História Wrong Paths - Her Father

Point Of View Sannie O’Loughlin 

Olhei para Cameron que tinha um sorriso de lado nos lábios. Idiota. Bufo, e subo para o meu quarto, tomo um banho e me troco; um short curto, e uma regata. Prendo meus cabelos em um coque alto, e desço novamente. 

— Há quanto tempo você se descobriu gay, Nash? — arqueio as sobrancelhas. 

— Há pouco tempo, por quê? 

— Nada não, só queria saber mesmo. — dou de ombros. — Quanto já pegou? 

Não dá pra perguntar, e o que tinha perguntar isso? Nada. 

— Sei lá, foram poucos pelo que eu me lembre. — disse. 

— Certo. — digo por fim. Olho para meus amigos, e noto que Cameron me olhava. — Que foi, hein? 

— Nada, me diz você? — solto um riso. 

— Não enche meu saco, tá legal? — ele levanta os braços em forma de rendição. Reviro meus olhos. — Galera, eu vou dormir, se quiserem ficar, que não façam barulho, ok? — dei uma olhada para Nash. — Não grite alto, ou eu volto e bato em você. 

Subo novamente, e ligo o ar, tranco a porta, me joguei na cama, dando um longo suspiro. Sinto-me cansada, muito cansada pra falar a verdade. 

(...) 

Sou acordada por gritos. Sento-me na cama, coçando os olhos, e bufei irritada. Olho as horas, dou um suspiro alto. Ainda estava bem cedo. Levanto-me, indo em direção ao banheiro, tomo banho, faço minhas higienes, e deixo meus cabelos soltos mesmo. Saio do banheiro, e coloco uma roupa confortável. 

Respiro fundo, antes de sair do quarto. 

Desço as escadas calmamente. Passei meus olhos pela sala, que estava completamente suja e com coisas fora dos lugares. O que aconteceu aqui? Conto até três mentalmente. Passo pelas pessoas que estavam no chão, e, tinha pessoas no chão. O que particularmente era meio estranho, já que não escutei barulho nenhum de noite. Só fui escutar agora, de manhã. 

Escutei barulhos vindos da cozinha, e andei até a mesma. A cena a seguir era a seguinte: Nash, Cameron e uma garota, estavam transando, na minha cozinha. Nada legal. Não foi nem um pouco legal de ver isso. Não foi legal ver eles em sua cozinha fazendo esse tipo de coisa. 

Começo a bater palmas, o que de fato, chama a atenção deles para mim. Dou um sorriso bem falso, o mais falso que eu tive que colocar na boca. Nash que era branco estava mais branco ainda. A garota me olhava sem entender nada. E Cameron, me olhava de boca aberta. 

— Manda todo mundo dar o fora da minha casa, agora! — falo, com a voz mais calma do mundo. Em questão de segundos não tinha mais ninguém na sala. Sento-me no sofá, jogando minha cabeça para trás, suspiro alto. Vejo Nash e Cameron virem em minha direção, ao se sentarem, me levanto e pego um pouco de dinheiro que escondia em baixo da uma jarra de flores. — Limpem meu apê todo, eu não quero ver nenhuma bagunça aqui quando eu voltar. — os olhei. — Eu não esperava isso de você Nash, logo você. Eu esperava isso vindo de Cameron. — levantei os braços. — Mas, ok. Só espero voltar e não encontrar nada aqui. 

Saio de casa, e pego um táxi. Precisava falar com Alex e Leo. 

Point Of View Cameron Dallas 

Olhei para Nash, fazendo uma careta. Fizemos merda. E das grandes. 

— Cara, ela ficou muito bolada. — falo, coçando a nuca. 

— Eu acho que ela não vai me deixar morar mais aqui, por conta do que fizemos. — suspirei, concordando. — Vamos arrumar logo isso aqui, antes que ela volte. 

