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História Writer - 11


Escrita por: MariFeeernandez

Capítulo 11 - 11


- O que? – falei meio chocada.

Desliguei o macbook e guardei na minha bolsa de novo. Justin ficou me olhando por um tempo, mas quando ele foi falar eu o interrompi.

- Não me ofenda. – rimos.

- Juntos ou não você sabe somos perfeitos um para o outro.

- Não quero pensar nisso agora.

- Vamos nos casar aos 25 e ter nosso primeiro filho aos 30, quero te comer muito antes de encher a casa e você fazer greve de sexo. – ri indignada.

- Chega desse assunto, por favor.

- Ok. – percebi que ele ficou chateado.

- Porque está tão chateado?

- Porque você não pensa como eu. – ri.

- Você só está se precipitando baby, relaxa.

- Ok.

- Podemos dormir agora, amanhã o dia vai ser longo, você vai conhecer meus pais. – sacudi os braços numa falsa animação.

- Isso é muito sério.

- Você vai conhecer eles como meu melhor amigo.

- Se seus pais virem tevê estamos fudidos. – revirei os olhos e me aconcheguei a ele – E se eles não gostarem de mim?

- Querido eles não gostam de mim que vim deles, imagina um mero mortal. – rimos.

- Eu tenho que fazer umas coisas em Nova York ainda, você vai na frente e eu te encontro na quinta, tudo bem? – perguntou e eu assenti me entregando ao sono.

[...]

- Pelo o que eu vi na internet enquanto você dormia, o mundo está falando de nós dois, eles já sabem que vamos desembarcar em LA, no caso você, toma cuidado no aeroporto, vão ter muitas paparazzis, coloca óculos escuros ou você não vai enxergar nada e vai acabar no meio no aeroporto perdida. – revirei os olhos e ele me deu um selinho.

- Relaxa, vai dar tudo certo. – mexi as sobrancelhas o fazendo rir.

Assim que pousamos Justin fez mais um milhão de recomendações e eu só assentia, ele me levou ao lado de fora e me deu um beijo.

- Até quinta, vou sentir sua falta e não se meta em confusões. – falei enquanto abraçava-o.

- Eu gosto de poder te beijar em publico. – ri – É sério. – assenti.

- Você só é fofo demais às vezes. – lhe dei um selinho.

- Lexi, posso fazer uma pergunta e você promete não ficar brava?

- Lógico. – me afastei para olhar nos olhos dele.

- Temos exclusividade ou podemos ficar com quem a gente quiser? – ri levemente.

- Porque eu ficaria brava com essa pergunta? – deu de ombros – Se a gente não puder ficar com quem quiser se torna um namoro Justin, então você está livre para fazer o que tiver vontade. Eu sei que você precisa de sexo e eu preciso de paz para passar por essa fase, bem dolorida.

- Não quero que você fique com outros caras, então não vamos ficar com ninguém. – ri.

- Se você toma a decisão por nós dois porque pergunta? – revirei os olhos.

- Porque eu também quero a sua opinião e quando você fala bobagens elas deixam de importar. – dei um tapa no braço dele.

- Isso está virando um namoro e está me assustando. Estou em greve dessa amizade colorida até segunda ordem. – Justin se aproximou como se fosse me dar um selinho e eu virei o rosto rindo.

- Pode parar com essa brincadeira, me dá um beijo de despedida e some daqui que eu tenho que decolar. – dei um beijo na bochecha dele e saí correndo arrastando a minha mala.

- Te amo. – gritei e senti-o correndo atrás de mim – Para eu fico nervosa quando correm atrás de mim. – riu me abraçando por trás.

- Vou sentir a sua falta. – me deu um selinho roubado e voltou correndo.

Entrei no aeroporto e eu já vi o caos de longe.

- Bom dia, quero alugar um carro. – falei para a atendente.

- Qual modelo?

- Posso ser uma range rover evoke preta. – assentiu.

- Quantos dias?

- Uns dez dias, mas eu posso devolver antes?  – assentiu – Então perfeito.

- Como vai fazer o pagamento?

