10 minutos de pegação sem perder a amizade? - Eu cai na gargalhada mas concordei.

Me aproximei, colei nossos lábios e ela me puxou para bem perto dela. Nossas linguas disputavam pelo comando, uma de minhas mãos segurou em sua cintura enquanto a outra segurou em seu cabelo, dando uma leve apertada em ambas as areas e então pude ouvir seu gemido de protesto. Me desprendi do beijo e a encarei, ambas eramos ativas, nunca iria dar certo. Mas ainda sim pude aproveitar a sensação magnífica de ter beijado uma ruiva.

-Sei nem o que falar. - Ela disse toda sorridente, levantou e foi para frente da televisão mudar as músicas. 

O dia passou muito rápido e nada dos meninos chegarem. Tivemos a brilhante ideia de cantar e dançar feito loucas. Colocamos num mix com todo tipo de musica existente.

 

"Let the voice of reason shine

Let the pious vanish for all times

God's face is hidden, all unseen

You can't ask him what it all means

He was never on your side

God was never on your side"

 

Não sei como mas misturamos um pé no outro e caímos igual bosta no chão, infelizmente o jeito é desistir da carreira de dançarina e investir na bolsa de valores.

Ficamos vendo séries até tarde e depois fomos dormir. Passar o dia com ela me fez esquecer temporariamente dos meus problemas e isso foi fantástico, ela é fantástica.

 

 

 

 

-Narradora POV-

 

 

 

 

Uma silhueta foi vista na porta do quarto, andando até a cama e ficando próxima a janela foi possível indentificar: Lúcifer. O arcanjo chegou próximo da mais nova e acariciou seu cabelo, estava sem expressão em seu rosto já marcado, sua casca já estava no limite. O quarto foi ficando mais frio resultando num pequeno desconforto para a garota adormecida. Uma nova presença foi avistada no quarto, Lúcifer virou-se para a porta e viu quem ele estava esperando.

-Como vai, irmão? -Perguntou debochadamente para Miguel enquanto se dirigia para a poltrona que ficava ao lado da cama.

Duas criaturas majestosas e incrivelmente destrutivas em um único lugar, e o pior, com seus objetivos a 3 passos de distância. Eles poderiam fazer o que quisessem nesse momento e nada os impediria, ou não. Os dois estavam limitados em suas cascas temporárias, eles não arriscariam um combate naquele estado.

-Lúcifer. Sabia que te encontraria aqui agora que saiu da sua jaula. -Miguel disse com certo desgosto e passou a observar o corpo adormecido da garota antes de se virar novamente para Lúcifer, o encarando com seu olhar superior.

-Sempre soube que você sabia das coisas, por isso vim aqui. - Disse com um sorriso presunçoso. Ele queria derrubar a armadura de Miguel e sabia muito bem como fazer isso. -Sabe, irmão, eu fiquei muito triste enquanto fiquei na jaula sozinho mesmo sabendo que não deveria ser assim. Imagino se ela também se sentiu assim, presa e sozinha por milênios, para seres com destinhos gloriosos, ficamos tempo demais deixados de lado como brinquedos quebrados. -

Miguel sabia o que seu irmão estava fazendo, queria abala-lo e o desequilibrar, não ia conseguir. Não dessa vez.

-Você não desiste não é? Sempre querendo as atenções todas voltadas para si, nunca pensando nos outros. Tentou destruir os humanos uma vez e fracassou, foi parar nunca jaula longe de tudo e todos no pior lugar da criação, condenando metade de nossos irmão com você. Por que acha que dessa vez vai ser diferente? - Podia sentir sua fúria crescendo a cada segundo.

Um pequeno silêncio foi estabelecido antes de ser respondido.

-Desde o início dos tempos o destino do homem é o mesmo dos piolhos, igual a parasitas movendo-se sem seus olhos. Sempre destruindo e consumindo a perfeita criação como se fossem seus donos. A verdade é que os humanos são uma raça desprezível que merece a aniquilação. - Dizia com certa convicção. Ele se atentou aos movimentos de seu irmão enquanto estudadava suas expressões. Um sorriso desdenhoso se desenhou em sua face ao observar a fúria contida do arcanjo a sua frente.  -Dessa vez vai dar certo pelo simples motivo de que a terei do meu lado e você não vai poder fazer nada sobre isso. Você sabe, isso pode acontecer uma centena de vezes, ela sempre vai estar do meu lado. -

O frio ficou mais intenso e a tensão cresceu de uma maneira supreendente. Lúcifer conseguiu cutucar o ponto fraco e o levou ao seu limite. Bastou algumas palavras venenosas para desestabilizar seu irmão.

