(...)
– Ele a convidou para um jantar. – Finn mais feliz que uma criança com doce entrou na sala de Echo. – Irei comprar o vestido mais sexy da loja.
– Parece mais empolgado que eu. – sorriu. Achando graça do modo risonho do homem. – E sua parte?
– Soube que a senhora Woods frequenta o chá da tarde. – levou o dedo indicador embaixo do queixo, seu olhar ficou vago. – Uma ótima oportunidade para agir.
– O que um jovem faria no chá da tarde de senhoras? – indagou confusa.
Finn lançou um olhar questionando-a por duvidar de suas habilidades. Finnick deu a volta na mesa ficando com seu rosto perto da outra, os olhos de Echo brilham diante do rosto bonito do rapaz.
– Faço ela sentir tudo o que você sente. – murmurou sedutor. – Apenas com um sorriso a ganho fácil.
– Fácil..... – sussurra admirada. Finn sorri se afastando. – Uma mulher como a senhora Woods é fácil de ganhar Collins, não se ache tanto.
– Eu posso seduzir qualquer uma.
– Perdão.... – a voz de Jenna soa para o lado da porta após bater. – Senhor Woods está lhe chamando senhor Collins.
– Avise-o que já vou. – sorriu gentil. A mulher assente com a cabeça logo seguida se retira. Finn se volta para Echo e sorri largo. – Até a velha da secretária pode cair no meu charme.
Echo revira os olhos.
Finn caminha de postura séria até a sala do grande prefeito. O político está com seu típico charuto enquanto analisa alguns papéis na mesa.
– Senhor Woods.
– Collins. – sorri para o jovem. – Necessito de um favor, mas de amigo para amigo. – Finn por dentro bufou, ele não era seu secretário e sim seu braço direito. – Irei jantar com uma bela mulher, necessito de uma dica.
– O senhor não precisa da minha dica para se sair bem com uma mulher. – quis soar educado, inflar o ego do homem.
– Ela é mais jovem. – arqueou sobrancelha, sorridente. – Digamos que eu precise de uma dica de jóia, quero lhe dar a mais cara.
– Dê a ela uma safira. – Woods balançou a cabeça impressionado. – Garanto que a moça em questão irá adorar.
– Entende de moças senhor Collins, por que ainda está sozinho? – indagou confuso, ele não podia negar o bom partido que o jovem é. – Poderia ter se casado com Clarke.
Finn se segurou para não revirar os olhos, Clarke estava insuportável desde o ocorrido e ele já não estava suportando o drama da mulher na época deu graças quando a loira chegou até ele e resolveu terminar tudo o que tinham.
– Clarke não me quis mais senhor. – soou vitimado, um esporte favorito dele ser vítima perante os olhos do prefeito. – Eu lhe ofereci o melhor e ela acabou com tudo que tivemos.
– Ela não deu valor ao grande homem que você é. – elogiou mais uma vez. – Um dia achará a mulher da sua vida. Terão os mesmos interesses,um conselho eu lhe dou. – arqueou seu corpo para frente. – Case-se com uma mulher que tem os mesmos interesses seus , será mais feliz meu caro Collins.
Finn sorriu, por dentro gargalhando. Por fora uma falsa máscara de respeito pelo homem.
(...)
– Devagar. – George pediu pela milésima vez. Ajudando Sam a caminhar até seu quarto, o homem conta com a ajuda de Lexa. – Agora deixe-me fazer isso.
– Ouch! – gemeu a adolescente. – Isso dói.
– Abby prescreveu analgésicos. – Lexa apanhou o papel do bolso, entregou a Luna. – Isso deverá resolver nas dores.
– Me sinto como uma criança. – chiou irritada. Sam não gosta de toda atenção para ela, mesmo com uma perna totalmente machucada. – Queria poder levantar sozinha.
– Seus pontos Samantha! – Luna impediu a filha de levantar-se. – Não pode se esforçar, isso está recém operado.
– Fiquei praticamente uma semana naquele hospital, eu quero voltar para o colégio.
– Não pode me pedir isso. – Luna disse séria. Sam não estava em condições nem de se locomover para o banheiro sozinha. – Fique deitadinha aqui.
– Não será fácil. – George observou a emburrada garota na cama.
– Esse garoto estava perguntando por Sam. – Lexa aponta para o garoto ao seu lado Kevin acena tímido para todos no quarto. – É seu amigo?
– Nerd de merda. – murmurou não o olhando.
– Olha a boca Samantha. – Luna repreendeu. – Fique a vontade Kevin.