- Cartão de crédito. – peguei a carteira na bolsa e entreguei a ela que minutos depois me devolveu e me entregou a chave.

- O carro vai estar lá na frente em alguns minutos, só entregar esse papel ao manobrista. – assenti.

- Obrigada e bom dia.

- Igualmente. – me afastei arrastando a mala e me preparando psicologicamente para o que viria a seguir.

Assim que passei pela porta de vidro todos eles vieram em cima de mim como um enxame de abelhas.

- Alexis! – gritavam juntos me dando dor de cabeça.

Eu me encolhi e fui rapidamente em direção à saída. Estava cercada por todos eles.

Assim que saí do Lax eu já vi o carro me esperando. O manobrista me ajudou a guardar a mala e a afastar todos aqueles sanguessugas. Entrei no carro e eles cercaram o mesmo. Se eu saísse eu ia atropelar muitos.

- Vocês estão falando sério? – gritei com o vidro abaixado e logo subi o mesmo.

Eu já tinha perdido toda a minha paciência. Apertei a buzina e encostei a cabeça no banco. Liguei o carro e fiquei acelerando, assim que eles deram uma abertura eu saí cantando pneu.

- Filhos da puta! – gritei batendo no volante.

LA estava muito quente por isso o ar condicionado estava no ultimo, poderia ter um iglu dentro do carro sem problema. Liguei o Bluetooth do carro e conectei meu iPhone colocando R U Mine - Arctic Monkeys no último volume. Parei no farol e as pessoas me olhavam como a louca que estava cantando gritando dentro, mas era o único jeito que eu me acalmava. Algumas pessoas tiravam fotos por eu estar andando com o Justin, andando não, todo mundo pensa que somos namorados agora, que droga.

Assim que o farol abriu saí com o carro virando à direita e seguindo para a casa dos meus pais.

É legal falar a “casa dos meus pais”, eu passei a vida querendo sair de lá e agora com apenas 18 anos eu sou totalmente independente, isso é maravilhoso.

O resto do caminho foi tranquilo até eu chegar à rua de casa e encontrar aquela bagunça de paparazzis. Estacionei o carro no mesmo momento e liguei para Nori.

- Nori, onde você está amor?

- Porque você está nervosa? – como pode alguém me conhecer pelo telefone? – Estou na escola, por quê?

- Nada irmãzinha, vou te buscar e a gente vai comer aqueles cookies recheados com sorvete o que acha?

- Ótimo, porque você tem muita coisa para me explicar e eu tenho uma coisa para te contar.

- Ok, em dez minutos estou aí, te amo. – encerrei a chamada sem esperar ela responder e fiz a volta na rua pegando o caminho da escola.

Quando cheguei Nori conversava com um grupo de garotas, buzinei, ela se despediu de todas e veio correndo para o carro.

- Lexi! – gritou e me abraçou apertado assim que jogou a bolsa no banco de trás.

- Senti a sua falta. – sussurrei sentindo as lágrimas caírem.

- Você está chorando? – tentou se afastar, mas eu a apertei mais em meus braços.

- Só me abraça. – pedi e ela começou a fazer carinho nas minhas costas.

Acho que fiquei assim por uns vinte minutos até eu conseguir me controlar, eu não imaginava que isso acontecer, imaginei que eu estava forte, mas a realidade é bem outra.

- Tudo bem? – perguntou limpando as minhas lágrimas.

- Na verdade não. – ri e ela me acompanhou.

- Você precisa entender que o mundo vai aguentar se você se machucar, eu vou aguentar, você pode chorar Alexis, gritar, você pode extravasar a sua raiva e não ficar sorrindo e fingindo que a vida é maravilhosa depois dessa merda toda do Cameron.

- Eu não estou sorrindo, eu só estou levando. – falei saindo com o carro.

- Lexi a vida não é para ser levada, a vida é para ser vivida intensamente.

- Você está me assustando com todo esse discurso, onde aprendeu isso? – rimos.

- Uma certa modelo me ensinou. – sorri e esfreguei minha mão na perna dela.