Essa foi a gota d'água para Miguel, tão rápido como chegou, foi embora com um farfalhar de asas. Lúcifer não conseguia conter seu sorriso maldoso. Nesse momento, foi possível sentir os dados sendo lançados, ambos em uma disputa de poder e conquistas, onde ninguém saberia dizer qual lado seria o campeão, apesar de tudo, qualquer um saberia dizer o quão ruim aquilo era. Deu uma última olhada para a garota antes de fazer o mesmo que Miguel. Ninguém saberia que eles estavam ali, mas não contavam com um detalhe, o anjo que sempre esteve presente ali: Castiel.

 

 

 

-Sam Winchester POV-

 

 

 

Estávamos voltando para o bunker, a pista que Crowley nos mandou checar antes de sumir com Castiel não levava a nada. Perda de tempo, e eu estava muito ansioso para chegar logo, um nó se formava na minha garganta toda vez que me lembrava da decisão insensata de ter deixado ela sozinha com a Charlie sabendo que ela tinha uma queda por mulheres. Não, não era ciúmes. Uma sensação ruim. Notei que Dean percebeu meu incomodo.

-Algo de errado, Sammy? - Odeio quando ele me chama disso.

-Só quero chegar logo. - Fiquei observando o lado de fora do carro na esperança do tempo passar mais rápido.

-Será por causa da Charlie com a Venoninho? - Disse com um sorriso sarcástico. O encarei por um momento. Que merda significa Venoninho? - Não se preocupe Sam, não acho que ela faça o tipo da Charlie. - Com esse último comentário desnecessário, não trocamos mais nenhuma palavra até chegarmos no bunker.

Assim que pisamos no lado de dentro, encontramos uma cena bem bizarra. Rowena estava sendo segurada por Castiel e Charlie sendo segurada pela Vênus.

-Sua desgraçada, eu vou te matar e depois eu vou comer o seu coração! - Gritava Charlie para Rowena. O cabelo de Charlie estava num tom de roxo com verde vômito.

-Cale a boca, criança insolente! - Gritou de volta a bruxa. Enquanto a mais nova do meio não se aguentava de rir. - E quer parar de rir como se fosse algum tipo de doente mental? - Ela estava realmente furiosa.

Isso pareceu não afetar, já que ela riu ainda mais. O que nos perdemos antes de chegar? 

-Sabe a diferença entre um pão e uma bruxa? - Ela tentava dizer no meio de suas risadas. -O pão não grita quando pega fogo. - Eu não estou acreditando no que estou ouvindo.

Dean começou a rir tão alto que chamou a atenção de todos ali. Rowena que estava com a expressão raivosa, aliviou assim que me viu.

-Samuel, que saudades que eu tive de você. - A frase fez com que a Vênus parace de rir instantâneamente e encarasse a bruxa com uma expressão de desgosto.

-Sam, precisamos conversar. - Castiel não esperou eu responder e já nos levou para o quarto. - Não chegamos a muito tempo, mas preciso que saiba que quando chegamos, eu senti duas energias muito poderosas no quarto da garota e os sigilos contra anjos estavam todos defeituosos. E eu preciso te contar uma coisa sobre a Vênus. - Ele estava ainda mais sério do que o normal.

-O que tem ela? - Não dei tanta bola sobre os sigilos quando ouvi que tinha algo sobre ela para me contar.

-Você tem que prometer que não vai contar para os outros até a hora certa chegar. - Eu concordei com a cabeça e comecei a ouvir o que ele tinha a dizer e não consegui não me espantar diante daquelas palavras.

 

 

 

-Vênus POV-

 

 

 

Eu estava sentada numa poltrona enquanto a bruxa mexia na marca em meu pulso. Ela também estava com um livro na mão desocupada. O clima já estava melhor, Sam desceu com Castiel um tanto quanto pálido e Dean e Charlie foram preparar sanduíches, mas já estavam na sala conversando. Todos esperavam uma resposta.

-Você é muito bonita. - E para completar, ainda mexi em seu cabelo. Não sei o por quê disso, apenas fiz.

Ela parou um tempo, olhou bem para mim e por um momento eu achei que ela diria uma coisa bem malvada, mas eu me enganei. Ela sorriu e agradeceu e me elogiou de volta. É, nunca julgue um livro pela capa.

-Você também é, por que não deixa seu cabelo crescer? - Ela perguntou, voltando sua atenção para o livrou outra vez

-Não me sentia muito a vontade com o cabelo muito longo. - Dei de ombros. Ela resmungou algo que eu entendi como "que pena" e mais algumas coisas imcompreensíveis.

Preciso urgentemente pintar meu cabelo, minhas mechas já estão ficando desbotadas. Talvez eu pinte metade dele de verde.

