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História Wounds - Capítulo 11


Escrita por: elyciarules

Capítulo 11 - Capítulo 11


Finnick arrumava pela vigésima vez sua gravata escura italiana. Seu terno bem alinhado e o mais caro dos sapatos deixavam seu ego ainda mais inflado. A reunião do governo onde ele foi convidado por Albert Woods , aconteceria naquela manhã. Ele sentir-se no dever de ter a mais cara roupa para esbanjar na cara dos milionários todo seu porte real.

Albert se deliciava com sua champanhe mais cara, na mesa suas ideias eram elogiada. Finn passou os dedos sobre os cabelos, então se juntou com o prefeito da cidade, participou da conversa fielmente. Albert eloigava o jovem rapaz tão bem educado.

– Foi um prazer conhecê-lo senhor Collins!

– O prazer foi meu secretário. – mostra seu mais branco sorriso. – Tenha cuidado pelo caminho.

A sala de repente ficou vazia, sobrando apenas senhor Albert Woods e o rapaz elogiado. O prefeito com seu típico charuto analisava o jovem Finn. Na maior parte do tempo ele se via ali com seus 30 anos, visionário e ambicioso, pra ele uma das melhores qualidades em um homem.

Finnick serviu ao prefeito mais whisky da melhor qualidade, ocupou a cadeira antiga ficando de frente para o homem, Woods agradeceu levantando seu copo.

– O secretário elogiou seus serviços. – comentou Woods, deixando Collins com seu ego mais inflado. – Ele disse que você poderia ser o próximo prefeito dessa cidade.

– Eu admiro seu trabalho, senhor Woods. – o prefeito sorriu, ouvindo aquilo pela milésima vez. Ele não se cansaria. – O futuro dessa cidade depende do senhor, e eu estarei contigo nessa jornada.

– Eu jamais duvidei Collins. – Finn ajeitou o paletó, deixando sua postura reta. – Afinal, confio meus negócios a você.

Finn sempre teve acesso a tudo do prefeito. Suas ilegalidades por exemplo, eram comandadas pelo rapaz.

– Irei resolver aquele negócio, se me der licença. – eles trocaram sorrisos, Albert sabia muito bem do que se tratava.

– Vá meu filho. – deixou seu copo na mesa e puxou alguns papéis da gaveta. – Qualquer coisa que precisar, estarei bem aqui.

Finn entrou em sua sala, tirou seu paletó e se jogou na cadeira, seus olhos de abriram assim que sentiu alguém sentar em seu colo, sorriu ao ver Echo agarrada em seu pescoço dando leves beijos no local.

– Achei que não fosse mais deixar aquela sala. – comentou o torturando com beijos.

– Eu sou um homem de negócios, eu estava falando com o prefeito. – Echo riu junto dele. – Eu não vejo a hora de assumir o lugar desse verme.

– Então prepare-se logo Finnick, por que o senhor prefeito pensa em colocar a neta no lugar dele.

Finn riu alto tirando a morena de seu colo. Colocou as mãos nos bolsos de sua calça e começou a caminhar sem parar de rir.

– Não sei qual foi o motivo dos risos. – retrucou.

– Aquele velho não vai confiar a Laura pra esse cargo, aquela pirralha nem completou 18 anos. – Echo o encarou confusa. – Eu terei meu lugar aqui, e não será Laura quem vai tomar de mim.

– E fará o que pra pirralha não tomar o que é seu?

Finn sorriu de modo diabólico. Echo sentia medo daquele jeito do rapaz, ele podia fazer coisas horríveis para conseguir o que quer.

(...)

Laura caminhava pelos corredores do colégio, sua atenção estava no livro de romance no qual estava muito concentrada. A história por se dizer “fofa” lhe prendeu desde o dia que começara a leitura, o barulho dos alunos a atrapalhou. Seus passos longos buscavam um local mais sossegado que não fosse aqueles gritos, subiu algumas escadas até chegar no local vazio.

A loira sentou-se no chão frio e folheou a página. Laura ouviu beijos estalados em algum canto daquele lugar, franzindo o cenho a garota começou a caminhar em direção a porta mais próxima, pela pequena fresta Laura pôde ver uma cena que ela não acreditou. Cindy agarrada a Michael o melhor amigo de Jhonny. A loira levou a mão na boca chocada, toda atrapalhada Laura acabou abrindo a porta. Cindy afastou-se do rapaz no qual estava praticamente engolindo.

– Laura. – rosnou a garota. – O que faz aqui?

