1. Spirit Fanfics >
  2. Wounds >
  3. Capítulo 16

História Wounds - Capítulo 16


Escrita por: elyciarules

Capítulo 16 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Wounds - Capítulo 16

(...)

Clarke despertou, seus olhos queriam manter-se fechados por conta da dor insuportável na cabeça. Sua testa franzida encarando o braço em volta de sua cintura. Devagar ela consegue se desvencilhar, logo sorri ali olhando para Lexa que dormia serenamente. Deixou um beijo demorado no rosto da morena e saiu.

A cabeça estava latejando, um comprimido seria suficiente pra curar a ressaca. A loira sentiu a tristeza de repente, Luna e Lexa tinham algo ela sentiu o quanto Luna a proteger, negou sentando para tomar seu café amargo para tentar curar a ressaca, seu descontrole pela bebida são duas pessoas com nomes Luna e Lexa.

– Bom dia. – ela logo ouviu aquela voz, meio estranho para ela. Anos sem ouvir aquele bom dia carregado de sono. – Está com dor de cabeça? Quer algo?

– Eu estou bem Lexa. – disse simples. Voltando a sua xícara de café e os olhos presos nas notícias no seu tablet.

– Não tenho nada com Luna. – Clarke a olhou, assustada um pouco foi como se a morena tivesse lido sua mente. – Somos amigas e ela está esperando o marido voltar de uma missão que duram anos.

Clarke nada disse,ficou com os olhos presos nos de Lexa. Ela poderia se bater por ter sido idiota em pensar que as duas tinham algo mesmo Bellamy avisando-a do contrário.

– Eu vou indo. – Lexa quebrou o silêncio. – Até algum dia Clarke.

– Desculpa. – pediu arrependida. – Eu pensei que fossem algo, eu sou muito burra.

– Você e eu não temos nada mesmo, por que pensou isso?

Lexa fechou os olhos se amaldiçoando pela palavra que usou, o estrago já estava feito e ela sentiu que não seria fácil reverter. O rosto de Clarke de repente triste, os olhos azuis claros pareciam sem vida agora sem brilho.

– É melhor você ir mesmo. – Clarke respirou fundo. – Eu ainda tenho que resolver algumas coisas no hospital.

Lexa caminhou pelas ruas até sua casa, realmente foi uma bola fora ter dito “ não temos nada.” Aquilo acertou Clarke de uma maneira que ela achou que nunca fosse atingir. Assim que abriu a porta encontrou Bellamy e Raven praticamente se engolindo no sofá, fez careta imaginando que aquilo seria o segundo round.

– Oh! – Raven se afastou. – Olá Lexa. – ajeitou os cabelos. Estava totalmente constrangida. – Está ai muito tempo?

– Acabo de chegar. – Bellamy sorriu envergonhado para amiga. – Eu vou me arrumar, espero que tenham um ótimo dia ... No sofá.

Lexa estava realmente feliz por Bellamy, ele merecia alguém que mostrasse sentimentos recíprocos para ele, fazê-lo feliz esse é o único desejo dela. Se culpava sim por ele ter parado sua vida, talvez fosse para ele estar casado com uma filhinha pela casa ou um menininho, ao invés disso ficou do lado dela durante os 5 anos mantendo-a forte o tempo todo, realmente Lexa o nomeia anjo de cabelos negros e ondulados, sorriso fácil e um coração grande a forma do mundo.

Luna já abria o restaurante, ela estava mais que feliz sua filha estava prestes a voltar da viagem que ela não queria ir. Lexa notou o sorriso, os assovios alegres, a música ela não conhecia mas era algo animado. Ajudou Cooper com algumas caixas que estavam no canto do restaurante.

– Nesta tarde Sam estará de volta. – solta ela alegre, nunca sentiu tanta falta da filha. – Vai reclamar muito, nossa como sinto falta daquela ranzinza.

– Eu queria falar com você sobre a nova receita... -- Luna sentou-se, algo estava acontecendo com ela. -- Então eu pensei em algo com peixe....

Cooper não estava completamente ali, seu coração apertou de alguma forma algo como uma agonia na qual ela sentia que não podia resolver. Sentou-se tentando buscar alguma forma daquela agonia acabar mas parecia que só aumentava.

