História Wrong Paths - Nicknames

Point Of View Sannie O'Loughlin

Terminei de escovar meus dentes, e dei um jeito no cabelo. Sai do quarto, olhando pelas paredes, tinham quadros bonitos. Só não tinha fotos minhas, apenas de Aaron. Suspirei fraco, e desci o último degrau da escada. Passei meus olhos pela sala e não encontrei ninguém, andei alguns passos até a cozinha encontrando Aaron comendo sozinho no balcão, assim que ele me viu deu um sorriso amarelo. Me sentei em uma cadeira perto do balcão e me servi. Olhei pela janela que havia em frente a pia, e percebi que estava garoando.

— Bom dia, Aaron. — digo olhando ele e sorri tímida. Bebi um pouco de suco.

— Bom dia, Annie! — falou alegre.

— É Sannie. — falo.

— Eu sei, oras, afinal você é minha irmã. — riu. — Apenas lhe dei um apelido, que não muda quase nada em seu nome. Algum problema?

— Não, nenhum. — respondo. — Você tem apelidos?

— Não que eu saiba. — respondeu franzindo o cenho. — Mas, algumas pessoas me chamam de boo.

— Certo. — digo simples.

— Lá no Havaí você tinha amigos ou amigas?

— Não. — falo, fazendo-o arregalar os olhos. Era normal eu não ter amigos lá, então qual seria a diferença em não ter aqui também?

— Como não? Você é uma pessoa legal, como não tem amigos lá?

— Ué, não tenho. E qual o problema de não ter amigos? Isso é tão normal para mim, que não faz diferença entre ter e ou não. — falo calma. — Vamos mudar de assunto, por favor?

— Claro. — fala nervoso. — Mas me diz, como é morar lá?

— Muito legal; muito verde. — falo rindo. — As praias são lindas, deveria ir lá algum dia.

Ele gargalha comigo. O riso dele é tão contagiante.

— Quando o pai irá vir aqui? — pergunta, e no mesmo instante paro de rir.

— Não sei, Aaron. — respondo rápida. — O que você faz aqui?

— Como assim?

— Para se divertir.

— Saio com meus amigos. — se levantou. — Quer ir?

Porque não?

— Claro. — me levantei. — Essa roupa tá legal?

— Você é estilosa, está linda, mana. — abaixei a cabeça. — Vamos? Só irei pegar as chaves do carro, me espera lá fora.

Assenti, e saí de casa. Tinha parado de garoar. Logo Aaron aparece, ele vai até a garagem e saí de lá com um carro. Que é muito bonito por sinal. Entrei no passageiro, e passei o cinto. Ele liga o carro, olhava a paisagem pela janela.

— Iremos para onde? — pergunto virando meu corpo para olhando melhor.

— Na casa de um amigos, todos os outros vão estar lá. – assenti. Bati a mão na testa, mas foi com força que me fez gemer de dor. — Que foi?

— Meu amigos, quer dizer aqueles dois homens que veio comigo. Você viu eles?

— Saíram com a mãe. — assenti. — Você tem celular?

— Não.

— Não? — repetiu. — Como você não tem um celular?

— Meu pai não deu pra mim. — franzi o cenho. — Era pra mim ter um?

Ele nega, e logo para o carro em uma casa grande, ele sai do carro e faço o mesmo. Aaron toca a campainha, logo a porta é aberta por um moreno. Ele era bonito. Ele dá passagem e entramos na casa, tinha muito garotos lá, e alguma meninas. Eles param quê estavam fazendo e olharam para nós. Me coloquei atrás de Aaron, que riu do meu ato.

— Galera essa e Sannie, minha irmã. — Aaron diz, e me puxa pra frente. Dava pra ver o olhar deles curiosos. Ele me apresenta todos, porém, são muitos nomes, agora ele estava falando nomes das garotas: — Essa é Madison, e Stassie. Namoradas do Jack G, e Samuel.

— Olá. — falo acenando. Madison dá um gritinho vindo em minha direção e aperta minhas bochechas.

— Ela é muito fofa. — diz sorrindo. Gargalhei com dificuldade, junto aos outros.

— Para com isso, Mad. — diz Jack, ele tira as mãos dela da minha bochecha e respiro fundo. Eu e Aaron nos sentamos no sofá, tinha muitos pela sala grande.

— O que vocês fazem para se divertir aqui? — pergunto.

— Muitas coisas. — Nash fala. Consegui decorar alguns nomes.

— Tipo o quê? — retruco.

— Várias coisas. — reviro meus olhos abaixando a cabeça. — Porque só você tem olhos azuis?

— Puxei eles do meu pai. — respondo simples.

Aaron sai da sala para atender o celular que tocava.

— Então ele puxou os da mãe.

— Obviamente, né. — digo rindo.

— Vamos ser grande amigas, Sa. — fala Madison.

— E Sannie!

— Não gostou do apelido? — perguntou.

— Você e meu irmão pode me dar apelidos. Mas eu gostei. — digo sorrindo. Logo meu irmão volta, com uma cara terrível.

— Temos que ir embora.

— Porque?

— Temos não, só você. — fala suspirando. — Teus seguranças estão vindo lhe buscar. Aliás, porque não me disse que eles são seguranças?

Todos da sala me olhavam atentamente.

— Não posso falar. — falo quase em um sussurro. Ele assente. — Todos vocês tem celular?

— Sim. — Stassie fala.

— É legal mexer nele?

— Você não tem? — ela pergunta, nego rapidamente. — Sim é legal.

Alguém toca a campainha, e Jack vai até a mesma abrindo, e logo volta com meus seguranças. Eles sorriem para mim, e retribuo.

— Vamos? — assenti, e me despedi de todos, entramos no carro. Ele liga o carro, e o outro se vira para trás. — Porque não avisou que tinha saído, Sannie?

— Como eu ia avisar. Se eu não posso ter um celular?

Ele bate a mão na testa. Acho que deve ter lembrado o porquê.

— Vou te dar o meu, apenas quando você sair, e só você me pedir, ok. — assenti alegre.

— Para onde vocês foram com a minha mãe? Vocês contaram a ela? Ela não pode saber! – disparo as perguntas.

— Não, não contamos. — respondeu. — Quem tem que contar e teu pai, não nos, entende.

Nego com a cabeça.

— Se contarmos, alguém pode sair machucado. — disse.

— Meu pai é policial, ele pode nos proteger, certo?

— Poder pode, mas não aqui. Não estamos mais no Havaí, Sannie.

— Mas ele pode pedir ajuda para os outros policiais daqui, não? — franzo o cenho.

— Não. — deu um sorriso. — Lá não é igual aqui, é bem diferente. Por isso, ele nos mandou para cuidar de você. — fala. — Então, não saia sem nos avisar, tudo bem?

Concordo com a cabeça, logo o carro para, e saímos do carro. Entro na casa, e me sento no sofá.

Eu só queria tudo fosse diferente. Tudo. Mas parece que não irá ser. Meu pai poderia me ver feliz, não que eu esteja reclamando de ter vindo para Los Angeles. Afinal, eu consegui uma “amiga”. Minha mãe não sabe de nada, e eu agradeço, ele só pode saber quando meu pai falar. Só ele. Me sinto sozinha, sem ele por perto. É tão estranho sem ele aqui. Na maioria das vezes era só ele que me fazia sorrir. Peter me fazia ter tudo e mais um pouco. Não só ele, como a família dele. Agora era seguir em frente, e sem ele por perto.