– Você é uma vagabunda mesmo. – ofendeu a outra. – Está aos beijos com o melhor amigo do seu namorado aqui em cima, Cindy você não merece Jhonny.

– Você não irá dizer nada. – se aproximou da loira, agarrando seu braço. – Eu mato você.

– Solta ela! – a voz chamou atenção dos três, Samantha estava parada no fim daquele corredor. – Eu tô avisando pra soltar a garota.

– Você não vai estragar meu namoro. – Cindy diz, olhando sugestiva para Michael. – Que tal passar um tempo aqui?

Michael puxou Samantha e empurrou a mesma dentro de uma sala cheia de produtos de limpeza, Laura foi jogada logo em seguida batendo na parede, o casal fechou a porta com força. Sam foi a primeira a tentar abrir a porta.

– Eles trancaram a gente aqui. – Sam socava a porta. – Droga!

– Não... Não... – Laura se desesperou abraçando as pernas. – Não....

Sam franziu a testa olhando para a loira, e logo a assustou com sua respiração rápida e ofegante.

– Hey! – segurou o rosto assustado. – Olha pra mim, o que você tem?

– Não.... gosto... de lugar fechado. – Sam levou a mão na testa preocupada com a garota.

– Respira... – pediu desesperada, olhando para a garota pálida. – Droga, o que eu faço?

Sam ficou mais assustada assistindo a garota respirar rápido. Sem nenhuma alternativa ela a abraçou, Laura arregalou os olhos cheios de lágrimas com a ação mas logo relaxou nos braços da outra. Samantha suspirou sentindo o cheito de morango o seu favorito.

– Vocês mereciam uma suspensão. – Samantha assustou-se. O zelador estava parado na porta encarando as duas. – Saiam daqui antes que eu chame o diretor!

– Ficamos trancadas aqui, não foi nossa culpa. – Sam diz rude.

– Vocês são jovens, carregam celulares pra cima e para baixo,quer mesmo que eu acredite nosso?

– Olha senhor, eu não tenho amigos e acho que ela não pensou muito nisso enquanto estava tendo uma crise claustrofóbica.

– O remédio estava nos seus braços? – a olhou divertido. Sam revirou os olhos estendendo a mão para Laura, que negou levantando-se e deixando aquele lugar.

– Tenha um bom dia. – resmungou passando por ele.

Samantha desceu as escadas irritada. O fim da aula já havia chegado e os alunos já estavam indo embora, Cooper semicerrou os olhos diante daquele pessoal, logo avistou quem procurava. Passos firmes até Michael que conversava empolgado com os amigos, incluindo Jhonny.

– Ficou maluca? – gritou o garoto no chão, com a mão na boca.

– Seu verme nojento. – Jhonny segurou Samantha. – Me deixa quebrar esse verme.

– Sua aberração isso não vai ficar assim. – Michael proferiu indo para cima dela.

– Michael estava ficando com a sua garota lá em cima Jhonny. – a voz entre os alunos, fez com que Michael parasse no mesmo lugar. – Ele e Cindy estavam aos amassos.

– Isso é mentira! – Cindy se aproximou. – Não acredite em Laura, meu amor.

– Ela e Michael prenderam Sam e eu na salinha do zelador. – Laura olhou para Cindy. – Eu poderia ter morrido lá dentro, e você sabe disso.

– Do que ela está falando? – Jhonny indagou soltando Sam. – De onde surgiu isso?

– Seu melhor amigo, esse babaca. – apontou para Michael. – Estava esse tempo todo traindo você.

– Cala a boca sua vagabunda.

Michael gritou para Laura, Jhonny lhe deu mais um soco o levando ao chão. Michael olhou estático para seu amigo.

– Nunca mais a xingue. – Jhonny segurou o outro pela gola da camisa. – Você nunca mais ofenderá Laura na minha frente esta me ouvindo? Eu espero que você e Cindy sejam muito felizes.

– Não faça isso com nós. – Cindy pediu, se aproximando de Jhonny. – Somos o casal mais popular desse colégio.

– Você fique com o babaca, você nunca me mereceu.

Jhonny pegou na mão de Laura e a puxou para longe daquela confusão. Sam olhou para os dois ao longe e suspirou derrotada.

– Eu merecia pelo menos um obrigada.


(...)

– Você ficou com ciúmes dela. – Niylah acusou Clarke. – Como você acha que eu me senti assistindo você ficar com ciúmes de outra?

– Eu não estava com ciúmes. – rebateu, tenrao argumentar com a doutora furiosa. – Você se quer me ouviu.