– Obrigado senhora Cooper.
– Isso aqui é sua culpa. – acusa o nerd, assim que seus pais e Lexa deixam o quarto. – Eu não deveria ter ouvido você.
– Eu não me recordo de ter colocado uma arma na sua cabeça. – Kevin desafiou a garota com olhar, Sam revirou os olhos. – O maior culpado estava aos beijos com Cindy.
– Babaca, não enxerga a garota incrível que tinha.
Kevin ali notou algo um tanto quanto diferente, antes do desaparecimento Sam citava Laura com algum tipo de ódio. Mas agora naquele momento ela a citou com um tipo de admiração, nada irônico.
– O que aconteceu na mata? – inquiriu a encarando, buscando os olhos da outra que naquele momento estavam focados em seus dedos juntos.
– Nada. – tentou ser firme na resposta. Kevin começou a rir de modo nerd, Sam revirou os olhos. – Eu quase morri naquele maldito mato e você fica me perguntando o que aconteceu?
– Você a odiava antes de se embrenhar na mata com ela. – Kevin disse óbvio. – Mas agora você a colocou num pedestal.
– Eu só disse que ele está perdendo uma garota incrível. – deu de ombros.
Sam observou Kevin rir mais, negou com a cabeça e jogou o corpo para trás para se deitar na cama, sua perna estava dolorida a ponto de querer matá-lo por causa do riso do garoto.
– Seu remédio. – Luna apareceu com um comprimido e copo d’água. – Parece que hoje as visitas resolveram aparecer. – Sam estranhou, engoliu o remédio de gosto horrível. – Eu vou chamá-la.
– Uma garota. – Kevin zombou, assim que Luna deixou o quarto. – Quem seria?
– Oi.... – Laura apareceu, seus ombros encolhidos e sorriso de lado chamaram atenção da morena. – Eu passei aqui pra te ver, como está?
– Eu vou indo! – anunciou Kevin. – Até mais Sam e.... Laura.
– Nerd merdinha. – murmurou, ao notar o garoto indo embora rindo. – Eu estou bem.
– O quarto de Samantha Cooper.... – Laura admirou cada detalhe, as paredes com alguns pôsteres, outros quadros e uma moldura com fotos dela e seus pais. – Eu pensei que fosse encontrar corpos pendurados nas paredes.
– Minha mãe não gostou muito da ideia. – fez questão de entrar na brincadeira e assim arrancar um sorriso da loira. – Voltou para o colégio hoje.
– Na verdade não... – fez um leve careta. – Eu não sei por qual motivo, mas não voltei.
– Jhonny Spencer! – Sam disse. Ela não deixou de mirar na loira, tentando decifrar o que se passa na cabeça dela. – Ele não merece ver seu rosto triste.
– E quem disse que eu estou triste? – inquiriu a mirando. Sam sorriu com um pouco de carranca por conta da dor. – Está doendo?
– Um pouco. – confessou.
– O remédio deve ser forte. – Laura notou a voz da outra mais mole,prestes a cair naquela cama e dormir.
– Mas me conta, como anda sua relação com Lexa? – um pouco de empolgação da parte da morena.
– Indo. – uma simples palavra, a mais curta já dita por Laura.
– Ela merece uma segunda chance. – Sam voltou a repetir aquele velho conselho. – Todos merecem.
– Indireta para Jhonny? – indagou divertida. – Eu preciso de tempo sabe. – desviou olhar, o mirando em uma banda estampada no pôster do quarto. – São coisas que eu talvez não esqueça tão cedo. Se bem que a nossa situação foi um pouco parecida como você mesma me mos...trou. – a loira riu, se aproximou da morena e deixou um beijo demorado na bochecha dela. – Descansa Cooper.
(...)
– Um pouco difícil devo admitir, a distância é a coisa mais difícil dessa história. – George contava a Lexa suas experiências no exército, as missões difíceis e pesadas como um todo.
– Não me imagino longe tanto tempo. – disse ela lembrando-se da família, seria tão difícil para ela deixá-las sozinhas. – Mas é o que você gosta não?
– Estou pronto para abrir algo aqui em Polis. – comentou bebericando um pouco de seu café amargo. – Pretendo ficar definitivamente.
– Sam vai adorar.
– Você criou um laço forte com minha filha, Samantha tem um temperamento difícil.
– Imagine uma fase no jogo de videogame bem difícil. Sam é aquela fase difícil que você tem que insistir, uma hora você consegue.
