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História Wrong Love - Capítulo 8


Escrita por: RochaAndRusso

Notas do Autor


Não! Eu não desistir! Mais uma vez peço perdão pela eterna demora de postar! Se você não está na faculdade e pretende entrar em uma você vai me entender quando estiver lá... de qualquer forma, nunca irei desistir da fic! Obrigada pelos comentários de carinho e apoio e por toda a paciência que vocês tem por mim! Beijos e até o próximo!

Capítulo 8 - Capítulo 8


Confesso que ao desabafar com Dakota chorei um pouco, numa mistura de raiva e decepção. Ela me ajudou a xinga-lo de outros palavrões além dos que eu conhecia.

...

-Você não vai acreditar quem está aqui… -Dakota sussurrou assim que me viu piscar, me acostumando com a luz do quarto. Franzir o cenho mais por sono do que por não saber quem estava aqui. Mesmo assim eu não precisei perguntar. -Minha mãe chamou a sua para almoçar aqui. -Comentou, me fazendo arregalar os olhos.

-Graças a Deus que eu briguei com Derek então, imagina se ela chega aqui e eu não estou aqui! -Falei baixo, embora soubesse que provavelmente estavam no primeiro andar e não me ouviriam.

-Foi exatamente isso que eu pensei. -Ela riu.

    Tomei um banho e me arrumei para ficar no mínimo apresentável, sem parecer que tinha chorado na noite passada. Desci junto com Dakota e falei com minha mãe na maior cara de pau, pedindo mentalmente com todas as forças que os pais de Dakota não comentassem que eu só tinha chegado de noite, já que para minha mãe eu estava lá desde tarde.

-Está melhor, Caroline? -A mãe dela perguntou assim que dei bom dia para ela e seu marido, sentando a mesa bem ao lado da minha mãe. Eu a olhei num misto de dúvida e surpresa.

-Do jeito que ela dormiu quase a tarde toda ontem é impossível ela ainda estar com dor de cabeça, né? -Dakota comentou, me colocando a par da situação, me orgulhando de ter uma amiga como ela.

-Estou 100%, obrigada. - Sorri, tentando parecer simpática e verdadeira.

    Ela sorriu amigável e logo puxou um assunto aleatório com minha mãe, me fazendo suspirar aliviada.

    Um almoço descontraído se estendeu, me fazendo descontrair dos últimos acontecimentos, quando fui notar já estávamos todos na sala de estar, conversando por horas sobre várias coisas. Os país de Dakota eram super legais e gente boa, amigos de infância dos meus, e com meu pai longe, eu gostava que minha mãe tivesse uma companhia além de mim.

-Meu Deus, como está tarde! Melhor irmos, minha filha! -Ela se levantou do sofá, ajeitando a roupa, fazendo com que eu levantasse também.

-Que isso, fiquem mais! -A mãe de Dakota sorriu educada e minha mãe discordou simpaticamente, enquanto eu avisava que ia pegar minhas coisas no quarto.

    Quando voltei eles já estavam na porta de despedindo, me despedi também e segui minha mãe até o carro diante da casa. No caminho para casa o silêncio foi cortado pelo som da mensagem chegando em meu celular.

“Vamos nos encontrar hoje?” - Era a mensagem de Derek, que me fez revirar os olhos e desligar o celular. Não estava afim de conversar com ele nem tão cedo.

-Algum problema, filha? - Minha mãe me olhou brevemente, antes de voltar a prestar atenção na rua.

-Não, está tudo bem. -Falei rápido, evitando entrar em detalhes.

-Soube que o Derek, amigo do seu irmão, entrou em coma alcoólico esse final de semana. -Comentou, me fazendo engolir o seco, mirando a janela.

-Sério? Que horror… como você soube? -Me fiz de desentendida, tentando parecer o mais natural possível.

-Seu irmão me ligou hoje cedo e me falou. -Comentou.

-Ah ta, nem sabia que o Robin e o Derek se falavam ainda. -Completei, tentando mudar o rumo do assunto.

-Pelo visto se falam, porque seu irmão falou que o Derek ligou pra ele de madrugada cheio de raiva de alguma menina. Pelo o que o seu irmão contou alguma menina aprontou com ele. -Explicou, me fazendo franzir o cenho, sem entender. Pra piorar tudo ele ainda tinha mentido sobre mim?!

