História Wrong Paths - Nash

Point of View Sannie O’Loughlin

Acordei com alguém me balançando, e bufei baixo. Tirei a coberta de cima de mim, e sentei na cama coçando os olhos. Abri os olhos, e encontrei pares azuis me encarando. Nash. 

— O que faz aqui, Nash? – pergunto. 

— Vim te chamar pra almoçar. – responde, sorrindo. Como assim almoçar? 

— Já? – assentiu. — Vou me arrumar, e já desço. 

Ele sai do quarto, e pulo da cama indo para o banheiro. Escovo os dentes, tomo um banho, penteio meus cabelos saindo do banheiro, vesti uma roupa, e sai do quarto. Desci as escadas, e fui pra cozinha, me sentei e servir meu prato. 

— Acordou tarde hoje, Annie. – diz minha mãe. Remexi-me desconfortável na cadeira. Já disse que não gostava que me chamasse de Annie, porém, eles não ligam. 

— Não consegui dormir direito. – respondo, bebendo meu suco de abacaxi. — Por que não me acordaram cedo? 

Todos da mesa olham para Nash. 

— Ele disse que te chamaria pra almoçar… – diz Aaron. Dou de ombros, comendo a comida a minha frente. 

— Tudo bem. – digo por fim. 

— Como amanhã e sexta, iremos passar o final de semana na casa do Nash, tudo bem pra você? 

— Ótimo. – sorri. 

— Sannie, seu pai te ligou. – olho rapidamente para minha mãe, com os olhos esbugalhados. Mexo as mãos dando a entender que ela continuasse a falar. — Ele disse que virá daqui a alguns meses trazer algo que “você irá amar”. 

Dei um largo sorriso, dando uns pulinhos na cadeira. 

— Ele disse o que ele iria trazer? – pergunto, levando uma colherada na boca. 

— Apenas disse a letra “P”. – cuspo a comida, bebo um pouco de suco. — Está tudo bem? 

— Claro, porque não estaria? 

— Valeu, hein Sannie… – ouço a voz de Nash, e olho para frente, encontrando ele com alguns restos de comida. Eita. 

— Não foi por mal. – dou um sorriso. Termino de comer, e subi, escovei meus dentes e volto a descer, sentei no sofá ligando a TV. 

— Está tudo bem mesmo? – olhei para o lado vendo Nash. 

— Sim. 

— Vamos dar uma volta? – assenti. Avisei minha mãe, Alex e Leo. Saímos de casa. Andamos algumas quadras, e paramos em um parque deserto. — Assim, por que você cuspiu a comida? 

Olhei para o lado desviando de seus olhos. 

— Não é nada que queira se preocupar Nash. – falo, suspirando. 

— Ei, você pode contar comigo. Sei que não tinha muitos amigos lá. Mas, aqui você pode ter okay? — assenti relutante. — Agora, conte-me o que te aflige. 

— Você tem que prometer não contar a ninguém, por favor. – me olhou negando. — Isso é muito importante para mim, que você não conte a ninguém! 

— ‘Tá… E algo relacionar a você ter dois seguranças? – assenti. 

Comecei a contar tudo desde o começo. Desde que meu pai me fez a proposta. Ele me ouvia atentamente. 

(...) 

Caminhava ao lado de Nash. Eu havia contanto absolutamente tudo. No começo ele ficou assustado, me chamou até de louca por ter aceitado isso. Porém, ele prometeu não contar a ninguém. É legal ter alguém que você possa contar tudo. Enquanto contava eu chorava, eu colocava tudo pra fora. Era meu momento. Liberei tudo que tinha pra liberar. Era bom desabafar com alguém não seja uma parede. Senti-me bem após contar ao Nash sobre isso. Foi como ter tirado um peso enorme de minhas costas. 

Senti Nash me abraçar por trás, e ri, quando ele me levantou do chão, me rodopiando no ar. 

— Nash! – falo alto. Caímos no chão, dei um gritinho fino, ao sentir minha cabeça bater no chão. — Ai. 

— Te machuquei? Descul… – empurrei o mesmo, ficando por cima dele, puxei os braços dele por cima da cabeça, os prendendo. — Ah não. 

— Te peguei. – disse rindo. 

— Nem percebi. – falou rolando os olhos. — Agora sai de cima, fofa. 

Ri dele, e sai de cima do mesmo. 

— Estou com fome. — digo me levantando. — Porque iremos passar o final de semana em sua casa? 

— Lá é maior, então… – deixou no ar. Entramos em minha casa, vendo todos sentados no sofá e alguns no chão. — Chegamos. 

— Porque demoraram tanto? – minha mãe pergunta. 

— Nós avisamos que iriamos sair. Não tem o porquê disso tudo. – falo, com as sobrancelhas arqueadas. 

— Só queria saber o porquê de terem demorado tanto! 

— Estamos bem, mãe. – abraço-a. 

— Que bom. – sorriu. 

Afastei-me dela, indo até Nash. 

— Vamos para parque aqui perto? – pergunta Cameron. 

Nash rapidamente nega. 

— Não. Acabamos de chegar de lá. – ele disse apontando para mim. — Que tal um filme? 

Todos assentem. 

— Sala de filmes? 

Minha mãe tinha uma sala de filmes? Uau. 

— Então vamos. – subimos as escadas, e logo entramos em uma sala ampla. Sentei ao lado de Nash, junto a Gilinsky que se sentou ao lado de Madison. — O filme será Terceira Pessoa. 

Logo tudo se apaga, apoiei minha cabeça no ombro de Nash. O filme até que era legal. Depois de meia hora vendo ele, todos saíram da sala, e fomos para a sala normal. Nash joga suas pernas em cima das minhas, ri fraco. Ele pega seu celular, e se senta direito. 

— Vamos tirar uma foto. – ele nem perguntou, ele afirmou que iriamos tirar uma. Concordei, ele bateu a foto rápido, me dando um sorriso. 

— Estou com fome. – digo. 

Nash me olha de soslaio, nos entreolhamos. Levantei-me derrubando ele no chão e corri pra cozinha rindo dele caído no chão. Logo ele chega à cozinha com as mãos na cabeça. 

— Certo agora o que iremos comer? 

— Pediremos comida, que tal? – dou de ombros concordando com ele. Ele liga pra uma pizzaria, pedindo três pizzas gigantes com sabores variados; três queijos em uma, e na outra apenas mozzarella (pra mim), e a outra doce. — Chegam em vinte minutos, vamos para sala esperar. 

Andamos até a sala, e me sentei em meu lugar, com Nash ao meu lado. Vejo Aaron me olhando, dando sinal para conversar lá em cima. Subi as escadas, e entrei em meu quarto, logo ele aparece. Estava sentada na cama, ele fez o mesmo. 

— O que você e o Nash têm? 

Ri alto, entendendo o motivo da pergunta. 

— Não temos nada. E, eu estou em um compromisso. – ele abriu a boca pra falar algo, mas continuei. — Nem pergunte. Somos apenas amigos agora. E também, qual é o problema dele ser meu amigo? 

— Por ele ser homem? – indagou. 

Neguei. 

— Não tem problema nenhuma, Aaron, ele é apenas meu amigo. – me levantei. — Apenas aceite, ok.