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História Wounds - Capítulo 10


Escrita por: elyciarules

Capítulo 10 - Capítulo 10


Passaram-se mais de duas semanas, Lexa estava mais que feliz em seu emprego. Ajudava a adolescente Sam com seus estudos fazendo a mais jovem entender as tão difíceis contas e cálculos, Lexa se divertia com as brigas entre mãe e filha naquele restaurante, era seu som favorito as vezes quando Sam dizia eu te amo para Luna.

O dia no restaurante seguiu movimentado, mas o clima ali parecia mais pesado que o normal, durante a manhã Lexa pegou Ilian o cozinheiro muito pensante pelos cantos do estabelecimento. Até que na hora do almoço poderia se ouvir os gritos enfurecidos de Nia, Luna estava com as mãos na cintura olhando para cima, seu pé no primeiro degrau e rosto contorcido entregava a vontade de subir as escadas e saber o que acontecia.

Após horas de gritos e discussões, o chef desceu as escadas e deixou enfurecido o restaurante. Lexa é Luna trocaram olhares confusos, elas queriam saber o que exatamente aconteceu ali. Nia a dona do local descia as escadas devagar,ajeitando seu pequeno blazer preto, ajeitou os cabelos em um coque refinado, seus olhos azuis claros pararam nas duas figuras a fitando na expectativa.

– Dawson não faz parte de nosso restaurante. – informou, mantendo a pose fria e séria de sempre. – Portanto quero que feche o estabelecimento por hoje.

– A família francesa viria jantar aqui, esqueceu-se?

Luna parecia mais desesperada, afinal aquele local é algo que ela ama. Nia pressionou os lábios, abaixou olhar em um ponto fixo na mesa marrom ao longe, ela precisava calcular a noite rapidamente. Não gostava de ficar no prejuízo.

– Você! – apontou para Lexa, que permanecia em silêncio até então. – Consta nos seus registros que já trabalhou em um restaurante, do seu irmão aliás.

– Onde quer chegar? – inquiriu nervosa.

– Não tenho tempo para contratar alguém de fora no momento, isso me tomaria muito tempo e também bastante dinheiro. – levou as a mão na testa enxugando um leve resquício de suor. – Eu preciso que você coloque em prática tudo que sabe sobre a cozinha, acabei de perder meu melhor chef por conta de uma proposta maior.

Lexa encarou Luna, de alguma forma a sua decisão teria seria tomada a partir da opinião da garota.

– Seus olhos brilham quando você está lá dentro. – disse ela para Lexa. Deixando claro sua satisfação com a proposta da tia. – Eu estarei ajudando você nessa.

Woods respirou fundo assentindo para Nia.

– Pois bem , Alexandria, a cozinha é toda sua e aqueles competentes que vocês chamam de ajudante são todos seus também. – alcançou o avental para Woods. Lexa olhou maravilhada para o tecido branco. – Se algo não sair como planejado eu irei destruir sua carreira.

Engolindo a seco, Woods balançou freneticamente a cabeça. Nia voltou a subir as escadas para se enfurnar em sua sala. Lexa buscou por seu celular, nervosa saiu para fora do restaurante e sorriu olhando para o céu, mas não escondia a ansiedade.

– Lex? – a voz de Bellamy soou contente.

– Eu vou cozinhar para franceses da alta sociedade essa noite.


(...)

– Passe ela para doutor Justin. – Clarke caminhou apressadamente até a maca mais próxima. – O que temos?

– Uma fratura exposta. – apontou o enfermeiro para os ombros do rapaz. – Ele caiu de moto em uma avenida movimentada.

Clarke passou algumas horas atendendo seus pacientes. Ela podia sentir um par de olhos claros a admirar ao longe, Niylah sempre tirava um tempo somente para observar a doutora que tanto lhe rendeu suspiros.

– Não tem pacientes para examinar não? – indagou ocupada, em mais um de tantos formulários sobre os pacientes daquele hospital.

– Eu gosto de admirar a doutora. – diz sem nenhuma excitação. Clarke negou rindo erguendo seus olhos azuis para a doutora. – Será que hoje eu poderia levá-la para jantar?