- Eu te amo irmãzinha que está maior que eu. – rimos – Você está linda e como cresceu tanto?

- No café da manhã eu como um daqueles fermentos de pão. – revirei os olhos e ela riu.

- Idiota. – rimos.

Durante o caminho ela foi me contando sobre como era à vida de uma garota que tem a irmã famosa e que supostamente namora Justin Bieber.

- As pessoas me amam, simplesmente por eu ser sua irmã e ter fotos com você Lexi, outras me falam mal gratuitamente também, é insano. – ri.

- Eu recebo ameaças de morte querida, fica na sua. – rimos enquanto íamos em direção a Spinkles nossa loja de doces favorita.

Os paparazzis tiraram fotos de longe e entramos rapidamente. Só tinham mesas na janela e eu xinguei todo mundo mentalmente por apenas hoje não querer a janela.

- Boa tarde, posso ajudar? – uma garçonete parou na nossa mesa.

- Boa tarde, dois cupcakes de chocolate, dois cookies recheados de sorvete, normal com doce de leite e duas limonadas. – assentiu e se retirou.

- Então Nori Rebecca Houston o que você tem para me contar? – mexi as sobrancelhas e ao invés dela rir ela desviou os olhos dos meus – Você pode me contar o que quiser, eu sempre vou te apoiar, o que houve? Você tomou um porre e acordou na cama de um estranho? Perdeu a virgindade antes de mim? Fumou maconha? Cheirou cocaína?

- Eu sou lésbica Alexis.

 

Eu engasguei com a minha própria saliva e todos ao redor ficaram chocados com como eu tossia, o suco chegou e eu bebi metade tentando sair do estado de choque.

Os pedidos chegaram e não tocamos no assunto enquanto comíamos.

- Isso é ridículo! – parei tudo o que estava fazendo e ela olhou para mim com esperança – Se é do que você gosta Nori, eu te apoio, não vou te julgar e desculpe a minha reação, eu fui péssima.  – riu.

- Não se preocupe Lexi, eu já esperava.

- Você... Você sabe... Já teve alguma coisa com garotos? – perguntei e mordi meu biscoito com sorvete.

- Sim e na verdade eu gosto dos dois, mas a garota que eu estou namorando é tão legal Lexi, ela me faz feliz. Ela é tipo você e o Justin, ele te faz feliz e você o faz feliz, eu percebo. – ri.

- Meu Deus, você tem uma namorada. – engoli seco – Eu vou demorar a me acostumar, mas não vou julgar, eu prometo.

- Obrigada Lexi. – segurou minha mão em cima da mesa – Eu te amo.

- Eu te amo.

- Eu preciso de ajuda para contar aos nossos pais, eu estou escondendo isso há muito tempo e a mamãe fica me cobrando namorados e enchendo o meu saco.

- Nori não sei se é uma boa ideia e você sabe a merda que isso vai dar, mas se você quer... Vamos lá. – assentiu.

[...]

- Justin ela é lésbica, eu não consigo acreditar nisso. – falei desfazendo a minha mala.

- Sempre quis uma amiga lésbica, será que ela fica comigo? Eu, ela e a namorada. – revirei os olhos.

- Você é nojento! – riu.

- Estou tentando deixar o clima mais leve.

- Estamos esperando nossos pais chegarem em casa, ela quer contar ainda hoje, você tem noção do tamanho da merda que isso vai dar?

- Eu imagino, minha mãe não gostaria de me ouvir dizendo que sou gay, apesar dela não ter nenhum preconceito, a gente nunca quer isso para o nosso filho, não é mãe?! – a ouvi gritar sim e ri.

- Você é um idiota. – rimos.

- Você é linda e eu estou com saudade.

- Também estou baby.

- Alexis não aprovo esse relacionamento de vocês, quero te conhecer pessoalmente e você tem que namorar meu filho logo. – fiquei chocada por estar falando com a mãe dele.

- Também quero te conhecer Pattie, estamos passando por uma fase complicada, vamos deixar a vida nos levar ao lugar certo.