– Você está branca. – Lexa segurou rosto dela. – Eu vou preparar uma água com açúcar.

Luna abaixou a cabeça fechou os olhos e socou a mesa,ela não entendia o que estava sentindo ela apenas estava sentindo.

– O que está sentindo? – Lexa questiona preocupada.

– Aperto no peito. – faz careta.

– Não é ataque cardíaco, né? – indagou confusa.

– Não, eu pratico esportes. – Luna levou a mão na testa.

– Lexa. – a morena confusa encara Lincoln e Jasper com seus uniformes de bombeiros. – Precisamos conversar é sério.

– O que os dois fazem aqui?

– A professora Helen Schutz acabou de nos chamar as pressas. – Jasper se aproximou. – Laura Griffin Woods e Samantha Cooper desapareceram do acampamento.

– O que? – Luna toma a frente desesperada.

– A professora nos acionou assim que notou a ausência delas. – Lincoln se aproximou de Lexa. – Eu não consigo falar com Clarke algo assim, essa é sua deixa.

– O que está acontecendo? – Nia aparece, notando o estado de choro de sua sobrinha.

– As adolescentes Laura Griffin Woods e Samantha Cooper desapareceram na reserva. – Jasper foi quem respondeu.

– Façam o que for preciso. – a mulher disse firme, abraçando sua sobrinha.

Lexa caminhava devagar pelos corredores do hospital, suas mãos estavam suando. Seus pés a guiavam, já que sua cabeça já não comandava os movimentos. Duas batidas na porta foram o suficiente para Clarke abrí-la, a loira estranhou a repentina chegada.

– O que Lincoln faz na porta? – olhando para o rapaz ela juntou as sobrancelhas.

– Schutz acionou os bombeiros. – Clarke logo sentiu seu coração disparar. – Sam e Laura sumiram.

– Como assim? – aumenta a voz. – Que droga de professores são esses que não tomam conta dos alunos?

– Relatos de alguns alunos que Laura saiu correndo e Sam a seguiu, até agora não se sabe pra onde. – Clarke levou as mãos no cabelo, já podia se notar as lágrimas de uma mãe desesperada. – Hey! Nós vamos encontrá-las. – Lexa abraçou. – Nós vamos encontrá-las.


(...)

Horas de caminhadas, Laura estava cansada de caminhar e não conseguir achar a saída daquele inferno coberto por árvores. Sam logo atrás cansada, com vontade de gritar de tanto ódio que não cabia nela, seus passos eram mais duros por contada da vontade de descontar o que estava sentindo no chão. Nenhum canto com trilha, nem quando saiu correndo atrás de Laura haviam trilhas.

O puro silêncio, Sam pediu para a loira não dizer nada, não queria perder alguém chamando-as caso alguém percebesse a ausência das duas. A raiva de Laura ainda estava lá dentro dela, flashes de Jhonny e Cindy não deixavam sua cabeça, a vontade de bater naquela garota desprezível habitou sua razão.

Sam mais temia os caçadores, todo momento tomando cuidado para não cair em algumas armadilhas armadas para encurralar ou machucar algum animal. 

– Vamos subir aqui para ver algo. – Sam anunciou, fazendo a loira bruscamente parar. – Que droga você está pensando? Espero que seja em como vamos sair daqui antes de morrer de fome e frio.

– O que eu penso não é da sua conta. – passou reto, começou a escalada naquela pedra grande, passo a passo.

– Tudo isso está acontecendo é culpa sua. Se algum caçador nos encontrar a culpa será sua por nossos corpos serem cortados em pedacinhos. – mais uma vez Sam acusou. Laura já não aguentava mais aquela acusação. – Eu poderia estar agora em um ônibus, voltando para casa feliz.

– Não mandei vir atrás de mim. – ao chegar no topo, ela soltou um suspiro frustrado. Só conseguia enxergar verde. – Eu odeio matos.

– Culpa sua. – Laura fechou os punhos com raiva. – Você tinha que surtar? Sua problemática.

– Cala a boca Sam. – pediu, tentando manter a calma.

– Seu namorado já estava te chifrando, não me admira não ter descobrido antes.

– CALA A BOCA!