Mais uma tenta entre tantas, Niylah não era de desistir fácil do que queria e naquele exato momento estava querendo ter um encontro digno com Clarke, o último lhe rendeu um soco certeiro no queixo. Ela observou Clarke pensando, e já estava se preparando para mais de milhares de suas desculpas.

– Onde seria o lugar? – Niylah podia sentir seus pés levitar, ela jamais recebeu uma resposta dessas eram sempre, não, talvez um dia ou nunca.

– Azgeda restaurante, um dos melhores que já conheci. – diz empolgada denais.

Clarke sorriu ao notar o brilho nos olhos da outra, pegando sua caneta assinou o pequeno papel e virou-se para Niylah.

– As oito em ponto.

Niylah apertou os dedos na palma da mão tentando demonstrar sua alegria. Assim que Clarke virou as costas a doutora comemorou em silêncio dando saltos, ela teria um momento a sós com Clarke que não envolvesse os amigos dela em uma boate ou um soco no queixo da ex mulher.

– Está com alergia? – Abby cruzou os braços, semicerrando os olhos em direção a doutora alegre.

– Não.. eu só... – Niylah parecia perder as palavras diante da mãe durona de sua amada doutora. – Estava comemorando resultado do jogo.

– Jogo de que? – indagou curiosa, deixando a doutora ainda mais nervosa.

– Fute.... Basquete.

– Qual seu time tão amado? Para você sair toda contente assim é por que você é muito fanática.

– Os Lakers. – Abby caminhou até Niylah.

– Os Lakers jogaram semana passada. – a mais nova engoliu a seco. – Não tem pacientes para atender? Aliás, o que faz nessa ala?

– Eu perdi minha caneta. – sorriu fraco.

– Essa do seu bolso? – apontou oara o objeto cinzento.

– Oh! Exatamente esta. – sem graça mexeu nos cabelos. – Então ate mais senhora Griffin.

Griffin mais velha viu uma Niylah sem jeito seguir reto rumo a sua ala especializada. Ela não queria aprovar algo entre sua filha e aquele doutora, como mãe sentia que sua filha não havia esquecido totalmente de seu primeiro e único amor.

– Acho que sua implicância tem sido exagerada. – a voz de sua filha entregava o quão séria estava. – Niylah não é um monstro pelo qual teme mãe.

– Perdão, eu só queria minha filha dando um rumo certo.

– Certo?! – elevou sua voz. – Mãe, estou dando um rumo certo para minha vida, e não é voltando com Lexa.

– Você acha que eu não gosto da Niylah? – Clarke assentiu como se fosse óbvio. – Está errada, estou protegendo ela também disso tudo. Você sabe que não se entregará totalmente pra esse relacionamento, e não só se machucará como irá machucar essa mulher.


(...)

A cozinha exalava um dos melhores aromas existentes ali. Luna recebia os clientes com um sorriso estampado no rosto, cada um com sua reserva. Nia observava do topo da escada seu estabelecimento cheio, não deixava de ter orgulho próprio, afinal ela construiu aquele lugar com todo esforço desde jovem quando almejava seu próprio negócio.

Lexa colocava todo amor em seus pratos, deixava sua marca registrada na ponta deles com uma pequena assinatura com as siglas A.W as vezes com molho ou chocolate. A noite lhe rendia elogios de todos os pedidos já feito, ela não podia ficar mais feliz. Era sua noite, pela primeira vez estava sendo o melhor dia de sua vida.

– É aqui que tem a melhor chef? – aquela voz contente ela reconheceria em todo lugar, seu amigo Bellamy abraçou a garota apertado. – Estou contente com isso, olha só você com sua pose de chef de cozinha.

– Luna. – sorriu para a morena que trouxe Bellamy até ela. – Quero que conheça meu anjo da guarda, Bellamy Blake, meu grande amigo quero que conheça Luna.

– Você é bem falado. – informou a mulher sorridente.

– Temos um empate por que você também. – Lexa abaixou a cabeça levemente corada. – Olha esses olhos. – puxou a agora chef de cozinha pelo ombro. – Esses verdes estavam escuros pelas surras que a vida lhe deu e hoje estão claros pelo começo de uma nova jornada.