- Tudo bem querida, que vocês sejam felizes, independente de qualquer coisa.

- Obrigada, você é um amor.

- Você que é um doce, um beijo.

- Beijo. – ouvi Justin rindo e pegando o celular.

- Sogra e nora se dando bem, que lindo.

- Cala a boca, mal me livrei de uma você quer me arrumar outra?

- Nossa mãe você não sabe o que a Alexis acabou de falar de v...

- Vou entrar em greve! – gritei antes que ele terminasse.

- Nada mãe.

- Assim que eu gosto bonitinho. – rimos.

- Vou te contar do que eu gosto na quinta, seus pais não são do tipo hipócrita que vão nos obrigar a dormir separados não é?!

- Provavelmente são. – rimos.

- Droga, vou ficar na minha casa então.

- Tudo bem, você que decide. Preciso ir, acho que eles chegaram, se cuida.

- Te amo.

- Te amo. – encerrei a chamada e minha mãe entrou no quarto.

- Querida, como senti a sua falta. – me abraçou e eu retribui.

- Também mãe.

- Com quem estava falando? – perguntou depois que nos afastamos.

- Porque a pergunta? – riu.

- Com o Justin? Vi uma matéria sobre vocês no E!, quando ele vem nos conhecer? – revirei os olhos.

- Somos amigos e ele vem na quinta. Vamos dormir no mesmo quarto.

- Tudo bem, vocês namoram, normal dormirem juntos. – bufei.

- Ok mãe, dá um tempo para a Lexi. – Nori entrou no quarto colocando ela para fora – Papai está te chamando lá em baixo, esse é o momento perfeito, depois que ele conversar com você eu solto a bomba.

- De Hiroshima e Nagasaki não é?! – riu e eu saí na frente dela indo para o primeiro andar.

Desci as escadas rapidamente e pude ouvir minha mãe e Nori atrás de mim.

- Pai? – chamei.

- No escritório. – virei à esquerda e fui em direção ao mesmo.

Ele estava sentado atrás da sua enorme mesa de tampo de vidro que em baixo era repleta de fotos de nossas viagens e infância. Para a minha surpresa tinha uma foto de um photoshoot meu, quando ele percebeu que eu olhava aquilo pigarreou e colocou o braço em cima. Levei meus olhos aos azuis do meu pai e ele apontou a cadeira para que eu me sentasse. Minha mãe ocupou a outra e Nori ficou entre as duas cadeiras.

- Sobre o que quer falar?

- Como estão as coisas em Nova York?

- Estão muito bem, obrigada por perguntar.

- Sua vida está boa? Está precisando de dinheiro? Quanto paga de aluguel? Essas coisas...

- Minha vida está maravilhosa. Não. Uns 5.000 dólares, eu moro no SoHo. Não se preocupe.

- Quem está administrando o meu dinheiro?

- Eu separo dez mil para o mês e o resto está na minha poupança rendendo, não se preocupe, se eu precisar contrato um contador.

- Só não quero que perca tudo.

- Eu não estou gastando compulsivamente, todas as viagens que eu faço são pagas por quem me contrata, tenho meus luxos sim, mas sei muito bem cuidar do meu dinheiro. Só isso Robert Houston?

- Não me trate como um estranho.

- Você me trata como uma, a recíproca é mutua.

- Eu sou seu pai.

- Eu sou a sua filha. – espalmei as mãos para cima usando toda a minha ironia.

- Chega! – Nori interveio – Eu preciso contar uma coisa. – me encolhi ao ouvir isso.

- O que querida? – minha mãe perguntou animada.

- Mais uma coisa, eu não quero Justin Bieber nessa casa.

- Não venha com essa Robert, ele vem e pronto. – mamãe me defendeu – Fala querida.

- Mamãe, papai, eu sou lésbica. – eu olhei para a cara dos dois e eles estavam estáticos – Falem alguma coisa. – pediu.

- Você está brincando não é filha?! – minha mãe riu.

- Porque você deu a noticia só para mim e a sua mãe? A Alexis já sabia? – meu pai perguntou – Você é uma péssima influencia para essa menina.