-E ele disse quem é a garota? -Questionei, torcendo para a resposta ser negativa, enquanto ela parava o carro no estacionamento em frente a um mercadinho.

-Não disse não. Espera só um minuto que eu vou comprar umas coisinhas pro nosso jantar. -Comentou, já abrindo a porta e logo depois me deixando sozinha no carro.

-Filho da puta! - Xinguei assim que ela passou pela porta de entrada do mercadinho e eu tive certeza que ela não me ouviria.

    Já subi as escadas para o meu quarto digitando o número de Dakota para mais uma vez encher a cabeça dela com meus problemas. Como ela mesmo dizia: amigas são para essas coisas.

-Você não vai acreditar o que aquele babaca fez! -Falei abrindo a porta do quarto rápido, fechando logo depois, mas levei um susto ao me virar e ver Derek deitado na minha cama. -O que que você tá fazendo aqui? Perguntei incrédula, ouvindo uma “o que?” no outro lado da linha. -Daqui a pouco eu te ligo de novo, amiga. -Falei e desliguei, me virando para trancar a porta, caso minha mãe resolvesse aparecer de repente.

-Oi pra você também, Caroline! -Ele sorriu irônico quando me virei novamente, vendo ele agora sentado na cama.

-Não era pra você estar aqui! -Eu disse baixo, com medo que minha mãe me escutasse, mesmo sabendo que ela tinha ficado na cozinha no primeiro andar.

-Eu tive que vir, afinal você não respondeu minhas mensagens e nem minhas ligações. -Ele falou me olhando enquanto eu ia até a janela que estava escancarada, vendo se algum vizinho parecia ter visto.

-Talvez seja porque eu não quero conversar com você… não pensou nisso? - O mirei furiosa. -Agora, por favor, saia do meu quarto! -Falei, rápido, sempre me preocupando em manter a voz baixa.

-Okay… -Ele levantou indo em direção a porta, me fazendo correr até ela, impedindo que ele encostasse na porta.

-Sai por onde entrou! -Falei séria, mas ele riu pelo nariz, voltando para minha cama e deitando com as mãos atrás da cabeça, me fazendo respirar fundo, impaciente. -O que você quer, Derek? Falar que uma certa garota aprontou com você? -Me aproximei, cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha pra ele. Ele riu. -Xiiiiu, cala boca! Minha mãe não pode saber que você está aqui!

-Então ela ainda não sabe que a garota é você? -Ele sentou com as pernas cruzadas, nitidamente se divertindo com a situação.

-Espera.. -Franzi o cenho. -Você contou para o meu irmão que a garota sou eu? -Perguntei incrédula e ele deu de ombros, rindo. Não precisava responder. -Como você pode?! Eu te pedi várias vezes pra você guardar segredo, sabe que se meu pai descobre eu estou morta! -Meu sangue estava fervendo de raiva, minhas mãos fechadas em punho. Minha vontade era de bater nele, mas não tinha coragem, até porque se ele revidasse não iria ser nada legal.

-Eu te pedi várias vezes para você transar comigo e nem por isso você transou, não foi mesmo? -Ele sorriu irônico, me fazendo olha-lo incrédula. Eu já não conseguia me lembrar o porque eu tinha começado um tipo de relacionamento com alguém tão idiota como ele.

-Então tudo isso é por sexo? - Questionei sem acreditar, balançando a cabeça sem reconhecer o cara por quem eu cheguei a me considerar apaixonada.

-Que isso, Car. - Ele se levantou, se aproximando devagar, alisando meu antebraço, fazendo eu me afastar. -Sabe que eu não sou assim…

-Não me chame de Car. Eu já nem te conheço mais… se é que um dia eu te conheci, né?! -O olhei com nojo, me encolhendo. -Por favor, vai embora! -Abaixei os olhos, a raiva era tanta que eu mal conseguia olhar em seu rosto.

-Ei, não faz assim, eu vim aqui pra gente fazer as pazes… -Ele alisou meu rosto, me fazendo empurrar seu braço para longe de mim.

-Sai daqui se não eu vou gritar. -O olhei, meus olhos chegaram a marejar de raiva.

-Vai, grita! -Ele levantou as mãos como se estivesse se rendendo. - É bom que eu já conto pessoalmente para sua mamãe como foi aquela noite deliciosa quando eu arrebentei o cabacinho da filha dela. Acho que ela vai se orgulhar de você! -Ele riu, cruzando os braços.