– Eu vi Clarke. Ninguém me disse eu vi, com meus próprios olhos. – se aproximou de Griffin, olhando em seus olhos azuis. – Não importa o que eu faça, você nunca vai deixar de amar ela.

– Eu não a amo.

Niylah riu negando.

– Sim Clarke, você a ama.

Dando por encerrada aquela conversa, Niylah saiu deixando Clarke triste. Ela não queria ter feito isso, ela não queria sentir isso. Clarke se xingou de todas as maneiras existentes, o que ela fez não foi digno de aplausos.

– Eu não sinto nada por você. – rosnou para o nada. – Não sinto!

– Enganando a si mesma? – Clarke suspirou ao ouvir a voz de sua mãe. – Você está estranha.

Abby observou Clarke, conhecendo sua filha ela sabia que ela estava se corroendo por algo. Adolescência de Clarke é algo que Abby sente falta, ela se abria mais para ela, conversava mais. A Clarke de hoje, médica e mãe, não lhe contava tudo que sentia.

– Eu vou terminar meu plantão e ir embora. – Abby segurou seu antebraço. – Mãe...

– Eu sou sua mãe, fala comigo o que você está sentindo. – Abby observou Clarke abaixar seus olhos tristes, a prova que algo deu errado na noite anterior. – O que aconteceu nesse jantar?

– Lexa e uma mulher estavam trocando sorrisos. – explicou com a cara fechada. – Eu não sei o que deu em mim, eu pedi para ir embora e Niylah disse que eu estava com ciúmes.

– Sabe que isso é possível não? – Clarke então a olhou. – Você tem que parar de negar a si mesma, esquecer o que aconteceu no passado.

– Eu perdi meu filho. – levou a mão na barriga. – Eu estava sonhando com o rostinho.

– Se continuar com essa teimosia, irá perder Lexa. – avisou beijando a testa da filha. – Pensa bem.

Clarke deixou o hospital, já estava ficando escuro. Griffin deixou a brisa gelada bater contra seu rosto, seus olhos vagaram pela praça agora decorada, tantas lembranças acumuladas que chegavam a doer. Seus sentimentos ficaram ainda mais malucos desde a volta de Lexa , ela poderia negar até o último fio de cabelo que não sente nada pela morena.

No restaurante assim que viu Woods totalmente reerguida, pôde pensar em tudo que se passou durante 5 anos de suas vidas. De frente pra um espelho gritava o ódio que sentia por ela, lágrimas desciam do seu rosto toda vez que pensava na criança que perdeu. Mas isso tudo aconteceu a muito tempo, 5 anos muito aconteceu, ela perdeu a noção do quanto pediu pra esquecer que amou aquela mulher.

Pedidos negados pelo seu coração.

– Mãe.... – Laura disse sem graça, ela se afastou se Jhonny assim que viu sua mãe entrar em casa. – Mamãe esse é Jhonny.

– Prazer senhora Griffin. – Clarke apertou a mão do garoto, não gostando nada dele. – Eu preciso ir. – abaixou-se apanhando sua jaqueta e sorriu para Laura, se despedindo com um beijo demorado. – Até amanhã. Tchau, foi um prazer senhora Griffin.

– Eu conheço essa cara. – Laura examinou o rosto da mãe. – Você não gostou dele.

– Não! – afirmou. Caminhou até a cozinha necessitando de H2O. – Ele me parece um tanto quanto.... galinha.

– Ele é atencioso. – disse ela sonhadora. Clarke arqueou a sobrancelha a fitando. – Eu amo ele. – Clarke parou assim que ela disse palavras tão forte.

– Outro dia ele não estava com a Cindy?

Laura revirou os olhos.

– Ela o traiu. – começou, puxando o banquinho marrom para sentar. – Ele descobriu e então terminaram tudo.

– Quando aconteceu isso? – perguntou, desconfiada demais.

– Hoje.

Clarke se aproximou da filha. Segurou sua mão por cima da bancada gelada, e buscou pelos olhos da menininha que ela tanto ama.

– Não quero seu coração partido nessa história. – confessou, tocando o rosto dela. – Ele pode não ser o amor da sua vida.

– Ele é incrível mãe. – argumentou, buscando a aprovação. – Eu sinto muito amor por ele.

– Pode não ser amor. – observou Clarke, pegando seu copo novamente. – Pode ser um encantamento.

– Eu sinto muitas coisas por ele, é claro que é o amor da minha vida.

Clarke apenas riu, não quero entrar em uma discussão com a filha.