- Como assim? – Nori perguntou e minha mãe já chorava.

- Alexis e toda essa história de arte. Faz essas fotos. Saí com pessoas inadequadas como essa Miley Cyrus, se envolve com um traidor, agora está com uma amizade colorida com um criminoso em potencial. Eu não quero que vocês se falem mais e nem que você venha para cá.

- Se ela sair dessa casa eu vou junto. – Nori falou nervosa.

- Perfeito me livro de duas ingratas de uma vez. – bati na mesa com força o fazendo me olhar.

- Você é tão preconceituoso, cruel, rude e nojento. Eu tenho nojo de ser sua filha, de saber que eu vim de um monstro como você, a pior espécie de homem, a que se pinta de honesto e bondoso para a sociedade, mas chuta as filhas como cachorros mortos. Eu tenho nojo de você! – ganhei um belo tapa no rosto – Só não se esqueça que você fez as suas escolhas papai, não chore depois. – saí do escritório com minha mãe e Nori atrás de mim.

Subi as escadas correndo e me tranquei no quarto voltando a guardar as coisas na mala.

- Abre essa porta Lexi! – Nori pediu.

Joguei tudo dentro da mala de novo. Peguei outra mala e guardei o que faltava levar para Nova York.

Joguei na parede todos os porta retratos daquela família estúpida e só bonita para os outros.

- Abre essa porta Alexis! – minha mãe esmurrou a porta.

Peguei meu iPhone e disquei os números da casa da minha avó.

- Residência dos Houston.

- Carmem é a Lexi, tudo bem?

- Tudo bem meu amor, está chorando?

- Não se preocupe. Minha avó está por aí?

- Vou chamar.

- Obrigada.

Esperei um pouco até ouvir aquela voz macia do outro lado.

- Lele, como está meu amor? Vovó está com saudades.

- Oi vó, também estou, posso passar um tempo aí? Estou em LA.

- Lógico meu amor, vem quando?

- Chego em algumas horas. Te amo.

- Estou ansiosa. Te amo. – encerrei a chamada.

Peguei minhas malas e saí para o corredor jogando pela escada e foda-se se pegaria em alguém lá em baixo, eu torcia para que pegasse no meu pai.

- Para onde você vai a essa hora? – minha mãe segurou meu braço.

- Vou ficar com a vovó e depois vou voltar para casa.

- Vai pegar estrada de noite?

- Não fico mais aqui e nem volto mais aqui. – me preparei para descer.

- Nori pega as suas coisas e vai com a sua irmã, quando você quiser voltar me liga e eu mando irem te buscar. – gritou do corredor.

- Minhas coisas já estão prontas. – respondeu aparecendo com a bolsa e uma mala pequena de rodinhas.

Desci as escadas e levantei minhas malas as arrastando com dificuldade para o lado de fora. Os paparazzis captavam tudo, essa é a merda de não ter um portão.

Abri o porta-malas e coloquei as minhas malas e da Nori lá dentro o fechado com força.

Dei tchau para a minha mãe e entramos no carro logo partindo.

- Desculpa! – Nori falou chorando.

- A culpa não é sua Nori, pelo amor de Deus.

Meu celular começou a tocar na bolsa e eu me virei para pegar e atender.

- Oi Justin, péssima hora. – falei irritada conectando o celular ao radio do carro – Você está no viva-voz.

- O que houve?

- Briguei com o meu pai e estou indo para Napa.

- Como assim?

- A culpa foi minha Justin, eu contei aos meus pais que sou lésbica, minha mãe chorou e meu pai colocou toda a culpa na Lexi, disse que é por causa da arte. – Nori confessou.

- A culpa não é sua e chega desse assunto. Eu te mando o endereço depois, meus planos não mudaram para o fim de semana. Vai ser legal. – fingi uma animação.

- Eu já estou em LA sweetie, não quer vir até a minha casa e vamos juntos? Eu dirijo seu carro.

- Perfeito Justin, ela está dirigindo feito louca. – não consegui não rir.