-Você é nojento! -O empurrei para que ele se afastasse de mim.

    O empurrão não adiantou muita coisa, eu era muito fraca para ele.

-Filha? -O barulho da maçaneta virando fez meu coração disparar de medo, me fazendo mirar a porta desesperada.

-Oi??- Perguntei, sem saber o que fazer. -Vai embora, por favor! -Sussurrei para Derek, que sorria se divertindo com a situação.

-Abre a porta aqui. Tá tudo bem? -Minha mãe insistiu.

-Dessa vez eu vou ser bonzinho… -Derek sussurrou no meu ouvido, fazendo eu me encolher.

-Esperai, mãe! Já vou abrir! -Falei.

-Só que eu só vou sair daqui com um beijo!- Ele deu de ombros.

-Tem alguém ai com você? -Ela questionou atrás da porta.

-Não, eu só tô no telefone! Rapidinho! -Falei e em um momento de desespero eu lhe dei um selinho, que era pra ser rápido, mas ele me segurou pelos braços e enfiou a língua na minha boca, de forma brusca, fazendo eu tentar me afastar.

    Embora eu tentasse me afastar, ele só me soltou quando ele quis, e ainda jogou beijinho pra mim antes de ir em direção a janela. Limpei a boca com o antebraço, usando todo meu autocontrole para não fazer nenhum som, embora por dentro eu quisesse gritar todos os xingamentos possível para o cara que estava saindo pela janela. Assim que ele saiu eu corri para fechar a janela, tentando não fazer nenhum tipo de ruído, assim que avistei Derek atravessando a rua, eu peguei meu celular e coloquei no ouvido, indo para a porta, abrindo-a.

-Daqui a pouco eu te ligo de novo, Dakota.. -Falei virando a maçaneta, dando de cara com a minha mãe de braços cruzados. -Oi, mãe! -Falei fingindo desligar a ligação e guardando o celular no bolso. -Desculpa a demora, Dakota ligou para me lembrar de um trabalho para amanhã. -Comentei, enquanto ela entrava no meu quarto, olhando para os lados, como se procurasse algo errado.

-O que há de errado, minha filha? -Ela me olhou, ao perceber que estava tudo normal dentro do quarto.

-Não há nada de errado, ué! -Ri de leve, tentando não parecer nervosa.

-Você está muito estranha nas últimas semanas. Vive na casa da Dakota mais que o normal e quando está em casa não sai desse quarto. Me diz o que está acontecendo. -Ela sentou na ponta da cama.

-Nada, não tem nada acontecendo.É só a escola mesmo, muitos trabalhos e as provas estão se aproximando… -Dei de ombro, me sentando o outro lado da cama, encostando na cabeceira.

-Tem certeza? -Ela ainda não estava convencida.

-Claro. -Assenti, fazendo-a suspirar, como se tentasse se convencer de que estava tudo bom, embora eu tivesse certeza que ela sabia que realmente existia algo errado.

-Bem… seu pai chega amanhã de viagem. E seu irmão está querendo vir no final desta semana. -Comentou, me fazendo assentir por um lado contente e por outro lado não.

-Pensei que o Robin viria só no final do ano…-Comentei, já pensando no sermão que ele iria me dar.

-E iria, mas ele conseguiu umas férias de poucos dias no trabalho dele lá e aí vai aproveitar pra passar esses dias aqui. -Contou, me fazendo assentir, tentando parecer contente com isso.

-Que bom, então! Vamos estar com a família reunida e nem vai precisar ser natal! -Comentei, tentando descontrair o clima que ainda estava meio pesado. Ela apenas sorriu de leve, assentindo.

-Espero que saiba que pode contar sempre comigo, tudo bem?! -Ela se esticou para passar a mão em meu cabelo, em um leve carinho.

-Claro, mãe, com certeza! -Sorri, concordando.


        Ela levantou, me deu um beijo na testa e saiu do quarto me deixando sozinha, e de repente o turbilhão de emoções voltou a tona, fazendo meus olhos marejarem de um misto de raiva, nojo, culpa, decepção e outros sentimentos que eu mal conseguia identificar. As lágrimas caíram tão desesperadamente que precisei afundar o rosto no travesseiro para que minha mãe não escutasse nada, nem os soluções que vieram logo depois.


Notas Finais


Espero que tenha gostado! Até o próximo capítulo! :*


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