(...)

– Sam, tenta se concentrar na fórmula. – Lexa pediu, a noite era de folga mas ela prometeu ajudar Samantha com os estudos já que no outro dia teria uma prova importante para ela.

– Eu não consigo com você me pressionando. – disse irritada, aquilo pegou Lexa de surpresa. Sam nunca fora tão rude assim com ela. – Perdão, minha cabeça está cheia.

– Algo na escola? – questionou um pouco receosa.

– Eu ajudei uma patricinha maldita hoje, só que não ouvi um maldito obrigada. – rosnou, apertando a ponta do lápis.

– Eu também chamava uma garota de patricinha na escola. – disse nostálgica.

– E o que aconteceu? Você também quis voar no pescoço dela?

– Me casei com ela, tivemos uma filha. – Samantha fez careta. – Por que essa menina irritou tanto você?

– Eu ajudei ela, mas simplesmente saiu com o babaca do Jhonny. – bufou. – Ela não merece meu tempo, mas irei cobrar o obrigada.

– Você é marrenta. – Sam revirou os olhos fazendo-a rir. – Essas patricinhas idealizam um príncipe em um Porsche.

– Eu ajudei ela naquele maldito lugar cheio de coisas e pra que? Pra ela não agradecer, ela poderia ter morrido por causa de claustrofobia.

– Minha filha tinha isso, Laura não podia ficar em locais fechados.

– Laura? – indagou Sam, Lexa assentiu. – Qual seu sobrenome?

– Woods.

Sam surpresa levou a mão boca.

– O que foi?

– Laura Griffin Woods. – Sam disse voltando a sentar. – A patricinha que eu estava falando, é sua filha. Você é interssexual.

– Ela está bem? – perguntou preocupada, lembrando do que Sam disse sobre ajudá-la. Ignorando totalmente a segunda pergunta. – Ela não se machucou ou algo assim?

– Relaxa Lexa, sua filha está ótima. – Sam começou a guardar suas coisas na mochila. – Mas eu a odeio, ela é muito insuportável.

– Você é sempre assim tão abusada? – indagou séria.

– Sou sincera. – caminhou até a porta e parou virando para Woods. – Mas essa é a verdade, boa noite Lexa.

– Os estudos renderam. – Luna sorriu se aproximando. – Quer subir lá no telhado e ver como a lua está linda?

– Eu aceito.

Lexa seguiu Luna pelas escadas. O acesso ao telhado era uma das coisas que ela ficava curiosa em poder ver, seus olhos se encheram de brilho ao observar o céu escuro a sua volta, o quão lindo a natureza pode ser. Juntou-se a Luna em uma das cadeiras confortáveis dali, olhou para o céu reparando na mais linda lua.

– Eu e Clarke gostávamos de observar a lua. – comentou,. Levemente triste. – Ela sempre nomeou as estrelas, não as aceitava com os nomes que tinham.

– Clarke é aquela mulher da noite anterior? – Lexa olhou para Luna, assentiu triste. – Uma bela mulher.

– A mais bela. – sorriu abaixando a cabeça. – Mas distante de mim.– Ela e aquela mulher devem ter algo. – comentou amargurada. Segurando suas lágrimas.

– Você merece o amor Lexa. – a morena de olhos verdes a olhou. – Seu coração é puro cheio de sentimentos, ele precisa sentir o mesmo, ele precisa de atenção e cuidado.

Lexa sem conter a beijou, Luna retribuiu de forma carinhosa mas logo se afastou meio ofegante.

– Perdão eu...

– Calma. – pediu Luna sorrindo. – Eu ainda amo meu marido, tenho esperança de que George volte.

– Você é casada?

– Não legalmente. – segura as mãos da morena. – Eu serei sua amiga para o que for, estarei aqui sempre.

– Obrigada.

– Eu sei que ele vai voltar para mim. – olhou para a lua. – Sam é a maior razão pela qual ele luta para viver.

– O que ele é? – perguntou Woods, curiosa.

– Ele serve ao exército. – sorri, tirando uma foto do homem de sua carteira. – Ele segurando Sam, ela tinha três meses e meio. A última vez que ela o viu, tinha seus 14 anos.

– Ele deve ter orgulho de vocês. – Luna deitou sua cabeça no ombro de Lexa. – Você e Bellamy sempre me mostram o caminho certo.

– Queremos o seu bem.

– Eu agradeço vocês. – deixou um beijo na testa de Luna. – Obrigada.


Notas Finais


•Opa, podem comentar a vontade ;)


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