[...]

Passei pelos portões da enorme mansão alugada Bieber e fui por onde me guiavam. Parei o carro onde mandaram e desci com Nori.

Justin de uma porta de vidro de calça de moletom e descalço vindo na nossa direção. Ele cumprimentou Nori e depois me abraçou forte. Ficamos assim por um tempo depois ele me deu vários selinhos me abraçando de novo por eu começar a chorar.

- Eu sinto muito! – sussurrou e eu assenti.

- Vai vestir uma camiseta, colocar os tênis e vamos logo. – assentiu e limpou minhas lágrimas.

- A hora que eu falei com você eu já estava em LA, eu nem fui para Nova York na verdade, meu compromisso foi cancelado, mas eu deixei um tempo para a sua família e um tempo para a minha mãe que já voltou para Atlanta.

- Entendi.

Entramos na casa e subimos para o quarto dele que estava uma bagunça. Comecei a dobrar as roupas largadas enquanto ele mostrava os prêmios para Nori.

- Muito legal Justin. – comentou e eu ri.

Entrei no closet dele e tinha uma mala em cima de um balcão de vidro que dentro tinha os relógios dele. Veado.

- Temos que sair em vinte minutos. – avisei – O que você vai levar? – gritei o Justin.

- Você que sabe, o que você gosta que eu vista? – revirei os olhos.

- O que vocês estão fazendo? – gritei pegando umas peças de roupa dele, dobrando e guardando na mala.

- Estou pegando seu melhor amigo Lele. – Nori falou rindo e eu senti um frio na espinha.

- Lele? Hum... – Justin ironizou.

- Cala a boca Justin. – porque eu estou tão nervosa?

- Nossa avó a chama assim desde que eu me entendo por gente. – saí do closet e os dois estavam jogados na cama olhando o teto.

- Vocês estão de brincadeira com a minha cara? Eu falei vinte minutos. Vai arrumar sua mala. – joguei a camiseta na cara do Justin e ele levantou se afastando.

- Era só um teste para sentir seu nível de ciúmes e mulher você me surpreendeu.

- Cala a boca Nori. – me joguei na cama.

- Nunca faria isso com você Carly. – revirei os olhos.

- Eu sei Rebecca.

- Alexis? – Justin gritou e eu me levantei entrando no closet.

O ajudei a arrumar a mala com as coisas mais simples do armário dele, a gente vai se sujar muito, brincar, correr, andar a cavalo, vai ser uma semana maravilhosa.

- Vou levar meu chapéu. – colocou na cabeça e eu revirei os olhos.

Justin foi arrastando a mala para o lado de fora.

- Precisa mesmo levar seguranças? Vamos para o fim do mundo.

- Tudo bem, nada de seguranças, vamos fingir sermos normais. – assenti.

Justin colocou a mala no porta-malas e o fechou.

- Carteira, chave de casa, iPhone... Acho que é isso. – falou tateando os bolsos.

Fui em direção à porta do motorista e Justin me agarrou por debaixo do peito me largando na porta do passageiro. Nori já estava dentro do carro com os fones de ouvido.

- Me solta. – sacudi meu corpo e me virei de frente para ele que tinha a testa franzida.

- O que eu fiz? – perguntou como um cãozinho abandonado.

- Fica tentando me fazer sentir ciúmes, eu não gosto disso.

- Mas funcionou, admita. – revirei os olhos.

- Sim droga. – me deu selinho contra a minha vontade e me empurrou com força contra a porta do carro.

- Para de agir assim. – se afastou um pouco de mim e olhou intensamente nos meus olhos.

- Assim como?

- Nosso relacionamento foi fundado na sinceridade e não em você agindo como uma garotinha mimada e ficando emburrada, isso é ridículo.

- Foi mal.

- Tudo bem. Agora me dá um beijo.

- Não estou afim. – ele me olhou sério e eu envolvi meus braços ao redor da nuca dele – Você me dá pena quando faz essa carinha. – passei o indicador no lábio inferior dele – Sorri para mim. – rimos.

