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História Wounds - Capítulo 18


Escrita por: elyciarules

Capítulo 18 - Capítulo 18


(...)

O prefeito arrastava a atenção sobre ele, os médicos e pacientes acompanhavam com olhar o homem desfilar junto de seus seguranças até onde sua neta se encontrava. De primeiro momento Laura respirou fundo, sua mãe não gostaria nada daquela visita. O homem todo emocionado a abraçou, Laura retribuiu sorrindo.

Após um momento de carinho, o prefeito caminhou até a mãe de Samantha e ignorando o homem ao seu lado, um discurso sobre tudo o que precisassem poderia ligar para ele que os atendia prontamente. Luna já não o suportava antes e agora tentando se promover em cima do desaparecimento das meninas a fez ter certeza do mal caráter que ele é.

– Podemos fechar a reserva. – disse alto, querendo atenção especial para sua fala. – Não vamos descansar até acharmos o caçador que fez isso.

– Deveria se preocupar com sua campanha. – a voz rude atingiu seus ouvidos, o homem virou-se e sorriu de lado observando Lexa. – Não deveria se promover em um hospital.

– Estou preocupado apenas.

Lexa riu irônica.

– Não, você apenas quer leitores para sua campanha. – acusou, mancando até ele. – Isso não funciona aqui Albert, você não tem um pingo de consideração.

– Eu estava preocupado com minha neta. – disse ele, tão perto do rosto da filha que ela podia sentir o hálito de charuto vindo de sua boca. – Ao contrário de você eu estive presente na vida dela.

Albert se satisfez com o rosto da filha em dor, a feição antes era confiante agora dor. Seu objetivo foi atingí-la e ele conseguiu com maestria.

– Ela me encontrou. – Laura se aproximou, ficando ao lado da mama. – Mama me ajudou, ela me encontrou no momento em que eu achei que fosse morrer. – as duas se olharam, pela primeira vez Lexa enxergou sua pequena. – Eu agradeço muito.

– As autoridades iriam fazer isso. – Albert interrompe o momento, querendo se auto promover. – Eu mandei os melhores para resgatá-la.

– Nenhum deles teve a coragem de seguir mata abaixo. – a voz grossa do homem chamou atenção de Albert, o militar ficou diante do homem o fitando seriamente. – Se não fosse por Alexandria, minha filha estaria perdendo sangue até agora e quem sabe morta.

– O senhor é quem? – o mediu dos pés a cabeça.

– George Cooper. – respondeu, não gostando daquele homem. – Pai de Sam.

– Oh! – o homem endireitou sua postura. – Senhor Cooper se precisar de mim estou a postos.

– Não perde uma. – Lexa comentou bufando.

– Você deveria estar descansando. – Clarke surgiu ali, logo percebeu a presença nada querida de Albert. – Senhor Woods.

– Estou fazendo uma visita de rotina. – Clarke olhou para Lexa, logo notou os ombros tensos e olhar triste. – Esperando a notícia da menina. – prosseguiu o prefeito. – Quero dar a notícia da recuperação dela.

– Maldito respeite o momento. – Lexa bradou se aproximando dele. O grande armário que acompanha o homem a impediu de prosseguir, ela estava sendo uma ameaça naquele momento. – Quer ser um maldito rei da cidadezinha, não respeita ninguém.

– Se acalma. – Clarke pediu, tentando encontrar os olhos de Lexa. – Vamos voltar para o quarto, preciso analisar seu ferimento de novo.

– Não saio daqui! – os verdes estavam presos nos do prefeito, Albert mantinha seu sorriso ignorante de sempre. – Quero ele fora desse hospital.

– Você não apita nada aqui Alexandria.

– Mas eu como mãe de Samantha exijo que saia daqui.

Albert fitou Luna, seus olhos podiam queimar ela se fosse possível. Sua mandíbula trincada mostrando o desgosto por ter sido desafiado pela Cooper.

– Pois bem. – o homem ajeitou seu paletó. – Estarei na prefeitura caso queiram minha ajuda em algo.

– Não precisamos da sua campanha. – Lexa rebateu, ela sentiu seu pai a fuzilar com os olhos.

– Até algum dia.

Os punhos de Lexa estavam cerrados com tanto ódio, suas respira estava ainda mais rápida pela situação. Ela se deparou com belas orbes azuis, Clarke beijou seu rosto demoradamente enquanto a abraçava forte não querendo largá-la mais.

– Mamãe! – Clarke anunciou, observando a mulher se aproximar.

– As notícias são ótimas. – Abby tranquilizou os pais da garota com um sorriso. – Samantha passou por uma cirurgia para estancar o sangue, não haverá sequelas. Apenas uma grande cicatriz.

– Obrigada. – Luna disse emocionada, abraçada a George.

– Precisam deixá-la em repouso.

– Será difícil. – George disse rindo, conhecendo a elétrica garota.

– É importante que ela repouse bem, dentro de duas horas poderão visitá-la no quarto.

– Obrigada Abby. – Luna mais uma vez agradeceu.

Horas depois Luna já não aguentava um só minuto longe de sua menininha, ela precisava ver com seus próprios olhos o quão bem sua filha está. Sua mão entrelaçada na de George, o casal finalmente seguiu rumo ao quarto 237 onde se encontra a filha.

George sentiu os seus olhos arderem, não era hora de ser forte e exclamar aos quatro ventos que homem não chora.

Não, ele precisava deixar suas emoções transparecer. As lágrimas facilmente deslizam suas bochechas,as mãos fortes e grandes param nas da filha, tão pequenas e frágil como da última vez que a deixou. Os dedos deslizam sobre a face pálida,os cabelos castanhos da mais nova caindo sobre os ombros por cima daquela roupa azul de hospital, George deu um meio sorriso emocionado e então seus lábios pressionaram contra a testa da filha.

