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História Wounds - Capítulo 9


Escrita por: elyciarules

Capítulo 9 - Capítulo 9


Lexa guardou a última arremessa de pratos, colocou sobre seu ombro o pano deixando um suspiro sair por seus lábios. A lata de lixo cheia a fez respirar fundo antes de puxar para fora da cozinha e despachar no latão mais próximo, seu trabalho simples exigia um pouco mais dela. Lexa não podia reclamar daquilo, ela sentia o aroma das panelas. O jovem rapaz que se concentrava no enfeite dos pratos tinha uma pequena admiradora, poucas vezes Lexa viu alguém tão dedicado nos mínimos detalhes.

Os jantares lhe rendeu mais pratos e talheres para lavar. Ela ouvia as ordens do chef Dawson enquanto passava uma esponja sobre as refinadas louças. No fim da noite quando não sobrou um só cliente, o restaurante ficou em ouro silêncio, a não ser por Luna que fechava a noite para a sua tia.

– Não sei onde quer chegar. – a filha de Luna adentrou a cozinha, em busca de alguma coisa para comer.

– Suas notas estão ficando baixas Samantha, não é possível que não se esforce um pouco. – Luna sempre foi zelosa, mas quando o assunto eram os estudos, ela não deixava de pegar no pé da filha. – Não quero ser a mãe chata que lhe tira todos os meio de comunicações.

Samantha acabou rindo, jogou os cabelos para o lado e negou. Apanhou uma maçã em cima da mesa e mordeu ignorando totalmente sua mãe.

– Samantha, se quiser eu tiro celular e computador.

– Pode tirar mamãe. – rebateu, brincando com a maçã. – Não tenho amigos mesmo.

Lexa abaixou a cabeça e riu, por diversas vezes se pegou naquela situação com sua mãe. Mas a diferença é que a mãe dela não era como Luna, enquanto a Cooper busca o melhor para a filha, a senhora Woods só queria uma filha totalmente centrada nos estudos para assim se gabar nas festas chiques.

– Matemática nunca será meu forte.

– Matemática, física e química entre outras matéria? – indagou Luna, levemente nervosa. – Você sabe que os estudos são a única coisa que exijo de você.

– Quer que eu caia de joelhos diante dos seus pés e dramatize todas as desculpas do mundo? – Samantha arqueou a sobrancelha esquerda.

– Pois bem, Samantha. – Luna respirou fundo, tentando manter uma calma impossível. – Não darei seu carro.

Os olhos da adolescente ficaram arregalados, Luna conseguiu acertar no ponto importante. A filha ficou encarando a mãe totalmente em choque, Lexa estava levemente se divertindo com aquilo.

– Não pode estar falando sério. – a adolescente caminhou praticamente desesperada até a mãe. – Você sabe que isso é importante pra mim, mãe você não pode fazer isso.

– Estudos também são importantes, recupere suas notas e então conversamos sobre isso.

Luna a deixou totalmente sem chão para trás, Samantha levou as mãos nos fios castanhos os balançando levemente. Suspiro frustrado de quem não sabia como iria correr atrás do prejuízo.

– Estou muito ferrada! – cansada, ela se jogou na cadeira mais próxima.

– Se quiser eu posso lhe ajudar com algumas matérias. – Lexa propôs, deixando a adolescente desconfiada. – Eu era ótima em física e química, a matemática era praticamente um esporte favorito.

– Irá me ajudar nessas matérias? – inquiriu arqueando a sobrancelha, Lexa logo notou a característica parecida com a dela.

– Durante o almoço eu posso lhe ajudar, assim como nas horas vagas.

– Quer quanto por isso? – arqueou o corpo para mais próximo de Lexa, totalmente interessada.

– Apenas buscando uma diversão no trabalho. – ergueu as mãos em rendição. – Você topa?

Samantha desconfiada levou a mão ao queixo. Lexa estudou os traços da garota enquanto ela pensava naquela proposta totalmente tentadora, afinal era um carro na jogada sonho de qualquer adolescente naquela idade.

– Eu topo Alexandria. – estendeu a mão.

– Lexa, me chame de Lexa. – selou o acordo sorrindo.

Samantha levantou-se confiante, parecia que um pouco do peso deixou suas costas.

– Ah... – Samantha virou-se para a mulher. – Me chame de Sam!

Lexa assentiu, e Sam deixou a cozinha de queixo erguido.

– O que aconteceu aqui? – Luna curiosa observou Lexa. Woods apenas riu erguendo as mãos. – Por que ela me parece confiante?

– Digamos que agora eu sou a professora particular.

Luna semicerrou os olhos.

– Eu sei como é horrível ter o pescoço pendurado quando se está prestes a roda na matéria.

– Então irá dar aulas para Samantha? – assentiu Lexa. – Não sei o que dizer, você parece um anjo que caiu na minha vida.

– Eu acho que é o contrário.


(...)