– Devo isso a você, aliás não só a você. – direcionou seu olhar para Luna. – Você tem uma boa parcela da minha felicidade.

– Tenho alguns clientes me chamando.

Bellamy virou-se para a amiga assim que Luna saiu, ele não poderia estar mais feliz assistindo de camarote sua amiga se reerguer.

– Você é meu motivo de orgulho.

– Parece um pai falando. – Lexa brincou jogando o pano no rapaz. Bellamy ajeitou os óculos admirando tudo a sua volta. – Um belo lugar, não?

– Eu estou impressionado com isso. – confessou caminhando, parecia um turista em excursão. – É parecido com a cozinha de seu irmão.

– Eu só vim ver com meus próprios olhos você conseguindo se reerguer. Eu preciso ir.

– Obrigada. – agradeceu pela milésima vez e não se cansaria disso. – Eu estou aqui por você.

– Não sou eu quem tá cozinhando. – observou divertido. – Preciso ir, até mais tarde em casa.

Horas se passaram e a todo momento Lexa ouvia elogios por seus pratos. Ela dava as ordens para alguns de seus ajudantes, ambos atenciosos e sabiam muito bem como fazer seus serviços.

Sobraram no mínimo três casais naquele restaurante, Lexa não perdeu o ânimo e continuou com seu trabalho. Ela sentia de vez em quando os olhares de Nia sobre ela.

– Alexandria, duas mulheres querem conhecer você. – Luna toda atrapalhada com planilhas entrou na cozinha. Lexa se divertia com aquele jeito dela.

Lexa seguiu Luna até a mesa na parte mais escura do restaurante. Para sua surpresa se deparou com Niylah e Clarke, a loira tão bem vestida encarou Lexa chocada. As duas sustentam olhares completamente inertes em tudo a sua volta.

– É você a chef? – Niylah indagou ,fazendo uma leve careta. – Eu gostaria de dizer que estava magnífico a pasta ao molho branco.

– Obrigada. – agradeceu desviando olhar de Clarke. – Aproveitaram bem a noite?

– Totalmente. – Niylah pegou a mão de Clarke em cima da mesa, fazendo um leve carinho. – Adoramos o prato tão bem preparado.

– Espero que tenham um bom fim de noite. – Lexa sorriu, gentil e educada. – Com licença.

Lexa virou-se, fechou os olhos e respirou fundo mas antes de começar sua caminhada de volta para a cozinha, acabou segurando uma desastrada mulher que tropeçou sobre um pequeno brinquedo, Luna e Lexa sorriram uma para a outra com todo carinho.

– Obrigada. – agradeceu, dando-lhe um beijo na bochecha.

Clarke franziu o cenho diante daquela interação, seu peito subia e descia de forma desregular. A última vez que se sentiu dessa forma, foi no ensino médio quando as garotas tentavam cuidar de Lexa. A loira negou bufando.

– Vamos embora. – pediu assistindo aquela interação acabar. Niylah olhou para trás encontrando Luna sorrindo para Lexa.

– Eu vou pagar a conta. – disse desapontada. A doutora frustrada chamou o garçom em seguida pagou, não deixou gorjeta pois sua noite começou quente e agora parecia uma cachoeira gelada. – Podemos ir.

O caminho de volta para casa foi silencioso. Niylah parecia mais concentrada em deixar Clarke em casa do que puxar um assunto e prolongar a noite em um barzinho qualquer. Chegando ao seu destino o carro parou, os olhos de Niylah estavam frios não ousou olhar para Clarke.

– Quer entrar? – indagou Griffin, tocando a perna da outra.

– Amanhã será um dia cheio.

Clarke percebeu seu tom de voz frio.

– Niylah....

– Até amanhã. – virou-se para ela. – Tenha uma boa noite. – deixou um beijo na bochecha de Clarke.

Clarke viu o carro de Niylah sumir na escuridão, ela se xingou mentalmente pelo momento que a outra presenciou, foi natural sem que ela pudesse evitar.

A cama era seu melhor conforto com a cabeça no travesseiro buscou descansar seu corpo e mente, era tudo o que ela precisava.


Notas Finais


• Olá pessoas, comentem sobre o capítulo de hoje 😘

• Meu twitter @elyciarules


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