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História Would you like some coffee? - Capítulo 29


Escrita por: jauregreys

Notas do Autor


Quem mais está assistindo ao MMVA's? <3

Capítulo 29 - Capítulo 29


POV Lauren

Acordei mais cedo, e fui na academia do prédio me exercitar um pouco, aquilo havia se tornado um costume, já que ajudava a melhorar minha imunidade que era baixíssima, isso foi problema quando eu comecei a viajar mais e eu era exposta a diferentes climas, ou seja, sempre estava doente tendo que cancelar alguma coisa.

A notícia de que eu havia levado duas mulheres para casa ainda rondava em algumas páginas da internet me estressava, minha privacidade era nula praticamente, e o pior, é que as duas ainda continuavam me ligando como se eu fosse querer algo sério com elas.

Assim que eu terminei a sessão de exercícios eu subi para o meu apartamento tomar um banho, que hoje eu iria almoçar na minha mãe. Coloquei um calção jeans, uma camiseta que ia até metade das minhas coxas, e fiz um coque frouxo na cabeça. Peguei meus óculos de sol e saí do prédio indo em direção ao carro quando alguns paparazzi me abordaram no caminho.

Eles eram como abutres atrás de informações que eles podiam manipular para ganhar uma boa grana, eu era uma grande fã da privacidade, então eu apenas ignorei e entrei em meu carro já pisando no acelerador em direção a casa de minha mãe, seria um dia simples se eles não decidissem me seguir até lá.

Chegando lá eu já fui entrando na casa, tirei minha jaqueta de couro e pendurei na parede. Coloquei meus óculos de sol dentro do bolso junto. Escutei risadas vindas da cozinha, uma delas era a escandalosa de Taylor, a outra eu conseguia reconhecer, o que Camila estava fazendo aqui? Bufei revirando os olhos em fui direto para a cozinha, me deparando com minha mãe mexendo em algumas panelas, Taylor vendo vídeos no celular e Camila cortando legumes na tábua.

- Bom dia.

- Oi filha – minha mãe me abraçou forte e eu deixei um beijo em sua cabeça. Parecia que quanto mais os anos passavam, mais charmosa ela ficava.

- E aí maninha – Taylor me abraçou também, e depois eu encarei Camila, que me olhava de uma forma neutra, como se pensando se iria ganhar um abraço meu.

- Oi Camila – mas eu não fui a abraçar, apenas deu um meio sorriso me sentando na mesa. Meu pai deveria estar no Jauregui’s, então acho que seria apenas nós.

- Oi Lauren.

- Meu celeiro está inteiro Taylor? Faz tanto tempo que eu não vou lá – pedi curiosa, porque realmente fazia tempos que eu não ia lá – e meu Mustang? - Meu Mustang estava em Miami também, eu queria dirigi-lo novamente, mas toda vez que eu ousava me colocar atrás do volante, lembranças com Camila vinham a cabeça, e aquilo me atormentava, então, eu deixei em Miami, e Taylor podia usar quando quisesse desde que cuidasse.

- Está inteiro sim maninha, eu prometi que ia cuidar... e seu Mustang, eu meio que arranhei – arregalei os olhos para ela, querendo voar em seu pescoço por um minuto, eu deveria estar vermelha de raiva.

- Você o que?

- Eu estou zoando, meu deus, achei que você ia pular em mim, ficou até vermelha.

- Bem que eu queria pestinha, eu teria um ataque cardíaco se fosse verdade.

- Depois de me matar talvez.

- Talvez.

- Eu vou te levar lá, vem – Taylor se levantou e eu fui atrás dela animada, a porta parecia ter sido trocada, a única diferença vendo de fora era aquela. Tay destrancou a porta, com a chave que eu costumava deixar no meu colar, e de lá, meus olhos brilharam ao ver tudo lá. Meu velho piano, meus violões, microfone todo enrolado em fita. Os pisca-pisca ainda no teto, e os pôsteres meio rasgados. Havia sido lá que eu tinha me “formado”, foi que lá que Lauren Jauregui nasceu – só está meio empoeirado, mas tirando isso, está tudo em forma.

- Está tudo como deveria estar Tay, eu só estava pensando, que foi aqui que Lauren Jauregui praticamente nasceu, eu passava horas trancada aqui, escrevendo e tocando. Por um momento eu queria levar tudo isso para minha casa em L.A, mas acho que perderia toda a essência do que eu aprendi aqui sabe?

- Entendo... eu vou deixar você aqui, é seu momento – Taylor saiu já fechando a porta e eu me sentei no velho tapete empoeirado. Pois é, eu tiraria o dia para mim, ótima forma de evitar o demônio que estava na cozinha rindo com minha mãe. Acendi todas as luzes, abri a janela para que o ar entrasse, e liguei uma música no volume baixo.

POV Camila

Assim que Taylor e Lauren saíram para ir ao celeiro, o clima meio que aliviou um pouco, eu me sentia com um peso sob minhas costas com aquele olhar que parecia queimar em mim.