Passamos a manhã e à tarde arrumando tudo. Era muita bagunça. Eu não sabia o que realmente houve aqui. Só que, Nash e eu estávamos transando com uma garota ao mesmo tempo. E para Sannie estar assim, era capaz dela ter tido acordada apenas de manhã, já que a noite fizemos muita bagunça e ela não ouviu. 

Agora só faltava arrumar a cozinha. E, eu acho que é melhor jogarmos álcool ali. Vai saber né? Olhei Nash, que tinha uma cara de dor, ri dele baixo. 

— Nash. — o chamei, o mesmo me olha, ainda com cara de dor. — Que cara é essa, mano? 

— Dor nas costas. — resmungou. Soltei um riso baixo. — É melhor jogar álcool na cozinha e depois um desinfetante. — riu. 

Assenti, concordando. 

Pegamos algumas coisas, e limpamos a cozinha. Ela estava um brilho que só. Escutamos a campainha tocar, olhei confuso para Nash que tinha a mesma cara. Fui abrir a porta e dei de cara com o pessoal. Dei espaço, e os deixei entrar. 

— Cadê a Sannie? — ouvi a voz de Aaron, perguntar. O que ele estava fazendo aqui? — Respondam! 

— Ela saiu de manhã, e não voltou. — digo. — E, aliás, o que faz aqui? Se vocês não estão se falando? 

Aaron coça a nuca. Parecia nervoso. Novamente a campainha toca. Nash vai até a porta, e abri a mesma, dando de cara com Alex e Leo, que estavam aparentemente atordoados. Ambos entram no apê, pareciam procurar algo, ou alguém. 

— Ela chegou? — começou Leo. 

— Quem chegou? — Sammy, perguntou. 

— Sannie. Ela disse que viria para o apartamento, e ligaria para nós quando chegasse. — Alex franziu o cenho. — Então, ela chegou? 

Nego. 

— Ela não nos disse que iria ao encontro de vocês, e nem que horas voltaria. — falo, soltando um suspiro. — Mas, o que merda tá acontecendo, afinal? 

Ouço Leo, rir bem alto. 

— Ela chegou lá na casa da mãe dela, aos prantos! Ela parecia bem brava. — falou. — Aliás, o que vocês fizeram para ela ir até lá assim? 

Mordo meu lábio inferior. O que eu iria dizer? 

— Ela pegou eu e Nash transando com uma garota na cozinha dela. — disse, quase sussurrando. 

— O QUE? — gritou Stassie, furiosa. 

— Foi isso mesmo… — Nash, disse me olhando. 

— PAREM! Por que vocês estão procurando a Sannie? — questiono. 

— Se ela não chegou até agora aqui, certo? — assinto. — Ela levou um celular? 

— Não, só a vi pegar um pouco de dinheiro e saiu. — neguei levemente a cabeça, me sento no sofá. 

Ouço meu celular tocar, o pego, e vejo que é um número desconhecido. Mostro para Alex e Leo, eles pedem para mim por no viva voz. Respiro fundo, e atendo, ponho no viva voz, e coloco o celular na mesinha de centro. 

— Cadê a Sannie? — era uma voz de homem. 

— Primeiro quem é você? E por que está me ligando? — pergunto. 

— Ela não está aí, né? — falo um sim. — Liga para o pai dela, e diz a letra P. 

— E se ele perguntar algo a mais? — eu estava confuso, mas pela cara do Alex ele sabia quem era. 

— Só fale a letra, e peça para ele vir até a mim. — ouço um grito. — Cacete! Preciso desligar. E se encontrarem ela, pede pra ela ligar para mim. 

E esse foi o fim da ligação. 

— Liga pro pai dela, e pede para ele ir atrás dele agora. — Leo, pede para Alex. — Se ele tá sabendo disso, e porque ele sabe de algo. Ele sabe de algo que pode salva ela. 

— Não podemos ligar para o pai dela… Já vou ligar, e pedir reforços. — Alex pegou seu celular e saiu do apartamento. 

O que está acontecendo?