– Então você simplesmente não pensou em Clarke quando resolveu enfiar Lexa na sua casa. – Raven cruzou os braços, cuspindo toda raiva em cima de Bellamy.

– Você quer conversar sobre isso? – indagou a observando de modo irritado. – Me chamou para conversamos sobre a Lexa?

– Bellamy, ela acabou com a vida da Clarke.

Blake levou as mãos no rosto, respirou fundo meditando qualquer coisa para não atacá-la com palavras.

– As vezes eu me pergunto o por que de tanto ódio, vocês todos viraram as costas para ela quando mais se precisou. De todas as pessoas eu acho que ela não esperava que você fosse quem virasse as costas pra ela.

Raven engoliu a saliva encarando o copo de whisky. Seu dedo rodava sobre a borda do copo. Bellamy observou a mulher em silêncio, ele queria saber por que Raven de todos tinha algo a esconder, por que de todos parece a mais vulnerável.

– O que aconteceu com você naquela viagem? – perguntou calmo, assistindo os movimentos nervosos da outra. – Voltou diferente, não é mais a mesma.

– Não aconteceu nada. – responde firme, enfim o fitando. – Lexa não faz bem a Laura e Clarke.

– Trocar de assunto é sua arma de defesa. – ergueu o copo, bebeu um pouco de seu whisky. – Mas eu só queria saber mais sobre você, eu posso te conhecer a anos... Mas não sinto como se a conhecesse completamente.

– Eu... – Raven se cortou, sua garganta fechou-se doendo, seus olhos estavam prestes a mostrar a fraqueza. – Preciso ir.

– Espera! – segurou seu braço, Bellamy abraçou a garota com toda força. Sentiu a outra suspirar contra seu pescoço. – Eu tô aqui Rae, não está sozinha.

Ela sentia toda segurança naquele abraço, o quanto ela necessitou de carinho. Todos os seus amigos vivam suas vidas, mas todos estavam mais concentrados em proteger Clarke e Laura, eles assistiram a dor da loira, Raven esqueceu da sua própria dor.

– Você está mais preocupada com Clarke e Laura, mas esqueceu de você. – observou Blake, Raven negou abaixando a cabeça. – Pensa mais em você.

– Já está tarde. – fitou o relógio, ergueu seu olhar encontrando os olhos de Bellamy a observando com carinho. Ela sorriu pra ele. – Obrigada, por tudo.


(...)

– Eu odeio essa garota. – resmungou Laura,a jovem estava tendo uma síncope observando as fotos alegres de Cindy e Jhonny.

– Filha? – Clarke entrou no quarto da garota, Laura respirou fundo fechando seu Notebook. – Tudo bem?

– Melhor impossível. – resmungou deitando.

– Desilusões amorosas. – Clarke sorriu, ocupando um espaço na cama. – Todo mundo já passou por isso.

– Você e a mama também?

Clarke assentiu.

– Antes de mim, Lexa namorava uma garota insuportável. Estávamos na fase amigas, então essa garota meteu um pé na bunda dela, Lexa passou noites chorando no meu colo até eu me dar conta de algo.

Laura sentou-se pronta para ouvir aquela historia.

– Que aquela garota não merecia o coração da Lexa, não merecia ter que ouvir o eu te amo dela. Não precisava ganhar flores com todo coração.

– Cindy está com ele por status. – disse ela irritada. – Ela não sente nada por Jhonny, essa é a verdade.

– Esse rapaz não merece seu tempo também, pelo que me parece status pra ele também é importante. – Clarke aconselhou beijando a testa da garota. – Não fique pensando onde você errou, okay?

– Você ainda a ama? – Laura perguntou olhando intensamente para a mãe, Clarke abaixou a cabeça e caminhou até a porta.

– Dorme bem.

Laura negou encarando o teto escuro, Cindy só queria status e Jhonny parecia saber disso, mas não evitava. A Woods mais nova fechou os olhos, entregando- se ao sono.

No dia seguinte Laura observou sua rival ao longe, Cindy parecia mais concentrada em estar na moda do que estudar, seu pai rico lhe rendia boas notas mesmo ela sendo a pessoa mais burra existente no planeta, Jhonny o bom partido se aproximou a rata e a beijou como se fosse uma cena digna de Hollywood. Laura bufou apanhando suas coisas na mesa azul e levantando-se rápido acabou tropeçando e dessa vez encontrou o chão mas não totalmente ele.

A garota olhou para baixo encontrando a rude do outro dia, Samantha Cooper fechou os olhos jogando a cabeça pra trás em sinal de dor, Laura negou levantando-se e batendo suas roupas. Jhonny o jovem galã apressou os passos até a Woods, todo preocupado olhou para a menina.

– Se machucou? – questionou atencioso, Laura negou ajeitando suas roupas. – Você realmente é um desastre garota. – fuzilou Samantha.

– Não tenho culpa se a patricinha fica voando em pensamentos e não olha por onde anda. – resmungou esticando o corpo, estalando as costas.