Laura sem medir sua raiva deu um soco em Sam a fazendo cambalear e consequentemente sair rolando na grande pedra, Sam para não bater em cheio com a cabeça se jogou para o lado esquerdo no meio de folhagens mas sentiu a pior dor de sua vida dando um grito alto,sua perna presa em uma espécie de armadilha.

– Sam! – Laura colocou a mão na boca, uma parte da perna presa ali. Sam encarou Laura com dor. – Droga.

– Se quisermos sair daqui você terá que fazer isso. – Laura negou freneticamente com a cabeça. Ela não teria coragem de abrir aquela armadilha. – Faça isso.

– Não! – soou desesperada.

– Tudo bem. – Sam jogou seu corpo para frente, com as duas mãos segurou na armadilha. O grito a seguir fez com que Laura fechasse os olhos, Sam estava jogada no chão ofegando. – Me ajuda. – sussurrou com dor. Laura ajudou a levantá-la.

– Você está sangrando. – Laura olha culpada, sentindo remorso pelo que fizera. – Sangrando muito.

– Sem desespero. – Sam disse. Mas no fundo estava morrendo de medo. – Precisamos achar alguém.

– Tudo bem. – o braço da morena passou em volta de seu ombro.


(...)

– Queremos entender o que aconteceu aqui antes. – Lincoln disse, encarando os jovens. – Alguém viu algo além de Laura correndo? Por que ela estava correndo?

Nenhum dos jovens respondeu. Lexa e Clarke estava em um canto perto do carro de bombeiros, a morena já não estava aguentando ficar parada apenas assistindo os bombeiros entrando na mata e não encontrando as meninas.

– Estamos fazendo tudo o que podemos. – Raven se aproximou. Ela já estava notando as mães apreensivas, precisava ajudar de algum modo. – Lincoln e Jasper irão se embrenhar junto da outra equipe.

– Reyes! – Kane chamou alto. – Coloque seus equipamentos, irá junto com eles.

– Traga minha neta sã e salva. – Abby pediu, clamou por isso.

– Farei o possível. – o homem disse balançando a cabeça.

Luna chorava nos braços de sua tia, não queria imaginar o pior. O medo habitava seu peito, ela já sente isso com George tão longe arriscando sua vida em missões, e agora sua menininha no meio do mato.

– Pedi que falassem com George. – Luna olhou para a tia, ela havia esquecido desse detalhe. – Ele tem o direito de saber que a filha está perdida.

– Ficará preocupado. – George sempre fora protetor, Sam é seu tudo e sabendo que a garota está perdida daria um jeito de voar direto para Polis. – Só quero minha filha bem.

– Eles encontrarão Sam. – Nia tenta confortar com palavras, tanto para Luna quanto para ela.

Lexa parou diante de Jhonny, o adolescente de boa pinta estava sentado em uma das pedras daquele local. Semicerrou os olhos fitando o garoto, pôde enxergar a culpa nos olhos do garoto, se aproximou sentando ao lado do bonitão, passou a encarar o mesmo tentando intimidar.

– Você mentiu para Lincoln. – acusou, firmando a voz deixando-a mais grossa. – O que aconteceu aqui?

– Meu assunto não é com a senhora. – Jhonny disse rude. – Se eu fosse falar com alguém seria com a senhora Griffin.

Lexa riu negando, puxou o garoto pela gola fuzilando o metido.

– Diz logo o que aconteceu aqui. – ameaçou apertando os dedos na gola, Jhonny se debatia temendo a mais velha.

– Lexa... – Clarke tentou acalná-la. – Não faça isso.

– Ele fez algo. – rosnou, queimando seu olhar no dele. – Diz logo garoto.

– Lexa não perda a cabeça. – a mão Clarke apertou levemente o ombro da morena. – Solta ele!

Sua respiração pesada batia contra o rosto do garoto.

– Eu vou descobrir o que aconteceu. – sussurrou tão perto que deixou Jhonny engolir a seco. – Eu vou acabar com você garoto.

Jhonny tropeçou entanto se afastava da mulher. Lexa sentiu as unhas de Clarke descendo e subindo sua nuca, os lábios da loira faziam carinho em seu pescoço, Clarke estava acalmando a morena.