- Ela nunca vai me perdoar Clara, aquele “Oi Camila” chegou até doer de tão frio que foi.

- Vocês vão ficar juntas, não se preocupe, isso só depende do tempo.

- Como assim?

- O amor de vocês. Ele não acaba sabe? Não há tempo, barreiras, ou qualquer coisa que destrua. É o amor verdadeiro. Pode ser difícil de acreditar nisso agora... mas vai por mim.

Depois daquela conversa, nós não voltamos no assunto, e terminamos o almoço calmamente. E o almoço até que foi tranquilo, tirando o fato de que nenhuma palavra dela foi deferida a mim, a não ser indiretas, bem venenosas por sinal. Eu queria largar aquilo e sair correndo, queria chorar de novo, mas eu permaneci, porque eu tinha que parecer forte e indiferente a tudo aquilo.

Lauren ficou secando a louça enquanto Taylor secava, enquanto eu fui para a sala de estar. Achei incrível que ela ainda não tinha questionado alguém, por eu estar ali sorrindo e ajudando a fazer almoço com a família dela. Talvez, quando eu fosse embora ela iria fazer um questionário.

Quando elas terminaram Lauren se mandou direto para seu pequeno celeiro. Taylor foi na casa da amiga, e a dona Clara falou que ia sair. Ótimo, era eu sozinha com a fera. Acho até que fizeram de propósito, sério Camila? Você acha?

- Quer saber, foda-se – me levantei do sofá e fui até o celeiro, com a confiança que foi diminuindo a ponto que eu me aproximava da porta. Assim que eu cheguei lá entrei sem bater, e ela estava lá, sentada no piano, tocando alguma coisa aleatória que deveria estar saindo de sua mente musical brilhante, porém nem percebeu minha presença ali – isso está muito bom, música nova? – Ela continuou tocando, ótimo, ignorada com sucesso. Nem liguei se iria levar um soco, apenas apoiei minha mão em seu ombro, fazendo com que ela se arrepiasse e levantasse provavelmente com raiva, o quanto aquela mulher conseguia armazenar de raiva?

- O que está fazendo aqui Camila?

- Apenas apreciando a melodia... como foi sua turnê? – Ela me encarou como se fosse estúpido eu continuar ali – será que não podemos ter uma conversa normal? Ou é problema para seu ego enorme? – Ela respirou fundo e se sentou no piano novamente.

- Foi incrível, assim como a outra – ela parou por um instante – os fãs são sempre tão incríveis, eles te mantem de pé, porque chega um momento, que ter que ficar indo de um lado para o outro, fazer entrevistas, tirar fotos, fazer e refazer malas, tudo isso se torna cansativo. Mas saber que a milhares de pessoas que estão ali por você já melhora o dia.

- Rotinas são cansativas...

- Pois é, como anda Sofia e Sinu?

- Sofia está tão crescida, ela participa do time de futebol, é até a capitã. E minha mãe, está mais bela a cada ano, ela está trabalhando menos ultimamente, porque agora eu estou lá.

- Você deve ser boa.

- Eu até tento, não é? Sofia Iria adorar te ver, ela tem vários pôsteres seus no quarto.

- Sério? A baixinha é um amor, eu posso visitar ela qualquer dia desses? – Ela parecia estar interessada naquele assunto, e por que não estaria? Ela sempre amou Sofia.

- A vontade, amanhã à tarde ela tem treino de futebol, se quiser aparecer por lá.

- Vou tentar ir, obrigada – ficamos paradas nos encarando, eu queria aqueles lábios para mim de volta, mas seus olhos não me diziam isso. Ela parecia pensativa na verdade, em outra órbita praticamente, talvez pensando em como eu era uma pessoa horrível – Camila, por que você terminou tudo?

- Eu não posso contar, pelo menos não agora – seus olhos ficaram em um tom verde escuro em demonstração de raiva, mas seus ombros caídos eram sinal de tristeza – Laur, você vai saber, não se preocupe.

- Por que não pode simplesmente, me esclarecer tudo agora, nesse exato momento? – Ela segurava as lágrimas, e tudo o que queria era envolve-la em meus braços, para espantar tudo de ruim que ela vinha sentindo pelos anos, por minha culpa.

- Porque não é certo. Lauren, você ainda sente ódio, não mudou isso de um dia para o outro, e isso faria com que não acreditasse em nenhuma de minhas palavras, porque cá entre nós, acho que nem eu acreditaria nessa história se estivesse no seu lugar.

- Okay, eu compreendo.

- Certeza? Por que eu estou esperando o momento em que você vai começar a gritar comigo me mandando embora.

- Eu não vou. Mas eu gostaria bastante de ficar sozinha agora – assenti e me virei para sair, suspirei ao fechar a porta, eu queria gritar, queria falar que a amava mais que tudo, e isso tudo ficou preso em minha garganta de forma torturante.

 



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