– Eu estava olhando, a culpada é você. – acusou Laura. Samantha apenas riu negando. – Você esta me perseguindo.

– Não perderia meu tempo seguindo você garota. – rebateu Cooper. Ela olhou para os lados, muitos alunos as olhavam e Samantha era do tipo que não chamava atenção. – Pra mim já deu isso.

– Não irá pedir desculpas? – Jhonny segurou o braço da garota de modo firme, Cooper travou a mandíbula empurrando o rapaz. – Pede desculpas.

– A maior prejudicada fui eu, volte pro seu mundo de Ken do rock e me deixa em paz. Vocês não passam de um bando de abutres querendo ser popular nesse inferno que nunca irá durar pra sempre. – Samantha sorriu para Jhonny. – Seu cabelo não será sempre assim Jhonny, seu corpinho escultural não será desse jeito pra sempre que essas garotas suspiram, essa é a verdade.

Jhonny coçou a nuca olhando em volta, ajeitou a jaqueta e voltou a sua pose de rockeiro jovem.

– Essa garota ainda vai te arranjar problemas. – disse ele para Laura. – Fica longe dela, é um conselho.

Laura franziu a testa confusa, Cindy praticamente se pendurou no pescoço do garoto o levando para longe.

– O que foi isso menina? – Laura se assustou com sua colega de classe Jesse.

– Nem eu sei. – confessou.

– Jhonny e Sam ainda batem de frente. – Jesse observou, deixando Laura curiosa. – Eles eram da mesma banda, ele era a segunda voz, então a expulsou.

– Por qual motivo? – Laura inquiriu curiosa.

– Jhonny queria realmente ser o cara principal. – Laura abriu a boca chocada. – Imagina pra uma garota como ela que tinha música como hobbie ter que sair de uma banda por que o cara é um babaca.

– Por isso que você não gosta do Jhonny? – Jesse assentiu. – Isso é um pouco louco.

– Ninguém conhecia a banda até então, depois que Sam saiu Jhonny começou a divulgar pra todos.

– Eu não conhecia essa garota.

– Ela faz questão que ninguém a conheça isso é o jeito dela. – explicou Jesse.

Laura ocupou seu lugar na sala de aula, ajeitou seus materiais enquanto aguardava seu professor de química. Passou alguns minutos pensando em como Jhonny era antes dela saber sobre a banda e Samantha. Ela jamais imaginou que o rapaz fosse do tipo egoísta.

– Okay turma, dentro de três meses estaremos fazendo um acampamento. – professor ficou no centro da sala. – Não só essa classe como outras duas irão conosco nessa aventura.

– Odeio acampamento. – Cindy chiou duas cadeiras na frente de Laura.

– É para um experimento senhorita Wright. Você não são mais crianças, creio que saibam como funciona as coisas.

– Será que posso levar uma barraca magnífica? – Cindy inquiriu. Uma bela praticinha que odiava matos.

– Não senhorita Wright, todos estarão com barracas iguais. Isso valerá uma grande nota, então eu aguardo a todos nessa aventura no próximo mês.

Laura tombou a cabeça na mesa, bufando. Ela odeia matos e bichos.


(...)

– Eu não vou! – a discussão estava durando horas, enquanto passava um pano na cozinha, Lexa podia ouvir a discussão entre mãe e filha. – Eu odeio aquelas pessoas, são insuportáveis eu não vou passar uma semana no meio do mato com eles.

– O professor Edward me ligou dizendo que valerá uma nota boa, e vamos combinar que você está precisando muito Samantha.

Sam levou as mãos no rosto, querendo se afundar em um buraco e nunca mais sair de lá até o dia que o acampamento acabar.

– Você necessita.

– Eu terei aulas com Lexa, isso me ajudará bastante. Eu posso faltar a esse acampamento.

– Perdão pela intromissão, mas esse acampamento já é feito para ajudar os alunos. – Woods informou. – Eu sempre acampava no intuito de conseguir notas boas.

– Eu tô odiando você agora. – rosnou a adolescente. Lexa riu jogando o pano na garota.

– Será para o seu bem. – puxou a cadeira marrom. – Acampar não é tão ruim assim.

– Você tinha amigos? – Lexa assentiu. Sam acabou rindo sarcástica. – Essa é a questão, eu vou pegar minhas coisas daí então começamos as aulas.

Lexa e Luna viram a adolescente se afastar.

– Ela não tem amigos mesmo? – indagou Lexa para Luna.

– Nenhum. – respondeu suspirando. – Ela fazia parte de uma banda, mas do nada isso acabou também.

– Eu tenho que dar aulas a sua filha.

Sentou esperando por Sam que com uma carranca ocupou a mesa da frente. Lexa sorriu abrindo o livro, seria um longo dia.


Notas Finais


• Então o que acharam? Coloquem seus pontos de vistas sobre Sam Laura sobre clexa sobre luna vocês escolhem rsrs


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