– Me abraça. – Woods suplica sussurrando. Clarke não perde tempo em puxá-la para um abraço forte, a cabeça da morena parou no pescoço de Clarke. Dura demais pra admitir o medo que estava sentindo, frágil demais para guardar tudo que está sentindo.

– Elas irão voltar para nós. – as palavras de Clarke de algum modo aquietava seu coração. – Não irá demorar pra acontecer.

Um sorriso meio de lado, voltou a se agarrar na loira, seu porto seguro.


(...)

– Já está ficando frio. – Sam murmura gemendo. Estavam andando sem parar em busca de uma saída daquele lugar fechado.

– Não está ficando frio. – Laura leva sua mão na testa da morena. – Você esta queimando.

– Vamos continuar. – Sam incentivou. Mas Laura notou que a morena estava esgotada, perdeu muito sangue durante o trajeto.

– Não! – parou no caminho, ajudou a morena a sentar-se no chão. – Você pode morrer pelo caminho.

– Temos que continuar. – apertou a mandíbula, tremendo de frio pela febre. – Estamos perto Laura.

– Não discuta. – sua mão passou pela testa suada tirando o excesso, Laura ajeitou Sam em seu colo mostrando proteção. – Você não pode continuar assim.

– Precisamos continuar. – tentou levantar-se mas logo fez careta de dor. – Continua você.

– Enlouqueceu? – indagou, indignada com o pedido. – Fica quietinha, eles irão nos achar.

A noite logo caiu, Laura ficou abraçada a Sam tentando esquentar a garota. Sam resmungava, seu rosto suando, seus lábios ressecados e pálido,corpo tremia buscando se aquecer. Laura já não sabia o que fazer, seus dedos escovam os cabelos de Cooper enquanto seus olhos azuis não deixavam o rosto suado da outra.

Laura rasgou uma parte de sua manga, passou o pano no lábio cortado pelo soco que dera na badgirl o excesso de sangue seco deixou foi tirado e Laura teve a visão do pequeno corte, aquilo não a preocupava e sim da perna da morena, seus olhos caíram sobre o ferimento. Grande e profundo, Laura negou com a cabeça tudo por sua culpa. Os lábios rosados de Griffin pararam na bochecha quente da badgirl.

– Estou com frio. – Sam murmura, seus olhos entreabertos encontram os azuis preocupados. – Você é teimosa.

– Não irei deixar você aqui. – rebate, está fora de cogitação deixar a ferida queimando em febre para trás. – Desculpa, isso é culpa minha.

– Essas horas suas mães e minha mãe devem estar loucas atrás de nós. – riu, logo em seguida tossiu. – Lexa te ama Laura.

– Não quero falar sobre isso. – desviou olhar, não queria falar sobre a relação conturbada com sua mãe.

– Me responde uma coisa. – sua voz saiu fraca. – Por que me machucou?

– Eu sou impulsiva, não medi as consequências seguintes.

Sam riu fazendo esforço, Laura não entendeu aquele riso.

– Assim como Lexa. – abriu os olhos,encontrando com os azuis atenciosos. – Você me deu soco sem pensar nas consequências, Lexa atirou sem pensar nas consequências. – Laura tentou argumentar, mas não conseguia emitir uma palavra. – Ela errou Laura, eu tenho um pai servindo ao exército e todos os dias eu espero a notícia da morte com honra. – fez uma pausa, se endireitou no colo da loira. – Você não quis me machucar, assim como Lexa não quis fazer aquilo com sua mãe.

– Não foi só isso. – lembra dos momentos tristes, drogas, bebidas entre tantas coisas.

– Ela mudou. – defende a Woods, a versão que ela conhece pra ela deve ser mil vezes melhor que a antiga. – Dê uma chance, promete pra mim que vai dar uma chance.

– Para com esse papo de quem está morrendo.

– Promete. – insistiu tremendo mais.

– Não fecha os olhos. – os lábios dela foram para a testa de Sam. – Alguém precisa chegar. – murmura encarando a escuridão da mata. – Você precisa aguentar Sam.


Notas Finais


• Salve , voltei cedo né? Já podem comentar a vontade sobre. Amo quando vocês comentam. Tchau até a próxima.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...