Colei meus lábios nos dele e ele apertou minha cintura me fazendo sorrir. Nori bateu no vidro e eu o afastei entrando no carro.

- Vocês dois estão em um fogo, vão com calma. – Nori falou depois que saímos da casa do Justin sendo fotografados pelos paparazzis.

Os seguranças vão nos levar até a saída da cidade e depois vão voltar.

- Sua irmã é uma virgem chata Nori. – revirei os olhos.

- Já avisou a vovó que eu e Justin estamos indo? – assenti.

Eu fiquei acordada com Justin a viagem todo enquanto Nori dormiu a viagem toda. Vi a placa que não via há muito tempo. Napa Valley.

- Chegamos a Napa agora você precisa me explica o caminho. – assenti.

- Vai ser a terceira entrada a direita baby e vai ter um letreiro escrito Houston . Então você vai subir uma estrada de pedras e vai ver a casa mais linda que já viu na vida. – assentiu.

Justin seguiu as instruções direitinho e paramos em frente a casa dos meus avós prestes a amanhecer.

- Meu amor essa casa parece de contos de fadas. – ri.

- Meu amor? Menos. Espera até ver isso. – desci do carro e senti-o vindo atrás de mim.

Começamos a andar por entre os vinhedos de mãos dadas e a descer a colina em direção ao lugar que eu amava.

- Esse lugar é muito bonito. – abraçou minha cintura e beijou minha cabeça.

- Gosto de dividir meus paraísos com você babybaby. – dei um selinho nele.

- Gosto de passar um tempo longe da realidade com você, um universo paralelo. – assenti.

Chegamos a uma laranjeira enorme e eu me sentei entre as pernas dele. O Sol começou a aparecer por trás das colinas e eu olhei para Justin e sorri.

- Você é linda até sem dormir. – revirei os olhos.

- Deixamos a Nori dormindo no carro. – ri.

- Ela não vai acordar, acredite. – rimos.

Ficamos lá vendo aquela vista linda e tiramos algumas fotos.

- Você leu as matérias que saíram? – perguntou mexendo no iPhone.

- Ainda não baby.

- Quando vamos ser oficiais?

- Quando eu puder ser inteiramente sua e não só pela metade.

- Amém. – rimos.

Ficamos ali por mais um tempo e eu me levantei.

- Meu avô já deve ter acordado, ele levanta cedo para cuidar dos vinhedos. – Justin limpou a minha bunda que para mim foi uma desculpa para passar a mão na minha bunda.

Chegamos ao carro e depois de pegarmos tudo, Justin carregou a Nori até o meu antigo quarto que a cama ficava grudada na janela. Eu e Justin íamos ficar no quarto de casal com cama de dossel. Meus avós não entendiam o que rolava, mas nos respeitavam.

- Então meu amor, vão dormir? – minha avó perguntou me abraçando.

- Nem pensar. – olhei para Justin que conversava com o meu avô.

- Vou mostrar o vinhedo para o Justin, andar a cavalo, essas coisas. – assentiu.

- Eu senti muito a sua falta e Justin parece um garoto maravilhoso. – sorri.

- Ele não tem nada a ver com o que a mídia pinta sobre ele vovó.

- Ficou feliz por isso Lele. – a abracei de novo – Vem ver o que seu avô fez. – ele nos olhou ela foi em direção à sala.

Fomos até a sala de estar que continuava igual há três anos, ela me levou até a frente do piano e na parede atrás dele tinham todas as minhas capas emolduradas e por ordem de lançamento.

- Vô isso é lindo, obrigada. – gritei e ele apareceu com Justin rindo.

- Você sabe garoto você era meio infame há um tempo atrás só estou me certificando que Lele seja feliz. – ri.

- Infame vovô? – Nori apareceu na sala.

- Infame famoso por ser ruim. – meu avô disse abraçando ela.

- Você toca? – Justin perguntou quando me viu escorado no piano.

- Ela toca desde os dez anos. – minha avó respondeu.

- Alexis canta muito bem Justin, deveria ouvir um dia desses.

Continua...

 



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