Point Of View Daniel O’Loughlin
Conseguimos a digital, e a porta simplesmente se abriu silenciosamente. Solto o ar. Agora só falta saber onde ela estava de fato.
— Mapa. — peço, Peter me entrega ele novamente. Dou uma olhada rápida, claro, isso poderia dar errado, mas a casa é de Peter, ele conhecia tudo aqui. — E melhor o Peter dar as instruções, e nos guiar, será bem mais fácil, certo?
— Óbvio, eu ia te falar isso mesmo! — Steve, comentou. Iria dar o mapa para Peter, mas ele recusou, dizendo que sabia o caminho de cor.
Todos nós levantamos nossas armas, e andamos em direção à sala, como Peter disse. Subimos, e descemos duas vezes, precisávamos olhar em tudo quanto é canto. Peter logo nos indicou um elevador. Franzo o cenho. Elevador? Mas, tudo bem, a casa e dele, não minha. Porém, isso é uma loucura.
O elevador parou, e Peter saiu dando uma revisada no local. Logo o mesmo deu o sinal para que pudéssemos segui-lo. O local agora onde nos encontrávamos era de terra. Seguimos em direção reta até chegarmos a uma porta de metal que ia do teto ao chão.
Peter tentou abrir a porta com a sua digital, mas, não abriu. O que fez o bufar.
— Infernos! — bateu na própria testa. — Lembre-me que, se a porta dos fundos abrisse com a digital as de dentro seria aberta com uma senha, não digital.
Bufei alto, olho para os lados. Esqueci-me de dizer, tinha trago Cameron e Nash conosco. Eles conseguiram me convencer. E agora mais essa; senha não digital.
Um grito foi se ouvido.
— Tenta qualquer senha. — pediu Nash. Suspirei.
Do nada a porta se abre, e por ela se passa; Sannie e Pablo em seu colo. Tinha algo errado, muito errado. Ela respira fundo, e da um passo para frente. Pablo estica os bracinhos para Peter, que o pega sem nem protestar.
— Daniel! — Sannie, diz e me abraça fortemente. Recuo um pouco, e logo retribuo o abraço. Eu sentia tanta saudade dela. Prendi meu lábio inferior, tentando não soltar nenhuma lágrima. Tinha que me manter forte, e por ela.
Ouço o grito de Pablo, e Sannie se afasta de mim, o pegando, e o enchendo de beijos pelo rosto.
— Sa… — Peter sussurrou, mas eu ouço.
— Peter, você está aqui. — sua voz falhou. — Eu, meu Deus! Seu desgraçado, nunca mais faça isso comigo. Eu senti saudades. — o abraçou, ainda com Pablo em seu colo, que riu.
Point Of View Sannie O’Loughlin
Solto um suspiro de alívio. Olhei-me no espelho, e vejo meu reflexo. Estava uma merda, claramente, minha cara estava um horror. Jogo um pouco de água em meu rosto, e o seco. Agora estava tudo bem, eu parecia bem. Eu acho. Saio do banheiro, e vejo Pablo deitado na cama rodeado de travesseiros, para que, no caso, dele caísse. Visto minhas roupas, volto ao banheiro e deixo a toalha no gancho. Voltei para o quarto, e pego Pablo junto a sua bolsa de roupas e outras coisas.
Desço e vejo todos sentados no sofá. Ainda estávamos no Havaí. Respiro fundo, e fecho os olhos, por um instante. Volto a abri-los, e vejo todos me olharem.
— Como você está? — Daniel, perguntou.
— Bem, na medida do possível. — respondi. — Vá direto ao ponto, por favor.
— Ele tocou em você? Fez algo que não queria? — o olhei.
— Não, não tocou em mim, porque esse não era o seu objetivo, de fato. — respondo, e dou de mamar para Pablo, quando Peter me deu sua mamadeira. O mesmo fica alisando minha costa e a cabeça de Pablo.
— Pode fazer um retrato do cara que te pegou? — estremeço.
Desvio o olhar, para Peter, coloco minha cabeça em seu pescoço, e suspiro fortemente.
— N-não. — falho na voz.
— Certeza, Sannie O’Loughlin? — engulo a seco.
— Ele falou-me uma frase, que é para você, e que você irá saber quando disser. — falo.
— Qual? — arqueou a sobrancelha.
— Você promete não fazer nada de errado, e não meter Peter no meio? — indago.
Conto ou não?
Conto… Será que não?
É muita pressão! Caralhadas!
— Não prometo nada. Agora fala. — Mandou. Lambo os lábios, e olho para Pablo.
— Ele disse: “A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.” — repito, o que o infeliz disse. — O que ele quis dizer foi que; tudo o que você fizer, algum de nós estará sob ameaça.
— Ótimo! Tudo o que eu queria era isso. — falou. — Daqui a pouco vocês irão voltar para Los Angeles. E Peter para a prisão, e terá sua pena diminuída. — sorri, para Peter. — Pablo vai voltar para o orfanato.
Neguei-me a olhar para Daniel.
Depois de duas horas, nós tínhamos voltado para Los Angeles. Certo. Tinha demorado muito mais. Eu e Peter fizemos nossa despedida valer a pena. Não sei se os outros ouviram. Mas, esse foi o fim de nós dois juntos.
No dia seguinte.
Dei um sobressalto da cama, e respiro fundo. Sai da cama, fui ao banheiro, tomei banho bem demorado. Enrolei-me na toalha, seco meus cabelos, escovei meus dentes, e saio do banheiro. Me visto, e dou uma ajeitada na cama.
Desci as escadas, Nash e Cameron estavam na sala assistindo algo. Já conversei com eles, antes mesmo de voltar. Dei um beijo em ambos, e fui à cozinha, pego três panquecas e coloco calda de chocolate, procuro a jarra de suco, e logo a pego jogando um pouco em meu copo. Andei em direção à sala me sento no meio deles. Enrolei as panquecas, e começo a comê-la.
— Por que estão me olhando? — pergunto. Dou um gole no suco.
— Nada demais. Aliás, por que você está assim? — encarei Nash com o cenho franzido.
Lambo os beiços.
— Assim como?
Nash riu. Não, Nash gargalhou.
— Você mudou. E não pense que não ouvimos você e o teu namoradinho, antes de virmos!
Ri fraco. Ele só pode estar brincando comigo, porque não é possível.
— Não, eu não mudei em relação anda. — falo, após terminar de comer. — E sim fizemos sexo, algum problema com isso? E foi a nossa ultima vez que fazemos, porque nós vamos... Quer dizer, eu dei um tempo. — dou de ombros. — Ele vai tentar ser alguém melhor, eu só espero que seja verdade. — suspirei.
— Sannie, não era isso que eu quis dizer. — fala.
— Okay, Nash. Estou de volta, não precisa se preocupar comigo. — falo, e o abracei de lado. — Vai ficar tudo bem.
Depois da minha fala, Nash saiu da sala, com um sorriso bobo nos lábios. Ele vai aprontar algo. Neguei a cabeça levemente, levantei-me e já estava pronta pra virar, quando ouvi Cameron me chamando, me virei para ele.
— Precisamos conversar.
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