– Papai não sairá mais de sua vida. – as palavras saíram doloridas, culpando a si mesmo por tanto tempo fora. – Vou me dedicar a você.

– Ela sabe o quanto o exército significa pra você. – Luna colocou sua mão sobre o ombro do marido. – Não irá ficar feliz sabendo que você não está.

– Minha felicidade é aqui com vocês. – Luna enxugou as lágrimas do homem, beijou seus lábios delicadamente. – Eu vou ficar Luna, por ela e por você.

(...)

– Eu não o quero próximo de você. – Clarke disse para filha, Laura realmente não estava com cabeça para uma discussão que envolvia Jhonny. – Está me ouvindo Laura?

– Eu lhe contei o que aconteceu, não seria hora exata na qual eu preciso de um tempo?

Clarke estranhou seu tom de voz, Laura voltou mais séria da mata. Sua feição era pensativa enquanto sua mente viajava longe dali.

– Você gosta do Jhonny?

Laura então a olhou, o questionamento que ela estava fazendo era exatamente aquele. O que mudou dentro dela? Por que estava tão confusa?

– Laura....

– Eu preciso dar uma volta.

Deixou o quarto imediatamente.

Caminhou pelos corredores do hospital, acenou para alguns conhecidos de sua mãe. Seus pés pareciam seguir o rumo sozinho, 237 o número em prata na porta branca. Fechou seu punho direito e fechou os olhos antes de dar apenas duas batidas na porta. Luna prontamente sorriu ao vê-la parada naquela porta, com preocupação no olhar ela exitante entrou no quarto e então parou para observar Samantha dormindo.

Em sua cabeça os flashes das horas que passara na mata, com fome e frio e com certeza Sam sentia dores mas não reclamava com ela, seu jeito durona não se desfazia nem mesmo com uma perna prestes a ficar infeccionada. Laura sentiu-se um pouco invasiva enquanto George conversava com a menina dormindo, ela não queria atrapalhar aquele momento ali.

– Ela está acordando. – George não escondeu a empolgação de ver sua filha aos poucos despertando. Os olhos de Sam pararam no homem, o choque estava estampado em seu rosto. – Oi pequena.

– Papai. – sorriu fraco, sua voz ainda parecia perdida.

– Está sentindo dores? – indagou preocupado, ele não quer vê-la com dor novamente é a pior imagem na sua mente. – Eu posso chamar o médico.

– Está tudo bem papai. – tranquilizou o homem, apertou seus dedos nos dele de tanta felicidade em revê-lo. – Saiu de tão longe por mim?

– Eu atravessaria um oceano de novo por você. – beijou sua testa. – Você me assustou pequena.

– Desculpa. – pediu, George negou com a cabeça voltando a dar um beijo na testa da garota.

– É... melhor eu....

Laura sem jeito virou-se para ir embora, estava se sentindo uma penetra naquele momento deles.

– Fica! – Sam praticamente exigiu. Um meio sorriso cresceu nos lábios da Cooper mais nova.

– Vocês podem conversar um pouco, George precisa comer algo. – o homem pensou em protestar, embora fosse impossível tentar argumentar com Luna. – Vamos.

– Nós já voltamos. – sorriu para as duas garotas.

Laura permaneceu em silêncio, não sabia por onde começar. Seus ombros balançando de um lado para outro logo mostrava o nervosismo por algum motivo.

– Venha até aqui. – Sam pediu, observou uma garota sem jeito caminhando até ela. – Você está bem?

– Isso eu deveria perguntar a você. – ambas sorriram. – Você foi quem quase morreu.

– Não foi sua culpa. – murmurou, tentando amenizar um pouco da culpa que a outra estava sentindo. – Eu me joguei para o outro lado.

– Para não bater a cabeça o que seria pior. – sorriu irônica, abaixando a cabeça. Sam tomou coragem de pegar na mão da loira, seu polegar descia e subia na pele de Laura. – Ela nos achou.

– Lexa? – indagou, sabendo que a resposta seria um sim. – Eu ainda não a vi.

– Adormeceu por alguns minutos, logo levantou da cama para bater de frente com meu avô. – Sam soltou um riso divertido, típico da Woods. – Eu achei que fosse morrer.

A voz de Laura se quebrou naquele momento, Sam suspirou puxando a garota para um abraço. O medo estava tão presente naquela mata que ela esqueceu o quão frágil Laura é, não poderia adivinhar que havia uma armadilha de caçador naquela redondeza, um local tão frequentado por jovens deveria ter mais segurança.

– Eu estou aqui viva. – sussurrou, afagando as costas da garota. – Nada aconteceu.

– Você está aqui. – sua voz falhou, olhando nos olhos da garota em sua frente. – Eu fico feliz por isso. – sorriu, pressionou seus lábios contra os da morena em um beijo curto porém casto. – Até mais Sam.

A outra balançou a cabeça não deixando de sorrir. Laura deixou o quarto em seguida, Cooper tombou a cabeça no travesseiro e se pegou alargando o pequeno sorriso de antes.

– O que foi? – Luna inquiriu adentrando o quarto.

– Nada não mãe. – respondeu, George ficou ao lado da filha, Sam o fitou sorridente. – Só estou feliz como nunca estive antes.


Notas Finais


• O plano era adicionar capítulo ontem porém choveu muito e a internet ficou muito ruim, eu garanto que se fosse adicionar algo ficaria repetido. Mas aí está espero que gostem e comentem.


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