O tédio me consumiu por completo e eu não podia sair dali. Me sentia como um animal de circo que todos olhavam, não, eu estou mais para um tipo estranho de cobaia. De qualquer forma, nenhum dos dois são bons. 

-Achei! - Ela gritou orgulhosa e eu me assustei. Estava quase dormindo. Todos ficaram atentos ao que ela ia dizer. -Isso é um simbolo de ligação muito poderoso e antigo. Não sei bem como funciona, mas ao que parece, se liga com as energias e com a força que alguns sentimentos podem ter para duas pessoas. - Todos olhavam incrédulos para ela. Não, isso não pode ser verdade.

-Você está dizendo que isso liga duas pessoas? - Perguntou o Dean assustado e logo olhou para mim. 

Na verdade, todos olhavam para mim com o mesmo olhar. Eu conhecia bem aquele olhar, uma mistura de várias coisas mas o que mais se destacava era a pena. Posso não conhecer bem eles, mas foi horrível o sentimento que me causou. Eu me senti enojada, meus sentimentos foram ligados com aquela coisa!

Charlie parecia querer dizer alguma coisa mas logo ficou quieta. Ela lançou um sorriso como se dissesse para eu ter força. E eu não consegui retribuir.

-Se ninguém mais for atrapalhar, eu vou explicar. -Ela olhou para todos antes de continuar. -Ótimo. Eu estou dizendo que quem colocou isso em você, tinha como objetivo praticamente juntar suas almas. Como vocês são completos ignorantes, eu vou explicar de maneira simples. É como um casamento, se os dois aceitarem, se inicia um elo de união. 

Levantei exasperada, como assim se os dois aceitarem?

-Eu casei com Lúcifer? - Como eu aceitei isso? Juntei toda minha força e chutei a primeira coisa que vi na frente, e como sempre eu me ferro, machuquei meu pé. Claro que não foi problema já que o Castiel logo me curou e eu agradeci. A parte dos sentimentos até faz sentido, eu tenho me sentido bem bipolar de uns tempo pra cá.

-Isso te liga a Lúcifer? -Ela perguntou exasperada. 

Todos na sala ficaram tensos, se o que ela disse for mesmo verdade, qualquer deslize eu viro um Lúcifer mirim? Seria engraçado se não fosse triste. É tipo aquele programa de televisão, acho que o nome era "Casada com o inimigo". Não conseguia achar graça nem nas minhas piadas ridículas. Como isso aconteceu?

-Toda vez que eu penso que consigo me afastar eu estou de novo no olho do furacão. Não sei se vocês lembram mas eu lembro muito bem o que aconteceu comigo quando eu estive a um dedo de distância dele, e agora vocês me arrastam até esse buraco escondido do mundo para que eu quebre um elo entre ele e a única coisa que ele se importa o bastante para querer juntar suas almas? - Ela dizia em um tom incrédulo beirando o sarcasmo e eu não julgo nem um pouco ela. -Isso tudo é culpa sua Fergus. Você é como um câncer que se alastra pela terra e me leva junto, por que não desaparece da minha vida? -

Ela disse alguma coisa que eu não entendi e logo depois todos estavam presos na parede e eu presa no chão, de novo não!  A bruxa começou a mexer na bolsa e eu achei que ela tiraria alguma coisa para me matar mas não, ela tirou um bracelete. Ela recitou um feitiço e colocou o bracelete em cima da minha marca. Eu vi o mundo rodar junto com meu estômago, o que ela fez comigo?

-Eu selei essa coisa, antes que ela comece a te controlar. E já que eu, infelizmente, vou ficar aqui por um tempo, vou te ensinar a controlar isso. - Eu apenas confirmei, mas entender eu não entendi.

Castiel chegou perto de mim e levantou minha blusa, pensei em afasta-lo mas estava muito tonta para isso. Ele colocou a mão em cima da minha costela e eu senti uma dor aguda. Soltei um palavrão e cai, antes de apagar, senti braços me rodeando e me levantando. Eu sabia que era o Castiel, adoro o cheiro dele. Se eu pudesse ficaria abraçada nele até isso tudo acabar. Por que logo eu? Sei que é um pensamento horrível mas não posso evitar.

Desmaiar pelo visto já faz parte da minha rotina diária. Casada com o diabo, isso é muito estranho. Eu me sinto tão horrível por saber que eu aceitei isso e nem me lembro, que não sei como não entrei numa depressão instantânea. Acho que meu humor é inabalável demais para isso, e se não fosse, não sei o que seria de mim.


Notas Finais


Qualquer coisa, reclamação, ideias, qualquer coisa mesmo, os comentários estão aí pra isso. Beijos de luz


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