– Você a salvou, eu vou passar a minha vida lhe agradecendo.
George passou a admirar o louco do que conhece de Lexa, sabe de sua passagem pela prisão e pelas barbaridades que passou lá dentro. Quando ela contou sobre o passado turbulento, George não acreditou que a mulher na sua frente atirou contra a esposa enquanto estava sob efeito de álcool e droga.
– Não precisa agradecer. – pela vigésima vez ele a agradecia por tal gesto. – O que importa é que as meninas estão bem.
– Sam dormiu? – Luna pergunta assim que observa Laura descer as escadas.
– Sim. – riu lembrando-se do momento de diálogo onde a outra acabou dormindo. – É um remédio bastante forte.
– Eu vou vê-la. – deu um beijo no rosto da menina e então subiu as escadas.
– Eu vou indo.
– Sempre que quiser vê-la pode vir a vontade. – o gentil homem disse.
– Obrigada senhor Cooper, se me derem licença.
– Eu posso te acompanhar até em casa. – Lexa se ofereceu, seus dedos apertavam um nos outros de tanto nervosismo pela resposta seguinte.
– Tudo bem.
Lexa se despediu rapidamente de George e logo correu para o lado de fora até sua filha. Abriu a porta do carro gentilmente para a garota. Apenas o barulho do motor presente, os dedos longos da morena batiam contra o volante.
– Esse carro do meu padrinho está velho. – Laura puxou o porta-luvas e fez uma careta ao ver os papéis caindo no assoalho do carro. – Eu achei que ele tivesse comprado outro.
– Ele comprou, como esse estava parado eu resolvi levar a oficina, foi difícil mas ele arrumaram.
– Não adiantou muito. – tentou fechar o porta-luvas, mas acabou o quebrando mais. – Sendo uma cheff de cozinha você poderia sei lá comprar um carro digno.
– Eu pretendo comprar uma casa aqui perto. – comentou de olho na estrada. – Não muito longe do restaurante.
– Tio Tony amava restaurantes. – Laura recordou do cheff brilhante Antony Woods, irmão de Lexa. Os olhos azuis da garota miraram na feição agora levemente triste. – Acho que ele puxaria sua orelha por conta desse carro.
– Eu aposto que ele diria: “ Você é uma maldita cheff de cozinha que poderia estar andando de Ferrari mas prefere estar com essa carroça.”
As risadas ecoaram por ali , Lexa sempre se pegava pensando no seu herói que a deixou, e ver que sua filha não o esqueceu de algum modo aquecia seu coração.
– Se ele não tivesse morrido as coisas seriam diferentes?
Tanto Laura quanto Lexa sabiam que o poço triste com muitas drogas e bebidas chegaram com mais força assim que Tony morreu naquele acidente de carro, se ele tivesse ficado vivo? Talvez Lexa estaria junto dele tocando o restaurante, talvez fazendo uma piada sobre o cabelo engomadinho do homem.
– Quando tem que acontecer, não tem como lutar contra. – a voz mansa atravessou os ouvidos da adolescente.
O velho carro parou em frente a casa, Lexa decidiu acompanhar Laura até a porta. Clarke sorridente apareceu para recepcioná-las, Lexa foi surpreendida com uma despedida agradável, um beijo na boca e um desejo de boa noite.
– O que o carro velho do Bellamy está fazendo aqui?
– Por que implicam tanto com esse carro? – arqueou sobrancelha. Clarke apenas sorriu. – Foi o primeiro carro dele.
– Já nos pegamos no banco de trás. – Lexa abaixou a cabeça, seu olhar caiu sobre os tênis que usava. – Não quer entrar um pouco?
– Está tendo uma social na casa do Bellamy. Octavia, Lincoln e Raven devem estar nesse momento bêbados. – observou, rindo um pouco. – Eu ainda tenho que ir ao restaurante, no fim de semana aquilo fica louco.
– Um dia quem sabe então. – Lexa concordou com a cabeça. Clarke em um gesto lento se aproximou da morena e então seus lábios colaram nos dela graciosamente. Alexandria fechou os olhos sentindo aqueles lábios macios nos seus, um selinho apenas. – Até um dia então.
Sussurrou rouca tão próxima a ela. Woods abriu os olhos, seu olhar viajou nos azuis de Clarke, um pequeno sorriso de lado cresceu em seus lábios. Virou-se caminhando em direção ao carro velho, já sentada no banco acenou com um até breve, por que adeus ela jamais irá querer dizer a Clarke.
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